quinta-feira, 30 de abril de 2009

A ARBITRAGEM NOS MUNDIAIS FEMININOS – 2003-USA (4)


Este campeonato deveria ter sido disputada na China, mas face um surto de Sindroma Respiratório Agudo e Grave que ocorreu no seu imenso território, em Abril e Maio, obrigou a FIFA a aguardar até ao último momento para decidir qual o país que receberia o 4º Mundial Feminino. Escolheram os Estados Unidos da América do Norte, pelas provas dadas no torneio anterior (1999). -Cristina Ionescu-
A selecção portuguesa tentou, pela segunda vez, o apuramento mas foi muito infeliz, já que o resultado final se cifrou numa vitória, um empate e quatro derrotas, tendo marcado 4 golos e sofrido 26! -Irina Mirt-
Eis os resultados: Inglaterra, casa (24.11.2001), 1-1 e fora (24.12.2002), 0-3. Holanda, casa (08.12.2001), 2-1 e fora (19.05.2002), 1-4. Alemanha, fora (25.10.2001), 0-9 e casa (04.05.2002), 0-8. Sónia (2), Anabela e Mónica foram as marcadoras dos nossos golos. -Katarzyna Nadolska-
A prova nos Estados Unidos decorreu de 20 de Setembro a 12 de Outubro e para os 32 jogos foram utilizados os Estádios das seguintes cidades: Filadélfia, Columbus, Washington, Carson, Boston e Portland. -Sónia Denoncourt-
Eis as dezasseis selecções presentes: Alemanha (4), Argentina (4), Austrália (3), Brasil (5), Canadá (11), China (2), Coreia do Norte (5), Coreia do Sul (4), França (3), Gana (2), Japão (0), Nigéria (3), Noruega (7), Russia (3), Suécia (5) e USA (4). Entre parêntesis o número de advertências que sofreram. -A minha boa Amiga Cleidy Ribeiro-
Uma curiosidade: A última jornada da fase preliminar decorreu em dias diferentes e a horas distintas… Para que conste! -Birgit Prinz-
Neste mundial destaca-se o seguinte:


-Espectadores: 679.664 (média 21.239).
-Prémio Fair-play: China (repetiu 1999)
-Golos marcados no torneio: 107 (média: 3,3).
-Melhor jogadora: A alemã Birgit Prinz (25.10.1977).
-Melhore marcadora: A mesma atleta, com 7 golos.
-Advertências: 65 (ver desdobramento nas selecções participantes).
-Expulsão: 1 = Natália Gati, da Argentina.
-O desafio mais indisciplinado: Japão-Argentina (6-0), com 3 advertências e 1 expulsão.
-Número de jogos sem incidências disciplinares: 6.

