COMO FUI TRATADO PELA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL NO PORTUGAL-SUÉCIA, EM LISBOA!

Protesto enviado em 16.11.2013, às 17H35:

Exmº Senhor
Presidente da Direcção da
Federação Portuguesa de Futebol
Dado o humilhante e surpreendente tratamento que, como Delegado à Assembleia-geral da FPF, me foi dispensado no Estádio da Luz, na noite de ontem, em que a selecção venceu com muito mérito a Suécia por 1-0, cumpre expressar o mais veemente protesto baseado nos seguintes factos:

1.O lugar que me foi atribuído no Sector 41, não é compatível com aqueles que me foram facultados nos últimos desafios da selecção portuguesa, realizados nos Estádios da Luz, Alvalade e Coimbra, pois desta vez fiquei no enfiamento da baliza norte, como se se tratasse de assento na bancada lateral.

2.Face ao ingresso que me foi destinado não me foi facultado o acesso a uma das salas das refeições, somente destinadas aos sectores 42 e 43, o que considero uma deselegância e falta de respeito, isto porque, no mesmo momento e no mesmo local, a outros delegados à Assembleia-geral foi-lhes autorizada a entrada, permanência e utilização daqueles espaços especialmente reservados a um salutar convívio que se deseja entre aqueles que querem o melhor para o desporto-rei em Portugal… Aliás, como sempre o tenho dito de viva voz e no local apropriado! Com este triste e insólito episódio constata-se, assim, que uns são acolhidos com cordialidade, respeito e apreço, outros não, o que se entende ter havido discriminação entre iguais! Isto para quem propala igualdade, solidariedade e racionalidade, não é nada bom…

3.Escusado será desenvolver aqui o mal-estar por que passaram outros parceiros neste desagradável e inédito acontecimento causado pela Direcção da Federação Portuguesa de Futebol, que deverá, em nome das boas práticas democráticas, apresentar-lhes desculpas pela responsabilidade que tem do grave descuido cometido, aborrecimento esse que afligiu e indignou pessoas de bem, as quais, convém lembrar, enquanto Delegados à Assembleia-geral, servem graciosa e exemplarmente o futebol e são oriundos das mais diversas regiões de Portugal.

Espero, pois, que futuramente quando me forem facultados ingressos peço que, por favor, digam clara e abertamente quais as condições que irei encontrar – o que não se verificou para este jogo – para saber se vale a pena a deslocação, porque a minha saúde é mais importante do que qualquer jogo de futebol…
Lisboa, 16 de Novembro de 2013.
Alberto Helder Henrique dos Santos
-Delegado eleito para a Assembleia-geral da Federação Portuguesa de Futebol, conjuntamente com Joaquim Alberto da Silva Jesus, pelo grupo de 5.077 (cinco mil e setenta e sete) Árbitros distritais e equiparados, em 12 de Setembro de 2011-

Resposta recebida em 18.11.2013, às 10H40
Exmo. Sr. Alberto Hélder,
Lamentamos, antes de mais, os constrangimentos que lhe foram colocados aquando do jogo Portugal-Suécia.
Esta situação ficou a dever-se a um lamentável erro aquando da distribuição dos bilhetes para o referido jogo.
Não configurou, de forma alguma, qualquer situação de desrespeito ou discriminação. Foi antes e tão só um erro que, aliás, prejudicou um número reduzido de delagdos.
As situações que foram reportadas no Estádio foram localmente resolvidas.
Agradeço que, se no futuro, situações como esta voltarem a suceder, se dirija ou procure contactar-me no local para que se possa resolver a situação.
Apresentando-lhe as mais sinceras desculpas, subscrevo-me com os melhores cumprimentos,
Claudia Poças.

Réplica remetida em 18.11.2013, às 17H01
Exmª Senhora
Dª Cláudia Poças
Grato pela mensagem e pela justificação que, naturalmente, aceito.
Contudo, à hora que saí do Estádio (18H10), não só não encontrei a Dª Cláudia Poças, como qualquer outra pessoa responsável da Federação que pudesse solucionar a situação, acontecimento que muito me defraudou, como expresso na carta de 16 de Novembro.
Saudações.
Alberto Helder.