domingo, 30 de setembro de 2007

VENCEDORES E DERROTADOS


Esta é uma excelente e rara oportunidade de se verificar e entender as diferenças existentes entre aqueles que são humildes (Vencedores) e os que andam distraídos (Derrotados). Deixamos aqui alguns tópicos que poderão melhorar maneiras de agir. Assim esperamos…

-Quando um VENCEDOR comete um erro, diz:
Enganei-me e aprende o ensinamento.
Quando um DERROTADO pratica um equívoco, diz:
A culpa não foi minha e responsabiliza terceiros.

-Quando um VENCEDOR sabe que a adversidade é o melhor dos mestres.
Um DERROTADO sente-se vítima perante uma contrariedade

-Um VENCEDOR sabe que o resultado das coisas depende de si.
Um DERROTADO acha-se perseguido pelo azar.

-Um VENCEDOR trabalha muito e arranja sempre tempo para si próprio.
Um DERROTADO está sempre muito ocupado e não tem vagar sequer para os seus.

-Um VENCEDOR enfrenta os desafios um a um.
Um DERROTADO contorna os despiques e nem se atreve a encará-los.

-Um VENCEDOR compromete-se, dá a sua palavra e cumpre.
Um DERROTADO faz promessas, não mete os pés a caminho e quando falha só se sabe justificar.

-Um VENCEDOR, diz: Sou bom, mas vou ser melhor ainda.
Um DERROTADO, diz: Não sou tão mau assim, há muitos piores que eu…

-Um VENCEDOR ouve, compreende e responde
Um DERROTADO não espera que chegue a sua vez de falar.

-Um VENCEDOR respeita os que sabem mais e procura aprender com eles.
Um DERROTADO resiste a todos os que mais sabem e apenas se concentra nos seus defeitos.

-Um VENCEDOR sente-se responsável por algo mais que o seu trabalho.
Um DERROTADO não se compromete nunca e diz sempre:
Faço o meu serviço e é quanto basta!

-Um VENCEDOR, diz: Deve haver uma melhor forma de o fazer…
Um DERROTADO, diz: Sempre fizemos assim. Não há outra maneira.

-Um VENCEDOR é a PARTE DA SOLUÇÃO.
Um DERROTADO é a CAUSA DO PROBLEMA.

-Um VENCEDOR consegue ver a parede na sua totalidade.
Um DERROTADO fixa-se no azulejo que lhe cabe colocar.

-Um VENCEDOR ajuíza esta mensagem e transmite-a aos Amigos.
Um DERROTADO…(há que completar o raciocínio)

sábado, 29 de setembro de 2007

FELIZES BODAS DE PRATA, MEUS AMIGOS!







O casal Irinéa e Sérgio Corrêa da Silva comemora hoje o seu vigésimo quinto ano de venturoso matrimónio, na sua belíssima cidade de São Paulo, Brasil!...

Aos sempre noivos e suas filhas Angélica, Ana Cláudia e Marina, desejo com extraordinário entusiasmo a continuidade da felicidade que vos tem acompanhado e que persistam a partilhar o amor, o respeito e a amizade que vive convosco desde a primeira hora…

Quanto ao convite, que muito me honra, já tive a oportunidade de dizer aos meus ilustres e fantásticos Amigos e Companheiros que não posso estar fisicamente mas, como sempre, estou no vosso pensamento, assim como a família Corrêa da Silva está no meu e naqueles que são os meus mais queridos.

Aceitem aquele meu abraço! Continuem…

Nota: Como já o disse anteriormente, em 9 de Agosto, lembro que o Sérgio é o responsável máximo da arbitragem brasileira!

FOTOS: O convite, em casa do casal e no Aeroporto de Lisboa

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

FERNANDO, HOJE ERA O DIA DO TEU ANIVERSÁRIO!...




O meu Bom Irmão completava neste dia 68 anos mas, com uma tristeza e saudades que ainda nos perturba sobremaneira – familiares e amigos – deixou-nos no dia 4 de Novembro de 2002.

Fernando Plácido Henrique dos Santos nasceu na Freguesia do Socorro, no ano de 1939, sendo o primeiro de 3 filhos do casal Dona Ester e Senhor Viriato, nossos pais. A sua infância foi marcada desde muito cedo por ter contraído uma doença séria (meningite) que o afectou o seu intelecto ligeiramente, mas nunca o seu estado de graça quanto a bondade, disponibilidade, trabalhador e total entrega a tudo o que fosse preciso ajudar. Até se aposentar foi colaborador da Portugal Telecom como Guarda-Fios, na Estação de Carcavelos (Cascais).

Morou na rua Cecílio de Sousa, ao Jardim do Príncipe Real (ver neste blog a notícia do dia 4) e bem perto da casa da nossa irmã, de seu nome Ivone a quem muito valeu, assim como aos vizinhos necessitados.

O Fernando cumpriu serviço militar obrigatório, como soldado, sendo mobilizado para as antigas possessões da Índia (Goa, Damão e Diu), mas devido à invasão que se verificou na noite de 17 de Dezembro de 1961, pelos exércitos da União Indiana, foi feito prisioneiro de guerra mas, durante 6 meses, desconhecíamos o seu paradeiro, se vivo, se morto.

As tropas portuguesas regressaram a Lisboa, via Paquistão, e foram, sob escolta, para o quartel onde tinham sido arregimentados, situado na Amadora. Daqui o meu irmão saiu para nossa casa como se fosse um traidor, um bandido que saiu da prisão! Deram-lhe um fato-macaco usado, sujo e sem botões e um par de botas velhas e rotas. Mais nada no corpo!!! Da Estação do Rossio (Lisboa) até chegar a nós percorreu cerca de 5 quilómetros a pé – só lhe deram bilhete de comboio e em 3ª classe – cruzando-se com tantas e tantas pessoas. Que vexatório, que espectáculo degradante deve ter proporcionado! Até falecer nunca o Estado português se interessou das suas condições de sobrevivência ou quaisquer outras. E como era solteiro, bem pior…

Contudo, conseguiu superar tamanha injustiça, despudor e o ostracismo a que o sacrificaram, assim como aos seus camaradas de armas, ultraje que tiveram de suportar em toda a sua existência.

Há milhões de histórias e acontecimentos passados juntos: íamos ao cinema, jogávamos à bola ou de porta à porta, sarjeta a sarjeta, andávamos nos carrinhos de esferas, descíamos as escadinhas em tábua ensaboada, comíamos a sopa e o pão dos pobres dados pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, aproveitávamos as benesses da Junta de Freguesia nas Colónias de Férias de São Pedro do Estoril, Lousa e Foz do Arelho, etc., etc.

Benfiquista, filantropo, Amigo, enfim… o que se deve de dizer de um irmão bem chegado a nós e que nos deu um gozo tremendo em tê-lo como companheiro de viagem…

Duas últimas notas:

Quando lhe pedia ajuda para se processar a expedição da revista O Árbitro, para além de dar o seu tempo, seu trabalho, seu esforço, pretendia, ainda, pagar o nosso almoço…

Quando o seu corpo estava em câmara ardente, na capela mortuária da Igreja de Jesus (Mercês-Lisboa), de difícil e labiríntico acesso, entrou um cão rafeiro com o focinho no ar como que a farejar algo. Como não é hábito tal circunstância afastei-o até à saída das instalações. Passado mais algum tempo voltou a entrar e aproximou-se da urna. Aí, disseram-me que era um dos cães a quem o meu irmão dava de comer. A distância entre a casa em que vivia e a Igreja dista cerca de 3 quilómetros.

FOTOS: Em cima, data de 2001. A do meio, comigo na Praça do Comércio e, na seguinte, no Estádio Universitário, em Lisboa (anos sessenta).

