Todos os responsáveis e irresponsáveis que neste fim-de-semana abriram a boca para arrasar a actuação do Árbitro da 1ª categoria nacional Bruno Paixão, que usa a insígnia da FIFA desde 2004, ano que perfez 30 de idade, devem andar distraídos ou, simplesmente, são mal intencionados por natureza.Criticar negativamente, caluniar e minimizar quem desempenhou cabalmente a tarefa, dando o seu melhor, com categoria e clareza, não encontro justificação para os ataques soezes que lhe foram dirigidos, desculpando o insucesso que os fracos, leia-se, os que ofendem, fazem por ignorância e não saber interpretar correctamente o que se passou no relvado.
Bruno Paixão fez uma arbitragem conseguida e de harmonia com o que está estipulado nas leis do jogo. Os outros, aqueles que apoiam “o quanto pior melhor”, descaradamente, só dizem o que lhes convém pois são pagos pelos seus patrões e se tivessem que dizer a verdade sujeitavam-se a consequências que lhe afectaria o seu chorudo rendimento mensal.
Então, é muito fácil atacar e enxovalhar quem é mais vulnerável, quem está mais desprotegido e acompanhado, isto porque a Associação de Classe e a hierarquia não são capazes de aprovar regulamentação que viesse a castigar severamente – tipo NBA – quem profere tais dislates, pois limitam-se a ser penalizados com simbólicas multas e siga a dança…
Estas criaturas, da maneira como agem impunemente, só prejudicam a imagem do futebol e proporcionam o afastamento do público dos Estádios que vê e compreende os ataques a quem é o garante da organização e que merece o devido e legítimo respeito = O Árbitro.
Gostaria que se acabasse com o chorrilho de asneiras proferidas contra o Árbitro, que as pessoas pensassem e reflectissem quão difícil é exercer a função que não tem os meios televisivos, informáticos e outros como os demais dispõem, logo, é sempre um alvo a abater, um passo bastante curto para os obstinados da maledicência, pois têm que justificar as suas diatribes perante gente que só gosta de maltratar, ouvir e dizer mal do Árbitro e dos seus pares.
Mas, o remédio, elementar e eficaz, para acabar com esta mentalidade mesquinha será quando eles próprios, os imperfeitos, contribuam para valorizar o futebol. Como? Eis a sugestão:
Inscrevam-se ou incutam junto de familiares que se matriculem num curso de candidatos a Árbitro de futebol, mas com idade, estrutura moral e outros predicados, isto na esperança de virem a exercer bem melhor a função de Árbitro, superando tudo e todos que até hoje só disseram mal e apontaram defeitos. Que tal? Simples, não é?
Há que provar que o entre o falar aereamente e fazer vai uma distância igual entre a ignorância e o saber.
Vamos a isso… Só assim é que, num futuro próximo, se consegue superar a maledicência que hoje impera com rancor, baixa moral e desprestigio para a arbitragem do desporto-rei!
Para completar: Não ouvi, vi ou li que alguém, mesmo dos clubes contendores, tivesse culpado ou apontado de os lesar com as intervenções directas dos jogadores que tiveram influência no resultado, casos do portista Fernando e do sportinguista Abel? Coisas…
E quanto aos Treinadores poderão dizer-me quantos casos conhecem em que pomposa e circunstancialmente dizem que assumem a derrota da sua equipa e que vão logo à tesouraria do clube dizerem que querem ver o seu vencimento mensal reduzido pelos erros que cometeram?
Aguardo e agradeço as vossas respostas.
8 comentários:
Sr Alberto Helder não defenda este sr.
Não esconda o sol com a peneira.
Não é hora de corporativismos!´
Também sou árbitro e sou levado a admitir que o bruno paixão não tem qualquer apetência para a função.
É mau simplesmente...para o futebol.
Toda a gente no nosso meio sabe a forma como ele chegou à 1ª categoria e a internacional, o tempo record em que tudo sucedeu.
E sabemos como o sistema eleva quem não merece e tritura quem fala, razao pela qual nao posso revelar a minha identidade.
Mas não perca tempo a defender o bruno paixao.
Quem o meteu lá em cima que o faça!
Ao árbitro anónimo que aqui comentou antes de mim, só deixo a seguinte resposta:
Também sou árbitro e até posso perceber aquilo a que se refere quando fala da forma e da rapidez com que o colega Bruno Paixão chegou ao topo da carreira.
Porém, a meu ver, isso não desculpa nem iliba as acusações que foram feitas por dirigentes ou treinadores sobre o nosso colega. Ou será que é daqueles que concorda e defende que quando o árbitro "não se porta bem" (leia-se, quando não beneficia a nossa equipa), deve "levar"? É que foram a declarações como estas que assistimos.
Posso discordar de muita coisa do mundo da arbitragem, mas como árbitro que sou nunca poderei louvar declarações como as de P. Bento, J. Ferreira ou F. Soares Franco. E qualquer árbitro com bom-senso também não o deveria fazer, acusando, neste caso, um colega e apontando-lhe o dedo!
É que, qualquer dia, pode ser que seja a si, colega anónimo que antes comentou, que o acusem, insultem e, quem sabe, agridam!
Para terminar, muito obrigado, Alberto Helder, pelo apoio que dá (e sempre deu) aos árbitros. Pena é que não seja ainda nosso dirigente! Oxalá todos os elementos desta classe assim fossem, nomeadamente as cúpulas dirigentes e os colegas. É que, como sabemos, por uma ou outra razão (nem que seja para não serem triturados) os árbitros nunca se unirão em torno de um mesmo denominador ou de uma mesma causa.
