sexta-feira, 17 de outubro de 2008

FUTSAL PORTUGUÊS SEM OBSERVADOR DE ÁRBITROS INTERNACIONAL

Estamos na parte final de mais um Campeonato do Mundo de Futsal e constata-se que Portugal não tem Observadores de Árbitros desta variante nas estruturas que superintendem a modalidade a nível universal.

Mas não é devido a faltarem provas para o efeito. Em Maio de 2006 o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol levou a efeito o exame necessário, de âmbito nacional, para que, de harmonia com os resultados verificados, fosse indicado à UEFA o representante português desta área de formação. Foram 4 os candidatos que se apresentaram à partida, gente de bem, com vontade de continuar a servir o Futsal, e, consequentemente, dignificar o nosso país: Abílio José Januário Marques, António Manuel Rodrigues Queirós Oliveira, José Luís Gonçalves e Ramiro Carlos Pessoa.

Perante os exames realizados em língua inglesa (teste escrito, leis do jogo e oralidade) somente o primeiro pretendente é que excedeu o mínimo exigido (70%), atingindo 82,5%, enquanto os restantes obtiveram 59,9%, 61,9% e 24,2%, respectivamente. Posto isto – o facto de termos um elemento habilitado a exercer a sua função a nível internacional – e o imenso tempo que já decorreu (2 anos e 5 meses), obriga o Conselho de Arbitragem afirmar-se e indicar àquela entidade europeia o seu delegado, conforme determina o estipulado no artigo 167º do actual Regulamento de Arbitragem, documento que não deve ser considerado letra morta, como alguns distraídos que andam por aí querem que assim seja…

A validade do concurso efectuado é de 3 anos. Estamos à espera de quê?

Comento, que esta negativa atitude do Conselho de Arbitragem da FPF não é de estranhar, pois se continua insensível a não indicar à FIFA Árbitras Assistentes (no F.11) e Árbitras de Futsal, coarctando às nossas jovens o direito de serem internacionais, o que lhe custa fazer o mesmo com os Observadores de Futsal?
Distinção perante o Futebol de 11 e masculino será uma mera coincidência ou não? Contudo, os factos são elucidativos!

Algo mais que carece de análise: as origens dos elementos do Conselho de Arbitragem são da vertente do F.11. O que é que o Futsal, a Arbitragem Feminina e o Futebol de Praia esperam? Ah, é verdade, o futebol de praia joga-se com os pés. Isto é para responder a um dirigente que perguntou como se praticava esta modalidade…

E a Associação de classe, a APAF, nada tem a dizer em defesa dos altos interesses da arbitragem nacional, dos Árbitros e das Árbitras e dos seus associados?

Aqui, entendo que a falta de tempo se deve a outras mais altas preocupações que a ocupam, como o paralelismo com as agências de viagens (qual o dirigente que vai acompanhar a selecção de F.11 ao estrangeiro?) ou agência de bilhetes (reserva e cedência de bilhetes pedidos pelos seus dirigentes para verem o F.11…). Logo, não há disponibilidade para tratar destes e doutros assuntos que carecem do acompanhamento sério, objectivo e persistente para se encontrar a desejada solução para cada caso que tarda em aparecer
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5 comentários:

  1. Força sr Alberto Hélder. Continue bravamente a trazer estes assuntos à estampa, pois na maioria das vezes eles passam completamente despercebidos à maioria das pessoas.
    E tem que ser assim alguém como você, que sem medo de se prejudicar a si mesmo, pois nao tem nada a perder, de vez em quando põe a boca no trombone!

    O seu blog tem a importância que tem e muita gente o lê, dou-lhe os meus parabéns por continuar a ser ímpar no tratamento de várias notícias.

    Um abraço de um seu amigo alentejano!

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  2. ola amigo Alberto,é com enorme prazer que uma vez mais o senhor retrata a realidade nua e crua e sem papas na língua do nosso "futebolês" e já agora obrigado por ter explicado aos mais distraídos como se joga futebol de praia
    aquele abraço

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  3. Enquanto tivermos o palhaço do Presidente do Conselho de Arbitragem que temos isto continuará neste rumo. Haja quem tenha coragem para dizer basta.
    Quando forem os arbitros a eleger quem quer que os represente nos Conselhos de Arbitragem isto acabará. Se neste momento há arbitros que andam de volta dos Conselheiros para verem se tiram dividendos desses relacionamentos, no futuro serão so conselheiros a andarem de volta dos arbitros a colherem votos. E nessa altura veremos com certeza todos os nossos problemas resolvidos, sem dúvida alguma.
    Quanto ao assunto do Futsal, isto tem uma simples explicação, este salazarista, Carlos Esteves, tá-se cagand...(vocês percebem) para o Futsal.
    Um abraço a todos, e bem hajam...
    Rubi

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  4. Enquanto la estiver este conselho de arbitragem não vão haver mudanças nos temas que aqui são focados.
    Porque simplesmente não há interesse nesse sentido.
    O futsal vale o que vale, as arbitras femininas e o futebol praia entao é o ostracismo que se conhece.
    Alguém sabe dizer quando serão as próximas eleições na FPF?
    Pode ser que os arbitros venham a ter a sorte de ter um elenco directivo diferente, sem ter que ser um conjunto da 3ª idade que não observa as mudanças dos ultimos anos.
    Está tudo decadente. Sem evolução.
    Até quando?

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  5. BOAS,
    DE FACTO ESTAMOS FARTO DESTE MANDAÍL E DO SEU GESTOR PARA O CONSELHO DE ARBITRAGEM,ONDE DA ARBITRAGEM GASTA APENAS 40% DE ORÇAMENTO POR ÉPOCA DESPORTIVA. SEMPRE A ROUBAR NAS DESLOCAÇÕES/ALOJAMENTOS/CONDIÇÕES,ETC ,QUE DÁ PELO NOME DE CARLOS ESTEVES!POIS É GESTOR/DITADOR,QUE EM DEFESA DOS ÁRBITROS NÃO ABONA NADA,PELO CONTRÁRIO.ORA SE PODEMOS TER OBSERVADOR INTERNACIONAL PARA O FUTSAL ,QUE SERIA MUITO IMPORTANTE E NÃO TEMOS,PORQUE SERÁ?ÁRBITRAS INTERNACIONAIS,PORQUE SERÁ?
    SERÁ ISSO SIM,É QUE ESSE DITO PRESIDENTE NADA VALE,NEM COMO HOMEM,NEM COMO NADA....
    UM AMANTE DA ARBITRAGEM,TENHO DITO!

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