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

CASA PIA ATLÉTICO CLUBE-CLUBE FUTEBOL BENFICA




Foi o jogo que vi no passado domingo, dia 23 de Setembro, no sempre bonito Estádio Pina Manique, em pleno Parque de Monsanto (o pulmão da Cidade de Lisboa). Contava para a segunda jornada da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Lisboa e o desfecho final foi a vitória dos casapianos por um golo sem resposta. Árbitro: David António Ramos Dias. Árbitros Assistentes: Miguel Ângelo Aires Santos e Tiago Emanuel Nevado Carvalho.

Ver e cumprimentar gente muito amiga é uma dos privilégios que se tem quando nos deslocamos a lugares que nos recebem cordialmente. Começo pelo senhor César (84 anos de idade), antigo roupeiro do clube da casa, que já no meu tempo – anos setenta - era uma referência de cortesia e disponibilidade; Helder Tavares, grande impulsionador da conservação das relíquias casapianas; Domingos Estanislau, Presidente do Fó-Fó (termo fraterno como é tratado o Futebol Benfica); Augusto Matine e Artur Correia, antigos jogadores de excepção que defenderam as cores do Benfica e da selecção nacional; e, por fim, os dirigentes da Associação de Futebol de Lisboa, aniversariante neste dia, António Silva (da Direcção), Fernando Rodolfo (do Conselho de Disciplina) e José Luís Vital, meu colega no Conselho de Arbitragem.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

DIA MUNDIAL DA PAZ


Foi comemorado no dia 21 de Setembro de 2007, com pompa e circunstância. Seria bom que, no Mundo, nas mentes e nas acções das pessoas todos os dias fossem realisticamente de pacificação, de tolerância e de entendimento. Eu falo mim, pois sou sereno por natureza…

Já agora e porque é merecedor de uma análise profunda, dou conta que naquele dia a imprensa deu à estampa a rescisão do contrato de trabalho que José Mourinho mantinha com o clube inglês, o Chelsea.

Então não é que os jornais nas suas primeiras páginas, desataram a desatinar na informação quanto ao montante que o excelente técnico português iria auferir?...

Senão vejamos (por ordem de valor):

Diário de Notícias: 37 milhões
Correio da Manhã: 35 milhões
Record: 30 milhões
O Jogo: 26 milhões
Público: 25 milhões
A Bola: 24 milhões
24 Horas: 17,2 milhões
Diário Económico: 15 a 20 milhões

Credível, não é?... Quem fala verdade?

terça-feira, 25 de setembro de 2007

ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE LISBOA – QUASE CENTENÁRIA


No passado domingo, dia 23 de Setembro, a AFL completou os seus 97 anos de existência!

Criada em 1910, doze dias antes da proclamação da República, tem sido um motor de dinamização no futebol em Portugal. A sua sede está situada numa zona formosa de Lisboa, o Chiado. Tem um museu digno do seu nome e da sua já longa história, onde as recordações causam saudade e emocionam quem viveu alguns dos seus maravilhosos episódios.

Os clubes fundadores da AFL foram: Clube Internacional de Futebol, Sport Clube de Campo de Ourique, Sport Clube Império, Sport Lisboa e Benfica e Sporting Clube de Portugal. O seu primeiro Presidente: Dr. António Joaquim de Sá Oliveira.

A AFL, pioneira em termos associativos, foi um incentivo para que outras congéneres se formassem a nível distrital e regional. Hoje existem 22 em Portugal, abrangendo os 18 Distritos do continente e as Regiões Autónomas (1 na Madeira e 3 nos Açores), todas elas a coordenarem a actividade das suas zonas de influência, promovendo e divulgando a actividade do futebol nas suas variantes de onze, sete, futsal e de praia, com a realização de imensas competições desde os escalões mais jovens (escolinhas) aos seniores, quer masculinos, quer femininos.

Os dados estatísticos da Associação de Futebol de Lisboa referentes à época 2006/2007, são os seguintes:
Equipas participantes: 1.251
Jogadores: 5237
Treinadores: 1.748
Massagistas: 1.152
Competições: 49
Jogos por semana: 474
Total de jogos: 13.558

Já o número de Árbitros, actualmente, é de 538. Pasme-se: Há um défice de 115 do que a temporada anterior!

O Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Lisboa divulga no sítio da AFL (http://www.afutebollisboa.org/) as suas actividades e outras rubricas de interesse e é o único no nosso país que tem a composição dos seus membros e dos respectivos mandatos, desde alguns anos a esta parte.

Parabéns, AFL! E aqui expresso o desejo de que a comemoração do primeiro centenário seja um marco histórico! Até lá…

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

TRAFARIA - 1º MAIO SARILHENSE (RETROSPECTIVA-III)



Há um ano, no dia 24 de Setembro de 2006 (Domingo), depois de ter acordado bem disposto, (tinha regressado de Braga), passei a Ponte Sobre o Tejo e fui até à Trafaria, numa tarde de sol, ao Campo Pepita, onde assisti ao desafio inaugural do campeonato da 1ª Divisão da Associação de Futebol de Setúbal entre as turmas do clube local (Clube de Futebol da Trafaria) e do Marítimo Futebol Clube Rosarense, que terminou num empate a zero golos.

A equipa de arbitragem: António Fernando da Costa Nunes Alves (Árbitro), Luís Filipe Ceia Almeida e Mauro André da Cunha Santos (Árbitros Assistentes), do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Setúbal.

domingo, 23 de setembro de 2007

FRAGOSO - ÁGUIAS DA GRAÇA (RETROSPECTIVA-II)


O jogo que escolhi ver há um ano (23.09.2006) foi no Distrito de Braga, Concelho de Barcelos e contava para a 2ª jornada da Divisão de Honra, série A, entre a equipa do Grupo Desportivo de Fragoso com a da Associação Desportiva Águias da Graça Futebol Clube, cujo resultado final foi de 0-3.

A equipa de arbitragem: Joaquim Pedro Fernandes Alves (Árbitro), Gaspar Miguel Silva Fernandes e Pedro Daniel Ribeiro Fernandes (Árbitros Assistentes).

Este encontro foi disputado num paupérrimo campo denominado de 13 de Maio, piso de terra batida em muito mau estado, ao ponto de ter considerado o pior dos 22 campos onde estive. O recinto, desgastado e muito soturno, de aspecto a denotar falta de limpeza e sem instalações sanitárias para as necessidades primárias dos espectadores, as quais tiveram de ser feitas fora do recinto, perto de qualquer árvore que o circunde, para não falar de outros serviços de apoio mínimo inexistentes, tais como onde se possa adquirir sumos, águas, enfim… Como curiosidade, devo dizer que foi a primeira vez que vi um rectângulo marcado a vermelho (parecia-me pó de tijolo).

Nesta excelente viagem (percorri 860 quilómetros) tive a oportunidade de visitar em Braga os meus amigos da Lacatoni, José Alberto e António Soares e as suas funcionais e deslumbrantes instalações-modelo . Um espanto! Voltarei a referir-me a esta grande empresa portuguesa de artigos de desporto, pela sua credibilidade e implantação no competitivo mercado e pelo muito que me têm apoiado.

sábado, 22 de setembro de 2007

JOSÉ SOEIRO – PRESIDENTE DO CONSELHO DE ARBITRAGEM DA ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE BEJA


José Mâncio Rosa Soeiro é o Presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Beja. Dele e dos seus pares só tenho recebido deferências que muito me orgulham. Da última vez que estive na Capital do Baixo Alentejo, fui distinguido com uma inédita e artística peça de cerâmica que só pode estar em lugar de destaque na minha vitrine predilecta. Praticamente sou convidado para as actividades relacionadas com os seus filiados que também me estimam e consideram e que eu tento corresponder como sempre o tenho feito com todos, com amizade, verdade e respeito. É uma enorme satisfação que sinto ao acompanhar a arbitragem bejense e dos seus feitos a nível regional e nacional. Incentivo-os a trabalharem de tal forma que o seu objectivo seja o de, pelo menos, igualarem a magnitude anterior do seu Conselho de Arbitragem quando tinham dois Árbitros na 1ª categoria nacional e logo internacionais!

