No dia em que faz precisamente 32 anos que deixou o nosso convívio, não podia de deixar de prestar homenagem àquele que foi um dos mais distintos e considerados Árbitros portugueses: O Dr. Décio Vítor Bentes de Freitas, filiado do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Lisboa, que merecidamente, mas a título póstumo, o escolheu para Patrono do Curso de Candidatos a Árbitros de Futebol de 1977/1978. Nasceu 26 de Maio de 1919 e iniciou-se nas lides prestando provas para Árbitro em 31 de Maio de 1951, tendo sido indicado para os quadros nacionais na época 1954/1955 e chegou à internacionalização em 1959/1960, onde se manteve até terminar a carreira, em 15 de Junho de 1969. Veio a falecer, por doença, no dia 29 de Dezembro de 1975, com 56 anos de idade.
Médico veterinário de profissão, para além de ter o seu consultório particular no bairro da Graça, exerceu também a sua especialidade na Junta Nacional dos Produtos Pecuários e, caso interessante, quando viajava de automóvel tinha sempre o máximo cuidado com cães e gatos que estivessem próximo da rua, não fosse às vezes serem molestados.
Adepto confesso do Clube de Futebol Os Belenenses, onde foi dirigente, assim como do Clube Desportivo de Arroios, esteve sempre à frente de iniciativas que visavam o bem dos companheiros da causa de arbitragem. Durante a sua carreira dirigiu centenas de jogos entre os distritais e os federativos, nestes últimos esteve em 268. Quando não tinha jogo percorria os campos de futebol, de mala na mão, na expectativa de colmatar a falta de algum colega que não tivesse comparecido. Queria, isso sim, participar e ser prestável. Colaborou, ainda, na direcção de jogos do Campeonato Universitário.
Arbitrou 2 finais da Taça de Portugal, em 19 de Julho de 1959, entre o Benfica e o Porto (1-0), e 9 de Julho de 1961, quando o Leixões derrotou o Porto, no seu próprio Estádio, por 2-0. Somente dirigiu um Benfica-Sporting, na época 1958/59, em que os encarnados venceram por 4-0. Em 1958/1959 foi considerado o melhor Árbitro português. Em 1961 frequentou, em Florença, o Curso de Elite da UEFA para Árbitros internacionais. Em 18 de Janeiro de 1962 foi arbitrar jogos do campeonato grego, com a particularidade de, durante o período da sua estadia até ao regresso a Lisboa, não poder contactar quem quer que fosse senão unicamente com o representante da Direcção-Geral dos Desportos ateniense, que o acompanhou ininterruptamente, chegando ao ponto de não lhe facultarem o acesso ao telefone do hotel onde estava hospedado! A nível de selecções destaque-se a sua participação, como árbitro, nos jogos Espanha-Irlanda, em 27 de Outubro de 1965 e França-Rússia, em 3 de Agosto de 1967, em Paris.
Foi Director do Boletim O Árbitro, durante 19 anos, desde o primeiro exemplar, editado em Julho de 1957, até Junho de 1966. No final da época 1968/69, um grupo de Árbitros lisboetas organizou-lhe uma festa de homenagem onde se efectuou um jogo de futebol por si dirigido. A Comissão Central de Árbitros louvou-o pela sua brilhante carreira, em 29 de Junho de 1969.
Nota: Foto obtida em 23 de Setembro de 1973, com o Dr. Décio de Freitas a entregar a taça ao vencedor dum Torneio popular onde foi o seu Patrono, realizado no relvado secundário do Estádio Nacional. A equipa de arbitragem, a partir da esquerda: eu, José Joel Aflalo de Sousa e Amílcar Luís Vidal Gil.
Médico veterinário de profissão, para além de ter o seu consultório particular no bairro da Graça, exerceu também a sua especialidade na Junta Nacional dos Produtos Pecuários e, caso interessante, quando viajava de automóvel tinha sempre o máximo cuidado com cães e gatos que estivessem próximo da rua, não fosse às vezes serem molestados.
Adepto confesso do Clube de Futebol Os Belenenses, onde foi dirigente, assim como do Clube Desportivo de Arroios, esteve sempre à frente de iniciativas que visavam o bem dos companheiros da causa de arbitragem. Durante a sua carreira dirigiu centenas de jogos entre os distritais e os federativos, nestes últimos esteve em 268. Quando não tinha jogo percorria os campos de futebol, de mala na mão, na expectativa de colmatar a falta de algum colega que não tivesse comparecido. Queria, isso sim, participar e ser prestável. Colaborou, ainda, na direcção de jogos do Campeonato Universitário.
Arbitrou 2 finais da Taça de Portugal, em 19 de Julho de 1959, entre o Benfica e o Porto (1-0), e 9 de Julho de 1961, quando o Leixões derrotou o Porto, no seu próprio Estádio, por 2-0. Somente dirigiu um Benfica-Sporting, na época 1958/59, em que os encarnados venceram por 4-0. Em 1958/1959 foi considerado o melhor Árbitro português. Em 1961 frequentou, em Florença, o Curso de Elite da UEFA para Árbitros internacionais. Em 18 de Janeiro de 1962 foi arbitrar jogos do campeonato grego, com a particularidade de, durante o período da sua estadia até ao regresso a Lisboa, não poder contactar quem quer que fosse senão unicamente com o representante da Direcção-Geral dos Desportos ateniense, que o acompanhou ininterruptamente, chegando ao ponto de não lhe facultarem o acesso ao telefone do hotel onde estava hospedado! A nível de selecções destaque-se a sua participação, como árbitro, nos jogos Espanha-Irlanda, em 27 de Outubro de 1965 e França-Rússia, em 3 de Agosto de 1967, em Paris.
Foi Director do Boletim O Árbitro, durante 19 anos, desde o primeiro exemplar, editado em Julho de 1957, até Junho de 1966. No final da época 1968/69, um grupo de Árbitros lisboetas organizou-lhe uma festa de homenagem onde se efectuou um jogo de futebol por si dirigido. A Comissão Central de Árbitros louvou-o pela sua brilhante carreira, em 29 de Junho de 1969.
Nota: Foto obtida em 23 de Setembro de 1973, com o Dr. Décio de Freitas a entregar a taça ao vencedor dum Torneio popular onde foi o seu Patrono, realizado no relvado secundário do Estádio Nacional. A equipa de arbitragem, a partir da esquerda: eu, José Joel Aflalo de Sousa e Amílcar Luís Vidal Gil.
1 comentário:
O Dr Décio de Freitas arbitrou outro Sporting - Benfica, em Alvalade, na 26ª e última jornada do campeonato 1961/1962, em Maio de 62.
Abraço
Rui Câmara Pina
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