(AVISO: ESTE BLOG ENCERRARÁ DENTRO DE 510 DIAS)
Os cães ladram mas a caravana passa…
Vozes de burro não chegam ao céu!
Presunção e água benta cada qual toma a que quer.
Estes ditados populares não se aplicam à Assembleia-geral federativa ontem realizada!
Vozes de burro não chegam ao céu!
Presunção e água benta cada qual toma a que quer.
Estes ditados populares não se aplicam à Assembleia-geral federativa ontem realizada!
Sim, estive presente e a minha actuação pautou-se com a
habitual regularidade pois votei a favor, contra e abstive-me nos pontos que
foram sendo discutidos, tendo, ainda, fazer valer a questão de que as cadeiras onde
nos sentamos têm um reduzido espaço útil de manobra (menos de meio metro), o
que ocasiona mau estar entre pares que são incomodados para poder deixar passar
quem necessita.
Bem, chegamos ao ponto da atribuição do título de sócio de
mérito aos Árbitros jubilados internacionais Olegário Benquerença e Pedro
Proença, incluídos (mal), num só ponto da ordem de trabalhos quando
anteriormente tal junção nunca tinha ocorrido.
Devo afirmar que, sem quaisquer reticências ou pontos de
interrogação, votaria imediata e favoravelmente (e por aclamação) a proposta que
abrangesse Olegário Benquerença, o que nunca aconteceria com a do seguinte.
Quando foi a minha altura de falar, perguntei à mesa se
tinham recebido alteração ao texto distribuído aos delegados e, perante a
resposta, avancei com a leitura seguinte:
Dado existirem duas
informações que pecam por inverdades, critico o responsável por aceitar
documentos com disformidades por incompetência, desleixo ou falta de
sensibilidade por não certificar os elementos recebidos, permitindo a sua
distribuição tal como está aos membros da Assembleia-geral, com a agravante dos
presentes que não dominam a matéria aceitarem naturalmente como boas as
anormalidades, quando isso jamais deveria acontecer.
A data indicada no papel como
tendo sido o início da actividade (1998) está errada. A verdadeira é a época
1988/1989.
A seguir, o nome da entidade
que consta como verídica não existe, repito, não há, nem nunca aconteceu haver
uma tal Associação Portuguesa de Futebol…
A instituição que lhe
proporcionou obter o diploma de Árbitro de futebol foi a ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL
DE LISBOA, repito, a ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE LISBOA, a primeira, a
única, a incomparável, que acabou de completar 105 anos de existência,
orgulhosa que está por terem por si passado milhares e milhares de ilustres
agentes desportivos, de todas as valências e escalões, tendo alguns atingido o
título de melhores do Mundo, o que aconteceu com dois jogadores, um treinador,
um árbitro e um empresário de jogadores, isto no futebol, e dois também
consagrados praticantes de futsal e de futebol de praia!
Não me preocupa saber o
porquê destes clamorosos equívocos, mas uma coisa é certa: como sabem, não
desempenho o cargo de delegado nesta casa se ânimo leve.
Estou e estarei a cumprir a
missão com responsabilidade, dignidade, consciência e dedicação, simplesmente
que quero o melhor para o futebol e para a arbitragem.
Ao terminar adiantei e
pretendi que a votação se devesse verificar ao abrigo do artigo 41º, número 3,
dos Estatutos federativos que diz:
“As deliberações para a eleição e
destituição dos titulares dos órgãos e ainda que envolvam a apreciação dos
comportamentos ou qualidades de qualquer pessoa são sempre tomadas por
escrutínio secreto”.
Pois, está bem, mas
o que é isso de respeitar o que está aprovado e que já tinha sido praticado
aquando da votação de proposta de atribuição de um título ao presidente da direcção
anterior? Mais adiantou o incompetente e esquecido (se bem que foi por mim
lembrado) presidente da Mesa que eu teria de ter 10% dos votos para accionar o
meu pedido! Onde está isto escrito? A mim não me enganou! Enfim…
Depois das
intervenções de alguns muito fracos e péssimos comissários e face à recusa do
referido inábil em proceder como o já tinha feito em Assembleia-geral anterior,
o que quer dizer que venceu o mais forte, e a votação processou-se de “braço no
ar”, com o meu voto contra, o que veio a provocar a ira e desespero nos
“democratas” que queriam ver aprovada a sua tese “por unanimidade e aclamação!”
Pergunto: não
exerci o meu legítimo direito, com firmeza, convicção e respeito aos meus
princípios, votando o que pretendia? Então não posso votar livremente como me
dita o meu julgamento? Mas porquê teria de seguir aqueles que queriam o que eu
não queria? Só se eu fosse totó… E não fui!