Expresso o meu pedido de desculpas pelo facto de hoje, também, não poder estar nas acções de actualização do início desta época, devido a razões de exercer, agora, funções no Conselho de Arbitragem de Lisboa cujos programas, coincidentes, são realizados nos mesmos dias e horas. Não faltarão oportunidades para dar um grande abraço a José Soeiro, aos seus colegas de Conselho, aos Árbitros e demais Amigos. Obrigado por tudo o que têm contribuído para a minha formação de homem e desportista. Bem-hajam!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

O MAIS JOVEM ÁRBITRO DOS ÁRBITROS JOVENS


Daniel Alexandre Carmo Melo, nasceu em 7 de Novembro de 1992, na Freguesia da Brandoa (Amadora-Lisboa), e, desde os 13 anos, faz parte dos Quadros do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Lisboa, depois de ter frequentado o Curso de Candidatos, cujo Patrono foi o grande e inconfundível Vítor Correia, que já não está entre nós.

O Daniel Alexandre, até hoje já participou em mais de 50 jogos, logo, é senhor de uma experiência que irá valer-lhe quando chegar a altura de ingressar no escalão sénior. Está no 6º ano de escolaridade e vai cursar informática profissional.

Na breve conversa que mantivemos diz-nos que os seus familiares ficaram inicialmente admirados pela decisão que assumiu em pretender ser Árbitro, mas nunca deixou de receber o apoio constante e os muitos e excelentes conselhos. Como Árbitro Assistente já actuou com colegas que considera exemplares, tais como Hélio Santos, Pedro Garcia, Carlos do Carmo (seu tio), entre outros. Recorda-se que a sua estreia, foi logo um despique internacional (!) entre as equipas do Sporting e do Atlético Madrid, na categoria de juvenis. Começou bem, não há dúvida… Afirma que tem sido sempre bem recebido pelos Árbitros mais velhos e que frequenta o Núcleo da Brandoa. Não lhe custa nada levantar cedo e estar no campo uma hora antes do início do jogo. É organizado e metódico e quer, como objectivo principal, atingir o topo da carreira (ostentar a insígnia FIFA). Por fim diz que tem de melhorar a prestação nas provas físicas, o que não vai ser nada difícil face à sua constituição corporal, característica modelo para a função, direi eu. O Daniel tem um irmão, o Marco Melo, de 22 anos de idade.

A senhora sua mãe, Dª Anabela Carmo, de 43 anos de idade, profissional de Acção Educativa, diz-se orgulhosa de que o Daniel tenha escolhido ser Árbitro, pois assim também está a formar-se como homem. Acompanha o Daniel em todas as suas iniciativas, incluindo vê-lo nos jogos que dirige. Fica constrangida quando ouve impropérios despropositados num campo de futebol, mas não reage às ofensas que, por vezes, são dirigidas a seu filho. O seu irmão (Carlos do Carmo) é que incentivou o Daniel a inscrever-se no curso de candidatos, facto que, como mãe, até achou graça. Realça que todos os jovens deveriam ter uma actividade desportiva (porque não ser Árbitro?), no sentido de se desviarem de caminhos que não são os melhores para a juventude. Sente que o Daniel vai aprender muito e melhorar as suas características para ser um excelente Árbitro. O saber ouvir será uma das áreas que irá desenvolver.

O senhor seu pai, José Maria Melo, de 46 anos de idade, funcionário público, disse gostar que o Daniel seja Árbitro de Futebol e tudo tem feito para o acompanhar, como espectador atento, aos jogos para que está nomeado. Como qualquer pai interessado presta-lhe os habituais conselhos paternais e desportivos que têm sido bem aceites. Não sente que esta actividade desportiva tenha reflexos prejudiciais aos estudos do seu filho, pois, como se disse, a organização é um dos pontos fortes do Daniel, o que contribui para que não deixe de ser um bom aluno. Os pais vão ficar a aguardar o normal desenrolar da carreira, ajudando-o sempre e esperam vê-lo atingir os primeiros patamares nas diversas fases da ascensão. Igualmente, auguramos que sejam os mais altos, os mais profícuos e os mais prestigiantes e dignos.
Confiamos em ti, Daniel!...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

RECREATIVO ÁGUIAS DA MUSGUEIRA-SPORTING CLUBE DE LOUREL




No passado domingo assisti no funcional e bonito Estádio da Alta de Lisboa ao encontro entre os mencionados clubes, cujo resultado final sorriu aos que jogaram no seu reduto por 4-0. Este jogo contou para a primeira jornada do campeonato da divisão de honra da Associação de Futebol de Lisboa, com a particularidade da equipa da casa ter ascendido a este escalão, enquanto o grupo visitante veio da terceira categoria nacional. Vi e revi Amigos de longa data, caso dos senhores Vítor Freitas e José Maria antigos jogadores do Águias e outro grande Amigo, o senhor António Quadros, dirigente do RAM e que também, em tempos, foi Árbitro de Futebol, depois de ter frequentado o Curso em que fui seu Formador. A equipa de arbitragem que actuou neste encontro: António Franco (Árbitro) e Emanuel Franco, seu irmão, e Márcio Azevedo, como Árbitros Assistentes.

Seguiu-se, no mesmo complexo desportivo, o desafio da 2ª divisão distrital, entre as turmas do novel clube Mexerume Clube Desportivo e o Grupo Sportivo de Carcavelos, dirigido por Jorge Marques (Árbitro), tendo como auxiliares Paulo Justo e João Gaspar (este substituiu o terceiro elemento nomeado, que não compareceu). A formação visitante vencia ao intervalo por 1-0, altura em que me retirei.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

ACREDITAR, SEMPRE!!!




















Conforme se pode constatar no boletim da ACREDITAR-Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, editado neste mês de Setembro, vem uma referência à minha pessoa que, naturalmente, muito me sensibilizou e agradeço.

Continuarei, como sempre, a dar a minha contribuição desinteressada a quem tanto precisa de carinho, apoio e ânimo.

Que ninguém deixe de ACREDITAR! Contem comigo!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

VÍTOR MANUEL CARDOSO – UM AMIGO JÁ DESAPARECIDO…


Estes três amigos lisboetas que estão na fotografia (a partir da esquerda: José António Banito Chagas, desenhador, Vítor Manuel Cardoso, operador de criptografia e eu, operador de transmissões de Infantaria), estiveram, nos anos sessenta, em São Tomé e Príncipe em missão de soberania, como então se dizia, a exercer as suas especialidades militares e só…

Fazíamos um trio maravilha. O José António, grande companheiro, estava sempre disponível e prestável, enquanto o infortunado Vítor Cardoso, alegrava tudo e todos onde estivesse. Um humorista a cem por cento.

