Manuel Dende, meu bom amigo e presidente da Federação Santomense de Futebol, representante do pequeno arquipélago lusófono do oeste africano (170.000 habitantes) visitou a FIFA na passada quarta-feira, dia 3. Na sua agenda figurava os Estatutos da FSF e uma reunião com O Presidente Joseph Sepp Blater, que se realizou. No final da sessão, Dende, sempre jovem e bem disposto, respondeu ao jornalista da FIFA.com às seguintes perguntas: Explique-nos o objectivo da sua visita a Zurique.
Temos vindo a ser avisados que os nossos Estatutos devem estar harmonizados com o modelo standard adoptado pela FIFA, no Congresso de Sidney. Terminámos o trabalho, que iniciámos em Maio passado, e estamos a entregá-lo agora. -Comitiva de São Tomé e Príncipe em Zurique-
Que falta ao futebol de São Tomé e Príncipe para ser competitivo em África?
Primeiro há que fazer um pequeno resumo histórico: Conseguimos a independência do país em 1975, antes éramos uma colónia portuguesa. Estávamos e estamos numa situação económica difícil, a nossa principal fonte de receita é o comércio de cacau. Contudo as cotações sofreram uma forte caída e ao mesmo tempo a população aumentou imenso, pelo que nos afectam numerosas enfermidades, entre elas a sida junto dos muitos jovens. Em resumo, o Governo tem de se centrar na sua função social, na educação, na saúde. Não dispõe de dinheiro nem tempo para dedicar-se ao desporto. -Manuel Dende-
São Tomé e Príncipe retirou-se da competição preliminar para o mundial 2010-África do Sul, porquê?
Somos um país insular, situado a cerca de 300 quilómetros da costa continental. Estamos um pouso isolados. As viagens de avião são muito caras, logo o motivo principal que nos impossibilitaria em participar na fase seguinte, se ultrapassássemos a primeira eliminatória, que seria disputada com a selecção da República Centro-Africana, que também desistiu. -Sede da Federação Santomense de Futebol-
A Federação Santomense sente-se suficientemente apoiada?
Sim, a FIFA ajuda-nos muito. Em primeiro lugar através do FAP (Programa de Assistência Financeira), e também com a iniciativa GOAL. Estamos a ponto de colocar em marcha o nosso terceiro projecto, que permitirá dotar a ilha do Príncipe com um Centro Técnico. Por último, graças ao programa Ganhar em África com África, temos instalado um campo sintético no Estádio Nacional, na Cidade de São Tomé, para assim podermos disputar partidas internacionais.
-São Tomé, país tropical e maravilhoso-
Qual a solução para retirar do túnel o futebol de São Tomé e Príncipe?
A solução está sem dúvida na formação e no desenvolvimento. Por isso vamos concentrar-nos no futebol feminino e nas equipas sub-17. Esta última categoria é importante, porque é a geração susceptível de participar na fase de qualificação para o mundial de 2014-Brasil. Somos optimistas, existe vontade de estruturar o futebol e o seu natural progresso, sobretudo, porque este é o desporto de que se mais gosta em todo o país. As nossas esperanças estão nos recursos humanos.
Fonte: FIFA (tradução adaptada do espanhol)
Temos vindo a ser avisados que os nossos Estatutos devem estar harmonizados com o modelo standard adoptado pela FIFA, no Congresso de Sidney. Terminámos o trabalho, que iniciámos em Maio passado, e estamos a entregá-lo agora. -Comitiva de São Tomé e Príncipe em Zurique-
Que falta ao futebol de São Tomé e Príncipe para ser competitivo em África?
Primeiro há que fazer um pequeno resumo histórico: Conseguimos a independência do país em 1975, antes éramos uma colónia portuguesa. Estávamos e estamos numa situação económica difícil, a nossa principal fonte de receita é o comércio de cacau. Contudo as cotações sofreram uma forte caída e ao mesmo tempo a população aumentou imenso, pelo que nos afectam numerosas enfermidades, entre elas a sida junto dos muitos jovens. Em resumo, o Governo tem de se centrar na sua função social, na educação, na saúde. Não dispõe de dinheiro nem tempo para dedicar-se ao desporto. -Manuel Dende-
São Tomé e Príncipe retirou-se da competição preliminar para o mundial 2010-África do Sul, porquê?
Somos um país insular, situado a cerca de 300 quilómetros da costa continental. Estamos um pouso isolados. As viagens de avião são muito caras, logo o motivo principal que nos impossibilitaria em participar na fase seguinte, se ultrapassássemos a primeira eliminatória, que seria disputada com a selecção da República Centro-Africana, que também desistiu. -Sede da Federação Santomense de Futebol-
A Federação Santomense sente-se suficientemente apoiada?
Sim, a FIFA ajuda-nos muito. Em primeiro lugar através do FAP (Programa de Assistência Financeira), e também com a iniciativa GOAL. Estamos a ponto de colocar em marcha o nosso terceiro projecto, que permitirá dotar a ilha do Príncipe com um Centro Técnico. Por último, graças ao programa Ganhar em África com África, temos instalado um campo sintético no Estádio Nacional, na Cidade de São Tomé, para assim podermos disputar partidas internacionais.
-São Tomé, país tropical e maravilhoso-
Qual a solução para retirar do túnel o futebol de São Tomé e Príncipe?
A solução está sem dúvida na formação e no desenvolvimento. Por isso vamos concentrar-nos no futebol feminino e nas equipas sub-17. Esta última categoria é importante, porque é a geração susceptível de participar na fase de qualificação para o mundial de 2014-Brasil. Somos optimistas, existe vontade de estruturar o futebol e o seu natural progresso, sobretudo, porque este é o desporto de que se mais gosta em todo o país. As nossas esperanças estão nos recursos humanos.
Fonte: FIFA (tradução adaptada do espanhol)
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