A doença foi repentina e fatal! A morte surpreendeu-o na manhã de
terça-feira quando estava num Centro Comercial da cidade da Maia.
Fernando Alberto Bastos da Silva, nasceu na Freguesia da Sé (Porto), em
28 de Março de 1941, filho de Lourenço Pereira da Silva e Irene Alice Bastos.
Casado com Maximina Pacheco. Pais de Maria Fernanda e Marta Andreia e avós de
Pedro Miguel, Martina e Carlota. Era reformado do jornal O Comércio do Porto.
Como Árbitro, filiado no Conselho de Arbitragem da Associação de
Futebol do Porto, iniciou a actividades na época 1965/1966 tendo-se mantido nos
escalões distritais até 1972/1973 quando ficou em 4º lugar no “Quadro de
Acesso”, com a pontuação de 81,20 entre 54 concorrentes, para ascender às
categorias nacionais, o que se verificou após ter ficado apto no respectivo
exame efectuado em 30 de Junho de 1973. Faz parte do quadro da 3ª categoria
nacional na temporada de 1973/1974 na qual se classificou na 13ª posição, com
78,19. No período seguinte (1974/75) integra a segunda categoria nacional, onde
obteve o honroso 5º lugar, com 78,72, entre 33 participantes, o que lhe
proporcionou chegar na época 1975/1976 ao topo da arbitragem nacional: à
primeira categoria nacional. Na primeira temporada neste escalão não teve
classificação, pois os novatos estavam isentos de avaliação. Mas na seguinte
(1976/1977) ficou no 20º posto, com 75,71 pontos, entre 31 colegas.
02.08.1981 – Estádio das Antas (Porto) – Jogo particular
Futebol Clube do Porto, 1-Varzim Sport Clube, 0
Árbitro: FERNANDO ALBERTO Bastos Silva (n. 28.03.1941)
Assistentes: PEDRO Pinto ALVES (n. 07.02.1947) e
Árbitro: FERNANDO ALBERTO Bastos Silva (n. 28.03.1941)
Assistentes: PEDRO Pinto ALVES (n. 07.02.1947) e
CRISPIM de SOUSA Oliveira (n. 25.08.1940), todos do Porto.
Nos seus 24 anos ao serviço da arbitragem participou num total de 1.561
partidas, sendo 580 nas provas da Associação de Futebol do Porto, com 293 na
função de Árbitro e 287 como auxiliar. A nível nacional, só na primeira
categoria, onde permaneceu 14 anos, dirigiu 446 jogos! Arbitrou 505 encontros
noutras competições da Federação Portuguesa de Futebol e, como Árbitro
assistente, 20, a nível nacional e 10 no estrangeiro, tendo, por tal motivo, visitado
os seguintes países: Alemanha, Bélgica, Espanha, França (2 vezes), Grécia,
Holanda (2 vezes), Inglaterra e País de Gales.
Vitória Sport Clube (Guimarães), 3-Vitória Futebol Clube
(Setúbal), 4
Árbitro: FERNANDO ALBERTO Bastos Silva (n. 28.03.1941)
Assistentes: JOSÉ Alberto FERREIRA (n. 25.02.1949) e
Árbitro: FERNANDO ALBERTO Bastos Silva (n. 28.03.1941)
Assistentes: JOSÉ Alberto FERREIRA (n. 25.02.1949) e
Manuel PINHEIRO TEIXEIRA (n. 02.11.1945), todos do Porto.
Registe-se que o primeiro jogo que dirigiu foi o Fluminense-São
Crispim, na categoria de Amadores (1-5), no campo do Candal, em 23 de Janeiro
de 1966. E o último, na Madeira e em 21.05.1989, o Marítimo Guimarães (2-0), da
primeira divisão nacional.
20.12.1987-SUPERTAÇA CÂNDIDO DE OLIVEIRA-Jogo 19-2ª Mão-Estádio José Alvalade (Lisboa)
Sporting Clube Portugal, 1-Sport Lisboa Benfica, 0
Árbitro: FERNANDO ALBERTO Bastos Silva (n. 28.03.1941)
Assistentes: Manuel Silva COELHO JÚNIOR (n. 17.04.1946) e
PEDRO Pinto ALVES (n. 07.02.1947), todos do Porto.
