quinta-feira, 16 de outubro de 2014

POLÍCIA SINALEIRO, PROFISSÃO QUE RESISTE…



Esta figura carismática foi sempre acarinhada pelos alfacinhas principalmente nas décadas que antecederam ao “Gertrudes”, programa que implantou os semáforos em quase toda a cidade… Era um gosto vê-los actuar no alto das peanhas em tudo o que era cruzamentos quer nas avenidas mais concorridas quer nos sítios mais complicados, concretamente na baixa lisboeta. Enfim, eram muitos os sinaleiros. De verão o capacete que usavam era de cortiça e de inverno de metal. Tradicionalmente na época de Natal os automobilistas sempre se lembravam deles e, em sinal de retribuição pelos serviços prestados durante o ano, contemplavam-nos com ofertas de todo o género… O problema consistia em levar as montanhas de embrulhos e não só (cheguei a ver um peru vivo) para casa. Já agora deixem-me contar esta que presenciei. Onde estive empregado (no Rodrigues & Rodrigues) o Comendador Augusto Rodrigues também gostava de dar a sua dádiva e, aos sinaleiros fardados que fossem desejar-lhe boas festas (eram imensos que o faziam), entregava uma determinada quantia. Era um corrupio, durante aquele período natalício. Numa altura perguntou a um dos agentes da autoridade que o cumprimentou: Você conhece o Comendador? Resposta pronta do cívico: Não! Então venha cá amanhã porque ele hoje não está... Coisas…
As imagens foram recolhidas na Praça do Império/Calçada da Ajuda.
























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