O Boletim “O
Árbitro” nº 64 (Ano VI), de há cinquenta anos, destacou, entre outros, os
seguintes temas:
TÍTULOS – “Amizade
Luso-espanhola”, da Redacção; “Apontamento sobre obstrução”, de Eduardo Neves
(Viseu); “Será desta”, pergunta Isidro Fragoso (Luanda); Filipe Gameiro Pereira
volta ao tema “O Curso da FIFA efectuado em Florença”; “O Boletim ainda é
lido”, observações de José Freitas Maia, do Entroncamento; O futebol e o
“factor três”, interessante estudo da autoria de António Augusto Santos. A
palestra de Carlos Queiroga Tavares no Curso de Candidatos na Comissão
Distrital de Lisboa, foi subordinada ao tema: Dissertação sobre a lei XI, fora
de jogo.
COMUNICADO DA
COMISSÃO CENTRAL – Convocar as Comissões Distritais de Árbitros, para
participarem no Congresso, que se realizará na sua sede, com o seguinte
programa: dia 1 de Dezembro (Sábado), para além da sessão de abertura pelo
Director-geral dos Desportos (15H00), segue-se, uma hora depois, a sessão de trabalho
que se centrará nos assuntos que se descrevem: Leitura do relatório da Comissão
Central; A conveniência e possibilidade da realização de cursos de
aperfeiçoamento de Árbitros e instrutores; Novas tabelas de deslocação e de
ajudas de custo; Apreciação do projecto de alteração ao Estatuto e Regulamento
da Comissão Central e das Distritais. Às 20H00 haverá pausa para jantar. A
reunião continuará às 22H00. No dia 2 (domingo), com início às 14H30, dá-se
continuidade
aos trabalhos. No
dia 3, segunda-feira, às 10H00 volta-se ao assunto. Às 12H30 será feita romagem
de saudade ao túmulo de António Ribeiro dos Reis, no cemitério dos Prazeres.
Pelas 22H00 será feito descerramento de uma moldura com a sua foto na sala das
sessões da Comissão Central. Mais decidiu pela publicação de um número especial
do Boletim “O Árbitro”, totalmente dedicado a Ribeiro dos Reis, com a
colaboração dos Directores dos jornais desportivos “A Bola”, “Mundo
Desportivo”, “Norte Desportivo” e “Record”, e, ainda, de algumas outras
personalidades.
BENFICA-SANTOS, 2ª
MÃO DA TAÇA INTERCONTINENTAL – A equipa de arbitragem que dirigiu este jogo
realizado no Estádio da Luz (Lisboa), em 11 de Outubro de 1962, veio de França
e foi assim constituída por: Pierre Schwinte (Árbitro), auxiliado por Robert
Steiner e Bounillon. O resultado foi desfavorável aos lisboetas por 2-5, com
golos de Eusébio e Santana e Pelé (3), Coutinho e Pepe. Os espectadores
atingiram os 70.000! No jogo da primeira mão, realizado no Maracanã (Rio de
Janeiro), perante 94.129 pessoas, os brasileiros ganharam por 3-2, com golos de
Pelé (2) e Coutinho. Santana assinou os golos do Benfica.
PORTO-DÍNAMO ZAGREB
- 1ª ELIMINATÓRIA DA TAÇA DAS CIDADES COM FEIRA – Estádio das Antas, 3 de Outubro de 1962.
Resultado 1-2.
Equipa de
arbitragem (italiana): Árbitro: Gennaro Marchese. Assistentes: Gastone Roversi
e António Sbardella.
BELENENSES-BARCELONA
– PARA A MESMA COMPETIÇÃO – Foi no Restelo e em 3 de
Outubro de 1962, e o jogo terminou com 1-1, tendo Josep Maria Fusté (11’)
marcado pelos catalães e Estevão (12’) pelos lisboetas.
Equipa de
Arbitragem (belga): Raymond Lespineux (Árbitro) e Edouard Calonne e Marcel
Deckx.
Para assistir à homenagem a Ribeiro dos Reis desloca-se propositadamente a Lisboa
o presidente do Comité de Árbitros de Futebol de Espanha, D. Manuel Ascensi. Os
pedidos de audiência solicitados à Comissão Central devem ser feitos com a antecedência
mínima de 48 horas e sempre com os motivos que os justifiquem. O campeonato de
futebol da Zambézia (Moçambique) encontra-se suspenso, dado se encontrarem
demissionários cinco dos principais Árbitros que actuavam na competição.
Portalegre conta com novos Árbitros. Angra do Heroísmo programa reuniões
semanais para os seus filiados.
DIAMANTINO
FLORÊNCIO – Este malogrado Árbitro, filiado no Conselho de Arbitragem da
Associação de Futebol de Faro, de quarenta e dois anos de idade, faleceu quando
estava a ser submetido a uma melindrosa intervenção cirúrgica ao cérebro. O
Boletim expressa condolências à família enlutada.
