No boletim “O
Árbitro” nº 88 (Ano VIII), editado há 50 anos, os assuntos fundamentais foram:
CAMPANHA DE
DISCIPLINA
Divulgam-se frases-chave
que devem ficar retidas na mente de cada desportista e não só:
1º PRÉMIO
Futebol viril é
desporto, futebol violento é maldade!...
2º PRÉMIO
O homem conhece-se
pela acção, o desportista pela correcção.
3º PRÉMIO
No jogo podes ganhar
ou perder. Na correcção podes ganhar sempre!
MENSÕES HONROSAS
Pontapés na bola sim,
no futebol não!
Sem disciplina, não
pode haver desporto., sem aprumo não pode haver disciplina.
Perde em consciência,
quem ganha pela violência.
Futebol menos
correcção, igual a nada.
Só será digno de
vencer aquele que souber perder.
Um jogador
incorrecto, está sempre a mais no campo do desporto.
Uma medalha de
correcção define o carácter de quem a ostenta.
Joga lealmente que o
público te julgará.
Ganhar sem honra,
toma nota! É pior do que a derrota!...
O verdadeiro
desportista respeita-se e respeita.
Se queres ser
respeitado, sê disciplinado.
Se fores
disciplinado, serás galardoado.
A disciplina é a
maior força ao serviço do desporto.
Repeita os teus
adversários com aprumo e correcção.
A disciplina é a base
do desporto.
Respeitar o adversário
é respeitar a camisola que enverga.
O futebol é um
espectáculo que deve distrair e não dividir as multidões.
1.Manuel Maria
Ferreira da Costa, de Oliveira de Azeméis, continua a desenvolver o tema “A
atentar por quem de direito, qual será a aplicação mais lógica?”. 2.Do
periódico espanhol El Árbitro
transcreve-se “Cristo, Árbitro de Futebol!”. 3.“Houve muito brilho na festa de
confraternização em Braga”, por Diogo Manso. 4.Filipe Gameiro Pereira presta
“Esclarecimentos acerca do Guia Universal” [Livro de Regras]. 5.”Carta aberta a
“um” Árbitro”, por António Augusto Santos. 6.Fernando de Almeida assina “Régua,
a princesa do Douro presente na Comissão de Vila Real”. 6.Mariano Sabino dos
Santos, de Évora, diz “Um dia aconteceu… De noite, todos os gatos são pardos”.
7.”Nunca se sabe demais”, autoria de Carmo Lourenço. 8.Joaquim Sequeira Teles
subscreve ”Primeira brisa da nova época”. Do jornal Olhanense respiga-se “Numa boa competição desportiva a presença do
Árbitro deveria ser ignorada”.
1.Através de circular
emitida pela Comissão Central de Árbitros de Futebol foi divulgado a seguinte
obrigação: A partir de 11 de Outubro de 1964 em todos os jogos federativos os
capitães de equipa devem usar uma braçadeira de cor diferente da camisola que
envergam, de modo que facilmente sejam identificados perante a equipa de
arbitragem. 2.Eduardo Gouveia, Árbitro jubilado internacional passou a
desempenhar funções na direcção do Boletim “O Árbitro”. 3.Numa excelente
iniciativa a Comissão Central criou o departamento técnico, convidando para o
chefiar Filipe Gameiro Pereira, nome consagrado no seio da arbitragem
portuguesa e internacional. 4.Os Árbitros deixaram de descontar 10% dos prémios
para o Fundo de Aperfeiçoamento Técnico, criado na época 1961/62. 5.Registe-se
o elogio a Casimiro Coelho de Lima, dirigente da Associação de Futebol de
Braga, que ofereceu importante contributo em numerário para ser aplicado em
cursos de aperfeiçoamento.
EQUIPAS DE ARBITRAGEM
APTAS PARA DIRIGIREM JOGOS NACIONAIS (ÉPOCA 1964/65) NAS I E II DIVISÕES
AVEIRO
1.Edmundo de
Carvalho, Henrique Costa e Joaquim Freire. 2.José Porfírio da Silva, José
Santos Pereira e Manuel Valente. 3.Carlos Paula, Manuel Soares e Mário Pereira
da Silva.
