Pois é, assim não valeu a pena…
Todos os militares (e são milhares) que, no período da Guerra Colonial, foram mobilizados obrigatoriamente para as antigas províncias ultramarinas de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Macau e Timor até agora não tiveram o reconhecimento da Nação, pelo seu amor à Pátria, no desempenho da missão a que lhe foi imposta lá longe, durante dois anos (pelo menos), fora do seio familiar, afastados dos amigos e do emprego, sem que, até hoje, Portugal tenha reconhecido o esforço que fizeram, para, desde então, não serem considerados portugueses de segunda escolha, ou melhor, nem sequer são mencionados em qualquer acto ou acontecimento público.
É gritante, como ninguém, políticos, chefes de estado e de
governo, deputados, partidos, passados que foram cinquenta anos, não sentem esta
madrasta e cruel situação, que mais parece um severo castigo aqueles que também deram o
seu melhor, alguns até a vida, por terem de ir, sem terem pedido, para aquelas
antigas colónias, defender Portugal.
Será pedir muito, que Portugal reconheça tais militares que estiveram ao serviço da Pátria e que mais nada querem do que o simples reconhecimento da entrega e dedicação que tiveram em nome do seu país?
Continuamos a aguardar… até que a morte nos leve…
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