Mariano Sabino dos Santos, de Vendas Novas, coloca a seguinte questão: Um
jogador ao dar o pontapé de saída fá-lo de forma incorrecta, pontapeando a bola
para o campo do adversário, tendo, por isso, sido advertido. Insiste e é
expulso. Poderá essa equipa substituir o infractor? Resposta: Sim. O jogo ainda
não tinha começado. António José Luís,
de Nampula (Angola) expõe o seguinte: O Árbitro vai em viagem em transporte
público e um passageiro, que por sinal é jogador de uma das equipas que vão ser
dirigidas por aquele juiz, começa com graçolas tais que o provoca, vexando-o
diante de todos os presentes. Pode esse jogador tomar parte do desafio?
Resposta: Pode, já que os poderes do Árbitro começam no momento em que entra no
terreno de jogo.
Arnaldo Conde, Árbitro de futebol e de hóquei em patins
teve que, nesta última modalidade, expulsar o jogador Príncipe, depois de o
advertir. O praticante, expressou-se desta forma: “Dou-lhe os parabéns, senhor
Árbitro, pois é a primeira vez que vejo um Conde pôr um Príncipe na rua!”
Numa aldeia do
concelho de Lamego (Portugal), jogaram um encontro amigável dois grupos daquela
terra. Numa determinada altura um dos “valentes” discordando de uma decisão do
Árbitro – um curioso que se prestou ao sacrifício – juntamente com um irmão que
também jogava e o pai que era espectador, agrediu o juiz de campo e
arrancou-lhe, à dentada, a orelha esquerda… A notícia acrescenta que o agressor
era amigo íntimo da vítima e antigo companheiro de escola. Arrependido, no hospital
ajoelhou-se aos pés e a chorar pediu-lhe desculpa.
Em Huelva
(Espanha), o clube local conhecido por em vez de pagar aos seus jogadores em
pesetas faziam-no em presuntos, agora, quando vai jogar fora leva um presunto
para oferecer à equipa que visita, teve uma melhor ideia, tomada recentemente, com
a abertura aos domingos das portas do estádio para entrar gente moça. Além de
nada pagarem, receberão caramelos e balões e têm direito (alguns felizardos) a,
depois do jogo, marcarem uma grande penalidade ao guarda-redes titular da
equipa local.
Desta feita o selecionado foi o francês Michel Kitabdjian,
internacional, e estreou-se, como Árbitro assistente num jogo para o Europeu,
em 8 de Maio de 1960, em que Portugal venceu a antiga Jugoslávia, por 2-1.
Iniciou-se na arbitragem por acaso, pois ia assistir a um desafio e, na falta
do Árbitro, prontificou-se a exercer as funções… Natural de Nice, ostentou a
insígnia FIFA durante 18 épocas (1961/62 a 1978/79) e dirigiu 19 jogos entre
selecções nacionais, incluindo, em 18.06.1972, o Equador-República da Irlanda
(2-3), em Natal, que contava para a Taça de Independência, a Mini Copa.
EQUIPA DE
ARBITRAGEM constituída pelo Árbitro Isidro Fragoso e assistentes António
Gonçalves Veiga Lisboa e Emanuel de Oliveira, que, em 4 de Julho de 1962, no
Estádio dos Coqueiros, na capital de Angola, perante mais de 20.000
espectadores, dirigiu o encontro entre as equipas representativas da Selecção
de Luanda e o Sport Lisboa e Benfica, recente vencedor da Taça de Portugal,
cuja vitória sorriu aos lisboetas por 5-2. O seleccionado africano alinhou
assim: Benje; Nicola e Rosas; Luciano, Celso e Cardona; Neves, Ernesto,
Baptista, Catete (marcou aos 5’ e 22’) e Jacinto. Benfica: Costa Pereira; Mário
João e Ângelo, Cavém, Germano e Cruz; José Augusto (marcou aos 17’ e 33’),
Eusébio (marcou aos 10’ e 73’), Águas (marcou aos 44’), Coluna e Santana.
JULIAN ALVAREZ
SANTULLANO - Secretário do Comité de Árbitros de Futebol de Espanha, que
recebe, como ninguém, os Árbitros portugueses quando viajam para a capital do
país irmão.
-MÁRIO ALVES,
DE BEJA-
EQUIPAS DE
ARBITRAGEM PARA A ÉPOCA 1962/63, 1ª E 2ª DIVISÕES –
AVEIRO,
três grupos: A-Edmundo Duarte de Carvalho, Jorge Silva e Henrique Francisco
Silva Costa. B-José Porfírio Carvalho e Silva, José dos Santos Pereira e Manuel
Maria Valente. C-Carlos dos Santos Paula, Manuel Silva Soares e Mário Pereira
da Silva.