-O troféu mais desejado!-

ARBITRAGEM



Para constituírem equipas de arbitragem totalmente femininas, foram escolhidas 14 Árbitras e 22 Assistentes dos seguintes vinte e um países: Argentina (AR/1 e AA/2), Austrália (AR/1 e AA/2), Brasil (AR/1 e AA/2), Canadá (AR1 e AA/1), China (AR/1), Coreia do Norte (AA/1), Coreia do Sul (AR/1 e AA/1), Costa do Marfim (AA/1), Finlândia (AR/1 e AA/1), França (AA/1), Irlanda do Norte (AA/1), Japão (AA/1), Nigéria (AR/1), Polónia (AA/1), Roménia (AR/1 e AA/1), Senegal (AA/1), Suiça (AR/1 e AA/1), Taipé (AA/1), Togo (AR/1), Trinidade e Tobago (AA/1) e USA (AR/3 e AA/2). AR=Árbitra e AA=Assistente. Destaques: A Alemanha não teve qualquer representante. A Austrália, Argentina e Brasil todos com uma equipa completa (3 elementos). USA com o máximo: 5! Quanto às Árbitras portuguesas, nada de novo a assinalar. Até porque Portugal só começou a ter internacionais no ano seguinte, em 2004! A seguir indicam-se os seus nomes, data de nascimento, país e os números das actuações que cada uma teve, com as seguintes siglas: AR=Árbitra. QA=Quarta Árbitra AA=Assistente. Airlie Keen, 22.04.1969, Austrália, AA=3.
Alejandra Cercato, 22.12.1971, Argentina, AA=2.
Andi Regan, 27.09.1974, Irlanda do Norte, AA=3.
Bola Abidoye, 11.09.1965, Nigéria, AR=2.
Cleidy Mary Ribeiro, 16.03.1970, Brasil, AA=2.
Cristina Ionescu, 09.12.1972, Roménia, AR=2, QA=1.
Denise Robinson, 07.04.1972, Canadá, AA=3.
Dongqing Zhang, 15.04.1971, China, AR=3.
Elke Luethi, 25.09.1969, Suiça, AA=4.
Emilia Parviainen, 20.10.1975, Finlândia, AA=3.
Eun Ju Im, 13.03.1966, Coreia do Sul, AR=3, QA=2.
Florence Biagui, 05.08.1970, Senegal, AA=3.
Florência Romano, 26.10.1970, Argentina, AR=2.
Hisae Yoshizawa, 09.11.1966, Japão, AA=3.
Hsiu Mei Liu, 28.11.1972, Taipé, AA=4.
Irina Mirt, 24.12.1972, Roménia, AA=4.
Jennifer Bennett, 04.05.1971, QA=4.
Jacqueline Leleu, 29.11.1973, Austrália, AA=3.
Karalee Sutton, 08.04.1965, USA, AA=3.
Kari Seitz, 02.11.1970, USA, AR=3, QA=2.
Katarzyna Nadolska, 11.09.1973, Polónia, AA=3.
Katriina Elovirta, 15.02.1961, Finlândia, AR=3, QA=5.
Kum Nyo Hong, 11.10.1973, Coreia do Norte, AA=2.
Lynda Bramble, 01.06.1977, Trinidade, AA=3.
Marlei Silva, 24.09.1966, Brasil, AA=2.
Nelly Viennot, 08.01.1962, França, AA=3.
Nicole Petignat, 27.10.1966, Suiça, AR=3, QA=2.
Perpetue Krebe, 09.06.1968, Costa do Marfim, AA=3.
Sabrina Lois, 06.10.1978, Argentina, AA=2.
Sandra Hunt, 14.06.1959, USA, QA=6.
Sharon Wheeler, 03.09.1963, USA, AA=3.
Sónia Denoncourt, 25.06.1964, Canadá, AR=3, QA=3.
Soo Jin Choi, 04.11.1974, Coreia do Sul, AA=3.
Sueli Tortura, 10.08.1966, Brasil, AR=2.
Tammy Ogston, 26.07.1970, Austrália, AR=4, QA=5.
Xonam Agboyi, 23.12.1974, Togo, AR=2, QA=2.
Repetições: 1995 e 1999, Sónia Denoncourt. 1999, Bola Abidoye, Cleidy Mary Ribeiro, Eun Ju Im, Hisae Yoshizawa, Kari Seitz, Nicole Petignat, Sandra Hunt e Tammy Ogston. A final foi dirigida por Cristina Ionescu (Roménia), auxiliada por Katarzyna Nadolska (Polónia) e Irina Mirt (Roménia). 4ª Árbitra: Sónia Denoncourt (Canadá). Não houve incidências disciplinares. A selecção da Alemanha ganhou à Suécia por 2-1, no prolongamento, dado o jogo estar empatado no tempo normal (1-1).

terça-feira, 28 de abril de 2009

VÍTOR MANUEL LOURENÇO ANTUNES – GRANDE COMPANHEIRO!

Foi uma satisfação enorme voltar a estar com este bom amigo da arbitragem e de longa data, que me deu a honra de me contactar na sexta-feira, dia 17 de Abril. Encontrámo-nos na sede da APAF onde falámos do passado, do presente e do futuro. Fomos jantar, naturalmente. -Alguns dos Árbitros que actuaram em 1975 no Torneio de Futsal do Sport Lisboa e Benfica-
Conseguiu falar telefonicamente (e eu também) com os colegas que consigo fizeram equipa, os amigos comuns Carlos Cardoso e o António Ferreira, felicíssimos ficaram com o contacto. -Em 1976, Vítor Antunes à esquerda, seguindo-se o meu filho, minha mulher e eu-
Ficou marcado novo encontro para Julho próximo, mais alargado, quando vier de férias a Portugal, dado que se encontra radicado em Inglaterra a trabalhar.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