Mas a fatalidade persegui-o quase sempre. Conheci os dois em Lisboa, em 1965, quando, após ter completado metade do tempo que me impuseram longe de casa e dos meus, vim em gozo de férias. Quando chegaram a São Tomé para cumprirem os dois anos de serviço militar obrigatório, o senhor seu pai na hora do embarque do filho sentiu-se mal e veio a falecer. Ao Vítor só lhe é transmitido o infortúnio, dias depois, quando desembarcou no destino (outros tempos…). Confessou-me que a morte de seu pai era uma tragédia para sua mãe, pois, coitada, ia ficar sozinha, sem ninguém…

Um dos dias de um mês do ano de 1966, por algo que não lhe correu bem, o Vítor é punido com guardas ao perímetro militar. Numa dessas noites do serviço imposto que teria de acatar entra na camarata com a metralhadora ligeira na mão e diz para os muitos colegas que lá se encontravam: Pareço ou não um cow-boy? A arma disparou-se-lhe e uma rajada de balas atingiu tudo o que era sítio. Felizmente não feriu nem matou ninguém. Foi castigado com mais vigias. Num fatídico fim de tarde, quando saiu do café Rialto, situado na Cidade, onde parávamos para conviver, veio sozinho na direcção do Quartel, que distava cerca de 5 quilómetros e, quando atravessou a estrada, ampla mas mal iluminada, foi atropelado (!!!!?) por um táxi que o arrastou perto de 40 metros e o deixou sem vida na valeta… Exagerando direi que, naquele tempo e naquele local, passava uma viatura só de semana a semana…

Foi terrível sabermos que perdemos um Amigo naquelas condições – habituado que estava ao movimento citadino da sua Lisboa – e muito comovente para todos nós o ter que levar e acompanhar o seu corpo até ao cemitério local onde repousa, longe da sua Mouraria e dos seus familiares de quem tanto falava e elogiava, especialmente sua mãe…

Esta infausta ocorrência, que nos marcou sobremaneira, ainda foi objecto de uma situação extremamente caricata: É que veio na Ordem de Serviço daquele Comando que o Vítor Manuel Cardoso faleceu, vítima de atropelamento, mas ainda ficou a dever guardas ao Estado…

Este acontecimento, uma tragédia que destroçou uma família, deveu-se, entre tantas outras iguais desgraças, à teimosia de governantes ignóbeis e ditadores que preferiram defender as colónias africanas a todo o custo, isto é, com armas, com feridos, com estropiados, quando o diálogo e a independência era o melhor caminho a seguir e não sacrificar milhares e milhares de jovens, tendo alguns deles dado a sua própria vida, escusadamente…

Quando voltei a São Tomé, em 2002, fiz uma romagem de saudade ao Cemitério mas não foi possível localizar a sua campa nem as de outros camaradas, casos do Alexandre Carreiras e Négus Couto. Só vi a sepultura do Manuel Nunes, da Polícia Militar, onde estive e recordei a memória dos companheiros de armas que sucumbiram e por lá ficaram…

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

ANA RAQUEL – A PUPILA PREFERIDA, NO JOGO BOMBARRALENSE - MONSANTO






É uma satisfação enorme ter uma discípula assim… Tive o privilégio de ter dado o meu nome, como Patrono, a um dos Cursos de Candidatos promovido pelo Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Lisboa, que foi levado a cabo na época 1997/1998, e frequentado pela Ana Raquel. Chegaram à prestação das provas finais (física, escrita e oral) 52 dos inscritos e a Ana, com os seus 16 anos de idade, foi simplesmente a primeira classificada! Começou aí a sua auspiciosa carreira que, graças ao seu empenho e dedicação, se prevê muito longa, digna e exemplar.

Jovem, arrojada, simples e inteligente são alguns dos seus dons que tem vindo a desenvolver, tão necessários ao êxito.

Dentro dos prazos estabelecidos, percorreu os patamares necessários à sua promoção e hoje é a primeira (e única) Árbitra portuguesa que integra a 3ª categoria Nacional! Na época passada ficou em 55º lugar num universo de 140 concorrentes.

Faz hoje precisamente um ano que se estreou nas competições nacionais arbitrando, em Óbidos, um dos jogos da primeira jornada daquele escalão sénior, entre as equipas do Bombarralense e de Monsanto, que terminou empatado a 1 golo. Neste encontro foram seus colaboradores os Árbitros Assistentes Cátia e o Luís Pombinho (marido e mulher). Estive presente e, como se impunha, ofereci uma distinção alusiva a este acontecimento, pois não é todos os dias que uma Árbitra se lança num área que, até então, era unicamente liderada pelo sexo oposto.

A Ana Raquel já participou, mais do que uma vez, no Mundialito, prova destinada à fina-flor do futebol feminino que se realiza anualmente no Algarve. Equipas como Alemanha, Canadá, China, Estados Unidos, Finlândia, Dinamarca, França, Irlanda do Norte, Inglaterra, México, Noruega e Suécia apreciaram e elogiaram o seu desempenho.
A nível interno, o historial de actuações nos encontros da Associação de Futebol de Lisboa e da Federação Portuguesa de Futebol ronda já a bonita soma de 500!

Vamos aguardar que a Ana Raquel nos dê mais alegrias pois a sua determinação, capacidade e conhecimentos são condições importantes para atingir o topo que pretende alcançar e que se apoia incondicionalmente
.

domingo, 16 de setembro de 2007

MOBILIDADE - UM ASSUNTO QUE NOS TOCA...








Este é um tema que deve ser pensado a sério por todos os cidadãos.

sábado, 15 de setembro de 2007

ESTATÍSTICA


Damos hoje a conhecer um espectacular trabalho compilado pelo Mestre Joaquim Campos e que se reporta à época passada (2006/2007), dos clubes que participaram na 1ª Liga e que envolve as seguintes áreas. A saber:

A-FALTAS PRATICADAS
Das 8.214 faltas cometidas nos 240 encontros realizados, a média é de 34,22 interrupções por jogo. O Benfica foi a equipa que menos faltas fez e quem mais contribuiu para a soma total, foi o Aves.

B-CARTÕES AMARELOS
O Vitória de Setúbal foi o que recebeu menos. O Estrela da Amadora foi o que viu mais vezes o amarelo.

C-CARTÕES VERMELHOS
O Porto aqui também foi o campeão, pois foi o agrupamento que menos jogadores teve expulsos. A Académica e o Beira-Mar estão no final da classificação.

D-GRANDES PENALIDADE SOFRIDAS
O Benfica, o Braga e o Porto durante a competição só sofreram uma penalidade máxima. A Académica e o Estrela da Amadora foram punidos com 5, cada qual.

E-GRANDES PENALIDADES A FAVOR
O Braga beneficiou de 7 e o Setúbal ficou em branco.

ARBITRAGENS MAIS CONSEGUIDAS
F-JORNAL RECORD
O Nacional teve as arbitragens mais bem pontuadas enquanto que, ao contrário, foi o Paços de Ferreira.

G-JORNAL A BOLA
O Vitória de Setúbal foi o que teve melhores arbitragens. O Braga não.
H-SOMA DOS PONTOS ATRIBUÍDOS
O primeiro lugar é ocupado pelo Vitória de Setúbal. O Marítimo ficou no último.

