Fernando
da Silva Cabrita nasceu em Lagos (Algarve) em 1 de Maio de 1923 e faleceu no
princípio da tarde de ontem no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, devido a doença
do foro respiratório.
O
seu vasto currículo desportivo leva-nos até à época 1939/40 quando se inicia no
Clube de Futebol Esperança de Lagos. Em 1942/1943 ingressou no Sporting Clube
Olhanense onde se manteve até 1951, quando o clube baixou de divisão. O próximo
passo foi rumar até França, para o Angers Sporting Club de l'Ouest, onde
permaneceu até 1953. No regresso a Portugal optou pelo Sporting Clube da
Covilhã, permanecendo até 1958/59. Em 1959/60, termina a sua actividade como
jogador no Portimonense Sporting Clube continuando a ser o seu treinador
principal.
No
dia 1 de Julho de 1945 participou na 7ª final da Taça de Portugal, defrontando
o Sporting Clube de Portugal nas Salésias (Lisboa) e perdeu por 1-0, em partida
dirigida por Domingos Miranda, Árbitro da Associação de Futebol do Porto. Voltou
a estar num jogo final da Taça de Portugal (17ª edição), em 2 de Junho de 1957,
desta vez com as cores do Covilhã, mas o Benfica levou o troféu, pois ganhou
por 2-1. Partida dirigida por Francisco Guerra, da Associação de Futebol do
Porto.
Envergou
a camisola das quinas (selecção A) no dia 11 de Março de 1945 no encontro
realizado no Estádio Nacional com a Espanha (2-2). Alinhou em mais seis
partidas da selecção principal e quatro na secundária (B). Foi no dia 16 de
Junho de 1957 no Brasil que se despediu da equipa de todos nós.
Fernando
Cabrita iniciou a profissão de Treinador em 1954, ainda como jogador, no
Futebol Clube Estrela de Unhais da Serra tendo servido mais os seguintes
clubes: Portimonense Sporting Clube (ainda como jogador/treinador), Sport
Lisboa e Benfica, União Futebol Comércio e Indústria de Tomar, Sport Clube
Beira-Mar, Rio Ave Futebol Clube, Académico de Viseu Futebol Clube, Futebol
Clube Penafiel. Clube de Futebol Estrela da Amadora, Raja Club Athletic, de
Casablanca (onde se sagrou campeão nacional), e Clube de Futebol Esperança de
Lagos, onde terminou a sua longa carreira desportiva, isto em 1992.
Em
1983/1984 fez parte de um quarteto que treinou a selecção portuguesa em
parceria com ANTÓNIO da Rocha MORAIS, António José Conceição Oliveira “TONI” e
JOSÉ AUGUSTO Pinto de Almeida, cujo comportamento no Euro, em França, foi
meritório. O seu grito de incentivo à equipa “Vamos a eles que nem uns
tarzões”, ficou célebre!
Em
termos de distinções recebeu do Governo da República Portuguesa, em 12 de
Agosto de 1992, a medalha de Mérito Desportivo. E o Município de Lagos em merecida
homenagem ao desportista mais conceituado do Concelho, alterou, em 2005, a
denominação do complexo desportivo para “Estádio Municipal Fernando Cabrita”.
O seu
corpo estará hoje a partir das 17 horas na Igreja de Benfica, e o funeral realiza-se
amanhã, quarta-feira, às 15, para o Cemitério de Benfica.
Aos
seus familiares e amigos expresso as mais sentidas condolências.
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