Esta série, a segunda
dum imenso trabalho que quer prestar tributo aos Comandos que cumpriram a sua
nobre e honrosa missão em África, terá, como destaque, o registo do que
aconteceu nos 31 cursos levados a efeito em Angola, com dados pouco ou nada
revelados até agora.
Diga-se, em abono
da verdade, que na procura da informação
fomos até onde pudemos.
A falta de pormenores obrigou-nos a procurá-los por
tudo o que é sítio, mas não fomos felizes, na totalidade. E é pena, pois a
história exige que se preserve o que de valor, paixão e entrega que se
verificou, para dar a conhecer aos vindouros, como é o caso dos bravos Comandos
que se assumiram como guardiões da portugalidade e dos feitos mais eloquentes e
marcantes praticados pelos ancestrais de que muito nos orgulham.
Portanto, é o que há
e ponto final!
Assim, durante a
divulgação do trabalho, vão ser referidos os seguintes temas: onde decorreram
os cursos, as datas do seu início e final e em quantos dias decorreu; o número
de formandos selecionados, assim como o quantitativo número dos que foram
eliminados e o total daqueles que atingiram o seu objetivo: a merecida obtenção
da boina e do crachá! A estes será feito o reconhecimento com a divulgação dos
seus nomes, por ordem alfabética, das suas patentes e dos seus números de
identificação militar. Também damos o devido destaque aos Instrutores,
Monitores e Auxiliares, que tornaram possível o projecto a que se propuseram e,
por fim, as unidades operacionais que foram formadas perante a aprendizagem militar
especializada.
Agradece-se a todos
aqueles que se disponibilizaram com as importantes e valiosas ajudas,
contribuindo, assim, de forma superior para a realização deste projeto,
destacando os livros de CECA-Comissão para o Estudo das Campanhas em África,
com imensa e relevante informação, assim como a Associação de Comandos, o
Arquivo Geral do Exército, a Biblioteca do Exército e o Arquivo Histórico
Militar, especialmente os seus prestáveis e credenciados colaboradores, sem
esquecer os atenciosos Comandos que foram contatados no sentido de facultarem elementos
que estavam em falta e que muito valeram.
-QUIBALA-
Muitas das imagens
que divulgo, com a devida vénia e agradecimento, têm origem em pesquisas
efetuadas na net, uma fonte inesgotável, útil e enorme.
-LUANDA-
Contudo, destaque-se
o pouco rigor que os Centros de Instrução de Angola tinham com o acompanhamento
dos cursos por si realizados, dado que no final de cada qual, não apresentavam
dados importantes do que aconteceu antes e durante a formação, especialmente
com vista a memória futura, já que o registo de tantos elementos que possuíam e
estavam à sua guarda, deveriam ser motivo para avançarem com o exigível resumo
tão necessário nestas coisas.
Na minha ótica
poderiam dar conhecimento de muitos assuntos no mesmo resumo, tais como o
quantitativo, nomes completos (aqui foi área que mais falhas teve), patentes, número
de identificação militar e unidades de origem dos selecionados para
frequentarem os cursos, quantos foram eliminados e, finalmente, quantos foram
aprovados, em ambos os casos também com a respetiva identificação integral. Outros elementos tão importantes para as estatísticas, como feridos e mortos no
decorrer do curso, assim como as unidades que foram formadas, louvores e as
operações em que os alunos participaram. Os programas, os horários e as
matérias que foram lecionadas.
Os formadores, monitores e auxiliares que
estiveram à frente da instrução também deveriam ser mencionados, para além da
especificidade das matérias que lecionaram, cada qual com as suas respetivas
identificações base.
O que nos deram os
Centros de Instrução de Angola, nos cursos que promoveram, foi muito pouco para
o objetivo que hoje se pretende alcançar. Não nos proporcionaram um registo de
tudo o que se passou, mas sim elementos esporádicos expressos em vários e distantes
dias dos factos, como as suas Ordens de Serviço assim comprovam. Isto, porque hoje,
para conciliar os dados preconizados, procura-se por tudo o que é sítio
(arquivos, bibliotecas, etc.) e, praticamente, apesar da minuciosidade
aplicada, pouco se encontra.
Foram três os Centros
de Instrução utilizados para se realizarem os Cursos. A saber: o primeiro, onde
foram formados os 10 Grupos Iniciais, foi em Zemba ( CI 21); seguiu-se Quibala,
para os 13 Grupos Iniciais; por fim, surge Luanda, Belo Horizonte, que levou a
cabo os restantes 28.
Caso constate haver
lapsos, omissões ou erros, agradeço e solicito que me transmita o que achar por
bem para se proceder em conformidade.
