Olá
Sandra! Boa
noite. Sobre
a questão em apreciação devo esclarecer o seguinte:
Por
amigo que reside no Rio de Janeiro recebi a comunicação referida em 01
(ver abaixo) e disse-lhe que o título não estava correcto, pois não foste a
primeira mulher a dirigir um jogo de homens no campeonato nacional português,
como é afirmado no título da notícia.
Àquele
meu amigo disse-lhe que não era verdade, respondendo o que se encontra em 02,
fazendo também a respectiva e compreensível rectificação no facebook, para que
as pessoas saibam o que se passou anteriormente, porque a arbitragem feminina
tem história, o que já vem acontecendo desde 1979.
Em 03
está a tua resposta à minha observação com a qual estou totalmente de acordo,
dado que te expressas correctamente para comigo e disso nada tenho a opor.
Contudo, como se depreende facilmente a minha discordância baseia-se somente no
título da notícia a qual, com intencionalidade ou não, induz em erro quem lê e
não sabe minimamente o rico historial da arbitragem feminina em Portugal.
Entretanto,
lembro-te que não me respondeste ao que refiro em 05 quando me
questionaste sobre o Ranking das Árbitras portuguesas de 2014, quando afirmei,
baseado em documentos oficiais, que tinhas ficado duas vezes em nono lugar,
quando na tua opinião tinha sido somente uma única vez, como o dizes em 04.
Esta minha observação deve-se ao facto de que ainda tenho os comunicados
federativos a aguardar o teu pedido.
Continuo
a expressar-te as minhas saudações de apreço, consideração e respeito, Alberto
Helder
01
14.02.2015,
às 01H58
Sandra
Bastos
Ela é a primeira mulher a apitar jogo
do Campeonato Nacional.
Sandra
Bastos até já foi campeã nacional, mas é na arbitragem que está a fazer
história, ao ter-se tornado, em janeiro, a primeira mulher na história do
futebol português a apitar um jogo do Campeonato Nacional de Seniores.
Um marco que junta a outro feito digno de registo: depois de mais
de 200 jogos internacionais, subiu, este ano, ao grupo de elite da UEFA, tendo,
também nesta conquista, sido pioneira, no que à arbitragem feminina diz
respeito.
"Já era uma coisa pela qual andava a lutar há muito tempo.
Mostrámos que o trabalho do dia-a-dia vale a pena e que nós mulheres também
podemos ter sucesso lá fora", contou, em entrevista à agência Lusa.
Aliás, 2015 ainda há pouco começou e já tem tudo para ser um
"ano gordo" na carreira desta árbitra de 35 anos, ou não tivesse sido
já chamada para apitar um jogo do terceiro escalão nacional, um feito inédito
entre as árbitras portuguesas.
Aconteceu a 18 de janeiro, num encontro que colocou frente a
frente o Mirandela e o Fafe, na 18.ª e derradeira jornada da série A da
primeira fase do Campeonato Nacional de Seniores."Ninguém complicou, nem
equipas técnicas, nem adeptos. Todos os intervenientes nos aceitaram com muita
simpatia e sem dúvida que foi uma tarde desportiva que nunca vou
esquecer", afirmou a árbitra da Associação de Futebol de Aveiro.
Uma experiência que, assinala, só foi possível porque, em 2012, o
regulamento que impedia as árbitras nacionais de estarem no quadro masculino
foi alterado.
Por trás dos louros que tem vindo a colher, Sandra Bastos esconde
uma dedicação acima da média."Se não se consegue treinar às 5 da tarde,
treina-se às 6 da manhã. Se não se consegue treinar às 6 da manhã, treina-se às
10 da noite", conta, explicando que, apesar de ser sócia gerente numa
empresa de Santa Maria da Feira, treina todos os dias. Por isso, Paulo Costa,
antigo árbitro internacional e dirigente de Conselho de Arbitragem que se encarrega
da gestão da arbitragem feminina, não hesita em afirmar que Sandra Bastos
"faz do seu trabalho diário e da dedicação as suas mais-valias".
"É uma apaixonada pela arbitragem e o facto de ter sido
promovida ao grupo de elite premeia-a a ela e à arbitragem feminina
portuguesa", defende, admitindo tratar-se de um exemplo de "inegável
qualidade".
Mas foi a correr atrás da bola que Sandra Bastos começou no
futebol, recordando ainda o título conquistado em 1995/1996, pelo Lobão, uma
equipa de Santa Maria da Feira.
A arbitragem chegaria apenas quando decidiu voltar à escola para
subir notas e teve conhecimento de um curso que iria decorrer.
Admite que a transição foi "algo difícil", ou não
estivesse habituada "a dar um bocado de porrada e a reclamar com os árbitros",
mas isso não a impediu de fazer um percurso ascendente: em 2003/2004, seria
indicada para o quadro feminino e pouco depois para a UEFA.
Hoje, conta já mais de 200 jogos internacionais, entre os quais os
quartos de final da Liga dos Campeões feminina, em novembro, a final do europeu
de sub-19 em Itália (2011) e a chamada aos Jogos Olímpicos de 2010, enquanto
quarta árbitra. Quando questionada sobre se a médio prazo será possível ver uma
mulher a apitar um jogo das competições profissionais, responde assim:
"Porque não? Se na Alemanha, no Brasil, na Suécia temos mulheres a
arbitrar, porque não cá? Passo a passo, as coisas irão chegar."
02
15.02.2015,
às 20H14
Boa
tarde.
Agradeço
a mensagem e quanto ao assunto direi que o título não corresponde à verdade porque
a Árbitra jubilada portuguesa Ana Raquel Morais Pinto Brochado dirigiu durante
seis épocas (2006/2007 a 2011/2012) cerca de 50 jogos da 3ª divisão nacional
(seniores) e foi a primeira Árbitra a actuar em encontros entre equipas
masculinas em Portugal, como se pode constatar na reportagem que a seguir
identifico: http://albertohelder.blogspot.pt/2012/06/ana-raquel-brochado-mais-um-exito.html
03
16.02.2015,
às 07H05
Bom
dia Sr Alberto sem tirar o valor a ninguém e sem me intrometer seja no que for
a notícia é a falar no campeonato de seniores 2ªdivisao nacional Foi para isso
que notícia foi feita.
04
15.06.2014,
às 15H59
Sandra
Bastos
Sr
Alberto só fikei em nono uma x.
05
16.06.2014,
às 14H12
Viva
Sandra! Grato pela tua mensagem. Quanto à observação, que dizes ter ficado uma
só vez em nono lugar, direi que não tens razão. Peço que acedas aos CO da FPF
nºs 449, de 24.06.2005, e 439, de 18.06.2009, onde confirmam as tuas duas
classificações em 9º lugar, nas épocas de 2004/2005 e 2008/2009. Se
necessitares destes documentos é só pedires. Sempre a considerar-te. Os meus
respeitos, apreço e consideração.
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