BEJA
1.Mário Alves, Raul
Sequeira e Viriato Agatão. 2.Francisco Pacheco, António Velhinho e José
Lambuça.
BRAGA
1.Diogo Manso, Amadeu
Martins e Fulgêncio Rodrigues. 2.Rogério Moreira, Carlos Cachorreiro e António
Correia Matos.
CASTELO BRANCO
1.João Gonçalves,
José Carrola Pinheiro, José Cardoso e José Baptista.
COIMBRA
1.Álvaro Rodrigues,
Carlos Lopes e Armando Teixeira. 2.Renato Santos, António Simões e Virgílio
Ventura. 2.António Amaro, Graciano Marques e Alberto Silva. 3.Henrique Graça,
Amadeu Breda e Gilberto Gonçalves.
ÉVORA
1.Manuel Fortunato,
Mário Salvado e Helder Silveira. 2.José Madeira da Rocha, Joaquim Magro e
Manuel Peres.
FARO
1.José Dias Nunes,
Vítor Pinto Coelho e César Correia.
LEIRIA
1.Júlio Braga Barros,
Gervásio Tojeira e Alfredo Antunes. 2.António Saldanha Ribeiro, António Marques
e Francisco Rodrigues. 3.Reinaldo Silva, José Agostinho e Fernando de Sousa.
LISBOA
1.Joaquim Campos,
António Carrola e Adelino Antunes. 2.Hermínio Soares, Mário Figueiredo e
António Anastácio. 3. Décio de Freitas, Fernando Aragão e Joaquim Branco.
4.Aníbal de Oliveira, João Banheiro e Carlos Bica. 5. Américo Barradas, Carlos
Dinis e Henrique Pena da Silva. 6.Salvador Garcia, Alberto Cal e Fernando
Gomes. 7.Fernando Martins, José Rolo e José Abreu. 8.Ilídio Cacho, Henrique
Silva e Fernando Aguiar Costa. 9.Rogério Melo Paiva, Maximino Afonso e
Libertário Moreira. 10.João Mendonça Rocha, Fernando Campos e Gustavo Tenreiro.
11.Mário Vidreiro, Manuel Neto e Jaime Baptista.
PORTALEGRE
1.Alberto Martins, José
Vacas e Severiano Ferro. 2.José Pinto Costa, Fernando Santos e António Pinto.
PORTO
1.Francisco Guerra,
António Ventura e Joaquim Silva. 2.João Pinto ferreira, Armando faria e
Francisco Silva. 3.Aniceto Nogueira, Caetano Nogueira e Elísio Marques. 4.Fernando
Silva, António Cid Gomes e Albino Santos. 5.António Costa Martins, Manuel
Teixeira e António Costa. 6.Jovino Pinto, Domingos Mota e Pedro Santos. 7.João
Gomes, António Magalhães e Fernando Moura. 8.António Braga, David Rocha e
Fernando Leite.
SANTARÉM
1.Mnauel Lousada,
José Pereira e José Valido. 2.João Calado, Crisógno Lopes e Fernando Simões.
3.Samuel Abreu, José Alexandre e Joaquim Bastos. 4.Isidro Fragoso, Adriano
Vieira e Fernando Velez.
SETÚBAL
1.António Virgílio
Baptista, Carlos Monteiro e João Nogueira. 2.Marcos Lobato, José Baltazar e
Darvin Borges. 3.Mário Mendonça, André Roque e Sebastião Pássaro. 4.José da
Encarnação Salgado, Inácio Terezo e Barão Primo. 5.José Paulo Guimarães, Carlos
Neves e Jaime Costa.
VILA REAL
1.Henrique Silva,
José Melo e Adão de Barros. 2.António Barros de Araújo, José Leite e Filinto
Baptista.
VISEU
1.Eduardo Neves, José
Albano Pereira e Ernesto Borrego.
