No boletim “O
Árbitro” nº 92 (Ano VIII), publicado há cinco décadas, os assuntos que
mereceram atenção foram os seguintes:
Neste número foram
patenteados alguns anúncios publicitários dos quais destacamos o da Vigormalte
que afirmava:
“Serve o jovem atleta
e convém ao veterano. Dá força, saúde e vigor”
O problema arbitral,
os recursos, os protestos do público, não são coisas de hoje. Noutros tempos
existiram e possivelmente com idêntica gravidade, ainda que com menor
ressonância, pela simples razão de que o futebol não tinha alcançado o seu
volume actual. Não se pode esquecer que não é o mesmo público que se conta por
dezenas de milhares que aquele que se restringia a escassas centenas. Tão pouco
é a mesma coisa os jornais dedicarem meia dúzia de linhas aos jogos, como
outrora acontecia, ou encherem páginas e páginas de informação desportiva como
ocorre agora. Não obstante, parece que muitos se empenharam em fazer crer que
só os Árbitros têm culpa do ambiente de nervosismo que impera no nosso futebol.
E assim não está certo!
É possível que sem
isto talvez o futebol não tivesse chegado a ser o que é, se a paixão do público
não tivesse revolucionado o actual panorama, mas é fora de todas as dúvidas que
quando essa paixão transborda se transforma no mais temível inimigo do futebol.
Pois bem: quem pode pretender estar vacinado contra tudo isto? Poucos ou quase
nenhuns. Quem está metido dentro do futebol, com maior ou menor intensidade,
não pode fugir a casos em que o seu coração, vale mais do que o espírito de
justiça e imparcialidade que possa alardear. Tudo isto seria normal e
admissível se a desmedida paixão não toldasse a vista ou os óculos de cores não
impusessem uma visão dialéctica.
Quem acompanha a
actuação dos clubes em todos os seus aspectos, chegará à conclusão de que, com
escassas diferenças de matiz, os públicos, os dirigentes, os jogadores e os
técnicos são muito parecidos nas suas reacções, quando têm de apreciar
determinado facto. Não são de agora os depoimentos antagónicos acerca de uma
grande penalidade. Clama-se quando não se marca, contesta-se quando se
assinala. Por isso se verifica que são contraditórios os pareceres. Não são de
agora as manifestações irreflectidas e despropositadas dos delegados, nem têm
época, nem exclusivismo as invasões dos terrenos. Tudo isto é corolário de um
futebol. Reacções imprudentes ao regressar de um encontro referentes ao
facciosismo de um público ou a actuação de um Árbitro são “preparativos” para
uma retribuição que se pretende lhes seja depois favorável. Com estas
dificuldades, assim como as diferentes interpretações que os factos mereceram à
Imprensa local e à visitante, terão que se enfrentar os Árbitros e não podem a
elas permanecer indiferentes as entidades superiores do futebol. Por isso não
será desajustado afirmar que andamos metidos num círculo vicioso determinado
pelo medo e pelas pressões exteriores e que a saúde do desporto-rei só poderá
surgir quando um remédio eficaz curar as feridas que afectam o futebol dos
nossos dias.
Agora culpar os
Árbitros, tornando-os únicos responsáveis, é uma forma cómoda e fácil, ainda
que pouco justa, de disfarçar males mais profundos. É que no meio disto tudo há
outros factores…
1.Encontram-se de
luto os seguintes filiados: Fernando Assunção Aragão, de Lisboa, pelo
falecimento do seu irmão; Virgílio Antunes Leitão, de Lisboa, seu sogro; João
Francisco Esteves, de Viseu, seu sogro; Adriano Lopes Soares, de Viseu, seu
pai; Artur Alves, dirigente da Comissão Distrital do Porto, seu tio.
2.Saúda-se o jornal A
Bola pelo seu vigésimo aniversário.
3.Regressou da
Guiné-Bissau o Árbitro Leonel Rosa dos Santos, assim como Fernando Manuel
Santos Sousa, de Angola.
4.Os novos dirigentes
da Associação de Futebol de Lisboa tomaram posse e o Boletim O Árbitro marcou
presença.
5.Joaquim do Espírito
Santo Aldrabinha, de Elvas, vai seguir para África.
