segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

ODIVELAS-OPERÁRIO, O ÚLTIMO JOGO QUE PRESENCIEI EM 2007


Foi na tarde de anteontem, dia 29 de Dezembro, sábado, no Estádio Arnaldo Dias, entre as equipas do clube da casa, o Odivelas Futebol Clube (Fundado em 1939) e o Clube Operário Desportivo, de Lagoa, da Região Autónoma dos Açores (F. 02.01.1948), da 16ª jornada do Campeonato Nacional da 2ª Divisão, série D, tendo vencido os primeiros por 2-0.
Equipa de Arbitragem: André Miguel Furtado Alves Gralha (Árbitro), Adelino José Casimiro Crespo e Gonçalo Rodrigues Dias, do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Santarém.
Tive o privilégio de me fazer acompanhar com Hamed Oult, Presidente da Associação de Treinadores de Futebol da Guiné-Bissau, que se encontra em Lisboa, que apresentei ao amigo José Miguel Correia Vedor, Vice-Presidente da Associação de Futebol de Beja, que assistiu ao desafio connosco.
A propósito deste jogo e ao consultar o sítio da equipa açoriana, (www.clubeoperario.com), deparei com uma crónica sobre a equipa de arbitragem que me obrigou a remeter, no dia do jogo, a seguinte mensagem:

Caros

Ao pretender obter informações sobre o vosso prestimoso clube para divulgar na minha página na net (albertohelder.blogspot.com) deparei-me surpreendentemente com uma critica à equipa de arbitragem do jogo de hoje, em que a vossa equipa saiu vencida, a qual, em abono da verdade, não corresponde ao que se passou no jogo.

A equipa de arbitragem não contribuiu, em nada, para o resultado adverso que se verificou para o COD. As referências que lhe são dirigidas são injustas e incorrectas, pois do que é afirmado não corresponde ao que se passou, o que lamento.

Como podem verificar no meu currículo, não sou simpatizante do clube que jogou em casa e vi o jogo com dois amigos, também eles sem qualquer vínculo aos contendores, srs. Hamed Oult (da Guiné-Bissau) e José Miguel Vedor (de Beja), os quais, ao apreciarem o trabalho da equipa de arbitragem no final, foram unânimes comigo ao dizerem que a sua actuação foi muito boa, sem erros, sem influência ou prejuízo para ambas as equipas. Quanto ao lance que V. Exª dizem não ter sido validado um hipotético golo para o Operário, deve-se somente há existência de um simples fora-de-jogo que é assinalado de imediato e peremptoriamente pelo Árbitro Assistente, sr. Gonçalo Dias.

Pelo punho de alguém que não se identifica, foi escrita a palavra "sonegada", que como V. Exªs sabem é um termo ofensivo. Isto para quem tem um historial brilhante e limpo, que é o caso dos elementos da equipa de arbitragem, é uma afronta grosseira e gratuita . Só é possível por vir expressa num sítio clubista onde tudo é permitido, incluindo este modo de estar no Futebol. No meu entender só para agradar aos seus ilustres sócios e adeptos, justificando o injustificável, com o palavreado mais apropriado à circunstância de momento. Há que assumir responsabilidades no que se diz, pois doutra forma é contribuir para a negação do desporto que se pretende seja uma escola de virtudes, mesmo para os cronistas que têm comportamentos menos felizes, como foi o caso de hoje.

A informação que procurei e recolhi do vosso clube refere-se à data da sua fundação. Obrigado.

Saudações Festivas

Alberto Helder

domingo, 30 de dezembro de 2007

ÁRBITROS SELECCIONADOS PARA O EURO-2008. A MAIOR COMPETIÇÃO FUTEBOLÍSTICA DO PRÓXIMO ANO



A Comissão de Arbitragem da UEFA, dirigida pelo alemão Volker Roth (mandato 2006/2009), teve à sua disposição Árbitros e Árbitros Assistentes de 53 países seus membros, mas somente optaram por 20 nações, seleccionando 12 Árbitros, 24 Árbitros Assistentes e 8 quartos Árbitros, num total de 44 eleitos.

Em termos de selecções (são 16 que vão participar na fase final), indica-se qual a sua classificação UEFA, perante os coeficientes por si determinados: 1ª Portugal (2643), 3ª Holanda (2500), 4ª França (2429), 5ª República Checa (2333), 6ª Alemanha (2250), 7ª Croácia (2231), 8ª Suécia (2231), 9ª Itália (2231), 10ª Grécia (2133), 11ª Turquia (2067), 12ª Polónia (2000), 13ª Espanha (2000), 16ª Suiça (1846), 18ª Roménia (1800), 19ª Rússia (1786) e 28ª Áustria (1429).

Assim, é de surpreender que a República Checa, 5ª no ranking europeu não tenha sido uma das preferidas na escolha dos seus Árbitros. Contudo, Inglaterra (2ª), Bélgica (21ª), Eslováquia (22ª) e Noruega (23ª), que ocupam lugares destacados no ranking e nem sequer foram apuradas para a etapa derradeira, têm, cada qual, uma equipa de arbitragem completa na competição...