TORNEIO INTERNACIONAL JUVENIL DA PONTINHA 2009

O prestimoso CAC-Clube Atlético e Cultural, levou a efeito na quadra pascal, uma vez mais, a sua tradicional e prestigiada competição futebolística para jovens do escalão de Infantis (Sub-11), já conhecida no mundo inteiro, dado terem já participado equipas representantes dos 5 continentes! -O Patrono com a mascote do Torneio-
Nesta edição, a 28ª, decorreu nos dias 10, 11 e 12 de Abril, e estiveram presentes as seguintes equipas: Clube Deportivo Puerta Palmas e Real Club Recreativo de Huelva (Espanha), e os nossos: Clube de Futebol Estrela da Amadora, Clube de Futebol Os Belenenses, Futebol Clube do Porto, Sport Lisboa e Benfica, Sporting Clube de Portugal e a turma da colectividade anfitriã. -António Silva, Diogo Louro, João Maionde e Eduardo Protásio-
Destaco que o patrono do Torneio, Aurélio Pereira, 61 anos de idade, antigo jogador do Sporting Clube de Portugal, que tem dedicado parte da sua vida às categorias juvenis (há perto de 40 anos!), é uma referência para todos os desportistas que sentem e vivem a Verdade Desportiva no desporto-rei. -Pedro Coelho, Vítor Pereira, Ernesto Rodrigues e Manuel Santos-
Diversas equipas de arbitragem prestaram a sua colaboração a esta importante prova do panorama do futebol infantil, desde o estagiário aos mais categorizados FIFA portugueses. -Diogo Louro, João Maionde, José Gomes e Eduardo Protásio-
Quanto a mim, devo dizer que, para além de ter acompanhado a grande maioria das vinte e oito edições como mero espectador, tive o privilégio de ter participado na 1ª edição-1981, no jogo entre a Selecção de Lisboa e o clube anfitrião, disputado no campo da Escola Agrícola da Paiã, em 12 de Abril, cujo resultado foi favorável aos primeiros por 3-0. -Pedro Neca, Rogério Correia, José Gomes (com seu filho, o Alexandre) e Hugo Ribeiro-
Mais tarde, também colaborei no 3º torneio, em 27 de Março de 1983, nos jogos: Benfica-Belenenses (6-0) e no F.C.Porto e o clube francês Espoir Sportif Moussy le Neuf (7-0). Como no ano seguinte terminei a minha actividade (por limite de idade) a partir dessa altura passei a ser um frequente observador desta importante competição… -António Silva, João Maionde e Tânia Gordino-
Agradeço as deferências que o CAC, desde sempre, tem feito o favor de me dispensar. Bem-hajam! -Sérgio Lobo, Tânia Gordino, Bruno Paixão e Gil Brandão-
Entretanto, devo dizer que foi extremamente agradável na edição deste ano ter-me encontrado com muitos e bons amigos! -Pedro Garcia, Rogério Correia, Duarte Gomes, Alexandre Gomes e José Lima-
Eis o quadro de resultados da competição deste ano: -A mascote da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Pontinha-
1ª Jornada
Grupo A - Huelva, 0-Porto, 3 e Estrela Amadora, 0-Belenenses, 3
Grupo B - Palmas, 0-Sporting, 7 e Benfica, 3-Cultural, 0 -A mascote do CAC, naturalmente de amarelo-
2ª Jornada
A - Huelva, 2-Estrela Amadora, 0 e Porto, 2-Belenenses, 0
B – Palmas, 0-Benfica, 3 e Sporting, 1-Cultural, 1 -Alexandre Gomes, a mascote das equipas de arbitragem-
3ª Jornada
A - Huelva, 1-Belenenses, 1 e Porto, 2-Estrela Amadora, 3
B – Palmas, 0- Cultural, 2 e Sporting, 2- Benfica, 2 -Jogo para apuramento dos 3º e 4º lugares-
Meias-Finais
Sporting, 1-Porto, 1 (4-3 em pontapés a partir da marca de grande penalidade)
Belenenses, 1-Benfica, 1 (5-4, idem) -Equipas finalistas, com largada de pombos-
Classificação final:
7º e 8º lugares – Estrela, 2-Palmas, 1
5º e 6º lugares – Huelva, 2-Cultural, 0
3º e 4º lugares – Porto, 1-Benfica, 1 (5-4, idem)
1º e 2º lugares – Sporting, 1-Belenenses, 0