Os ditos cujos (e
não só) ainda proferiram impropérios, obscenidades e outras quejandas, mas, com
a natural tranquilidade, procedi à devolução (na íntegra), com a correspondente
classe e lisura.
Portanto a proposta
foi aprovada por 68 votos a favor e 1 contra, segundo disseram da mesa que
terminou assim a reunião plenária.
Penso que foi
devido ao nervoso que se apoderou dos seus elementos (e sabe-se lá de quantos
mais…), pois esqueceram-se de abordar o último ponto da Ordem de Trabalhos…
Coisas!
Com esta
prepotência do método de votação, por parte de quem quer, pode e manda, veio,
afinal, a valorizar os votos a favor pois alguém disse-me que mais iriam votar
desfavoravelmente se fossem respeitados os Estatutos federativos, ou seja, se
se verificasse o escrutínio secreto.
Mas, há sempre um
mas… Quando acabei a minha participação na Assembleia, preparava-me para sair do
Auditório Manuel Quaresma, saudoso amigo, e encontrava-me a entregar um
prospecto de divulgação do Museu da centenária Associação de Futebol de Lisboa
ao Secretário-geral da Associação de Futebol do Porto, Domingos Santos, Pedro
Proença enfrentou-me, ostensivamente, com várias pessoas a assistirem, e
disse-me:
“É o que temos! É o que temos!
Que se não tivesse a idade que tenho falaria
comigo doutra forma!
Que trouxe muita gente para a arbitragem.
Que me lembrasse do primeiro dia que lhe dei
o curso de Árbitro e futebol e este, o último…”
Este palavreado e a
velada ameaça merecem da minha parte total desprezo e repúdio, pois a minha
dignidade, os meus ideais, o meu carácter, a minha postura e a decisão que em
boa hora assumi para o meu voto só a mim diz respeito. Fi-lo em consciência,
livre e independente. Sou um delegado eleito por quem ainda não me destituiu,
logo não pertenço a derivados que querem, a todo o custo, influenciar,
manipular e deturpar a verdade em prol de objectivos com os quais não pactuo e
rejeito, e que, lamentavelmente, se reflectem com atitudes gratuitas, sem
qualquer respeito pelo democratismo.
Contudo, a laia de
comentário, direi que tal comportamento é demonstrativo de imodéstia, pois a
diferença da votação (entre prós e contra) foi abismal, mas, mesmo assim,
queria mais… mais um voto…o meu…Porquê, se o título foi-lhe atribuído? Porque
veio procurar-me? Tudo isto é estranho para mais de quem afirmou ser uma pessoa
simples, humilde e que saiu das bases que diz ainda pertencer?
É oportuno reafirmar
que não vivo do futebol, não sou bajulador e muito menos sou serviçal de quem
quer ter esse desiderato. Não devo nada a ninguém e o meu passado fala por mim.
Não preciso, nem nunca precisei de favores de qualquer espécie. Portanto, sou
um homem livre, que assumo os meus princípios, compromissos e
responsabilidades, alérgico a pressões e outros géneros de chantagens, doa a
quem doer. Aliás, desde Janeiro de 2014, estou, com muito gosto e empenho, a
prestar serviço voluntário ao futebol durante cinco dias por semana dando-lhe
7/8 horas por cada dia útil. A-propósito a Federação ainda não me pagou as
deslocações às Assembleias-gerais desde que exerço a grata missão de seu
delegado, isto é, com início em Janeiro de 2012.
Não tenho que
justificar a razão da consciente e nobre atitude de ter votado negativamente na
infeliz proposta apresentada conjuntamente, uma vez que fui obrigado a fazê-lo.
Como disse, gostaria imenso de votar em separado.
Conclusão, continuo
a ser incómodo a preconceituosos que, quando se vai contra as suas ideias, sem
vacilar e crente, não admitem, como se viu, existir três qualidades de voto
(favor, contra e abstenção), mas apoiam incondicionalmente a velha máxima de
“quem não está connosco é “contranosco”! Coitados… Enquanto andar por cá, a
cumprir com as minhas obrigações e compromissos, sempre com os mesmos irredutíveis
padrões que me acompanham desde que me conheço, estes sujeitos têm de levar
comigo. É certinho e direitinho…
Tenho dito!
Fico feliz por saber que o meu Amigo Alberto Helder, ainda está de boa saúde e actuante.
ResponderEliminarFaço votos que a causa a que se dedicou receba o seu contributo por muitos anos.
Forte abraço.
Agostinho Miguel
Tel.91 943 91 91