6.Alberto Telesforo,
do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Funchal, transferiu-se
para Lisboa.
7.O Árbitro Aníbal da
Silva Marques Ferreira de Aveiro acaba de pedir a exoneração de funções.
8.Encontram-se em
França a actuar em jogos de amadores os lisboetas Júlio Alfacinha da Silva e
Mário dos Santos Caetano.
9.Faleceu o Árbitro
leiriense Américo dos Santos.
10.O Instituto
Nacional de Trabalho de Viseu solicitou à Comissão Distrital da cidade a
nomeação de Árbitros para dirigirem jogos do campeonato corporativo.
11.O Secretário da
Comissão Distrital de Beja, Armando do Nascimento vai em comissão de serviço
para a Ilha da Madeira, bem assim o Árbitro do Porto, Joaquim da Silva
Ferreira, para a Alemanha.
12.Salvador Garcia
esteve nos Açores onde actuou nos jogos Lusitânia-Angrense e Micaelense-Santa
Clara.
1.”Novas perspectivas
para a arbitragem”, transcrição da entrevista dada por Augusto Marques Bom,
antigo dirigente da Comissão Central, ao jornal “Voz Desportiva”, de Coimbra.
2.”A finta na
execução da grande penalidade”, do Tratado Ilustrado de Leis do Futebol.
3.”Miscelânia
Arbitral”, de Filipe Gameiro Pereira.
4.”Da sua lei e sua
interpretação”, assinado por Joaquim Caixeiro.
5.Manuel Maria Amorim
Ferreira da Costa, desenvolve o tema “Ponderação, Equilíbrio e Senso”.
1.Curioso cartão de
Boas-Festas - O discutido jogador internacional Jimmy Greaves, que alinha no
Tottenham, recebeu um cartão na época de Natal com a seguinte mensagem: “Ao
melhor extremo esquerdo do Mundo!”. Ao ler o elogio, comentou: “È de facto uma
pena que sempre tenha jogado a extremo direito. Por isso apenas me cumpre
endereçá-lo a Johny Haynes, que é o meu colega que alinha nesse lugar”.
2.A esperteza de um
Árbitro britânico – Por ter perdido o comboio para a localidade onde ia actuar
tomou outra composição que não parava no seu destino, mas ao aproximar-se da
estação onde queria descer accionou o alarme e, naturalmente, houve paragem
forçada. Saltou do comboio e lá foi a sua vida a tempo de dirigir a partida.
Por este sarilho recebeu um aviso. Mas safou-se…
3.O Manchester United
protestou junto da Federação Inglesa as declarações do Árbitro Peter Rhodes que
comentou no “Daily Mail” a expulsão do célebre Dennis Law, que mereceu um castigo
de quatro jogos. A queixa fundamenta-se na atitude do juiz de campo que não
respeitou o código do silêncio, ao contrário do que sucedeu com o jogador e o
clube, que não prestaram quaisquer depoimentos sobre o caso.
4.O futebol, a
religião e a indisciplina – Na Escócia, durante o jogo Rangers-Celtic,
realizado no dia de ano novo, foram presos dezanove furiosos que ficaram
retidos na esquadra por quatro dias. A acusação pendeu sobre dezoito que foram
acusados de desordem pública e um por atacar a Polícia. Para o referido jogo o
destacamento policial atingiu os 500 agentes, pois este tradicional encontro a
rivalidade e a religião estão de mãos dadas, visto que os partidários do
Rangers são protestantes e os do adversário católicos. Os vândalos deste último
agrupamento tentaram voltar uma ambulância só porque estava pintada de azul, a
cor preferida dos oponentes…
5.Os futebolistas
ingleses tomaram a iniciativa de se reunirem com os dirigentes da arbitragem do
seu país no intuito de formar uma plataforma de compreensão, harmonia e
disciplina nos rectângulos de jogo. Eis algumas das medidas assumidas:
Jogadores, resolvam pontapear só a bola.