Eis a lista completa dos Árbitros nomeados para o Euro-2008 (A seguir ao nome do país está a sua classificação a nível europeu e, após o nome do árbitro indigitado, é dada a conhecer a data do seu nascimento e o ano em que foi aceite como internacional). A saber:

ALEMANHA (6º) - Árbitro: Herbert Fandel (09.03.1964) 1998.
Árbitros Assistentes: Carsten Kadach (22.01.1964) 2003 e Volker Wezel (15.09.1965) 2003.
ÁUSTRIA (28º) - Árb: Konrad Plautz (16.10.1964) 1996.
AA: Egon Bereuter (11.05.1963) 1999 e Markus Mayr (08.09.1964) 1997.
BÉLGICA (21º) - Árb: Frank De Bleeckere (01.07.1966) 1998.
AA: Peter Hermans (27.06.1966) 2002 e Alex Verstraeten (10.08.1965) 2005.
CROÁCIA (7º) - 4º Árbitro: Ivan Bebek (30.05.1977) 2003
ESCÓCIA (33º) - 4º Árb: Craig Thomson (20.06.1972) 2003
ESPANHA (13º) - Árb: Manuel Enrique Mejuto González (16.04.1965) 1999.
AA: Juan Carlos Yuste Jiménez (25.09.1975) 2004 e Jesús Calvo Guadamuro (06.09.1968) 2004.
ESLOVÁQUIA (22º) - Árb: Luboš Michel (16.05.1968) 1993.
AA: Roman Slyško (04.08.1973) 2003 e Martin Balko (08.03.1972) 1998.
ESLOVÉNIA (24º) - 4º Árb: Damir Skomina (05.08.1976) 2003.
FRANÇA (4º) - 4º Árb: Stéphane Lannoy (18.09.1979) 2006.
GRÉCIA (10º) - Árb: Kyros Vassaras (01.02.1966) 1998.
AA: Dimitris Bozatzidis (11.02.1971) 2002 e Dimitris Saraidaris (13.08.1970) 2004.
HOLANDA (3º) - Árb: Pieter Vink (13.03.1967) 2004.
AA: Adriaan Inia (27.10.1963) 2000 e Hans Ten Hoove (20.09.1966) 2004.
HUNGRIA (29º) - 4º Árb: Viktor Kassai (10.09.1975) 2003
INGLATERRA (2º) - Árb: Howard Webb (14.07.1975) 2005
AA: Darren Cann (22.01.1969) 2006. Michael Mullarkey (03.05.1970) 2006.
ISLÂNDIA (34º) - 4º Árb: Kristinn Jakobsson (11.06.1969) 1997.
ITÁLIA (9º) - Árb: Roberto Rosetti (18.09.1977) 2002.
AA: Alessandro Griselli (31.05.1974) 2004 e Paolo Calcagno (29.01.1966) 2005.
NORUEGA (23º) - Árb: Tom Henning Øvrebø (26.06.1966) 1994.
AA: Geir Åge Holen (25.08.1967) 2001 e Erik Ræstad (14.07.1964) 1996.
POLÓNIA (12º) - 4º Árb: Grzegorz Gilewski (24.02.1973) 2001.
PORTUGAL (1º) - 4º Árb: OLEGÁRIO BENQUERENÇA (18.10.1969) 2001 (na foto).
SUÉCIA (8º) - Árb: Peter Fröjdfeldt (14.11.1963) 2001.
AA: Stefan Wittberg (02.09.1968) 1997 e Henrik Andrén (21.07.1968) 1999.
SUIÇA (16º) - Árb: Massimo Busacca (06.02.1969) 1998.
AA: Matthias Arnet (02.06.1968) 2000 e Stéphane Cuhat (08.10.1963) 1999.

O Euro-2008 irá decorrer de 7 a 29 de Junho de 2008, mas os Árbitros têm que se apresentar três dias antes para frequentarem cursos de aperfeiçoamento ambiental, técnico, físico e outros adequados às funções a que estarão sujeitos nos 31 jogos desta fase final. Antes, porém, terão de frequentar um seminário preparatório em Abril próximo, na Suiça, de 14 a 17.

