No dia de hoje, em 1965, este saudoso companheiro que
dirigia no campo do Bessa, a partida entre as equipas do Leça Futebol
Clube-Sport Comércio e Salgueiros, jogo a contar para o Torneio Início,
promovido pela Associação de Futebol de Porto, sucumbiu aos 33 minutos quando,
em pleno rectângulo, caiu inanimado, vítima de doença súbita, que o fez
desaparecer para sempre.
Ainda foi socorrido de imediato por muita gente (ver
imagens), quer no campo, quer quando foi retirado e levado para a Casa de Saúde
da Boavista (o Árbitro Francisco Guerra, esteve presente nesta acção de
socorro) mas em vão: a desgraça foi mais forte.
Neste seu último jogo teve como camaradas de equipa Armando
Paraty e Albino dos Santos. O jogo ainda recomeçou até ao fim do primeiro tempo
com Albino dos Santos a exercer as funções de Árbitro principal e, a completar
o trio, Caetano Nogueira, Árbitro internacional que estava a assistir à partida.
Ao intervalo, dirigentes da Associação de Futebol do Porto presentes no campo determinaram
a suspensão da partida, que seria repetida mais tarde.
Cid Gomes fora convidado por Armando Paraty para padrinho de
sua filha, cerimónia que estava aprazada depois do jogo.
António Cid Gomes, nascido no Porto, no dia 26 de Dezembro
de 1921, industrial e antigo jogador, actuou no Ermesinde e era adepto do
Académico Futebol Clube. Ingressou na arbitragem com 28 anos. Foi submetido a
exame na Comissão Regional de Árbitros de Futebol do Porto em 21 de Junho de
1949 e iniciou-se na actividade na época 1949/1950. Atingiu a primeira
categoria distrital em 1953/1954, altura que incorporou o quadro nacional, como
Árbitro Assistente. A Associação de Futebol do Porto louvou-o, em 1957, pela
assiduidade e dedicação que, desde sempre, teve pela arbitragem. Ascendeu à
segunda categoria nacional na temporada 1959/1960, onde permanecia à data da
fatalidade. Mais tarde, os seus companheiros de arbitragem fizeram uma romagem
de saudade ao Cemitério de Paranhos, como as imagens demonstram.
NOTA IMPORTANTE: Este trabalho só foi possível graças à
preciosa colaboração do seu filho, sr. Severino Alberto da Silva Cid Gomes e de
Armando Paraty, a quem agradeço.
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