Dêem ao jogo cem por
cento de esforço e dedicação. Lembrem-se que uma das vossas principais
obrigações é proporcionar espectáculos agradáveis ao público. Árbitros,
Resolvam ser um pouco mais humanos, um pouco mais compreensíveis. Deixem que a
discrição e o livro das leis sejam o vosso guia. Treinadores, Encorajem os
vosso jogadores para produzirem um futebol atraente e atacante. Adoptem as
táctica defensivas apenas em último recurso. Espectadores, Defendam o futebol
pelo amor ao futebol. Aceitem desportivamente as decisões contra a vossa
equipa. Acima de tudo abstenham-se de atirar objectos para o campo.
Este espaço, da
responsabilidade do saudoso Mestre Francisco Guerra, deu destaque ao jantar
convívio entre Árbitros, acontecimento que não se verificava há uns bons anos.
A ideia foi da Comissão Distrital que conseguiu reunir uma centena de filiados,
dirigentes, técnicos, comunicação social. Também se dá conta do ponto de
situação quanto às provas a que os candidatos do curso de iniciação que está a
decorrer estão a ser submetidos (escrita, oral, física e de campo). Por fim,
uma nota no sentido de demover os dirigentes da arbitragem do Porto de se
demitirem, pois gente que faz é necessária ao sector, como é o caso destes
elementos.
1.ANEDOTA - Era um
Árbitro de extraordinárias qualidades. Tinha uma calma impressionante. Impunha
a sua autoridade. Não admitia réplicas. A sua imparcialidade era por todos
conhecida e elogiada. Acompanhava perfeitamente o jogo. Tinha uma cultura acima
da média. Aplicava as leis do jogo correctamente. Não se deixava influenciar
por ambientes hostis. Usufruía do respeito dos seus dirigentes e colegas. PS-O
seu funeral realiza-se amanhã…
2.Alguns consagrados
do futebol mundial, casos de jogadores e treinadores, foram alvo de sanções por
infracções disciplinares. Pergunta-se: Quem será capaz de atalhar as
incorrecções de tais personalidades que não dignificam a profissão que lhes dá
de comer?
3.O jornal catalão
“Mundo Desportivo” procedeu a um inquérito sobre a abolição da regra do fora de
jogo e recebeu inúmeras respostas das quais destaca a seguinte dum treinador da
divisão principal espanhola: Acabar com o
“off-side” é a mesma coisa do que arranjar comida e esquecer-se de lhe pôr sal
ou então começar-se a ler uma novela policial pelo fim para saber quem mata o
principal protagonista…
4.Singular
coincidência: No sul de Espanha pai e filho passeavam nuns terrenos onde há
mais de vinte anos tinha existido um campo de futebol. O pai encontrou uma
moeda que tinha perdido quando arbitrava um jogo de futebol…
5.Algumas graças:
Como havia tantos clubes a recusarem aquele Árbitro a mulher rejeitou-o também.
6.Num jogo entre
canibais no final o Árbitro é comido. Nos outros é logo ao principio…
7.Se um jogo se
disputasse em silêncio seria o mesmo que assistir ao funeral do futebol.
8.Os jogadores nunca
podem dizer: “desta água não beberei!”, já que os massagistas os fazem ingerir
à força.
Manuel Maria Amorim
Ferreira da Costa, autor desta rubrica, dá conta do seguinte:
1.Os países
Sul-americanos preferem Árbitros europeus nas eliminatórias a contar para os
mundiais, o que ocasionou forte contestação por parte dos juízes daqueles
países pois não se consideram inferiores aos seus colegas, nem tão pouco à
categoria do futebol onde actuam.
2.Stanley Matthews, na
imagem de cima, o prestigioso e célebre jogador inglês vai terminar a sua
carreira e será distinguido com o título de “Sir” e o seu nome inscrito como
Comendador da Ordem do Império Britânico. Uma das facetas da sua longa e
brilhante carreira é o facto de nunca ter sido castigado, nem tão pouco
advertido, acatando sempre correctamente as decisões dos Árbitros, adiantando,
até, o seguinte comentário: “Devem respeitar-se sempre as ordens do director da
partida. Protestar não só é anti-desportivo como ainda contraproducente.
3.Duas jovens
jogadores, uma de 18 e outra de dezassete anos de idade, envolveram-se em
confrontos o que obrigou o Árbitro a dar o jogo por concluído três minutos
antes do seu termo.