Eis as classificações:

A-FALTAS PRATICADAS

1º Benfica, 403
2º Leiria, 435
3º Porto, 458
4º Beira-Mar e Sporting, 480
6º Naval, 500
7º Braga, 501
8º Nacional, 521
9º Académica, 526
10º Setúbal, 543
11º Belenenses, 545
12º Boavista, 550
13º Amadora, 560
14º Paços Ferreira, 568
15º Marítimo, 576
16º Aves, 578

B-AMOSTRAGEM DE CARTÕES AMARELOS

1º Setúbal, 61
2º Benfica, 63
3º Naval, 64
4º Beira-Mar, Porto e Sporting, 66
7º Belenenses, 73
8º Leiria, 75
9º Nacional, 76
10º Braga, 79
11º Académica e Paços Ferreira, 80
13º Boavista, 83
14º Marítimo, 84
15º Aves, 92
16º Amadora, 98

C-AMOSTRAGEM DE CARTÕES VERMELHOS

1º Porto, 1
2º Aves, Nacional e Sporting, 3
5º Belenenses, Marítimo e Setúbal, 4
8º Benfica, Leiria, Naval e Paços Ferreira, 6
12º Boavista, Braga e Amadora, 8
15º Académica e Beira-Mar, 9

D-GRANDES PENALIDADES SOFRIDAS

1º Benfica, Braga e Porto, 1
4º Boavista, Leiria, Naval, Setúbal e Sporting, 2
9º Aves, Belenenses e Paços Ferreira, 3
12º Beira-Mar, Marítimo e Nacional, 4
15º Académica e Amadora, 5

E-GRANDES PENALIDADES A FAVOR

1º Braga, 7
2º Porto, 6
3º Benfica, 5
4º Belenenses, Leiria e Sporting, 4
7º Nacional, 3
8º Boavista, Marítimo e Paços Ferreira, 2
11º Académica, Amadora, Aves, Beira-Mar e Naval, 1
16º Setúbal, 0

ARBITRAGENS MAIS CONSEGUIDAS

F-PONTUAÇÃO DO JORNAL RECORD = DE 0 A 5

1º Nacional, 96
2º Aves, 92
3º Amadora e Naval, 90
5º Belenenses e Setúbal, 89
7º Beira-Mar, 88
8º Leiria e Porto, 87
10º Académica, 86
11º Boavista, 82
12º Braga, 81
13º Benfica, 79
14º Sporting, 78
15º Marítimo, 71
16º Paços Ferreira, 70

G-PONTUAÇÃO DO JORNAL A BOLA = DE 0 A 10

1º Setúbal, 187
2º Belenenses, 185
3º Amadora e Nacional, 179
5º Aves, 177
6º Naval, 176
7º Benfica, 174
8º Académica e Boavista, 171
10º Beira-Mar e Porto, 170
12º Sporting, 168
13º Leiria, 167
14º Paços Ferreira, 166
15º Marítimo, 164
16º Braga, 157

H-SOMAS DAS PONTUAÇÕES ATRIBUÍDAS

1º Setúbal, 276
2º Nacional, 275
3º Belenenses, 274
4º Aves e Amadora, 269
6º Naval, 266
7º Beira-Mar, 258
8º Académica e Porto, 257
10º Leiria, 254
11º Benfica e Boavista, 253
13º Sporting, 246
14º Braga, 238
15º Paços Ferreira, 236
16º Marítimo, 235

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

GRATIFICANTE


No passado dia 21 de Agosto tive necessidade de adquirir os medicamentos habituais para as minhas maleitas (claro, eu também gasto remédios…), e entrei casualmente na Farmácia Morão, situada na Baixa de Lisboa, onde, ao falar com quem me atendeu, veio à baila o futebol, e logo fui encontrar um jogador de uma equipa (Rio de Janeiro-Lisboa) que participou numa final da Prova de Qualificação de Seniores (Amadores) que eu dirige e que ganhou o jogo…

A pessoa em questão é o sr. Manuel Gonçalves, Técnico de Farmácia, e que guardou religiosamente recortes dos jornais de então onde consta os nomes dos intervenientes e que aqui dou à estampa. Um deles, A Bola, no título, até se enganou no nome do Rio de Janeiro, baptizando-o como sendo o 1º de Janeiro… O desafio realizou-se em 29 de Julho de 1978 (já lá vão uns aninos…) e ainda se lembra que a única expulsão que se verificou foi devido a uma agressão que sofreu.

É muito agradável que a mais de 29 anos de distância ainda se pode encontrar gente que não se via desde aquela data mas, agora, rememoram com saudade esse espectacular jogo do qual guardo uma grata e exclusiva recordação: foi o único jogo em que o senhor meu pai me viu a actuar.

Mais um episódio deste desafio: Esta final teve que ser repetida dado que o clube que ganhou a primeira final (o União) praticou irregularidades, só detectadas à posterior. Foi-lhe retirado o título e ordenada a repetição do encontro. Contudo recebeu a taça e não a devolveu, razão por que, na partida que dirigi, não houve a habitual cerimónia da entrega da taça ao vencedor, pois aguardava-se a qualquer momento que ela aparecesse…

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

PORTUGAL-SÉRVIA




Foi outra noite de frustração… Quando tudo se encaminhava para obtermos a tão desejada e merecida vitória veio o golo da selecção adversária que estragou tudo.

Estamos esperançados que vamos conseguir o apuramento nos 4 jogos que faltam. O Euro-2008 espera por nós. Na classificação, actualmente, Portugal ocupa a 3ª posição com 17 pontos em 10 jogos.

Próximos encontros: FORA: 13/10, Azerbaijão e 17/10, Cazaquistão. CASA: 17/11, Arménia e 21/11, Finlândia.

Ontem a equipa de arbitragem que veio da Alemanha, era constituída por Markus Merk (Árbitro), Detlef Scheppe e Peter Henes (Assistentes) e Thorsten Kinhöfer (4º Árbitro).

Voltei a assistir ao jogo com os jovens da ACREDITAR. Após o desafio estávamos desiludidos, mas esperançados no futuro.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

SER FORMADOR


Pela experiência que adquiri através dos tempos nesta espantosa e fascinante actividade de perito no sector da formação na arbitragem do futebol, de ver as próprias deficiências (e as dos outros colegas), na expectativa de melhorar cada vez mais o método de ensino, seria bom que todos aqueles que estão ou vão ingressar nesta área de influência, analisassem e tirassem as ilações dos seguintes dez pontos. A saber:

1. APRESENTAÇÃO
Tem tudo a ver com a nossa maneira de ser. Será a primeira impressão com que o Formador é confrontado por parte dos instruendos. Tirarão daí os seus pensamentos. Logo, o nosso aspecto terá de ser cuidado e esmerado, tanto em termos pessoais como na indumentária. A sua figura terá de ser sempre apreciada pela positiva. Todas as virtudes do Formador devem ser empregues na Formação.

2. OBJECTIVO, PRECISO E CONCISO
Personalidade quanto baste, saber estar sempre presente e adequar as suas intervenções ao fim que se pretende, serão tópicos da máxima importância para que a transmissão de saberes seja eficaz e entendida. Nada de repetições a despropósito. Há que ter a noção de que o ensinamento é para quem ainda não sabe da matéria, logo terá de ser humilde e cortês. Não deve ser acelerado a debitar a informação. Pretende-se metodologia e eficácia.

3. LÍDER
Terá de sentir que a sua função de orientador é entendida pelos educandos. Que acreditam em si, que seguem os seus exemplos. Pode-se exercer a liderança sem sobranceria, sem falsidade ou autocracia. A tão apregoada expressão
eu quero, posso e mando nunca deve ser utilizada pelo Formador. Bem pelo contrário, a humildade, a descontracção e o rigor devem ser a sua imagem de marca. O Formador deve trazer para esta área o que de bom tem, sabe e conhece. Motivará o grupo de trabalho em todas as ocasiões para se atingirem os objectivos propostos.

4. CAPACIDADE DE ACÇÃO
O Formador não deve reagir. Quando se verificaram situações em que tenha de responder às questões ou contratempos que se lhe deparem, deve pautar a sua intervenção com serenidade, simplicidade e com clareza. O modelo de interactividade, que se deseja, entre o Formador e os alunos deverá obedecer constantemente à seguinte regra: Todos podem falar, mas sempre e somente um de cada vez. Os discípulos quando intervierem devem identificar-se, dizendo o seu nome. Não permitir diálogos colaterais.