domingo, 26 de abril de 2009

25 DE ABRIL – COMEMORADO NO RIO DE JANEIRO*

Vou falar sobre o 25 de Abril. E, no entanto...
Vou falar de uma data que é menos fala, menos escrita e mais coisa vivida.
Aqui, nesta sala, quem sabe do 25 d’Abril?
A larga maioria dos portugueses de meia-idade, a caminho da meia-idade ou até de idade e meia, conhece a data de Abril como quem lida com um familiar querido, de quem gosta porque gosta, sem precisar de explicações: alguém precisa definir, por exemplo, o que sente pela mãe? Por um filho? Enfim, por um ente querido?
E ainda pergunto: é preciso dizer alguma coisa sobre a terra onde se nasceu, a paisagem emblemática que ficou na memória, o livro, o quadro ou o filme que nos ajudam a prosseguir a viagem da vida?
Ora, este nosso 25 – sim! 25 para os íntimos - é tudo isso e o muito mais que não cabe em meia dúzia de palavras. O 25 de Abril é um afecto que se abriu quando a palavra foi para a rua, finalmente sem a presença de um árbitro punitivo, sempre disposto a dar cartão vermelho ao jogo da existência.
O 25 de Abril também é o tal quadro, o tal livro e o tal filme que não se podia apreciar - não senhor! - porque era pecado – e agora nós sabemos que aqueles pecados não existem, o que existe é o pecado cometido por quem o inventou.
O 25 de Abril abriu - (como os cravos vermelhos), no dia de hoje, há 35 anos atrás. E abriu as palavras, mas também, e sobretudo, abriu as emoções, os abraços, os afectos e os costumes.
Nem pensem que vou falar aqui de ideologia, de palavras de ordem, ou de “por aqui é que é o caminho”. Não! Porque o 25 de Abril foi e é outra coisa.
É uma data que abriu as comportas do imaginário para um povo habituado ao “sim, senhor!” e ao “manda quem pode!”. Ou, como disse com muita ironia o poeta Alexandre O’Neill, bem antes do 25 de Abril, “neste país em diminutivo, res-pei-ti-nho é que é preciso”. Ou era preciso.
Com o Abril, tudo isso foi derrubado. A África foi devolvida à África, como já tinha acontecido ao Brasil, e ficamos maiores dentro da nossa própria camisa - e as palavras da ordem, da força e do açoite foram reduzidas a si mesmas, ou seja, finalmente, à sua própria caricatura.
Porque a maior grandeza está no poder dizer sim ou não, gritado, sussurrado, com maior ou menor sonoridade.
É sim ou não – ou talvez! - e foi isso que o 25 de Abril nos deu - ou nos abriu!
Creio que é melhor ficar por aqui, pois como afirmei no começo, o 25 de Abril não é adjectivo e, sim, a representação substantiva da democracia instalada no peito de cada português.
A democracia, mesmo aqueles que não a queriam, ou os poucos que ainda hoje não a querem, passaram a ostentar na voz, na caneta ou no peito a possibilidade de dizer sim ou não. Ou até as duas coisas ao mesmo tempo, tal é a excelência dessa democracia.
Além do mais, enquanto tudo isso era vivido, acontecia-nos Zeca Afonso, sem dúvida e sem favor algum o grande tradutor poético e musical desses inesquecíveis momentos.
Não podia viver muito, o nosso Zeca!!! Corria-lhe nas veias o sangue da revolução e da mudança permanente. Isso, como se sabe, é coisa que nem agrada aos poderosos... nem aos deuses. Mas, para além de uma vida vivida de valer a pena, o Zeca jogou, para o ar e para os nossos ouvidos, o hino do nosso contentamento – Grândola Vila Morena, a música que serviu de senha à revolução. E deu-nos também uma série emblemática de canções que pedem ao respeitável público mais verdade, mais afecto, mais justiça e solidariedade para com o outro. Palavras que cabem por inteiro no Zeca Afonso e, claro, traduzem o nosso hoje - e o nosso sempre - 25 DE ABRIL!*Texto lido pelo meu bom amigo José Alberto Braga, escritor, em Ipanema, no Rio de Janeiro, ontem, dia 25 de Abril de 2009 (na foto).