4.Mister Denis Howell
[04.09.1923/19.04.1998], na foto, Árbitro inglês chegou a ocupar de destaque
no Governo do seu país, com a graça de ter sido baptizado de várias formas
conforme o tempo se verificava. Assim, foi Ministro da Seca, das Chuvas e da
Neve.
5.Registe-se a
circunstância da romena Dorena Pacuraru e da espanhola Amélia del Castillo
serem treinadoras e, assim, revolucionarem o futuro das tácticas
futebolísticas.
6.Notícias: Um
curioso inglês conseguiu medir a velocidade inicial de um potente pontapé a
partir da marca da grande penalidade: 180 quilómetros /hora.
7.Armando Nunes
Castanheira da Rosa Marques [06.02.1930/16.07.2014], na foto, por muitos tratado carinhosamente por
“Armandinho”, genial Árbitro brasileiro recebeu proposta da Federação do Rio de
Janeiro para actuar nas suas competições pelo elevado valor de 16 mil por mês.
Contudo a Federação Paulista queria-o nas suas provas dando-lhe o dobro. Dado
estar já comprometido fica no ar o que de muito se pagava no Brasil!
8.O “Sunday Express”
contratou 3 ex-jogadores de futebol como jornalistas, casos de Stanley
Matthews, James Conolly e Dennis Comptom.
1.Dois clubes, o
Deportivo da Corunha e o Murcia rejeitaram nos seus jogos, respectivamente, Mariano
Medina Iglésias (Astúrias) e Adolfo Bueno Perales (Saragoça), por, segundo a
versão daqueles agrupamentos, terem tido participações menos conseguidas, o que
provocou a ira dos seus adeptos com actos inqualificáveis.
2.O Comité Nacional
de competições espanhol manifestou o seu descontentamento e repudio pelos
factos que atingiram os Árbitros anteriormente mencionados, desejando que os espectadores
prevaricadores, sejam severamente punidos pelos actos praticados.
3.Registe-se este
comentário produzido por um jornalista, transcrito em “El Árbitro”, o órgão dos
colegiados do país vizinho: “O juiz de campo não esteve mal. Também não esteve
bem. A sua classificação poderá ser considerada como notável...” Enfim…
4.Destaque-se que
Pedro Escartín Móran, Árbitro jubilado internacional, na imagem, membro da Comissão de
Regras da FIFA e jornalista está ao serviço da arbitragem mundial há 25 anos!
1.Por se tornar mais
fácil a cobrança das assinaturas do Boletim “O Árbitro” a Comissão Central
determinou que sejam as Comissões Distritais a terem tal incumbência, não sem
antes apelar ao acostumado bom acolhimento por parte dos interessados.
2.Novos Árbitros em
Lisboa: Albano Henriques, António Almeida Torres, Carlos Alberto da Cunha e
Silva, Fernando da Costa Jorge, José Valente dos Santos, Manuel Silvino de
Sousa e Raul Gomes Ferreira.
3.Está
definitivamente assente que será um Árbitro metropolitano que irá dirigir os
jogos da eliminatória da Taça de Portugal, entre Cabo Verde e Guiné-Bissau,
ficando as despesas com a deslocação repartidas pela Federação e Comissão
Central, sendo o restante (estadia, prémios e demais encargos), suportado pelas
Associções locais.
4.Dada a aproximação
do inicio dos campeonatos nacionais da terceira divisão e de juniores, a
Comissão Central solicita às suas subordinadas que lhe enviem lista com os
nomes dos filiados que irão actuar como auxiliares dos juízes nomeados para
dirigirem aquelas partidas, todos eles do quadro nacional.
5.O sr. Luís Anacleto
Pinto é o delegado da Comissão Central junto da Comissão executiva da
Federação, face à sua muita capacidade e larga experiência.
Alberto Costa, jornalista
do “Tribuna” de Lourenço Marques [actualmente Maputo], Moçambique faz curiosas
comparações quanto ao que são as funções deste importante elemento de uma
equipa de futebol e o que a lei, legislação e determinações consagram, ao ponto
de referir que o líder tem o privilégio de escolher o campo de jogo, dirigir os
seus colegas de equipa, assinar o boletim de jogo [como era usual], mas já não
pode actuar quando, as recomendações de então diziam: logo que o Árbitro tome
uma decisão, jogador algum se lhe pode dirigir ainda mesmo que seja o capitão
de equipa.