5. RESPONSÁVEL
As sessões devem começar impreterivelmente à hora preestabelecida nos programas, esteja quem estiver. Há que organizar tudo para que este ponto essencial e exemplar seja rigorosamente cumprido. Os presentes não poderão ser prejudicados pela falta de comparência dos colegas. O Formador deverá entender que o seu trabalho é sempre alvo de uma constante avaliação. O material didáctico deverá estar testado e preparado para ser utilizado no devido momento. Evitar ler o quer que seja que esteja a ser projectado através de meios audiovisuais.

6. ACTUALIZADO, PONTUAL E ASSÍDUO
Um Formador dinâmico, consciente e cumpridor deve adaptar-se às circunstâncias. Para além de procurar estar bem informado na área de ensinamento da sua predilecção, quer frequentando os cursos de actualização no sector de formação ou pesquisando tudo o que for necessário, a sua pontualidade e assiduidade nos locais onde tenha que leccionar serão exemplos a seguir pelos seus alunos. Qualquer falha que possa surgir neste campo não é benéfica para o Formador, e, consequentemente, para o Formando.

7. TOLERANTE E BEM DISPOSTO
O Formador terá de estar preparado para compreender a classe, composta das mais variadas inteligências. Deverá escutar atentamente – o saber ouvir é um princípio de ouro – respondendo, depois, com moderação, sentido e convicção. Quando um aluno pretender intervir, mas antes de pronunciar o que quer que seja, nunca deverá dizer-lhe: já sei o que vai dizer… Na altura apropriada não lhe fica mal contar episódios reais ou fictícios, incluindo histórias com sentido e humor. A boa disposição e o à-vontade devem imperar.

8. EXCELENTE RELAÇÕES PÚBLICAS
Antes do início de qualquer sessão deve saudar os presentes com um sentido aperto de mão e olhar nos olhos o seu interlocutor. Se tal não for possível, devido a atraso dos formandos, dirá, simplesmente, no início da sua intervenção que estava preocupado com eles pois a sua presença é imprescindível para se obter o êxito pretendido. Nunca deve espetar o dedo em direcção de alguém. É um sinal de prepotência e arrogância.

9. EXPLICITO NA VOZ E NO DIALECTO
A sua fraseologia deverá ser fluente e influente. O seu tom de voz deve ser uniforme e bem colocado. Sem gritarias ou rouquidões desajustadas. Fica-lhe muito mal expressar os habituais pleonasmos: entrar para dentro, sair para fora, subir para cima, descer para baixo e quejandos. Jamais deverá inquirir a classe sobre quem está de acordo ou não com a resposta dada por qualquer aluno. Isso é vexatório. Da mesma forma que não deve exprimir-se para a turma, depois de apresentar qualquer tema, dizendo: Perceberam? No caso de ter dúvidas de que a sua mensagem não está a ser assimilada e se tiver que dizer algo, proferirá: Fiz-me explicar?!

10. ORGULHOSO DO QUE FAZ
Ter a satisfação de que o excelente resultado final que os seus instruendos obtiveram foi atingido sem mácula, sem dissabores ou imprevistos por terem seguido os ensinamentos que lhe foram proporcionados. Há que seguir a velha máxima: Já que tem de ser feito que se faça bem!


FOTO: O autor a leccionar numa sessão realizada no Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Lisboa, na sala Ribeiro dos Reis, em Fevereiro de 1994, aquando do Curso de Candidatos a Árbitro de Futebol, cujo Patrono foi Vítor Santos, Chefe de Redacção do Jornal A Bola.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

ANTÓNIO SILVA PEREIRA


Na semana passada o Mestre Joaquim Campos, José Padinha e eu deslocámo-nos a Fernão Ferro (Setúbal) onde voltámos a visitar este comum Amigo, antigo Árbitro e ex-dirigente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Viana do Castelo.

Silva Pereira, de 96 anos de idade (nasceu em 2 de Setembro de 1911, em Seixo da Beira, Guarda), foi acometido no início do presente ano de doença coronária, mas, como sempre nos habituou, está ali para as curvas. Foi uma satisfação enorme constatar o progresso na fala e nos movimentos. Está programada nova visita proximamente. Que continue com a força de viver que sempre o norteou e que tudo corra como pretendemos: bem!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

UNIÃO DE TIRES - FUTEBOL BENFICA (RETROSPECTIVA-I)

Começo hoje a recordar o que foi o meu tributo às pessoas que me ajudaram a formar como homem e desportista, assistindo a jogos dos campeonatos mais importantes das 22 Associações Distritais, filiadas na Federação Portuguesa de Futebol. Podendo considerar-se uma verdadeira volta a Portugal (continental e insular), aqui ficam alguns dados estatísticos. A saber:

Duração: de 10 de Setembro de 2006 até 14 de Janeiro de 2007.
Quilómetros percorridos: 20.621, sendo 8.861, nas deslocações no Continente e 11.760 para ir às Regiões Autónomas.
Tempo despendido: 351 horas.
Capital próprio investido: Mais de € 3.200,00 (três mil e duzentos euros).

Resultado final: Foi um gozo enorme, pelos muitos Amigos que visitei, pela Amizade, pelo Convívio, pela Alegria, por tudo…. Valeu bem a pena. A todos o meu reconhecimento. Bem-hajam!

Depois do dever cumprido nesta que foi a primeira iniciativa, resolvi prestar, também, a minha homenagem aos Amigos estrangeiros que falam a língua portuguesa, visitando os seus países e onde assistirei aos jogos das suas selecções principais. De Angola, Cabo Verde, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, já estive, em 2007, nas duas primeiras nações. Só faltam 5!... Como a minha médica de família diz que vou viver pelo menos até aos 150 anos, tenho tempo… É que já estou a pensar, depois de realizar este programa, avançar com o projecto de ir ver as selecções de todos os países da Europa, em sua casa, que, neste momento, são só 52…

Agora, o primeiro jogo, realizado no Distrito de Lisboa:

DIA 10 DE SETEMBRO DE 2006 (DOMINGO)
DIVISÃO DE HONRA – 2ª JORNADA
UNIÃO DESPORTIVA E RECREATIVA DE TIRES-CLUBE FUTEBOL BENFICA

Resultado final: 0-0

Equipa de arbitragem: Martinho Luís Félix Rodrigues (Árbitro) e Frederico Gomes Lourenço e Hugo António Lopes Nobre (Árbitros Assistentes), do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Lisboa.

domingo, 9 de setembro de 2007

FUTEBOL E ARBITRAGEM










Ontem assisti, no Estádio da Luz, ao jogo entre as selecções principais de Portugal e da Polónia, que contava para o Grupo A do Apuramento do Campeonato da Europa 2008, cujo resultado final não foi o melhor para as nossas cores, já que o empate verificado (2-2), não corresponde à satisfação total dos portugueses.

Vi o jogo junto com os jovens da ACREDITAR, graças à Federação Portuguesa de Futebol que correspondeu ao seu pedido, oferecendo os ingressos solicitados para as suas crianças. Muito vibrámos, muito apoiámos, muito sofremos, razão porque não saímos do Estádio alegres e contentes. A equipa de arbitragem veio de Itália: Roberto Rosetti (Árbitro), Alexandro Griselli e Paolo Calcagno (Árbitros Assistentes) e Nicola Rizzoli (4º Árbitro). Vamos desejar que na 4ª feira, no encontro com a Sérvia, fiquemos felizes e sorridentes.

Hoje, em Seul, a equipa de arbitragem portuguesa que está a participar no Campeonato do Mundo Sub-17, composta por Olegário Benquerença, José Cardinal e Bertino Miranda vai dirigir a partida para os 3º e 4º lugares (Gana-Alemanha), e a quem desejo felicidades.

