Este domingo, 15 de julho de 2018, serviu de pretexto para
que houvesse um almoço de confraternização entre aqueles que, nas mais belas e
encantadoras ilhas africanas, se divertiram a trabalhar nos órgãos de comunicação
locais, tendo a Radio sido motivadora para outros objetivos e carreiras.
Estiveram reunidos numa unidade hoteleira de Odivelas, entre senhoras e homens, 42
convivas, que recordaram tempos idos e de imensas e agradáveis lembranças, que
aproveitaram para voltar a falar nelas com carinho, simpatia e muita emoção.
A minha presença baseou-se na simples ajuda que possa
prestar, indicando pistas para que sejam recolhidos preciosos elementos para o
excelente trabalho que o escritor e meu ilustre Amigo António Bondoso está a
desenvolver em relação ao Radio Clube de São Tomé e as suas vicissitudes,
através dos tempos.
Aquele que foi o primeiro emissor radiofónico em São Tomé, teve
os seus Estatutos publicados no Boletim Oficial de 5 de junho de 1948, mas só
foi inaugurado no dia 12 de dezembro do mesmo ano.
Infelizmente a sua extinção foi decretada passados cinco
anos, através de despacho do Governador da então Província Ultramarina
portuguesa, em 31 de dezembro de 1953.
Mas o entusiasmo das “gentes da radio” não acabou. Bem pelo
contrário, houve uma dinâmica, um querer, uma vontade, valências que valeram a
sua recuperação e existência durante muitos anos.
No meio disto tudo tive o privilégio de, 52 anos depois, ter
encontrado o nobre amigo Faustino Carvalho, brioso, valoroso e digno adversário
que alinhava no Sporting Clube de São Tomé e que tivemos a honra de nos
defrontar no dia 21 de dezembro de 1965, ele no seu clube e eu no glorioso
Sport São Tomé e Benfica, jogo que perdeu por 1-0. Estamos identificados na última
foto, ele a verde e eu, naturalmente, a vermelho.
Ai que saudades, ai, ai…
1 comentário:
Excelente reportagem. Como sempre Alberto Helder. Um abraço grato.
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