Três interessantes
questões:
1.Na execução de uma
grande penalidade a bola é tocada para a frente e percorre uma distância
superior a um metro. De fora da área de grande penalidade e atrás da linha da
bola, corre um colega do executante e faz golo. Válido ou não?
2.Antes do inicio de
um desafio dois jogadores adversários agridem-se e são expulsos. O juiz assumiu
começar o jogo executando uma bola ao solo e com as equipas reduzidas a dez
jogadores cada. Decisão certa ou errada?
3.O guarda-redes com
o jogo a decorrer e dentro da sua área de jurisdição tem a bola nas mãos, mas
incomodado de muito perto por adversário, atira o esférico à cara do referido
oponente. O Árbitro expulsa o agressor e assinala pontapé de grande penalidade
contra a equipa do guarda-redes, recomeçando o jogo de harmonia com a lei. O
delegado dessa equipa no final do jogo protesta o resultado do jogo alegando
que o Árbitro cometeu erro técnico. Está de acordo?
Pela sua importância,
achou-se por bem, naquela altura, adiantar algumas informações úteis, como
aquelas que a seguir se reproduzem:
1.Substituições de
jogadores. Em seniores: Campeonatos nacionais, só a do guarda-redes em caso de
lesão. Campeonatos distritais, o guarda-redes uma vez, em qualquer altura do
encontro e de um outro jogador, antes do fim da primeira parte. Esta última
regra é aplicada na categoria de juniores, quer nos campeonatos nacionais ou distritais.
Em principiantes, é permitida a substituição de três jogadores, sem distinção
de lugares, em qualquer altura do encontro.
2.Equipamentos:
Quando ambas as equipas utilizarem equipamento de cores semelhantes ou que não
permita fácil destrinça deverá mudar de vestuário o clube visitado. Se a
partida tiver lugar em espaço neutro mudará o clube mais novo.
Várias personalidades
ligadas ao fenómeno do desporto-rei deram o seu valioso testemunho a tão importante
obra, em boa hora lançada, pelo saudoso Prof. António Marques Matos, o número
um na matéria, cuja referência já aqui foi divulgada e que poderá ser vista em:
Eis algumas das
opiniões:
1.Comissão Central de Árbitros: Expressa as mais vivas felicitações por tamanho e valioso trabalho.
2.Dr. Aurélio
Martins, representante em Portugal da Confederação Brasileira de Desportos: Na falta de bibliografia desportiva em
língua portuguesa este livro só por si justifica plenamente o romantismo:
Poucas coisas mas boas!
3.Stanley Rous,
presidente da FIFA: Para além de
manifestar o seu regozijo dá conta que um exemplar do livro foi presente à
Comissão de Arbitragem da FIFA, na sua reunião de 6 de Dezembro de 1964,
realizada em Roma, tendo merecido de todos os presentes o título de uma obra
monumental!
4.Saverio Giulini,
presidente do Settore Arbitrale da Federação Italiana de Giogo Calcio: Do volume que lemos vamos tirar dele todos
os elementos que possam ser considerados também de utilidade para as nossas
futuras publicações.
5.Dr. David Sequerra,
jornalista desportivo: É para mim um
dever mostrar-me grato, como adepto do futebol, pelo modo prestigioso como
trata dos problemas de arbitragem. O seu exemplo de tenacidade e visão ampla é
algo que não esquece e bem pode servir de paradigma a outras inicitivas que
estão por tomar, no nosso estranho país.
6.Adriano Peixoto,
jornalista desportivo e primeiro seleccionador nacional de juniores: O equilíbrio de observação e de exposição, a
segurança pedagógica que transmite especial autoridade a esta obra, tornam-na
irrecusavelmente, das mais valiosas da nossa bibliografia desportiva.
7.David Costa,
técnico de arbitragem: Sem lisonja,
considero o trabalho de V. Exª monumental e de uma utilidade para o ensino e
estudo sem limites e muito difícil, senão impossível de ser igualado.
