Em referência à
reunião magna do organismo que tutela o futebol em Portugal, ontem realizada e
na qual sou membro eleito, tenho a manifestar o seguinte:
1.Mais: Continua a
ser confrangedor e deprimente a assistir à bajulação e às loas à jerarquia. Como
se aquela gente estivesse a fazer voluntariado… Aliás, o tempo que por lá
passam é altamente remunerado, com todas as despesas pagas e outras regalias
que estão no segredo dos deuses… Tal
comportamento, a adulação, terá a ver com privilégios que se vão mantendo, aparecendo
ou pretendem ganhar o céu assim? Quem quer responder?
2.Mais: Esta
Assembleia teve a particularidade do presidente da mesa ter enviado aos
delegados um panfleto, baseado em dois pareceres favoráveis (já se viu algum
parecer ser contrário a quem paga para os fazer?), prognosticando qual o
sentido de voto que deveriam tomar…
Espectáculo! Assim dá gosto viver no país
das maravilhas…
Contudo, esta lamentável conduta foi denunciada e repudiada em plena assembleia.
3.Mais: O sorteio –
um dos pontos da agenda – foi reprovado e eu fui um dos 74% que o repudiou. Não
por estar ligado a grupos que pervertem o ideário desportivo ou a outros que
tais, mas sim por antiguissíma convicção e pela defesa intransigente
da ética do sector que já tem muito pouca gente que o sente como romântico, digno e exigente.
Alguns, é mais bolos… Mas, se à frente dos destinos da arbitragem não existirem
pessoas de exemplar carácter, de competência comprovada, de praticarem a justeza,
o rigor e a transparência exigidos para o cabal desempenho da missão, e não,
como infelizmente acontece em todas as épocas, de que valem estas palavras e
princípios? Por tal motivo aqui se regista o facto de recentemente ter havido 3
convocatórias (?!) para o mesmo curso de Árbitros Assistentes candidatos a
ingressarem no quadro nacional, e, após a sua realização, serem amanhadas três
pautas classificativas (?!), com os inerentes benefícios/prejuízos causados a
quem se viu envolvido sem nada terem contribuído para tal… (http://albertohelder.blogspot.pt/2015/07/de-mal-pior-sera.html)
Quando se fizer algo,
que seja bem feito! Face à dimensão da entidade que os procedimentos sejam
compatíveis e não paralelos a qualquer insignificante estabelecimento. Veja-se
o que se passa com o Comunicado Oficial 19, de 13.07.2015, onde estão os nomes
dos Árbitros para a presente época que deveria (penso) ser elaborado por ordem
alfabética e, por desconhecimento ou outro qualquer factor que não vislumbro, o
abecedário não é respeitado! Coisas…
4.O presidente da
Mesa da Assembleia afiançou que os Delegados tinham os endereços
electrónicos uns dos outros para se comunicarem, facto que não corresponde à verdade.
Foi por assim que lhe disse.
5.Finalmente a
bandeira portuguesa já se encontra no respectivo lugar, no auditório do saudoso
Manuel Quaresma. Valeu a pena ter insistido, pois só assim é que vão
aprendendo…
6.Um caso curioso e
intrigante: Antes de se iniciar a Assembleia e quando estava com o camarada
Fernando Costa recebi os parabéns do actual presidente do Conselho de
Arbitragem da Federação por ter sido nomeado Director do Museu da centenária
Associação de Futebol de Lisboa, facto que aconteceu em 15 de Janeiro de 2014, ou
seja, já decorreram 556 dias! Depois de várias vezes, em encontros informais, a
perguntar-me como vai o Museu ter esta manifestação, só poderei ter uma
leitura:
Tal atitude é muito esquisita!
7.Por fim, dado que
as actas da Assembleia continuam a não espelhar o que de relevante se lá passa,
tal deficiência obrigou-me a fazer o texto seguinte, o qual foi entregue em mão
ao presidente da dita cuja:
DECLARAÇÃO DE VOTO
Do: Delegado Alberto Helder
Henrique dos Santos.
Lamento dizer que continua a
haver displicência e falta de rigor na elaboração das actas da Assembleia-geral
federativa, dado que, com a situação que irei descrever, já vai na terceira
grave omissão de conteúdos de assuntos que se verificaram mas que não são
considerados.
Recordo que em 2012 a inábil
e descuidada Direcção federativa não referiu no Relatório e Contas uma linha
sequer sobre a arbitragem de Portugal, e, muito menos, o título de melhor do
mundo concedido a Pedro Proença, o que me obrigou a votar contra. Contudo, só
ao fim de dois anos é que, depois de muito insistir, lá apareceu um papel a dar
conta e em poucas linhas, daquele feito e que os Árbitros portugueses estiveram
em duas finais europeias, acontecimento único desde que o futebol existe!
A segunda foi quando o
arrogante e incompetente presidente da MAG, me quis ofender dizendo que eu era
um crónico abstencionista, como se o cargo que ocupa lhe desse
autoridade para dizer o que lhe vem à cabeça, em detrimento da postura exemplar
que qualquer pessoa de bem deve ter para com o seu semelhante, especialmente mais
idoso! Respondi-lhe, com cortesia, que a
única situação crónica de que sofro é oncológica, o que o obrigou a meter as
mãos pelos pés, dizendo algo que nada teve a ver com pedido de desculpa que
devia proferir se fosse humilde e responsável. Aqui houve branqueamento da
situação, pese embora o assunto tivesse sido gravado, mas no papel, nicles...
Agora, na acta treze, de 30
de Maio volta acontecer mais do mesmo, pois na discussão da proposta de
atribuição de títulos de sócio de mérito referi que iria votar de pé e
lamentavelmente nada consta no papel... Aliás, com aquela minha afirmação penso
que todos os presentes (ou quase) aceitaram a minha ideia e fizeram-no também
acompanhando-me no respeito devido, não só pela distinção, como pelos
homenageados! Como foi a primeira vez que se fez uma votação desta forma,
oportuna e singular, o escrevinhador não estava para aí virado e faz com que
vote contra a aprovação da referida acta!
Lisboa, 25 de Julho de 2015.
Caríssimo amigo Alberto Hélder, é com intervenções assim que se poderá por ordem na casa e obrigar que sejamos respeitados. Bem haja. Já dizia muito boa gente: "A LUTA CONTINUA"
ResponderEliminarA cacicagem e a incompetência continua a fazer caminho e a decidir em prole de interesses instalados.
ResponderEliminarSão muitos os comensais...