Esta jornada não correu nada bem, não só o resultado menos conseguido pela selecção como aspirava que os nossos representantes na Coreia estivessem na final…

sábado, 8 de setembro de 2007

CASAMENTO


Os Amigos Carina e o Fábio casaram-se no passado dia 21 de Julho na bonita Igreja do Santuário da Nossa Senhora da Conceição da Rocha, com a presença de seus familiares e de muitos convidados.

Depois da celebração da cerimónia religiosa e dos nubentes terem sido contemplados agradavelmente com o habitual lançamento de arroz e pétalas de encantadoras flores, toda a gente se dirigiu para Negrais onde, numa bonita e funcional quinta, foi servida uma festa como há muito não se via. Foi tudo uma maravilha! Um dia fantástico…

Os desejos do pessoal da arbitragem, companheiros da Carina, são os seguintes: que os noivos sejam felizes durante a vida e que tenham muitos meninos e meninas…

FOTO-A partir da esquerda: casal Campos (Dª Celeste e esposo, Joaquim), casal Reis (a menina Ana Rita e o Pai, Vítor), os noivos, o casal Rosa (Elisabete, esposo, Paulo e a sua muito querida filha, Beatriz) e o casal Santos (a minha Esposa, Maria Júlia e eu).

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

OBRIGADO, PAVAROTTI


O melhor tenor lírico italiano de todos os tempos, quiçá, do universo, deixou-nos ontem, vítima da malfadada doença prolongada. Nasceu em Modena, a 12 de Outubro de 1935.

Luciano Pavarotti deixou uma vastíssima colectânea das suas interpretações de admirável qualidade. O número de discos vendidos com gravações de lindas canções que a todos deliciam ultrapassa a astronómica cifra de 100.000.000 (cem milhões) de cópias!

As suas acções filantrópicas, especialmente orientada para crianças, são mundialmente conhecidas e elogiadas.

São-lhe atribuídas estas duas frases:

Aprender música lendo teoria musical é como fazer amor por correspondência.
Penso que uma vida pela música é uma vida bem vivida, e é aquilo que tenho feito.

Aqui fica uma mensagem de despedida: Os seus milhões de admiradores da sua inconfundível e maravilhosa voz, os protegidos e as crianças das suas obras de solidariedade estão reconhecidos pelas benesses recebidas e eu também…
Que seja sempre Natal!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

PARABÉNS, MESTRE JOAQUIM CAMPOS!


Joaquim Fernandes de Campos comemora hoje o seu 83º aniversário e aqui estou a felicitá-lo com Apreço, Respeito e Carinho e desejar-lhe tudo aquilo que de bom aconteça a quem, desde 31 de Dezembro de 1944 e ainda hoje, contribui para a valorização da arbitragem portuguesa.

Não é fácil falar de quem tem um invejável e inigualável currículo desportivo e que ostentou o distintivo da FIFA, durante 21 épocas consecutivas. É obra…

Um Homem que esteve em 2 Campeonatos do Mundo, em 1958, na Suécia e 1966, na Inglaterra, o primeiro Árbitro profissional português que desempenhou a função no Brasil, todo o seu longo e digno historial foi reconhecido pelo Governo da República Portuguesa atribuindo-lhe as Medalhas de Serviços Distintos e de Mérito Desportivo, a Federação Portuguesa de Futebol outorgou-lhe o título de Sócio de Mérito, a Associação de Futebol de Lisboa concedeu-lhe a distinção mais elevada (Sócio Honorário), é membro da Confraria da Chanfana, de Miranda do Corvo, onde a Câmara Municipal local conferiu-lhe a Medalha de Mérito ao Ouro. Ainda hoje, orienta, e de que maneira, o Encontro anual do Núcleo dos Antigos Árbitros, que como se sabe é de âmbito nacional.

Como elemento da Comunicação Social trabalhou no antigo Boletim O Árbitro, logo na sua aparição (1957), tendo, depois, sido Director da actual revista O Árbitro. Actualmente colabora com o jornal Record comentando as actuações das equipas de arbitragem nos jogos da 1ª liga.

Mestre Joaquim Campos, pessoa bem-humorada, conhecedor, responsável e rigoroso cumpridor das normas estabelecidas, nunca deixou de ter espírito reivindicativo. Desde sempre na crista da onda, muito antes do 25 de Abril de 1974, integrou diversos grupos de trabalho que sugeriam e defendiam propostas que visavam a melhoria das regalias dos Árbitros. Com a sua dinâmica e participação algumas benesses foram obtidas. Em 1979, foi um dos 75 fundadores da APAF-Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol e do Núcleo de Confraternização dos Árbitros de Futebol de Lisboa.

Muito mais haveria para escrever… Mas, enfim, um exemplo que pretendemos preservar, estimar e mostrar a todo o Mundo que as mais-valias são necessárias para construir um novo desporto, uma nova vida, uma arbitragem de valores e princípios sãos e dignos. Só assim é que se pode servir esta maravilhosa causa.

Tive a honra e o privilégio de assistir, em 1952 (eu tinha 9 anos de idade), à sua estreia na I Divisão, tendo arbitrado o jogo Belenenses-Estoril., que se realizou no dia 13 de Janeiro, no antigo Estádio das Salésias (Belém-Lisboa). Mal sabíamos que muito mais tarde, cerca de cinquenta anos depois, ao falarmos de coisas do antigamente, tínhamos estado no mesmo lugar, no mesmo dia e à mesma hora… Bonito…

Hoje, mesmo no dia dos seus anos, tem uma consulta marcada com o médico cirurgião ortopedista que está a acompanhá-lo num problema que o afecta há algum tempo. Espero que não fique retido o dia todo no Hospital, pois tem a sua família à sua espera para festejar a data. Mas, mesmo assim e futuramente, sugiro que siga o meu conselho: MÉDICOS NUNCA MAIS, AGORA SÓ MÉDICAS…

Aquele abraço de aniversário do seu pupilo, extensivo a seus familiares, começando pela Esposa, Dª Celeste, seu filho, Vítor, grande companheiro, sua nora, seu neto Bruno Miguel, excelente matemático e treinador de basquete e demais familiares e amigos.

Neste feliz dia o abraço apertado (mas não muito, por causa dos ossos, não os seus, mas os meus) e o agradecimento por tudo o que para mim significou, como padrão de vida que segui.

Foto: O Mestre, a condecoração e a Câmara Municipal de Miranda do Corvo.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

JARDIM DO PRÍNCIPE REAL – LISBOA


Hoje destaco o jardim onde passei parte da minha juventude, desde quando nasci até 1966, ano em que contraí matrimónio e me mudei para a Freguesia onde resido (Benfica). Morava, então, na rua Cecílio de Sousa, Freguesia das Mercês, com os meus pais (Viriato e Ester) e irmãos (Fernando e Ivone).

Do espaço verde, alindado e cuidado, aqui vai um pouco da sua já longa história: A construção remonta a 1859 por mando da Rainha D. Maria II, em honra do seu filho primogénito. No subsolo tem um enorme reservatório e faz parte do Museu da Água, arquitectado entre 1860 e 1864. Ferreira Borges, republicano e jornalista, é evocado num monumento. Existe um soberbo cedro-do-Buçaco, com mais de 20 metros de diâmetro, que pode abrigar centenas de pessoas.

Recomenda-se, pois, uma visita atenta e demorada a esta agradável zona de lazer, muito florida e encantadora, para se saborear o que de bom a Natureza nos dá.

