Este enorme e dedicado simpatizante dos Árbitros deixou-nos
há alguns anitos, mas, ao fazer-lhe aqui esta singela referência, entendo que
deva ser recordado pelo que fez pela arbitragem motivo bastante para as novas
gerações sentirem o que é ser fiel, venerador e defensor da nobre causa da
arbitragem por muitos e bons anos, como passo a descrever.
Jorge da Luz Teixeira, nasceu no Bairro de Campolide
(Lisboa) no dia 5 de Março de 1914 e, desde jovem, tinha uma paixão enorme pelo
futebol. Praticou a modalidade no Sport Bom Sucesso, clube fundado em 8 de
Fevereiro de 1913, conforme licença 15.345 emitida pela Associação de Futebol
de Lisboa.
Morava na rua Cândido dos Reis, em Algés e veio a falecer em
26 de Outubro de 1999, com 85 anos de idade. O seu corpo foi sepultado no
cemitério da Guia, em Cascais.
A história deste Amigo dos Árbitros é simples: Dado que sempre manifestou um carinho muito grande pelos Árbitros resolveu, em 1968, viajar até Santarém e assistir à festa de homenagem ao Árbitro internacional Manuel Lousada Rodrigues, quando este se retirou da actividade (e por limite de idade). Esta foi a sua primeira, mas presenciou mais de sessenta comemorações, acontecimentos que lhe davam enorme satisfação, pois o seu forte era a convivência com os homens do apito.
A história deste Amigo dos Árbitros é simples: Dado que sempre manifestou um carinho muito grande pelos Árbitros resolveu, em 1968, viajar até Santarém e assistir à festa de homenagem ao Árbitro internacional Manuel Lousada Rodrigues, quando este se retirou da actividade (e por limite de idade). Esta foi a sua primeira, mas presenciou mais de sessenta comemorações, acontecimentos que lhe davam enorme satisfação, pois o seu forte era a convivência com os homens do apito.
Entretanto, desde aí até por volta de 1994, altura em que
sofreu um percalço na sua saúde, acompanhou de perto as equipas de arbitragem
que domingo a domingo actuavam nos mais problemáticos campos fossem no norte,
no centro ou no sul de Portugal. Deslocava-se a suas expensas, isto apesar dos
poucos proveitos da sua reforma.
Gostava de ir ver os jogos em que previa dificuldades para os elementos da equipa de arbitragem, dizendo-lhe que estava ali e poderiam dispor dele sempre que assim o entendessem. Também adorava viajar com o trio de arbitragem.
Gostava de ir ver os jogos em que previa dificuldades para os elementos da equipa de arbitragem, dizendo-lhe que estava ali e poderiam dispor dele sempre que assim o entendessem. Também adorava viajar com o trio de arbitragem.
Jorge da Luz Teixeira por ter sido um fervoroso adepto da
disciplina, repudiava a violência e a ignorância que o público (ainda hoje) demonstra
quanto às Leis do Jogo. Admirava o Árbitro que sabia impor respeito sem
necessidade de gestos teatrais. Reconhecia que era preciso ser-se muito
corajoso para exercer cabalmente a função. Chamava a atenção para as tabelas
pecuniárias que estavam totalmente desactualizadas com a realidade do futebol e
do próprio custo de vida. Perante aquilo que recebiam os Árbitros mais não eram
que amantes inveterados do futebol, dando-lhes o máximo e recebendo em troca um
rotundo NADA! Afirmava que a arbitragem portuguesa não ficava a dever nada aos
representantes dos países que nos visitam. Os nossos quando iam (e vão) ao
estrangeiro têm sabido prestigiar a classe e Portugal.
No dia 31 de Janeiro de 1981 (sábado) Manuel Lousada e
António Ferreira organizaram um almoço-convívio em sua honra, que decorreu na
Estalagem do Mestre Afonso Domingues, na Batalha, e que contou com a presença
das mais gradas figuras da arbitragem portuguesa, casos de Francisco Guerra
(Porto), Inácio Almeida (Setúbal), Joaquim Campos (Lisboa), Fernando Valério
(Setúbal), António Calheiros (Lisboa), Correia da Costa (Porto), Porém Luís
(Leiria), Marques Pires (Setúbal), António Garrido (Leiria), Raul Nazaré
(Setúbal), entre outros. Também compareceu o Presidente do Conselho de
Arbitragem federativo, Dr. António Manuel Pereira, assim como muitos dirigentes
de Conselhos de Arbitragem das Associações Distritais.
Para além do reconhecimento público a Jorge Teixeira pela
iniciativa que assume semanalmente (inédita e altruísta) foi-lhe oferecida uma
salva de prata. A Federação Portuguesa de Futebol pela dedicação e interesse
pela arbitragem atribuiu-lhe um livre-trânsito com acesso às suas competições.
Quando faleceu os familiares colocaram na imprensa o anúncio
fúnebre com esta simplicidade: “Faleceu Jorge Teixeira, o Amigo dos Árbitros”.
