SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE – COMPANHIA DE ARTILHARIA 840

Quando estive a cumprir serviço militar obrigatório em São Tomé estive cerca de um ano com os camaradas de armas que pertenciam a este agrupamento, pois a sua permanência verificou-se entre 1965 e 1967 e eu cumpri os dois anos que me foram impostos entre 6 de Junho de 1964 a 6 de Junho de 1966 (que coincidência…). -Guarda de Honra-

Estes colegas têm realizado ultimamente os seus encontros anuais e nacionais, desta feita, o 10º foi na Cidade de Lamego, no passado sábado, dia 24 de Maio. -Tropa de elite-

Recordo que, em 7 de Abril último, houve um convívio regional na Tornada (Caldas da Rainha), do qual dei o devido relevo neste blog. - Oficialidade, convidados e organização-

Este ano, alguns aproveitaram para viajar de véspera e ficarem no próprio Hotel onde foi servido o almoço-convívio, que juntou muito perto de duzentas pessoas, entre companheiros de missão e familiares, destacando-se as esposas, claro, filhos, filhas, netos, noras, genros, entre outros. -Atentos-

Pese embora o mau tempo, muita chuva e algum frio, tudo o que estava previsto para acontecer foi rigorosamente cumprido. Tal e qual como nos tempos de então!
-Observando-

A concentração verificou-se na carreira de tiro, em Penude, arredores de Lamego, onde os cumprimentos da praxe foram extremamente efusivos e bastante carregados de saudosismo. Pudera, passou-se mais um ano… -Abrigados da chuva-

Depois seguimos para o Quartel de Santa Cruz, onde fomos superiormente recebidos, com guarda de honra e tudo! -Major Lino, Presidente Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes-

Aí encontrámo-nos com os camaradas da Companhia de Cavalaria 8440 (estiveram em Angola nos anos 1974/1975) que também tinham organizado a sua reunião anual neste local e aproveitou-se que as cerimónias fossem comuns. -Tenente-Coronel Valdemar Lima, 2º Comandante do CTOE-

Prestou-se então a mais sentida das homenagens àqueles que já partiram, com deposição de coroa de flores, formatura na parada (vejam as barrigas na foto!), descerramento de placa alusiva à passagem da 840 por Lamego no dia de hoje, aliás muito especial, pois nesta data há precisamente 43 anos que todos eles embarcaram para aquelas encantadoras e paradisíacas ilhas africanas. -Pancada da Silveira, o Comandante da CArt 840-

Na capela da própria unidade seguiu-se a celebração da missa e os companheiros que já não estão entre nós foram profundamente recordados. -António Cardoso Ferreira, Comandante da CCav. 8440-

Diga-se que todos os presentes participaram neste programa e com uma carga emocional que se destaca, já que todo o cerimonial nos tocou bem de perto, como não podia deixar de ser… -António Coutinho, Vereador da Câmara Municipal de Lamego-

Resta dizer que neste convívio estiveram quatro bons amigos que não pertencendo à 840, quiseram partilhar todos estes momentos únicos e significativos, assim como recordar as alegrias (se é que as houve) e as tristezas que comummente sentiram nos seus bons tempos de meninos e moços. São eles o Zamor, o Martins, o Manuel e eu. -Estandarte da 840-

Com excepção do Joaquim Martins os restantes já têm alguns destes convívios no seu currículo. -Escudo da 8440-

Os dois primeiros estiveram acompanhados pelas esposas, conforme se pode constatar nas fotos. -O pessoal em formatura-

Para terminar em beleza o tradicional bolo comemorativo foi distribuído e bem acompanhado por vinho espumante da região, na matéria uma das melhores de Portugal. -O meu bom amigo Martins (de óculos)-

Também, a todos os camaradas de armas foram entregues lembranças. -Registo-

Porque somos fiéis às nossas ideias e costumes, no próximo ano lá estaremos, novamente, para estreitarmos cada vez mais o que nos aproxima: a camaradagem, a solidariedade, o respeito, o passado, enfim, tudo aquilo que sempre nos uniu lá longe, muito longe e por muito tempo, que tanto demorava a passar para regressarmos a casa, para juntos dos mais queridos e queridas. -Foto do grupo-

É bom continuarmos a ver-nos, a conviver, a contar as mesmas histórias (naturalmente com outra roupagem), bebermos uns copos e desejarmos que os anos vão passando e que nós vamos sendo teimosos, pois queremos continuar a andar por cá… -Joaquim Martins e esposa-

Nesta deslocação (viajei sozinho) percorri gostosamente 748 quilómetros. -Zamor e esposa-

Resta-me dizer que não é uma qualquer distanciazinha que separa a forte união existente entre aqueles que continuam a sentir nos valores humanos uma forma de estar e sentir a vida como ela deve ser encarada no seu dia-a-dia.

-Os tais quatro mosqueteiros, Manuel, Martins, Zamor e eu-

Foi uma bonita festa...