O total de nomes
envolvidos nos 31 cursos, é de:
INSTRUENDOS SELECIONADOS:
10.137
ELIMINADOS: 4.811
APROVADOS: 5.326
INSTRUTORES,
MONITORES E AUXILIARES: 2.140
Entretanto, aqui fica
o programa da divulgação neste blog, dos Cursos efetuados em Angola, entre
Setembro de 1962 e Janeiro de 1975:
CURSO INICIAL
(de 09.09.1962 a
30.11.1962, Zemba)
Dia 17 de fevereiro
de 2020, segunda-feira.
1º CURSO
(de 30.06.1963 a
25.09.1963, Quibala)
Dia 18 de fevereiro,
terça-feira
2º CURSO
(de 11.02.1964 a
10.05.1964, Quibala)
Dia 19 de fevereiro,
quarta-feira
3º CURSO
(de 01.09.1964 a
03.02.1965, Luanda)
Dia 20 de fevereiro,
quinta-feira
4º CURSO
(de 09.06.1965 a
29.11.1965, Luanda)
Dia 21 de fevereiro,
sexta-feira
5º CURSO
(de 30.06.1966 a
30.09.1966, Luanda)
Dia 24 de fevereiro,
segunda-feira
6º CURSO
(de 07.11.1966 a
22.02.1967, Luanda)
Dia 25 de fevereiro,
terça-feira
7º CURSO
(de 16.04.1967 a
21.07.1967, Luanda)
Dia 26 de fevereiro,
quarta-feira
8º CURSO
(de 21.08.1967 a
24.11.1967, Luanda)
Dia 27 de fevereiro,
quinta-feira
9º CURSO
(de 16.10.1967 a 23.12.1967,
Luanda)
Dia 28 de fevereiro,
sexta-feira
10º CURSO
De 11.12.1967 a
20.03.1968, Luanda)
Dia 2 de março,
segunda-feira
11º CURSO
(de18.04.1968 a 24.07.1968,
Luanda)
Dia 3 de março,
terça-feira
12º CURSO
(de 04.07.1968 a
19.09.1968, Luanda)
Dia 4 de março,
quarta-feira
13º CURSO
(de 14.10.1968 a
10.01.1969, Luanda)
Dia 5 de março,
quinta-feira
14º CURSO
(de 24.01.1969 a
21.04.1969, Luanda)
Dia 6 de março,
sexta-feira
15º CURSO
(de 04.05.1969 a
12.08.1969, Luanda)
Dia 9 de março, segunda-feira
16º CURSO
(de 19.08.1969 a
28.11.1969, Luanda)
Dia 10 de março,
terça-feira
17º CURSO
(de 14.12.1969 a
15.04.1970, Luanda)
Dia 11 de março, quarta-feira
18º CURSO
(de 07.05.1970 a
15.08.1970, Luanda)
Dia 12 de março,
quinta-feira
19º CURSO
(de 17.08.1970 a
30.11.1970, Luanda)
Dia 13 de março,
sexta-feira
20º CURSO
(de 12.12.1970 a
27.03.1971, Luanda)
Dia 16 de março,
segunda-feira
21º CURSO
(de 08.03.1971 a
26.06.1971, Luanda)
Dia 17 de março,
terça-feira
22º CURSO
(de 14.07.1971 a
29.10.1971, Luanda)
Dia 18 de março,
quarta-feira
23º CURSO
(de 16.11.1971 a
27.03.1972, Luanda)
Dia 19 de março,
quinta-feira
24º CURSO
(de 21.04.1972 a
10.08.1972, Luanda)
Dia 20 de março,
sexta-feira
25º CURSO
(de 01.09.1972 a 20.12.1972,
Luanda)
Dia 23 de março,
segunda-feira
26º CURSO
(de 25.01.1973 a
17.05.1973, Luanda)
Dia 24 de março,
terça-feira
27º CURSO
(de 23.06.1973 a
12.10.1973, Luanda)
Dia 25 de março,
quarta-feira
28º CURSO
(de 07.11.1973 a
28.02.1974, Luanda)
Dia 26 de março,
quinta-feira
29º CURSO
(de 06.05.1974 a 22.08.1974,
Luanda)
Dia 27 de março,
sexta-feira
30º E ÚLTIMO CURSO
(de 14.10.1974 a
28.01.1975, Luanda)
Dia 30 de março,
segunda-feira
Com desejos de uma
boa leitura e, se for o caso, também umas excelentes recordações,
despeço-me
até ao próximo tema:
as Companhias de
Comandos que operaram em Angola.
Saudações.
Alberto Helder
alberto.helder@gmail.com
913 671 154
Parabens!
ResponderEliminarMuito bom e louvável trabalho!
MamaSume