sábado, 24 de novembro de 2012

ANTÓNIO NEVES FERNANDES – FALECEU UM BOM AMIGO…

O seu padecimento acabou ontem pelas 10H50. Sofria de doença oncológica. Nasceu em 2 de Janeiro de 1954 (tinha 58 anos de idade). Foi Árbitro de Futebol. Depois de percorrer todos os escalões secundários ascendeu à 1ª categoria nacional onde dirigiu jogos entre 23.09.1991 a 10.04.1994 (4 épocas). Persistente, sério e leal, directo e objectivo, era senhor de um sólido e inabalável carácter. Lutava, desde sempre, e de que maneira pelo seu ideal: ver a arbitragem independente, consolidada e transparente. Fundador e sócio nº 1 do Núcleo de Árbitros de Futebol de Fafe.
Todos nós perdemos um Homem íntegro, vigoroso e vertical. Aos seus familiares e amigos expresso as mais sentidas condolências.
O funeral realiza-se hoje, sábado, às 15H30 da Igreja Matriz de Fafe para o cemitério local. 
-SUPERTAÇA CÂNDIDO OLIVEIRA, COM LEITE DA SILVA E FORTUNATO AZEVEDO-
Com a devida vénia, transcrevemos um extracto da entrevista que concedeu ao “CorreioExpresso.pt”, em 29 de Junho de 2012:
“António Neves Fernandes, ex-árbitro de futebol, iniciou o seu percurso na extinta 3ª divisão nacional, tendo subido sempre a pulso até chegar ao principal escalão do futebol português, no qual atuou quatro anos consecutivos. Natural e residente em Fafe, Neves Fernandes, como é conhecido, disse-nos guardar excelentes recordações da arbitragem mas, também algumas mágoas. Hoje sente-se particularmente feliz e satisfeito por ver o seu “afilhado”, Jorge Ferreira, como carinhosamente apelida, na primeira Liga de Futebol Profissional. Para trás, fica também a sua importante ação ao constar como um dos fundadores e grande dinamizador do Núcleo de Árbitros de Fafe.
Recordamo-nos do tempo em que o Neves Fernandes era jogador do Antime. Daí, optou pela arbitragem. Porquê?
É verdade sim senhor. Eu jogava no Antime e num jogo que fizemos em Garfe eu estive a falar com os árbitros desse jogo e perguntei-lhe como havia de fazer para me inscrever. A partir daí arranjamos os papéis para nos inscrevermos e tudo começou. Começamos a frequentar os cursos e depois foi sempre a andar. Depois foi tudo uma questão de sorte e também de algum mérito. Eu, o Leite Silva e o Mário Costa fizemos uma boa equipa e fomos subindo. Depois tivemos a felicidade de sermos convidados pelo Fortunato Azevedo, eu e o Leite Silva, porque o Mário Costa entretanto desistiu, e a partir daí sim, aprendemos muito até chegarmos a árbitro da 3.ª divisão nacional.
Depois de ter o símbolo da Federação Portuguesa de Futebol, campeonatos nacionais, chegou à elite da arbitragem portuguesa…
Cheguei à primeira divisão nacional e mantive-me lá por quatro anos. Foi o tempo que me deixaram. Eu tinha uma maneira muito própria de atuar que não agradava a muita gente.
Alguns tubarões da arbitragem não apreciavam o meu estilo. Eu sou do tempo em que os dirigentes dos clubes é que mandavam no futebol. Muitos queriam que eu arbitrasse à maneira deles mas eu nunca fui nisso. O que o jogo desse era o que eu fazia e mais nada. Por isso tive algumas contestações, mas também tive coisas boas.”
-COM JORGE FERREIRA, FOTO CORREIOEXPRESSO.PT-

2 comentários:

SatierfFafe disse...

Nunca pensei que o Neves, ficasse assim e se fosse...era um *****.Cheguei a dizer-lhe em Quintanilha, que se parecia com o Veiga Trigo. E ele riu. Que pena. Não merecia.

SatierfFafe disse...

Nunca pensei que o Neves, ficasse assim e se fosse...era um cinco estrelas.Cheguei a dizer-lhe em Quintanilha, que se parecia com o Veiga Trigo. E ele riu. Que pena. Não merecia.