segunda-feira, 6 de abril de 2015

EQUIPAS DE ARBITRAGEM E O SISTEMA DIAGONAL (3ª E ÚLTIMA PARTE)




“Dissemos no nosso último artigo, inserto no número 347, de 5 do corrente, que a criação das equipas de arbitragem simplificaria de forma notável o trabalho do árbitro, que, na prática havia de dar um excelente resultado. Acentuamos, no entanto, que para isso era necessário bastante trabalho e um maior cuidado, facilmente compreensível.

Hoje, como ontem, mantemos a tal respeito a mesma opinião, baseada principalmente, nos jogos já realizados dentro das normas estabelecidas pelo novo sistema. E não a abandonaremos até que a prática nos aconselhe o contrário.

-Cândido de Oliveira-

É necessário, no entanto, esclarecer que nunca é demais aconselhar aos colegiados o máximo respeito pelas leis que regem o futebol.

Todos eles, dentro da missão que publicamente têm a desempenhar, devem estudá-las com cuidado, mesmo aprofundá-las, conferenciando a miúdo com os companheiros de equipa para que, algumas possíveis dúvidas, possam ser resolvidas, podendo-se assim, dentro das normas e sem prejuízo do estabelecido, eliminar ideias e critérios diferentes.

Isto servirá para evitar, tanto quanto possível, algumas desilusões, em virtude da equipa se não compreender, dando ocasião a não conjugar os seus esforços.

As palavras que acima ficam são como que um conselho para os que o quiserem aceitar. É dado por alguém que já sofreu as consequências do pouco entendimento da sua equipagem.

-Manuel Alexandre-

Sabido, como é, que ao presente, todos os colegiados são chamados a dirigir encontros, todos têm, por consequência, responsabilidade nas arbitragens.

É necessário, porém, não esquecer a missão do árbitro e do fiscal de linha, como muito bem disse há dias um competente técnico nacional.

Concordamos, porém, que existem colegiados mais cultos do que outros e que mais depressa assimilam as regras do jogo, sabendo interpretar as suas leis, tais quais ela são. Outros há, porém, que são bastante habilidosos e, digamos mesmo, mais felizes. No entanto, é preciso esclarecer, e isto para terminar, que cultos ou incultos, infelizes ou não habilidosos, todos são árbitros, pois ficaram aprovados nos exames a que foram submetidos.

MANUEL ALEXANDRE

Revista Stadium, edição 350, ano VII, 26 de Outubro de 1938, página 14”.

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