sábado, 6 de julho de 2013

CLASSIFICAÇÕES DA ÉPOCA 2012/2013, E NÃO SÓ…

Na expectativa de me certificar o encaminhamento e a verdade neste processo que veio a dar no que deu, tive, na manhã de ontem, acesso ao processo elaborado pela Direcção da APAF o qual foi disponibilizado aos sócios na sua sede, e, da sua leitura, ressaltam alguns dados que será de toda a conveniência analisar para se ficar conhecedor da matéria dada até agora. Dividirei, então em três patamares que passo a dissecar:
 
1.CLASSIFICAÇÕES – Para aqueles que nós sabemos, foi uma grande surpresa o que aconteceu, algo transcendente, irreal e inesperado pois foram apanhados, diga-se, na curva… Como se a tarimba, o conhecimento de causa desse azo a estes entendimentos que nada de bom trouxe à arbitragem portuguesa. Mas, pronto, reconheceu-se o erro que se cometeu e novas classificações apareceram.
Contudo, destaque para o comunicado emitido em 6 de Junho de 2013, pelos Árbitros internacionais (Artur Soares Dias, Porto; Carlos Xistra, Castelo Branco; Duarte Gomes, Lisboa; Hugo Miguel, Lisboa; João Capela, Lisboa; Jorge Sousa, Porto; Marco ferreira, Madeira; Olegário Benquerença, Leiria; Pedro Proença, Lisboa; Sandra Bastos, Aveiro; e Sílvia Domingos, Algarve) e pelos Árbitros Assistentes com o mesmo estatuto (António Godinho, Setúbal; Bertino Miranda, Porto; Cristóvão Moniz, Ponta Delgada; João Santos, Porto; Maria João Calado, Lisboa; Nuno Pereira, Coimbra; Olga Almeida, Viseu; Pedro Garcia, Lisboa; Ricardo santos, Lisboa; Rui Licínio, Porto; Tiago Trigo, Lisboa; e Venâncio Tomé, Setúbal), os quais, para além de descreverem as variadas aberrações detectadas nesta comunicação de 13 pontos, algumas delas severas e prejudiciais à causa a que se dedicam com dignidade e empenho, há dois parágrafos que dizem tudo. Vejamos:
9) “Pelos factos expostos anteriormente, os Árbitros internacionais e os Árbitros Assistentes internacionais vêm comunicar ao Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol a sua perda de confiança neste Conselho”.
10) “Solicitar o assumir de responsabilidades por parte do Conselho de Arbitragem em todo este processo e exigir a demissão das pessoas responsáveis por todo este infeliz e lamentável episódio na arbitragem portuguesa”.
O poder corrompe, digo eu…
 
2. REGULAMENTO DE ARBITRAGEM – A APAF, em 28 de Junho de 2013, envia para a FPF (Direcção, Conselho de Arbitragem, Secretário-geral e Director-geral) mensagem específica sobre a insustentável situação da arbitragem portuguesa, isto a três dias de se iniciar a nova época, e, quanto a este documento, disse:
“tendo em conta que esta Associação apenas teve conhecimento do mesmo após a sua publicação, ao contrário do que seria suposto, e não concordando com inúmeros pontos nomeadamente limites de idade, bem como as nossas propostas apresentadas em Novembro não foram tidas em conta, demarcamo-nos do mesmo. Apresentaremos o mais breve quanto possível, um documento onde constem todos os artigos, com os quais os nossos associados não estão de acordo”.
 
3.ALARGAMENTO DE QUADROS – Sobre este tema - onde uns estavam sujeitos à descida mas agora já não é bem assim… - não encontrei no dossier a certificação do que disse o Presidente do Conselho de Arbitragem na conferência de imprensa de 2 de Julho de 2013, na qual afirmou ter procedido aos arranjos em “consonância” e em “sintonia” com a APAF, que teria, assim, validado o incumprimento do que se encontra regulamentado…
A situação não me espanta, vinda de quem vem, mas vou saber o que na realidade se passou.
 
COMENTÁRIO – Para já direi que não é esta a arbitragem que quero e defendo! Jamais pactuaria com incompetência, desleixo e protagonismo. Quero, isso sim, um sector dinâmico, moderno, rigoroso e transparente em que os seus principais agentes, Árbitros, Árbitras, Observadores, Formadores e Associação de classe tenham sempre que expressar perante a hierarquia a sua opinião, os seus saberes, as suas experiências valores importantes e necessários ao desejável equilíbrio que o sector deve ter em toda a sua plenitude, para que haja tranquilidade no espírito daqueles que fazem parte das equipas de arbitragem que dirigem as partidas de futebol sabendo que têm uma retaguarda fortíssima, que os apoiam e que em todas as situações sabem que serão defendidos nos acontecimentos que os possam vir a afectar no desempenho das suas funções como ilustres e únicos representantes das entidades que promovem as competições em Portugal.
Bem, por este caminho, imposto, inconsequente e inapropriado, será que verei realizado o meu propósito proximamente?
Gostei imenso daquela do Presidente do Conselho de Arbitragem que afirmou que “o burburinho que entretanto se fez, não tinha razão de ser…”
Parafraseando o saudoso Fernando Pessa: E esta, hein?!

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