O
esplendoroso Museu da Cidade de Lisboa foi seleccionado para mostrar as últimas
obras de tantos artistas que se interessam e dedicam à arte de forma fantástica
e espectacular.
Compareceram
ilustres que demoradamente apreciaram e elogiaram os trabalhos expostos, motivo
bastante para acreditar que este género de iniciativa vai continuar a ter o
habitual sucesso, quer em São Tomé e Príncipe (onde em Novembro de 2011,
visitei esta mesma exposição), quer em qualquer outra parte do mundo.
Como
curiosidade direi que a curadora da exposição, Adelaide Ginga, é filha de um
antigo colega dos Estabelecimentos Rodrigues & Rodrigues, onde trabalhámos
dezenas de anos.
Entretanto,
pela qualidade e objectividade, tomo a liberdade de transcrever, com a devida
vénia, o texto assinado por Clara Inácio, que sintetiza esplendidamente a
exposição lisboeta.
“Os Pavilhões Branco e Preto do
Museu da Cidade recebem duas exposições que integraram a 6ª edição da Bienal de
São Tomé e Príncipe, Património(s)/Arte
Contemporânea e Inventar(iar)
as Roças de São Tomé e Príncipe.
Património(s)/Arte Contemporânea mostra criações inéditas,
desenvolvidas em residência artística no arquipélago, por artistas dos cinco
continentes, oriundos maioritariamente de países da CPLP. Este projeto contou
com nomes como Amélie Bouvier (França), César Schofield (Cabo Verde), Ding Musa
(Brasil), Eduardo Malé (São Tomé), Emeka Okereke (Nigéria), Flaviano Mindela
(Guiné-Bissau), Ihosvanny Cisneros (Angola), Izoe (Timor Leste), João Bosco
(Timor Leste), João Maria Gusmão e Pedro Paiva (Portugal), Katita Dias (São
Tomé), Maimuna Adam (Moçambique), Mário Macilau (Moçambique), Misheck Masamvu
(Zimbabué), Olavo Amado (São Tomé), Patrícia Corrêa (Portugal), René Tavares
(São Tomé) e Valdemar Dória (São Tomé).
Inventar(iar) as Roças de São Tomé e Príncipe é uma
exposição itinerante de arquitetura, dando continuidade ao trabalho de
inventário e de investigação iniciado pelos arquitectos Duarte Pape e Rodrigo
Rebelo de Andrade em 2007, com base nas antigas estruturas agrárias de cacau e
café. Estruturas essas que estiveram na base do desenvolvimento territorial,
patrimonial e económico nos séculos XIX e XX.
Paralelamente inauguram exposições
em três galerias de Lisboa, na gAD – galeria Antiks Design apresenta-se Africando, uma coletiva de
artistas das Bienais de São Tomé e de outras geografias, na Galeria Graça
Brandão uma coletiva de César Schofield Cardoso, Maimuna Adam e René Tavares e
na Influx Contemporary Art uma mostra de fotografia de Mário Macilau.
A Bienal de São Tomé e Príncipe
realiza-se desde 1995, sob a coordenação de João Carlos Silva. Em 2007 foi
reestruturado pela curadora Adelaide Ginga. A organização é da Associação
Cultural Bienal de São Tomé e Príncipe, que tem como objetivo dar uma projeção
internacional ao evento e transformar aquele antigo entreposto de escravos num
atual entreposto cultural num espaço de partilha, experimentação e
enriquecimento.”
Sem comentários:
Enviar um comentário