Nota: A foto da estátua do Capitão de Abril, Salgueiro Maia, foi obtida em Santarém (Portugal), onde decorreram este ano as comemorações do 35º aniversário da Revolução.

sábado, 25 de abril de 2009

NAQUELE TEMPO (XX)

Do exemplar 22 do Boletim O ÁRBITRO, de Abril de 1959, realça-se o seguinte:

A Comissão Central expressa a sua satisfação nos caminhos que está a traçar e apela à comunhão de intenções que devem existir entre si e os seus filiados. Também dá nota que, de harmonia com a legislação vigente (Decreto-Lei 40964/56, de 31 de Dezembro) também aos Árbitros é exigida a escolaridade obrigatória.
Fernando Campos, do Brasil, afirma que a Federação Paulista de Futebol tem o seu Departamento de Arbitragem, há muito tempo, acéfalo e sugere que à sua frente, para gerir os seus destinos, esteja homem capaz, digno e conhecedor. -Iohan Bronkhorst (Holanda) e Ortis de Mendibil (Espanha) em Portugal-
Décio de Freitas dá nota que foi ao campo do Juventude Sport Clube (Évora), dirigir um encontro e na cabina da equipa de arbitragem leu o seguinte texto:
Atleta! Isto é para ti:
Não tomes ares importantes quando vences nem te inferiorizes quando perdes.
Saber ser moderado na vitória e conformado na derrota, classifica um autêntico desportista.
Não discuta com o Árbitro, pois ele é o único juiz e as suas decisões são irrevogáveis.
Nunca respondas com um insulto a outro insulto, nem com uma agressão a outra agressão.
Se o fizeres perdes imediatamente a razão que até esse momento tinhas para te queixar.
Noutra cabina como esta, os teus adversários têm neste momento as esperanças que tu tens. Luta lealmente com eles e não te zangues se as esperanças deles se realizarem e as tuas não.
As palavras que ouças nesta cabina, ditas por dirigentes ou orientadores, são amigas e para teu interesse.
Escuta-as, compreende-as e acata-as como as mais úteis, na certeza de que são para teu bem, mesmo que nem sempre sejam de elogio. Filipe Gameiro Pereira lamenta a morte de Reinaldo Torres, uma figura da arbitragem portuguesa, evocando a sua memória.
Noutra página: “Está de parabéns a arbitragem nacional!” é o primeiro parágrafo do título Notável êxito dos Árbitros portugueses no estrangeiro.

Eduardo Gouveia, que fez parte da equipa de arbitragem portuguesa que dirigiu em 11.04.1959 o encontro Inglaterra-Escócia, no Wembley, arbitrado pelo Mestre Joaquim Campos, sendo o outro auxiliar Hermínio Soares, inicia a crónica da viagem a Londres, descrevendo as peripécias que se verificaram desde a saída de Lisboa, via Paris. Patrício Álvares, conceituado jornalista e ex-Árbitro dos quadros nacionais escreve sobre Um deputado-Árbitro, relevando o facto que se passa em Inglaterra.