1.A equipa de
arbitragem espanhola, do Colégio de Castela, que regressava do jogo da III
divisão, entre as equipas do Club Deportivo Castellón e do Centre D’Esports Fútbol
Club sofreu grave acidente rodoviário que resultou na morte de Juan Serrano
Amor (Árbitro) e de Angel Varela Lopez (Assistente), ficando ferido o outro
auxiliar, Gabriel López Vásquez. [Mais tarde a Federación Castellana de Fútbol,
atribuiu aos falecidos uma medalha desportiva]. 2.José Fernandez de La Torre,
presidente dos Árbitros da Andaluzia (Espanha) foi homenageado por completar 25
anos à frente dos destinos da arbitragem local. Prometeu que iria oferecer aos
Árbitros andaluzes que ascendessem à segunda categoria um apito de prata e de
ouro àqueles que atingissem o primeiro escalão. 3.No Brasil (Rio de Janeiro) a arbitragem
é dirigida pelo presidente Everardo Lopes, conceituado jornalista, sempre na
procura de melhorar as condições para os Árbitros, como a remuneração digna do
desempenho, assim como proporcionar condição física adequada, concentração
antes dos jogos, progressão na área pessoal, como a prática de uma vida
regrada, são circunstâncias ideais para a desejada tranquilidade nos estádios,
agora relvados, com medidas regulamentares e com os espectadores separados por
fortes redes de arame. 4.Na Bélgica houve grande mexida no quadro dos
internacionais com o afastamento de gradas figuras por limite de idade e outras
causas.
1.José Paulo de
Guimarães, de Setúbal, ruma a Alemanha para procurar melhor condição
profissional, também Mário Caetano, de Lisboa, foi para França. 2.Joaquim Neves
da Silva, dirigente nortenho, sofreu grave acidente de viação. 3.Os Árbitros
angolanos Joaquim da Conceição Gameiro, José Alves Pereira e Joaquim Caixeiro
estiveram em Lisboa. 4.Foram enviadas as medalhas referentes às equipas de
arbitragem que dirigiram as finais nacionais de Principiantes (repetição),
Braga Barros, Gervásio Tojeira e Alfredo Antunes, e 2ª divisão, Álvaro
Rodrigues, Carlos Lopes e Armando Nascimento. 5.Edmundo Rodrigues Jesus, de
Aveiro, faleceu devido a grave acidente de motociclo. 6.António da Silva
Passos, do Porto, está de luto por falecimento de sua mãe. 7.Inácio Terezo, de
Setúbal, terminou o curso de agente técnico de engenharia. 8.Ildefonso Terceira
Ávila, de Angra do Heroísmo, pediu demissão de Árbitro. 9.José Mateus Canhão,
da Guiné-Bissau, terminou a actividade por limite de idade. 10.Abílio Ferreira
Vilaça, do Porto, transferiu-se para Aveiro e António Afonso dos Santos,
igualmente do Porto, para Lisboa. 11.Rogério de Melo Paiva, de Lisboa, após
doença retomou a actividade. 12.Dirigentes da Comissão Distrital de Leiria
apresentaram cumprimentos na redacção do Boletim.
1.Dá-se conta que o
jantar de homenagem ao anterior presidente da Comissão Central, Dr. Fernando
Pimenta, promovido pelos Árbitros, foi um êxito. 2.Critica-se o jornalista da
“Voz da Figueira”, João Bravo, pelas considerações menos abonatórias que fez a
uma classe, para as quais se chama a quem de direito a fim de evitar que estas
desagradáveis manifestações alastrem junto da comunidade desportiva portuguesa.
3.O leitor Carlos de Sá da Costa Pinto sugere que todos os Árbitros portugueses,
onde quer que se encontrassem, deveriam fazer os testes escritos, sob
determinado alinhamento. 4.O presidente do Casa Pia Atlético Clube, Gama Alves
escreveu ao Árbitro lisboeta Armando Castro a felicitá-lo pelo seu trabalho no
jogo em que o seu clube perdeu com o Sport Lisboa e Olivais, considerando ter
sido o melhor em campo!
1.Medida curiosa: os
clubes poderão recusar Árbitros nas suas partidas desde que o comuniquem à
Federação dentro de determinado período de tempo. Só é possível até 20% dos
nomes que constem nos quadros de cada época. 2.Também foi divulgada a lista dos
Árbitros aptos para dirigirem os encontros da divisão principal. 3.A real
Federação Espanhola de Futebol indicou à FIFA os seus 7 internacionais. A
saber: Gardeázabal, Mendibil, Arribas, Zariquiegui, Bueno, Plaza e Casasola.
