sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

SÍLVIA REGINA DE OLIVEIRA – NOVA INSTRUTORA FIFA


Esta minha Amiga brasileira é formadora credenciada de Árbitros de Futebol, após ter frequentado com aproveitamento o curso de especialização organizado pela FIFA, em Novembro último, na Granja Comary, em Teresópolis, a cerca de 80 quilómetros do Rio de Janeiro, Brasil.

Sílvia Regina, que nasceu em 19 de Abril de 1964, em Mauá (São Paulo), é professora de Natação e de Educação Física licenciada pela Faculdade de Santo André, iniciou-se nas lides de arbitrar jogos de futebol em 1980, mas só mais tarde, é que começou a fazer parte dos quadros da Federação Paulista. Manteve-se sete anos como Árbitra de elite, ostentando o distintivo FIFA desde o ano 2000.

Sílvia tem um currículo simplesmente fantástico e, como Árbitra, foi pioneira em vários acontecimentos onde os homens dominavam em grande: Integrou o primeiro trio feminino que dirigiu um desafio no Brasileirão (Guarani-São Paulo, 0-1, com as colegas Aline Lambert e Ana Paula Oliveira), isto em 30 de Junho de 2003, no Estádio Brinco de Ouro, com a presença de 11.697 espectadores. Também participou na Copa América do Sul, no Santos-São Caetano (1-1), em 1 de Outubro de 2003. Esteve no Mundialito, no Algarve-Portugal, de 9 a 15 de Março de 2005. Nas Olimpíadas da Grécia, arbitrou o Suécia-Nigéria (2-1), em femininos, em 17 de Agosto de 2004, com 21.597 torcedores. Em 2001, no dia 21 de Agosto, esteve (e bem) a comandar o jogo China-Noruega no Mundial Universitário Feminino de Pequim. Resumindo: A sua presença ao serviço da arbitragem brasileira ficou registada em 12 competições internacionais.

Esteve sempre na crista da onda durante 27 anos e só uma jogadora é que lhe causou algum receio, mas com a sua personalidade, coragem, tenacidade, talento e dedicação conseguiu superar sempre os obstáculos que se lhe depararam nas milhentas partidas que dirigiu e terminar sua carreira sem qualquer caso de agressão. Diz que os jogadores sempre a respeitaram, ao ponto de considerar que as mulheres quando Árbitras são mais bem aceites dos que os homens. Contudo, afirma que os erros cometidos por elas têm mais visibilidade do que os praticados pelos colegas do sexo oposto.

Já agora deixem-me desdramatizar uma situação polémica de que a Sílvia foi alvo preferencial pela comunicação social que explorou até ao infinito um lance para o qual em nada, mas mesmo nada contribuiu como Árbitra no jogo entre as equipas do Santacruzense e do Atlético de Sorocaba, disputado em 10 de Setembro de 2006. Sintetizando: Um atacante do clube da casa (Samuel) remata à rede lateral da baliza adversária e o seu Assistente que se encontrava na linha lateral nesse meio campo (Marco António de Andrade Motta Júnior) dá indicação de que a bola ultrapassou a linha de baliza entre os postes. Sílvia é traída pela dita informação e indica o centro do relvado, validando o golo. Com o jogo interrompido é interpelada pelos jogadores que se sentiam lesados e, nessa altura, o gandula (o apanha-bolas), introduz a bola na mesma baliza, dando origem à confusão e à má-fé de quem, ao ver este acontecimento, tem de analisar o facto com seriedade e descrever claramente o que se passou, o que não foi o caso e que se lamenta. A imprensa, a rádio e a televisão mundiais nunca repuseram a verdade. Só quiseram empolar o quem lhes interessou.

Saúdo-a por desempenhar agora função importantíssima no seio da FIFA. Estou certo que os seus conhecimentos serão preciosos a todos aqueles que têm como objectivo atingir o topo da sua carreira.

Em 6 de Dezembro de 2007, a Federação Paulista de Futebol, outorgou-lhe o Grão Colar da Ordem Nacional do Mérito Desportivo, que lhe assenta muito bem, face à sua entrega e voluntariedade sempre em prol do futebol e da arbitragem.

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