Foi nomeado para arbitrar duas finais nacionais. Na época 1982/1983, partida entre o Vitória de Guimarães e o Benfica (2-5), marcada para Espinho, onde se apurou o vencedor da Taça Nacional de Juvenis. E em 1986/1987, jogo decisivo para a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira pelo Sporting, que, em Alvalade, ganhou ao Benfica.
Sporting Clube Portugal, 1-Sport Lisboa Benfica, 0
Árbitro: FERNANDO ALBERTO Bastos Silva (n. 28.03.1941)
Assistentes: Manuel Silva COELHO JÚNIOR (n. 17.04.1946) e
PEDRO Pinto ALVES (n. 07.02.1947), todos do Porto.
Foi nomeado para arbitrar duas finais nacionais. Na época 1982/1983, partida entre o Vitória de Guimarães e o Benfica (2-5), marcada para Espinho, onde se apurou o vencedor da Taça Nacional de Juvenis. E em 1986/1987, jogo decisivo para a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira pelo Sporting, que, em Alvalade, ganhou ao Benfica.
05.08.1988-Estádio das Antas (Porto)-I Torneio Europa Lusitânia
Futebol Clube do Porto, 1-Associação Portuguesa Desportos (Brasil), 1
Árbitro: FERNANDO ALBERTO Bastos Silva (n. 28.03.1941)
Assistentes: LUÍS Manuel AGUIAR Silva (n. 11.03.1960) e
PEDRO Pinto ALVES (n. 07.02.1947), todos do Porto.
Futebol Clube do Porto, 1-Associação Portuguesa Desportos (Brasil), 1
Árbitro: FERNANDO ALBERTO Bastos Silva (n. 28.03.1941)
Assistentes: LUÍS Manuel AGUIAR Silva (n. 11.03.1960) e
PEDRO Pinto ALVES (n. 07.02.1947), todos do Porto.
Quanto a distinções foram-lhe atribuídas as seguintes: Melhor Árbitro
do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Porto, referente a 1971.
Prémio O Comércio do Porto, por 2 vezes (mas nunca lhe foram entregues). Prémio
Ribeiro dos Reis. Prémio Filipe Gameiro Pereira, da Shell Portuguesa/Gazeta dos
Desportos, por 2 vezes. Prémio Rádio Alvo, 2º lugar, por 2 vezes. Melhor
Árbitro do Torneio Internacional de Juniores do Porto (1984).
25.01.1989-Estádio das Antas-Jogo particular
Futebol Clube do Porto, 2-Football Club des Girondins Bordeaux (França), 0
Árbitro: FERNANDO ALBERTO Bastos Silva (n. 28.03.1941)
Assistentes: LUÍS Manuel AGUIAR Silva (n. 11.03.1960) e
PEDRO Pinto ALVES (n. 07.02.1947), todos do Porto.
Futebol Clube do Porto, 2-Football Club des Girondins Bordeaux (França), 0
Árbitro: FERNANDO ALBERTO Bastos Silva (n. 28.03.1941)
Assistentes: LUÍS Manuel AGUIAR Silva (n. 11.03.1960) e
PEDRO Pinto ALVES (n. 07.02.1947), todos do Porto.
Exerceu as funções de Observador de Árbitros no Conselho de Arbitragem
da Federação Portuguesa de Futebol, tendo sido ainda seu Assessor de 2001/2002
a 2003/2004.
Conheci o Fernando Alberto na segunda parte dos anos setenta quando veio à Póvoa de Santa Iria (perto de Lisboa) arbitrar a equipa do clube local com um da margem sul, ambos nos últimos lugares de séries diferentes da 3ª divisão nacional, ia ser despromovido aos distritais. O jogo não acabou no seu tempo normal uma vez que, perto do fim, um dos jogadores do clube visitado arranjou um imbróglio tal que, num ápice, todos intervenientes e o público se envolveram em cenas pouco edificantes. Logo quando se iniciaram as escaramuças saltei para o terreno de jogo e, no meio da confusão generalizada, dirigi-me ao Árbitro (Fernando Alberto), disse-lhe quem era e colocando os braços à sua volta fiz, juntamente com um jogador júnior da equipa da casa, a sua protecção até às cabinas que ficavam ainda um pouco longe, mas ninguém lhe tocou. E pronto, a partir daí ficámos amigos.
