Do Boletim O Árbitro, número 16, de Outubro de 1958 salienta-se o seguinte: Sem dúvida que foi um marco histórico para o desporto português e para o futebol em especial a reunião de trabalho que o Comité de Arbitragem da FIFA realizou em Lisboa!
Eis quem se deslocou a Portugal: Lindeberg e Kurt Gassmann, suiços, Andrejévic, jugoslavo, Sir Stanley Rous, inglês, Van der Meer, holandês, e Pedro Escartin, espanhol. Da sua agenda constava os seguintes pontos: Curso de Instrutores a realizar em Macolin, em Julho/Agosto de 1959, com acesso a filmes e à televisão, para um ensino técnico mais prático e profundo. Para as Américas e África vão ser enviados formadores para ajudarem a arbitragem a evoluir. Foram apreciados os relatórios ao trabalho dos Árbitros do Campeonato Mundial que se realizou na Suécia. A próxima sessão do Comité ficou marcada para Fevereiro de 1959, em Amesterdão.
Quanto aos artigos publicados no Boletim, destacam-se: As primeiras palavras proferidas pelo novo elenco da Comissão Central, liderado por Coelho da Fonseca. Carmo Lourenço, sempre perspicaz, aborda o caso das entradas ou reentradas dos jogadores em terreno de jogo, designando “Um Abuso Permitido”. Nas várias rubricas aplaude-se o facto da Associação de Futebol de Lisboa promover a campanha anti-violência, distribuíndo folhetos elucidativos nos campos de futebol, assim como proporciona a leitura de trechos apropriados e atribui 5 medalhas de ouro, de dois mil escudos cada, aos jogadores mais correctos. A Tabela de prémios aprovada pela Federação é objecto de reparos face às discrepâncias detectadas.
Nas notícias regionais dá-se conta que a Comissão Distrital do Porto reforça a exigência de se pretender recolher a assinatura dos jogadores que não possuam cartão-licença, havendo uma situação de conflito se haverá ou não confiança entre dirigentes dos clubes e a organização. O Árbitro Clemente Henriques foi chamado de urgência ao Hospital de Santo António para doar sangue, pois encontrava-se uma pessoa em perigo de vida. A Comissão Distrital de Aveiro levou a efeito o Curso de preparação para os seus filiados.
Joaquim Campos volta a dissertar sobre a sua ida ao Mundial da Suécia, especialmente quanto à maneira de cada qual de equipar diferentemente, assim como à maneira de actuar na direcção das partidas.
O Dr. Décio de Freitas expressa breves apontamentos sobre a sua visita a Inglaterra, contando dois deliciosos episódios com a compra de um par de botas para um sobrinho cujo rasto não era o mais aconselhado e um pequeno acidente com um camião, numa rua movimentada, ao qual os ingleses não ligaram peva. Em Lisboa, na Avenida Almirante Reis, a sua viatura teve uma pequena avaria (a correia da ventoinha partida) e uma multidão abeirou-se a presenciar tão “grave” acidente…
A recolha de fundos para auxiliar Aureliano Fernandes soma agora 3.870$00.
Regista-se, com bastante mágoa, o falecimento do nosso segundo Árbitro internacional, Tavares da Silva (n. 29.11.1903 e f. 16.10.1958), na foto, que entre outros cargos que desempenhou no futebol, destaque-se o ter sido seleccionador nacional, dirigente da arbitragem distrital de Lisboa e da Federação, Inspector de Desportos na FNAT, director do Sporting Clube de Portugal. Formado em Direito, exerceu a profissão de Jornalista em diversos periódicos. Elaborou, em 1955, o Estatuto do Jogador.
A Direcção do Boletim congratula-se com o facto dos novos dirigentes da Central estarem ao lado da publicação, cuja ideia inicial se deve a Filipe Gameiro Pereira. O título Um Árbitro Estrangeiro é assinado pelo francês Jean Louis Groppi, que dirigiu o Portugal-Espanha, equipas B, com os seus 90 quilos de peso e 1,78 metros de altura…
Filipe Gameiro Pereira, num artigo, continua a manter a opinião de que o Árbitro não deve dar satisfações dos seus actos aos jogadores…
Nas Apitadelas destaca-se o pedido de licenciamento do árbitro FIFA Caetano Nogueira.
