MAIS DO MESMO, POIS ENTÃO…

HIPOCRISIA? DESPOTISMO? ARROGÂNCIA? IGNORÂNCIA? PRINCÍPIOS? INTELIGÊNCIA?

No passado sábado realizou-se mais uma rotineira assembleia-geral federativa com os actores do costume, uns com falta e outros com excesso de peso democrático, face à sua condição de inertes, incompetentes e indiferentes …

Passo a enumerar as minhas intervenções (com alguns comentários), sempre baseado no salutar ideário de que quero o melhor para o futebol:

1.    No auditório Manuel Quaresma, onde decorreu o referido ajuntamento, em tempos, face à dimensão da federação que representa o desporto rei em Portugal, existia uma base com várias bandeiras, sendo a principal a portuguesa.

Mas, a sua deficiente exposição, além de contrariarem a legislação de respeito ao maior símbolo da nação, mais pareciam rodilhas duma qualquer cozinha que a autoridade na matéria gostaria de encerrar e aplicar robustas coimas. Antes já tinha falado aos serviços sobre aquele depauperante espectáculo e numa das anteriores reuniões colectivas falei sobre o caso.

Remédio santo: as bandeiras foram retiradas do local para sítio desconhecido…

Perguntei agora pelo seu desaparecimento, mas, ou por ignorância em saber qual a ordem da colocação das bandeiras – bastava ler o respectivo Diário da República – ou talvez estivessem a ser engomadas tal o estado deplorável que se encontravam, a resposta que obtive foi o facto dos presentes terem ficado embasbacados…

2.    Votei livre e conscientemente contra o arrazoado e cálculo proposto para a época que vem (fui o único), pelo simples facto de ter sido apregoada tanta grandeza, tanto luxo, tanto dinheiro, mas nada disseram ou previram uma linha sequer quanto ao inexistente Museu, quer e à sua Biblioteca… Dizem que os livros estão encaixotados há montes de tempo. Não acredito…

Será que uma entidade fundada em 31 de Março de 1914 não tem história, não tem passado? Recordo que a gala do centenário as imagens que apresentaram como representando a antiguidade federativa, remontaram a 1966!

Então os 52 anos que distam para a fundação onde estão? Será que sabem o que isso simboliza para o presente e para o futuro?… Alguém saberá responder?

Entretanto, voltei a dizer que já tinha oferecido os meus préstimos gratuitamente para o que fosse necessário no sentido de ajudar a instalar o Museu e a Biblioteca federativa e, curiosamente ou não, nunca recebi qualquer resposta sobre o referido oferecimento …

3.    Depois, bem, depois votou-se a autorização para a venda do edifício da Praça da Alegria, sendo distribuído um papel (enalteceram a sua importância) a todos os presentes no momento que se estava a tratar do assunto, isto é, em cima do joelho…

Sintomática expressão de organização administrativa de uma entidade que gere milhões e da qualidade do apoio que dá a quem tem que pensar para votar em consciência!

4.    Seguiu-se a atribuição do merecido título de Sócio de Mérito a Armando Paraty e a seu filho Paulo Paraty, árbitros jubilados portuenses, sugerindo eu que, a proposta a ser votada por unanimidade e aclamação, deveria sê-lo numa atitude de respeito, não só pelo apreço e consideração pelas pessoas como pela distinção, isto é, 

EU IA FAZÊ-LO DE PÉ!

Como o fiz, os presentes também o fizeram… Todos de pé e a bater palmas… 

E foi a primeira vez que tal aconteceu!

Será que esta persuasão afirmativa teve o condão de chamar à realidade a consciência de votantes e não votantes?

5.    Ainda sobre este tema adiantei que a FPF deveria ter mais cuidado e celeridade em executar as deliberações da Assembleia nesta área pois já foram atribuídas honrarias que ainda estão por entregar, uma delas vai ser a título póstumo, pois o homenageado ainda estava vivo quando lhe foi dada a comenda.

Noutros casos recentes o absurdo e a estupidez imperaram (com gente assim, o que fazer?) pois numa situação foi o diploma enviado pelo correio postal, com o carteiro a bater à porta com o sobrescrito federativo na mão e noutra mandaram uma Associação de Futebol do Norte de Portugal fazer a entrega ao notabilizado!

Coisas…

O sítio certo é sempre em plena Assembleia-geral e não outro qualquer lugar!

6.    Entretanto, houve a divulgação à Lusa do que se passou na Assembleia-geral e uma das notícias veiculadas foi falsa pois o tema não foi tratado no local, mas foi imputado aos delegados, o que é pura mentira!

7.    Quanto às inúmeras manifestações ditas de “solidariedade” que recebi, quer no intervalo, quer quando terminou a tertúlia (diga-se que dos 84 delegados eram 63 os que compareceram), valem o que valem, não me confortam e muito menos contam para qualquer estatística.

Há que tê-los no sítio para fazerem como eu faço: cara a cara, olhos nos olhos e chamar os ditos pelos nomes.

Enfim, continuo com os meus objectivos de servir como sei e posso o futebol e a arbitragem em especial.

E parafraseando o velho ditado, mais vale só do que mal acompanhado. 

Pudera, com gente assim…