Na Agenda do Árbitro destaque para a fatalidade que atingiu o Mestre Francisco Guerra (Porto), dado que num mês, viu desaparecer três dos seus entes queridos, um dos quais o seu filho que faleceu dias depois da sua chegada da Suiça. O jornal desportivo Mundo Desportivo (fundado em Abril de 1945 e extinto em Maio 1980) comemorou mais um aniversário e o Notícias de Moçambique refere-se elogiosamente ao Boletim. Em Braga, o surto de gripe que apareceu afectou também vários Árbitros que tiveram de merecer o devido tratamento no leito. -Carlos Pinhão-
Carlos Pinhão, o príncipe da escrita, escreve sobre “O Árbitro foi imparcial”, assegurando que não está de acordo com este género de afirmação, considerando um pleonasmo de má nota e de flagrante mau gosto! Lourenço Simões, de Évora, observa a questão dos prémios de jogo, com o cabeçalho: Basta!
-Francesco Liverani, Itália-
A recolha de fundos para a família de Aureliano Fernandes atingiu a verba de 23.591$50. Francesco Liverani (Itália), foi o Árbitro estrangeiro escolhido para a rubrica de “Mês a Mês”.

Nas Curiosidades… do antigamente, recorda-se que o Árbitro inglês Artur Ellis propôs à FIFA a utilização pelos auxiliares de bandeiras amarelas e vermelhas, em vez do tradicional cor branca. A FIFA adoptou tal sugestão em 1951. O Árbitro francês que dirigiu a final do mundial 1958-Suécia foi vaiado em Paris quando dirigia uma partida de futebol ao ponto dos espectadores lançarem almofadas para o rectângulo de jogo. Quis abandonar a actividade, mas reconsiderou. Também se destaca uma história pitoresca quando no decorrer dum jogo no Estoril o Árbitro que dirigia a partida teve que assinalar grande penalidade. O seu filho de meia dúzia de anos, que ficou na bancada e à guarda de um seu amigo, irrompeu pelo campo e disse já junto ao pai: Oh, paizinho deixa-me marcar o “penalty”! “Pingos de Tinta”, de Augusto César de Jesus e “Caso de Consciência”, de G. Boyreau, membro da Comissão Central de Árbitro de França, são os dois últimos originais deste Boletim.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

SPECIAL OLYMPIC EUROPEAN FOOTBALL TOURNAMENT EM PORTUGAL

Este é o maior acontecimento desportivo de 2009 para atletas jovens com deficiência intelectual, os quais, através da actividade no desporto-rei (futebol 7), pretendem superar barreiras, estreitar laços fraternos em todo o mundo e, principalmente, sentirem-se realizados na sociedade que se inserem e proximamente irão servir com as suas capacidades, profissões e empenho.A competição irá decorrer entre os dias 6 a 11 de Maio de 2009 e estarão presentes 24 Selecções da Europa e da Ásia, 4.000 crianças de idade escolar (16 anos de idade), 70 treinadores, 200 famílias membros, 100 guias e 40 jornalistas. Local do Projecto: Complexo Desportivo do Jamor (Cruz Quebrada). Exceptuando um dia de provas em: Cascais (Dramático de Cascais), Sintra (Real Sport Clube), Oeiras (local a definir), e Lisboa (Estádio Universitário). Haverá, ainda, Clinics, Workshop, atletas seleccionados, parque dos fãs e a tocha. Os 44 Árbitros lisboetas que se inscreveram para colaborar nesta maravilhosa iniciativa vão receber instruções adequadas à variante da modalidade, aos praticantes e às suas específicas características para que o êxito deste intento seja total!
Quanto aos cerca de 150 voluntários que serão necessários durante o evento também terão direito a formação, certificado de participação, um seguro de acidentes pessoais e uma bolsa para alimentação e o ressarcimento de despesas de transporte. O programa estrutural é o seguinte:

Quarta-feira, 06/05/2009
Manhã e tarde: chegada das delegações
21.00: Encontro de chefias das delegações no Parque das Nações

Quinta-feira, 07/05/2009
Manhã e Tarde: Livres
19H30: Cerimónia da Abertura
21H15: Recepção VIP

Sexta-feira, 08/05/2009
Manhã e Tarde: Competições e Clinics para treinadores.
Noite: Evento social.

Sábado, 09/05/2009
Manhã e Tarde: Competições e Clinics para treinadores.
Noite: Evento social

Domingo, 10/05/2009
Manhã e Tarde: Competições
19H00: Entrega de prémios e Cerimónia de encerramento.

Segunda-feira, 11/05/2009
Manhã: Partida das delegações.

Comparece e apoia os atletas!
Eles esperam (e merecem) pelo teu incentivo!