Finalmente, ao fim de 24 meses e dias, os senhores federativos, os tais
que ganham rios de dinheiro do futebol e que para ele deviam trabalhar, acharam
por bem, face à montanha de meses decorridos, aceitar como bom o único voto
contra (com declaração) na votação relatório e contas de 2011/2012, por mim
apresentado na Assembleia-geral de 27 de Outubro de 2012, repito, vinte e sete
de Outubro de dois mil e doze!
Recordando, os mesmos do costume apresentaram a papelada aperaltada naquela
altura para receberem, como sempre, o habitual amem, mas passaram por cima do
maior feito da arbitragem portuguesa desde os primórdios do futebol, omitindo a
honrosa presença de Pedro Proença, Bertino Miranda, Jorge Sousa, Duarte Gomes e
Ricardo Santos nas duas finais europeias (Liga dos Campeões e Euro) caso único
em todo o universo do desporto-rei.
Sozinho, num total de 84 delegados (aqui se incluem os outros 4
representantes do sector e a Associação de classe, que dizem defender), chamei
a atenção desta grave falta cometida pela tutela que alberga, desde 1979, a
arbitragem no seu seio, dizendo, peremptoriamente que iria votar contra pois a
hierarquia não estava a trabalhar como deve, pois é para isso que paga a si
própria os chorudos vencimentos mensais, valores que a comunicação social já
pôs a nu e logo em primeira página, denunciando os desmedidos ordenados…
Logo ali, na Assembleia, os tais, ao detectarem o erro gravíssimo que
cometeram, para além de também não escreverem uma linha do trabalho
desenvolvido pelos Árbitros portugueses aquém e além fronteiras, quiseram fazer
um apêndice aos papéis distribuídos, em cima do joelho, mas, firme e tranquilo,
afiancei que não votava a favor (e foi assim que procedi) pois a referência
àquele ímpar acontecimento deveria ter sido tratada antes e não depois de eu
ter denunciado tamanha deficiência. Resolveram dizer que iam fazer o
acrescento, e que o iam incluir no tal relatório, afirmação feita em 2012,
repito, em dois mil e doze.
Nas quatro reuniões magnas seguintes (duas em cada ano) sempre
perguntei quando é que tinha conhecimento do tal aditamento feito pelos ditos
tais, mas a resposta era um silêncio ensurdecedor…
Contudo, nesta última Assembleia (18.10.2014) houve um dos presentes
que chamou a atenção de que havia uma incorrecção na acta anterior e apresentou
a devida alteração. Então não é que teve tratamento de VIP, pois foi considerada
e distribuída (em 23 de Outubro) quase de imediato pelos delegados!
Naturalmente que no dia a seguir inquiri o funcionário federativo mais
bem pago sobre a adenda que tinha sido prometida publicamente em Outubro de
2012 e a sua resposta foi: nicles…
Voltei a perguntar no dia 6 de Novembro último e eis que chegou a hora
de terem tempo para enviarem a dita adenda (ver abaixo), na esperança de me
verem feliz e contente, o que não corresponde à verdade, pois estas situações, mais
dão para chorar imenso e por largo tempo. Tristeza!
Registe-se que este apêndice, elaborado em carta timbrada da Federação
Portuguesa de Futebol, não está datado nem assinado, logo a sua autenticidade
poderá ser posta em causa. Afastei a publicidade que vinha neste papel pois
constava uma entidade bancária que foi classificada com o título de “mau” e
que, até, já nem existe, e como não gosto destas coisas, não sustento negócios que
não me cheiram bem.
Concluindo: a este género de gente cada vez dedico mais o desprezo, a
desconsideração e a desconfiança por não tratarem os assuntos do futebol e da
arbitragem como merecem, apesar de serem apresentados com clareza,
responsabilidade, rigor e exactidão.
Amigo Hélder, eles não são atrasados "mensais"!
ResponderEliminarSão uns oportunistas, que descobriram na FPF, o seu "El Dorado".
Quanto ao trabalho, isso fica a cargo daqueles que deram e continuam a dar (como o meu Amigo) a mais valiosa contribuição á causa da arbitragem, fazendo-o de forma abnegada e gratuita!
Forte abraço.
24 meses para escrever umas míseras 4 linhas numa adenda que nem sequer está datada e assinada?
ResponderEliminarEm qualquer associação pequena sem fins lucrativos esse tipo de coisas não passam... numa estrutura como a da FPF, parece-me muito grave.
E não falando de tudo o resto mencionado no texto...
Alberto Helder Henrique Santos, obrigado por partilhar isto.
Um abraço.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarsenao fosse triste era divertido.
ResponderEliminarsem comentários
Rui Santos