Joaquim Campos,
sempre ele, sendo o responsável por mais este espacejo, diz:
1.Peter
Roomer, o Árbitro holandês que esteve no recente Portugal-Espanha, exibiu no
Estádio das Antas dois pormenores: a sua propensão para jogar a bola,
manifestada no alarde de domínio do esférico no intervalo e na forma habilidosa
como se apoderou da bola no final da partida, agarrando-a primeiramente e só
depois é que apitou para terminar o desafio. Viemos a saber que, graças a esta
sua metodologia, tem em seu poder cerca de duas dezenas de bolas na sua
colecção…
2.Do
Faial (Horta) veio a notícia de que a segunda jornada do campeonato local não
se realizou por falta de juízes. Contudo, nas comemorações do 56º aniversário
do Faial Sport Clube no jogo em defrontaram o Sporting local, foram dois
Árbitros que dirigiram a partida (um em cada meio campo), ajudados, ainda, com
dois colegas que exerceram as funções de fiscais de linha [hoje Árbitros
Assistentes].
3. Exterioriza
o seu agrado pela colaboração do seu colega internacional Francisco Guerra no
Boletim O Árbitro, o que se verifica já a partir deste número.
4.Teve
que assistir a um jogo da nossa selecção junto dos seus responsáveis e, para
seu espanto, ouviu brados do técnico que liderava a equipa, do género: “Vamos
jogar duro nesse defesa!”. “Se passa a bola não passa o homem!.” Comenta,
Joaquim Campos, dizendo: E depois não se esqueçam de dizer que a crise é da
arbitragem!
Virgílio Leitão,
dirigente da Comissão Distrital de Lisboa vê-se na foto a falar aos candidatos num curso em
Lisboa.
Resultado do exercício de 1964
EQUIPAS DE
ARBITRAGEM
1.No jogo de
qualificação para o Mundial 1966-Inglaterra, defrontaram-se no dia 24 de
Janeiro de 1965, no Estádio Nacional, as selecções de Portugal e da Turquia,
cujo resultado final foi-nos favorável (5-1), a equipa de arbitragem espanhola
foi assim constituída: Juan Gardeazabal Garay (n. 27.11.1923/f. 21.12.1969),
José Segrelles del Pilar (15.08.1929/21.03.2013) e Narciso Barrenechea de
Miguel (1926/17.11.1970).
EQUIPA DA COMISSÃO
DISTRITAL DE ÉVORA
Manuel Peres,
45 anos de idade e é empregado de escritório. Há quinze anos que principiou a
arbitrar jogos de futebol e cinco temporadas depois estava nos nacionais.
José Madeira da
Rocha, conta com 48 anos de idade e é torneio mecânico. Iniciou-se em 1947
e em 1957 faz parte do quadro federativo.
Joaquim José
Magro, é funcionário público e tem 32 anos. Começou em 1956/1957 e, em dois
anos, atingiu o quadro nacional.
EQUIPA DA COMISSÃO
DISTRITAL DE LISBOA
António Carrola,
Nasceu há 40 anos em Salgueiro, Fundão. Fez exame em 30 de Maio de 1955,
começando a actuar em 27 de Junho. Na época 1961/1962 ingressou nos quadros nacionais.
Joaquim Campos, Tem 40 anos e é natural
de Miranda do Corvo. Foi examinado em 17 de Junho de 1945 e foi chamado em 4 de
Setembro para exercer a função. No ano de 1949 foi indicado para os quadros
nacionais e, em 1954, para o quadro internacional. Foi-lhe concedida a insígnia
FIFA há duas temporadas por ter dirigido seis jogos entre selecções A.
Adelino Antunes, é
natural de Torres Novas, onde nasceu em 15 de Março de 1933. Fez exame em 17 de
Abril de 1955 e iniciou-se na actividade em 17 de Março de 1957. Pertence aos
quadros da Comissão Central desde 1962/1963.
EQUIPA DA COMISSÃO
DISTRITAL DE VILA REAL
José Neto Melo, conta
36 anos de idade e é natural de Freamunde. Árbitro desde Outubro de 1956. É
industrial e ascendeu aos quadros nacionais em Janeiro de 1959
Henrique Silva, empregado
de escritório, natural de Bragança. Foi aprovado em 15 de Agosto de 1949 e
arbitrou pela primeira vez em 28 de Outubro desse ano. Em 1957 foi indicado à Federação.
Adão de Barros,
tem 36 anos de idade e é natural de Marco de Canavezes.
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