Conheci o Fernando Alberto na segunda parte dos anos setenta quando veio à Póvoa de Santa Iria (perto de Lisboa) arbitrar a equipa do clube local com um da margem sul, ambos nos últimos lugares de séries diferentes da 3ª divisão nacional, ia ser despromovido aos distritais. O jogo não acabou no seu tempo normal uma vez que, perto do fim, um dos jogadores do clube visitado arranjou um imbróglio tal que, num ápice, todos intervenientes e o público se envolveram em cenas pouco edificantes. Logo quando se iniciaram as escaramuças saltei para o terreno de jogo e, no meio da confusão generalizada, dirigi-me ao Árbitro (Fernando Alberto), disse-lhe quem era e colocando os braços à sua volta fiz, juntamente com um jogador júnior da equipa da casa, a sua protecção até às cabinas que ficavam ainda um pouco longe, mas ninguém lhe tocou. E pronto, a partir daí ficámos amigos.
Em termos associativos Fernando Alberto foi filiado na APAF-Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol de 3 de Janeiro de 1980 até 1 de Julho de 1991, altura em que pediu a demissão. Mas, em 13 de Junho de 1997, fundou a AFA-Árbitros de Futebol Associados, sediada no Porto, na expectativa de arregimentar o máximo de Árbitros para encetar novas formas de luta organizada em sua defesa. A novel agremiação chegou a ter perto de 500 associados. A exemplo da APAF, que tinha assento na Assembleia-geral federativa, tentou que também a AFA tivesse esse mesmo estatuto, mas a proposta de admissão foi recusada. Contudo, não deixou de estar sempre na crista da onda, ora ao lado das justas reivindicações dos Árbitros, ora hostilizando a APAF por divergir ou actuar de forma antagónica às suas ideias, naturalmente segundo o seu ponto de vista. Isto foi uma constante até aos anos iniciais da primeira década de 2000, com forte impacto nos órgãos de comunicação social.
A última vez que lhe falei foi há um tempinho quando lhe solicitei uma foto para o trabalho que estava a fazer sobre a Supertaça Cândido de Oliveira, aqui já publicado. Disse-me que não a facultaria, evocando que eu não tinha colaborado com ele na implantação e consolidação da AFA, portanto… Ripostei dizendo-lhe que, como fundador, associado e ainda Secretário-Geral da APAF, não tinha que trair os meus princípios de ética, respeito e lealdade. E ficámos por aí… Foi um dos colegas que com ele actuou que me cedeu a foto da equipa de arbitragem desse jogo, aqui reproduzida.
Independentemente do que entre nós passou, ideais diferentes sobre as
associações de classe e só, sempre admirei o Fernando Alberto, como pessoa de
forte carácter, empreendedor, determinado, líder nato, rigoroso, enfim, uma
amigo de longa data que agora perdi e que a todos nós faz imensa falta. Com
respeito, amizade e consideração, curvo-me perante a sua memória! Expresso
também os mais sentidos e profundos sentimentos a todos os seus familiares e
amigos.
Entretanto, o funeral será realizado amanhã, sexta-feira, dia 16, às
09H30 da Capela da Nossa Senhora do Ó (Largo do Terreiro, Ribeira, Porto) para
a Igreja de São Nicolau (rua Infante D. Henrique, 93, Porto), onde será
celebrada missa de corpo presente. Às 10H30 o cortejo fúnebre dirige-se para o
Cemitério do Prado do Repouso, local em que se procederá à cremação dos seus
restos mortais.
Só um Homem com "H grande", com o enorme desportivismo, profissionalismo, honestidade , deixa esta última mensagem a quem com frontalidade, competência, e muito mais, grande árbitro que o foi.
ResponderEliminarEsteve nos maiores palcos de futebol do nosso país.
Devido as suas preferências políticas e frontalidade não o deixaram ser árbitro internacional, estava eu a iniciar o curso de árbitro e já via este Homem um ídolo.
Obrigado Alberto Helder, também tu deixas-te saudades à família da arbitragem.
Por diversas vezes o Fernando Alberto dirigiu jogos em que eu participei, como jogador do CD Torres Novas, GD Peniche e U. de Leiria, II Divisão Nacional.
ResponderEliminarPaz à sua alma e as minhas sentidas condolências à familia.
Que descanse em paz!
ResponderEliminarPAZ À SUA ALMA !
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