Por fim, são apresentadas as contas dos deves e haveres do Boletim, referentes ao trimestre de Julho a Setembro de 1958.
Eis quem se deslocou a Portugal: Lindeberg e Kurt Gassmann, suiços, Andrejévic, jugoslavo, Sir Stanley Rous, inglês, Van der Meer, holandês, e Pedro Escartin, espanhol. Da sua agenda constava os seguintes pontos: Curso de Instrutores a realizar em Macolin, em Julho/Agosto de 1959, com acesso a filmes e à televisão, para um ensino técnico mais prático e profundo. Para as Américas e África vão ser enviados formadores para ajudarem a arbitragem a evoluir. Foram apreciados os relatórios ao trabalho dos Árbitros do Campeonato Mundial que se realizou na Suécia. A próxima sessão do Comité ficou marcada para Fevereiro de 1959, em Amesterdão.
Quanto aos artigos publicados no Boletim, destacam-se: As primeiras palavras proferidas pelo novo elenco da Comissão Central, liderado por Coelho da Fonseca. Carmo Lourenço, sempre perspicaz, aborda o caso das entradas ou reentradas dos jogadores em terreno de jogo, designando “Um Abuso Permitido”. Nas várias rubricas aplaude-se o facto da Associação de Futebol de Lisboa promover a campanha anti-violência, distribuíndo folhetos elucidativos nos campos de futebol, assim como proporciona a leitura de trechos apropriados e atribui 5 medalhas de ouro, de dois mil escudos cada, aos jogadores mais correctos. A Tabela de prémios aprovada pela Federação é objecto de reparos face às discrepâncias detectadas.
Nas notícias regionais dá-se conta que a Comissão Distrital do Porto reforça a exigência de se pretender recolher a assinatura dos jogadores que não possuam cartão-licença, havendo uma situação de conflito se haverá ou não confiança entre dirigentes dos clubes e a organização. O Árbitro Clemente Henriques foi chamado de urgência ao Hospital de Santo António para doar sangue, pois encontrava-se uma pessoa em perigo de vida. A Comissão Distrital de Aveiro levou a efeito o Curso de preparação para os seus filiados.
Joaquim Campos volta a dissertar sobre a sua ida ao Mundial da Suécia, especialmente quanto à maneira de cada qual de equipar diferentemente, assim como à maneira de actuar na direcção das partidas.
O Dr. Décio de Freitas expressa breves apontamentos sobre a sua visita a Inglaterra, contando dois deliciosos episódios com a compra de um par de botas para um sobrinho cujo rasto não era o mais aconselhado e um pequeno acidente com um camião, numa rua movimentada, ao qual os ingleses não ligaram peva. Em Lisboa, na Avenida Almirante Reis, a sua viatura teve uma pequena avaria (a correia da ventoinha partida) e uma multidão abeirou-se a presenciar tão “grave” acidente…
A recolha de fundos para auxiliar Aureliano Fernandes soma agora 3.870$00.
Regista-se, com bastante mágoa, o falecimento do nosso segundo Árbitro internacional, Tavares da Silva (n. 29.11.1903 e f. 16.10.1958), na foto, que entre outros cargos que desempenhou no futebol, destaque-se o ter sido seleccionador nacional, dirigente da arbitragem distrital de Lisboa e da Federação, Inspector de Desportos na FNAT, director do Sporting Clube de Portugal. Formado em Direito, exerceu a profissão de Jornalista em diversos periódicos. Elaborou, em 1955, o Estatuto do Jogador.
A Direcção do Boletim congratula-se com o facto dos novos dirigentes da Central estarem ao lado da publicação, cuja ideia inicial se deve a Filipe Gameiro Pereira. O título Um Árbitro Estrangeiro é assinado pelo francês Jean Louis Groppi, que dirigiu o Portugal-Espanha, equipas B, com os seus 90 quilos de peso e 1,78 metros de altura…
Filipe Gameiro Pereira, num artigo, continua a manter a opinião de que o Árbitro não deve dar satisfações dos seus actos aos jogadores…
Nas Apitadelas destaca-se o pedido de licenciamento do árbitro FIFA Caetano Nogueira.
Por fim, são apresentadas as contas dos deves e haveres do Boletim, referentes ao trimestre de Julho a Setembro de 1958.
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