Fonte: Boletim O Árbitro, edição de Março de 1983 (num excelente
trabalho de Jorge Coroado) e de Novembro/Dezembro 1999.
O Homem que nunca foi árbitro, mas era Amigo Verdadeiro de todos os árbitros.
ResponderEliminarQue descanse em paz, Amigo Jorge Teixeira.
Grande homem, aparecia sempre nos campos para nos cumprimentar e apoiar.
ResponderEliminarMerecia uma HOMENAGEM.
Sem duvida que era um grande amigo dos árbitros, ia a todas como se costuma dizer, tive a honra da sua presença na minha festa de homenagem, excelente pessoa e verdadeiro amigo dos árbitros, como ele era existem poucos.
ResponderEliminarExcelente homem e amigo dos árbitros.
ResponderEliminarObrigado por me dares esta alegria de rever a foto deste GRANDE AMIGO DOS ARBITROS.
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ResponderEliminar05.05.2015
Exmo Senhor
Ao navegar na net encontrei um texto escrito por si sobre o meu querido Pai, agradeço-lhe do fundo do coração. Já enviei pedido para fazer parte do seu facebook. Sou Maria da Conceição Rodrigues Teixeira , moro em Cascais e o meu marido é dentista e tenho três filhas quatro netos. No face sou Carlota foi a minha neta que me inscreveu que é o nome dela. Moro em Cascais.
Receba um abraço com amizade.
Ps. Nasci em Campolide no ano de 1949 e sou filha de Jorge da Luz Teixeira.
De: Alberto Helder Henrique Santos
Exmª Senhora
Dª Maria da Conceição Rodrigues Teixeira
Boa tarde!
Quero agradecer as suas atenciosas palavras que muito me sensibilizaram.
Fui Árbitro de Futebol e, desde sempre estou ligado à causa da arbitragem.
Tive a felicidade de conhecer o senhor seu pai, pessoa fantástica, de elavdo carácter, solidário e um seu admirador pelo que fazia por nós, sem qualquer interesse pessoal.
Acontece que quando coloquei a notícia no meu blog ainda fui à vossa antiga morada, em Algés, subindo aquela rua muito inclinada na esperança de encontrar algum familiar que pudesse saber algo mais do saudoso senhor Jorge Luz Teixeira, mas o resultado foi infrutifero, pese embora uma amável senhora que lá morava mas nada me adiantou.
Expresso as mais vivas felicitações a V. Exª por ter tido um pai que nos respeitava, apoiava e estava sempre a nosso lado.
Entretanto, sou o responsável pelo Museu da centenária Associação de Futebol de Lisboa (rua Nova da Trinadde, 2-2º andar, aberto diariamente das 9,30 às 12 e das 14 às 17 horas, com entrada gratuita) e desde já faço-lhe o convite para nos visitar, mas, caso V.Exª tenha algo do senhor seu pai e relacionado com a arbitragem, e que queira doar à AFL, terei muito gosto em aceitar e promover a sua exposição permanente. Caso queira contactar-me pode fazê-lo para 213 224 870 ou 913 671 154
Aceite os meus melhores cumprimentos.
De: Carlota Joaquina
20:01
As suas palavras tão bonitas sobre o meu Pai vieram alegrar o meu dia que por vezes é pesado tenho três filhas já adultas e os netos ainda pequeninos são a minha grande preocupação. Obrigada por ter a gentileza de se deslocar a Algès após a morte do meu Pai. Está sepultado aqui muito perto de mim cemiterio da Guia em Cascais e sempre me pediu que quando partisse deste mundo que escrevesse na sepultura "O Amigo dos Àrbitos" que cumpri. Tenho guardadas e terei muito gosto em lhe ceder para o Museu muitas fotos de almoços e festas de homenagem a colegas seus. Um dia vou até ao Chiado e entrego pessoalmente mas aviso antes de me deslocar até lá. Receba um forte abraço e nem imagina como me sinto feliz ao ler o que escreveu sobre o Jorge Teixeira.
Sou Neta mais velha do Jorge teixeira, muitas foram as vezes que lhe dava boleia, para alguns estádios, lá ia ele, com o seu jornal, para afazer de almofadinha onde se sentava, um Grande Senhor caso houvesse richa, ou um mal dizer foi pessoa de quem nunca ouvi dizer mal de ninguém, o futebol era a sua vida, tinha uma enorme para não dizer gigante admiração pelos árbitros, deviam ser mais respeitados dizia por vezes, futebol esteve sempre no seu coração até ao fim, o meu Avô sei que era querido por vários grandes senhores da arbitragem, o que me deixa tão FELIZ saber que vim aqui por informação de minha mãe, Muito Obrigada a quem se Lembrou de fazer esta Nobre Homenagem ao meu querido avô de quem tenho tantas saudades, Muito e muito Obrigada a TODOS Ana Teixeira Dias
ResponderEliminar6 Maio 2015