4.Trabalho de casa é o que fazem os Árbitros andaluzes, pois no defeso são
obrigados a responder a testes relacionados com as leis e a regulamentação.
Armando Seixas de
Nampula (Moçambique) coloca a questão se um guarda-redes pode ser substituído
quando se magoar no decorrer da partida? E por quem? A regulamentação (de
então) dizia que sim e por qualquer suplente, incluindo o especialista nessa
área. Se fosse expulso, a sua equipa ficava reduzida a 10 elementos e o
encontro não se reiniciava sem a presença de um outro guarda-redes.
CARLOS SILVA, FALECEU
Dá-se conta que o
credenciado Árbitro lisboeta jubilado (na foto), nascido em 25 de Janeiro de 1902,
faleceu. Era um desportista afamado, pois como guarda-redes do União de Lisboa,
foi seleccionado para defender a baliza de Portugal num amigável com a Itália,
em Milão, onde, no dia 1 de Dezembro de 1929, fomos copiosamente batidos: 6-1.
Mais tarde enveredou pela carreira de treinador de basquetebol (épocas 1945/46
e 1946/47), conquistando o título da 2ª divisão nacional para o Sporting Clube
de Portugal. Na arbitragem foi vítima de uma grande injustiça ao ser afastado
de dirigir encontros da I divisão, por bastante tempo, dado ter expulsado um
jogador de nomeada no jogo por si dirigido em 2 de Fevereiro de 1941.
DE PORTO AMÉLIA [HOJE
PEMBA] (MOÇAMBIQUE)
Decorre o curso de
candidatos promovido pela Comissão Distrital de Árbitros de Cabo Delgado com a
supervisão de Manuel Araújo, Manuel Pereira Silvestre e Bulhão Pato.
DE BRAGA
O seu quadro de
Árbitros, depois do falecimento de Mário Costa, sofreu algumas baixas, como se
comprova as saídas Pires Carvalho, para França, Augusto Moreira, para África,
José Alves Azevedo e Carlos Alberto Silva para a Alemanha. Estes dois últimos
mereceram um jantar de despedida organizado pelos seus colegas.
DO FUNCHAL
1.Os novos elementos da Comissão Distrital, Carlos
Alberto Teixeira e Nuno de Sousa tomaram posse dos cargos de presidente e
secretário, respectivamente. 2.Pediram licenciamento: Henrique Freitas Morna,
Armando Cosme de Sousa Veríssimo e Humberto Costa Dias da Silva, que tiveram
uma singela cerimónia de despedida. 3.José Florêncio Gonçalves Fontes,
assinante do Boletim e conceituado empresário, regressou a casa depois de
passar férias no continente.
Equipa francesa que dirigiu o Sport Lisboa e Benfica (f.
28.02.1904) e o Football Club Aris Bonnevoie (1922 e luxemburguês) em jogo
disputado no Estádio da Luz, em 30.09.1964, para a Taça dos Clubes Campeões
Europeus, ganho pelos portugueses por 5-1. Árbitro, Jean Tricot. Assistentes,
Claude Blume e Guy Carite.
Equipa que dirigiu o jogo a contar para a Taça das
Cidades com Feiras, realizado no Restelo em 16 de Setembro de 1964, entre o Clube
de Futebol “Os Belenenses” (f. 23.09.1919) e o irlandês Football Club Shelbourne
(1895) e que acabou empatado a 1-1. Árbitro, José Ruiz Casasola (Espanha).
Assistentes, Joaquim Campos e Hermínio Soares, ambos portugueses.
Amadeu Martins, de
Braga, fala sobre o II Curso de Aperfeiçoamento no decorrer da festa de
confraternização dos filiados bracarenses.
Árbitros jubilados
que fizeram furor em décadas passadas: Luís Gaspar, Carlos Canuto e Guido Rosa.
Árbitros de Braga em
sessão de preparo físico.
Sem comentários:
Enviar um comentário