Concordo com a defesa feita pelo Sr. Alberto Helder ao árbitro em causa e à generalidade da arbitragem.
Vejam esta chapada de luva branca: http://refereetip.blogspot.com/2008/11/profissionais-ou-no-todos-erramos.html
O bruno paixao é o rosto do sistema da arbitragem em portugal.
A cara chapada dos compadrios, das cunhas, e do abuso de poder que há anos assolam este desporto.
As reacções dos treinadores não tem desculpa e é condenável. No entanto surgem porque já ninguém tem paciência para este árbitro que anda há 12 anos na 1ª Divisão e só faz asneiras.
É normal que ao fim de um tempo tivesse descido para a 2ª Categoria, mas para cúmulo foi para internacional!
Não percam tempo a defender este sr.
Insurjam-se contra os treinadores sim, mas nao vale a pena defender o bruno paixao porque é tempo perdido, ele já nos provou que não vai evoluir.
Quem "criou este monstro" ou seja quem o levou ao colo para o lugar onde está, que agora o defenda!
Apoiar ou defender o B.P não é a solução em causa. Este é simplesmente 1 assunto que a quem de direito dirá respeito.
Concordemos ou não com a sua performance, o busilis da questão é a forma como se ofende e ataca o Árbitro, consoante os resultados são favoráveis ou não.
Todos sabemos a actividade diária de 1 juíz de futebol: trabalho, núcleos e treino. Ao fim-de-semana palmilhar km's para dar o melhor, o que por vezes, é certo, nem sempre acontece!! Mas será que é o único a ter desempenho igual? Será que os 22 jogadores acertam todos os passes e cruzamentos? Será que as opções técnicas foram as melhores???
É este tipo de atitudes e comportamentos que temos de valorizar e compreender. Enquanto árbitro tenho orgulho no que faço e fiquei ofendido quando assisti às declarações de 1 "ex-sarrafeiro"!! Comentários proferidos em tal ambiente e com a dimensão do pública que tiveram, só poderão causar distúrbios e gerar violência fortuita em qualquer recinto desportivo, uma vez que o "exemplo" das competições profissionais é em grande parte assumida pelos escalões e público de equipas de outras divisões!!
A meu ver a solução, tal como o Sr. Alberto Hélder referiu é simples: quem pensa que sabe mais ou que desempenha melhor as funções, APRESENTE-SE!! Todos queremos o melhor da arbitragem!
Melhor ainda: e se os árbitros, quer sejam eles da Liga, 2ª, 3ª ou distritais não actuassem pura e simplesmente em forma de protesto??
A solução é ainda mais simples: recorrer-se ao "treinador da bancada" ou ao "zé do bar" e dar-lhe 1 apito e 2 bandeiras !!Tal e qual como mandam as regras, pois o jogo tem sempre de se realizar.....Gostaria depois de ver a reacção de clubes e apoiantes......
Enfim...será que as ofensas proferidas são capazes de despoletar 1 sentimento nacional de solidariedade numa classe que teima em não se UNIR???
CORAGEM e Personalidade são caracteristicas que faltam por vezes em quem anda nas camadas superiores da arbitragem da 1ª categoria. Não pensem individualemnte mas sim em grupo meus amigos.
Até Eu sou melhor àrbitro quando estou no sofá...
Bem, antes de mais, não sou anónimo e assino: Rui Santos
Quanto ao assunto:
A arbitragem do senhor Paixão foi má, danificando o futebol.
Os jogadores, quando se preocuparam em jogar, fizeram-no bem. Quando se preocuparam em complicar, fizeram-no ainda melhor, apanágio do nosso futebol, ou seja, todos gostam de complicar, criticar e polemizar mesmo que não tenham razão.
Para este jogo, a nomeação do árbitro em questão foi soez e capciosa, e isso é lamentável.
Os jogadores, treinadores e dirigentes deveriam estar apenas preocupados em melhorar o JOGO.
Os árbitros deveriam ter critérios uniformes, e serem apenas promovidos pela sua meritocracia, afastando cenários como os deste caso, em que a promoção foi feita, como já referenciado, apenas por ser uma experiência de árbitro modelo a entregar à UEFA: sabe várias linguas, tem curso superior, imagem, etc.
Também dava jeito obviamente que o Mundo fosse perfeito e não existissem guerras, mas enfim...
Todos tÊm telhados de vidro, e apenas quando o negócio, o Jogo, o Futebol estiver nas ruas da amargura, sem publico e sem dinheiro (já lá estamos quase) é que os velhos do Restelo virão dar razão a todas estas situações apontadas por quem mesmo tendo paixão clubistica (e eu sou um deles) apenas se preocupa com a Verdade e o Amor ao Jogo.
O sr Paixão, o Caneira, o Hulk, o Paulo Bento e etcs, são apenas maus intérpretes de algo muito maior: o Futebol.
Rui Santos
Sr. Alberto Helder
Desde já saúdo mais um excelente contributo para clarificação de casos como este.
Em relação à actuação do árbitro fico inteiramente esclarecido, vendo mesmo que a minha opinião estava intoxicada por aqueles que nada percebem de arbitragem e são pagos para comenta-la.
Em relação à intervenção pública dos treinadores para com o árbitro, concordo totalmente com o Alberto Hélder e acrescento que acho incrível que os mesmos que reclamam hoje terem sido prejudicados e amanhã calam-se quando são beneficiados pelos mesmos erros humanos dos árbitros.
Um abraço
Pedro Ferreira
Falar mal dum colega árbitro, é dar razão aos (dirigentes) que proferem as barbaridades que conhecemos.
(O teu inimigo é o oficial do teu ofício).
Saibamos ser dignos do som do nosso apito.
Abraço a todos
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