BEJA, dois grupos: A-Mário Gomes Alves, Manuel Vaz Valente e Raul
Domingues Sequeira. B-Francisco Sousa Pacheco, António Joaquim Velhinho e Viriato
Lusitano da Piedade Agatão.
-RENATO SANTOS,
DE COIMBRA-
BRAGA, dois grupos: A-Diogo Vasco dos Santos Manso, Carlos de Deus
Cachorreiro e Rogério João Coelho Moreira. B-Amadeu Pereira Martins, João
Álvares do Vale e Mário Costa.
BRAGANÇA, um grupo: A-José Maria de Deus Parreira,
Dinis António Salazar e Armando Edgar dos Santos.
CASTELO BRANCO, um grupo: José Lopes Gonçalves, José
Carrola Pinheiro e José Joaquim Cardoso.
-MANUEL
FORTUNATO, DE ÉVORA
COIMBRA, três grupos: Álvaro Lopes Rodrigues,
António Lopes da Rosa e Armando Nascimento Teixeira. B-Renato Soares dos
Santos, António Amaro e Graciano Marques. C-António Ferreira dos Santos,
Henrique Graça e Gilberto António Nunes Gonçalves.
ÉVORA, dois grupos: A-Manuel Joaquim Fortunato, José Madeira da
Rocha e Helder Correia da Silveira. B-Lourenço José Simões, Manuel Américo
Peres e Mário Augusto Salvado,
-ROSA NUNES, DE
FARO-
FARO,
um grupo: A-José Rosa Dias Nunes, Victor Pinto Rodrigues Coelho e César da Luz
Dias Correia.
LEIRIA, três grupos: A-Júlio Braga Barros,
Alfredo Bernardo Antunes e Gervásio Pedroso. B-Reinaldo de Matos da Silva, José
de Jesus Agostinho e Manuel de Sousa Soares. C-António Saldanha Ribeiro,
Domingos Feliciano Moisés e António Almeida Marques.
-BRAGA BARROS,
DE LEIRIA-
LISBOA, oito grupos: A-Joaquim Fernandes de
Campos, Carlos Alves Diniz e Américo dos Santos Barradas. B-Eduardo Rosa
Gouveia, Fernando Pereira Martins e Anacleto Mendes Gomes. C-Hermínio Henrique
Soares, José Pena da Silva e Ilídio Cacho. D-António Amaro Borges Calheiros,
Raul Fernandes Martins e Luís Augusto de Jesus. E-Décio Vítor Bentes de
Freitas, Aníbal da Silva Oliveira e João Calado Banheiro. F-Rogério de Melo
Paiva, Henrique Marques da Silva e Maximino Joaquim Afonso. G-Salvador Heliodoro
Garcia, Francisco Batista Nogueira e Nuno Martinheira Pinto. H-Manuel Antunes
Neto, Jaime Alves Baptista e Mário dos Anjos Vidreiro.
-JOAQUIM
CAMPOS, DE LISBOA-
PORTALEGRE, um grupo: A-Manuel Luís Curinha de Sousa,
José Pinto da Costa e Manuel Barbas Bagina.
PORTO, seis grupos: A-Clemente
Henriques, Armando António da Silva Farinha e Manuel da Silva Teixeira.
B-Francisco Gonçalves Guerra, António Fernando Gonçalves Ventura e António Cid
Gomes. C-Abel da Costa, Elísio Ferreira Marques e Albino Ferreira dos Santos.
D-Aniceto de Jesus Nogueira, António Joaquim da Costa Martins e Caetano José
Nogueira. E-João Pinto Ferreira, Pedro Pereira dos Santos e Francisco Gomes da
Silva. F-Jovino Soares de Matos Pinto, Domingos da Silva Mota e António Joaquim
Ramos da Silva Braga.
-ABEL DA COSTA,
DO PORTO-
SANTARÉM, três grupos: Manuel Lousada Rodrigues,
José Alexandre e José Pereira. B-João Luís Calado, Crisógno Ferreira Lopes e Samuel
Nunes Abreu. C-Fernando Martins Velez, Adriano Ribeiro Vieira e Joaquim Libório
Bastos.
SETÚBAL, quatro grupos: A-Marcos dos Santos
Lobato, Mário Rosa Mendonça e José Augusto Ismael Baltazar. B-José da
Encarnação Salgado, Inácio Mendes Tereso e José Afonso Rego Pepe. C-António
Virgílio Baptista, Carlos Frias Monteiro e João Vitorino do Nascimento
Nogueira. D-José Paulo Guimarães, Carlos Alberto Neves e Jaime Antunes Costa.
-SAMUEL ABREU,
DE SANTARÉM-
VILA REAL, um grupo: Henrique dos Santos Pereira e
Silva, Adão Agostinho Martins de Barros e Ildeberto Mota Pereira de Matos.
VISEU, um grupo: Eduardo Neves, José Albano Pereira e Ernesto Diniz
da Silva Borrego.
-ISMAEL
BALTAZAR, DE SETÚBAL-
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