O magnífico local, situado na rua da Escola Politécnica, dentro do coração de Lisboa, foi muito utilizado pela rapaziada daquele tempo que queria desenvolver as suas potencialidades desportivas, apesar de ser proibido pisar a relva, jogar futebol ou outros desportos colectivos, severamente reprimidas pela polícia, que impedia a qualquer custo tais práticas, correndo para nos apanhar, o que por vezes conseguiam, fazendo detenções, com idas à esquadra das Mercês, onde os nossos pais procediam ao pagamento das multas correspondentes. Outros tempos…

Os jovens do Príncipe Real, do Alto do Longo, da Praça das Flores, do Bairro Alto organizavam, no final do dia, à tardinha, ou nos sábados e domingos, disputadíssimos jogos de futebol, com a velha bola de trapos, mas sempre com um olho no jogo e outro no chui (alcunha que dávamos aos polícias), pois ao mais pequeno indicio teríamos que fugir por tudo o que era sítio. Por vezes faziam-nos cercos e lá conseguiam apanhar os mais lentos ou os menos atentos. Para além da equipa adversária também tínhamos outros antagonistas.

Para podermos jogar futebol à vontade teríamos que nos deslocar até ao Bairro da Serafina (cerca de 5 quilómetros). Muitas das vezes íamos à pendura, nos eléctricos, até às Amoreiras e daí calcorrearmos o restante. Face à febre do Hóquei em Patins que reinou, resolvemos aprender a patinar no Parque Mayer. No alcatroado do Jardim ainda fazíamos hóquei, mas sem patins. Lembro-me de, com 8/9 anos, ter construído uma baliza em madeira, com fios de cordel a fazer de redes, mas numa das fugas cheguei a casa com uns paus enrolados nas guitas… Muito chorei! As caneleiras eram feitas de cartão canelado e colocadas entre as meias e as pernas. O sr. Firmino (marceneiro) dava-nos os stiks. E a polícia corria atrás de nós… Era giro…

Também disputávamos um jogo de sarjeta a sarjeta com uma bola de matraquilhos. Uns tantos de cada lado, constituíam as equipas. Quando era golo era sempre um problema, pois pôr o braço no referido vazadouro com água pútrida para tirar a bola, não era nada agradável, mas o vício era enorme… Na estrutura metálica exterior que suporta o cedro fazíamos provas de resistência, ganhando aquele que mais tempo se mantinha empoleirado e maior era a distância que alcançava. Nas noites de verão as corridas de velocidade e as voltas ao perímetro do jardim eram um atractivo para muita gente que assistia e aplaudia (!) a malta que, com gosto e vontade, participava nas provas.

Grandes e bons amigos se fizeram no Jardim do Príncipe Real. Recordo, com saudade, aqueles já partiram: Alexandre (foi para os paraquedistas, mas veio a falecer num dos saltos ainda em Portugal. Estava mobilizado para a guerra de África); o Alexandrino, que jogava boxe no Rio de Janeiro Futebol Clube (Bairro Alto) e que lhe aconteceu o mesmo que ao Alexandre; o Helder Fagulha, que, por ser mais velho ia ao cinema e, depois, contava-nos os filmes num qualquer portal da rua; o Mário (faleceu no primeiro dia que desembarcou na Guiné, vítima de emboscada); o Manuel Almeida, que esteve comigo em São Tomé e Príncipe, vítima de cancro; o Chico (um dos primeiros radiotelegrafistas que foram para Angola, em 1961). Nota: O Chico um dia levou uma sova do pai (era da agente da GNR) porque fez do tecido do guarda-chuva um paraquedas e o lançou da rampa do jardim… Bonito de se ver… Coisas de jovens…

Outros houveram que atingiram patamares de excelência, caso do José Carlos (jogou basquete na primeira categoria do Benfica) e do Canas (Ciclista do Sporting).
Foto: Com a devida vénia de INLISBOA.COM

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

ATLETAS PORTUGUESES ESTÃO DE PARABÉNS










Ontem, para poder resumir os resultados dos representantes portugueses em actuação no estrangeiro, não tive a oportunidade de assistir a um jogo de futebol, como pretendia, mas não estou arrependido, pois foi bem melhor assim, pois a prestação dos portugueses foi brilhante a todos os títulos.

TRIATLO – HAMBURGO (ALEMANHA)
Começo pelo excelente resultado obtido por Vanessa Fernandes, conquistando pela primeira vez o título de Campeã Mundial. A jovem, pelo que tem feito em prol da modalidade e de Portugal, bem merece o ceptro máximo de tão disputada e exigente prova atlética, que engloba as variantes de natação, ciclismo e atletismo.
Nas restantes provas, as classificações e tempos foram os seguintes:
CONCURSO MASCULINO – SENIORES: Bruno Pais, desistiu. 80 concorrentes. SUB-23: João José Pereira, 17º, com 01H51M35S. 79 concorrentes. JUNIORES: João Silva, 8º com 55M00S; José Estrangeiro, 16º, com 55M31S; e Miguel Arraiolos, 56º, com 58M13S. 82 concorrentes.
COMPETIÇÃO FEMININA – SENIORES: Vanessa Fernandes, Campeã, com 01H53M27S; e Anais Moniz, 44ª, com 02H00M03S. 77 concorrentes. SUB-23: Bárbara Clemente, 16ª, com 02H06M36S. 34 concorrentes. JUNIORES: Mariana Costa, 13ª, com 01H01M24S; Ana Ferreira, 22ª, com 01H01M56S; e Joana Marques, 57ª, com 01H09M10S. 65 concorrentes.

MUNDIAIS DE ATLETISMO – OSAKA (JAPÃO)
Portugal foi representado por 24 atletas e ter obtido uma medalha de ouro, conquistada por Nelson Évora, numa especialidade em que a imensa concorrência estrangeira tem melhores condições e mais peritos, é simplesmente fantástico!
Eis os registos dos nossos compatriotas:
DESPIQUE MASCULINO
100 metros: Francis Obikwelu, eliminado
200 metros: Francis Obikwelu, meia-final, 5º, com 20,40S (não apurado); e Arnaldo Abrantes, quarta-eliminatória, com 20,82S (não apurado).
400 metros barreiras: Edivaldo Monteiro, meia-final, 5º, com 49,31S (não apurado)
Marcha 20 quilómetros: João Vieira, 25º, com 1H27M44S; e Sérgio Vieira (desistiu aos 13 quilómetros).
Marcha 50 quilómetros: António Pereira, 15º, com 04H02M09S; Augusto Cardoso, 26º, com 04H14M38S; e Jorge Costa, 27º, com 04H16M05S.
Maratona: Alberto Chainça, 22º, com 02H23M22S; Luís Feteira, 35º, com 02H29M34S; Paulo Gomes, 42º, com 02H32M02S; Helder Ornelas (desistiu) e Luís Jesus não alinhou por estar doente (gastroentrite vírica).
Triplo salto: Nelson Évora, Campeão do Mundo, com 17,74 metros.
PROVA FEMININA
3000 metros obstáculos: Sara Monteiro, final, 13ª, com 10M00,40S.
5000 metros: Jéssica Augusto, final, 15ª, com 15M24,93S.
20 quilómetros marcha: Susana Feitor, 5ª, com 01H31M01S; Inês Henriques, 7ª, com 01H33M06S; e Vera Santos, 11ª, com 01H34M28S.
Maratona: Anália Rosa, 36ª, com 02H45M38S.
Comprimento: Naide Gomes, final, 4ª, com 6,87 metros.
Dardo: Sílvia Cruz, final, 15ª, com 58,53 metros.
Martelo: Vânia Silva, com 61,81 (não apurada).
Salto com vara: Elisabete Tavares, com 4,05 metros (não apurada).

Aos atletas, aos técnicos, às Federações expresso felicitações e o meu regozijo por terem representado condignamente Portugal!