Lembra-se que já participaram nesta competição, os seguintes Árbitros internacionais portugueses: 1968-Itália, Joaquim Campos (Lisboa). 1980-Itália, António Garrido (Leiria), Mário Luís (Santarém) e Raul Nazaré (Setúbal). 1988-Alemanha, Rosa Santos (Beja), Fortunato Azevedo (Braga) e Francisco Silva (Algarve). 1992-Suécia, Rosa Santos, Valdemar Lopes (Braga), Guedes Carvalho (Vila Real) e Jorge Coroado (Lisboa). 2000-Holanda/Bélgica, Vítor Pereira (Lisboa). Divulgam-se as fotos de todos os Árbitros presentes neste Euro, assim como as suas assinaturas e a de Gamal Gandour, egípcio (sendo a sua chamada a este Europeu uma novidade). 2004-Portugal, Lucílio Batista (Setúbal), José Cardinal e Paulo Januário (ambos do Porto).

sábado, 29 de dezembro de 2007

DÉCIO DE FREITAS – UMA SAUDADE


No dia em que faz precisamente 32 anos que deixou o nosso convívio, não podia de deixar de prestar homenagem àquele que foi um dos mais distintos e considerados Árbitros portugueses: O Dr. Décio Vítor Bentes de Freitas, filiado do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Lisboa, que merecidamente, mas a título póstumo, o escolheu para Patrono do Curso de Candidatos a Árbitros de Futebol de 1977/1978. Nasceu 26 de Maio de 1919 e iniciou-se nas lides prestando provas para Árbitro em 31 de Maio de 1951, tendo sido indicado para os quadros nacionais na época 1954/1955 e chegou à internacionalização em 1959/1960, onde se manteve até terminar a carreira, em 15 de Junho de 1969. Veio a falecer, por doença, no dia 29 de Dezembro de 1975, com 56 anos de idade.

Médico veterinário de profissão, para além de ter o seu consultório particular no bairro da Graça, exerceu também a sua especialidade na Junta Nacional dos Produtos Pecuários e, caso interessante, quando viajava de automóvel tinha sempre o máximo cuidado com cães e gatos que estivessem próximo da rua, não fosse às vezes serem molestados.

Adepto confesso do Clube de Futebol Os Belenenses, onde foi dirigente, assim como do Clube Desportivo de Arroios, esteve sempre à frente de iniciativas que visavam o bem dos companheiros da causa de arbitragem. Durante a sua carreira dirigiu centenas de jogos entre os distritais e os federativos, nestes últimos esteve em 268. Quando não tinha jogo percorria os campos de futebol, de mala na mão, na expectativa de colmatar a falta de algum colega que não tivesse comparecido. Queria, isso sim, participar e ser prestável. Colaborou, ainda, na direcção de jogos do Campeonato Universitário.

Arbitrou 2 finais da Taça de Portugal, em 19 de Julho de 1959, entre o Benfica e o Porto (1-0), e 9 de Julho de 1961, quando o Leixões derrotou o Porto, no seu próprio Estádio, por 2-0. Somente dirigiu um Benfica-Sporting, na época 1958/59, em que os encarnados venceram por 4-0. Em 1958/1959 foi considerado o melhor Árbitro português. Em 1961 frequentou, em Florença, o Curso de Elite da UEFA para Árbitros internacionais. Em 18 de Janeiro de 1962 foi arbitrar jogos do campeonato grego, com a particularidade de, durante o período da sua estadia até ao regresso a Lisboa, não poder contactar quem quer que fosse senão unicamente com o representante da Direcção-Geral dos Desportos ateniense, que o acompanhou ininterruptamente, chegando ao ponto de não lhe facultarem o acesso ao telefone do hotel onde estava hospedado! A nível de selecções destaque-se a sua participação, como árbitro, nos jogos Espanha-Irlanda, em 27 de Outubro de 1965 e França-Rússia, em 3 de Agosto de 1967, em Paris.

Foi Director do Boletim O Árbitro, durante 19 anos, desde o primeiro exemplar, editado em Julho de 1957, até Junho de 1966. No final da época 1968/69, um grupo de Árbitros lisboetas organizou-lhe uma festa de homenagem onde se efectuou um jogo de futebol por si dirigido. A Comissão Central de Árbitros louvou-o pela sua brilhante carreira, em 29 de Junho de 1969.

Nota: Foto obtida em 23 de Setembro de 1973, com o Dr. Décio de Freitas a entregar a taça ao vencedor dum Torneio popular onde foi o seu Patrono, realizado no relvado secundário do Estádio Nacional. A equipa de arbitragem, a partir da esquerda: eu, José Joel Aflalo de Sousa e Amílcar Luís Vidal Gil.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

SÍLVIA REGINA DE OLIVEIRA – NOVA INSTRUTORA FIFA


Esta minha Amiga brasileira é formadora credenciada de Árbitros de Futebol, após ter frequentado com aproveitamento o curso de especialização organizado pela FIFA, em Novembro último, na Granja Comary, em Teresópolis, a cerca de 80 quilómetros do Rio de Janeiro, Brasil.

Sílvia Regina, que nasceu em 19 de Abril de 1964, em Mauá (São Paulo), é professora de Natação e de Educação Física licenciada pela Faculdade de Santo André, iniciou-se nas lides de arbitrar jogos de futebol em 1980, mas só mais tarde, é que começou a fazer parte dos quadros da Federação Paulista. Manteve-se sete anos como Árbitra de elite, ostentando o distintivo FIFA desde o ano 2000.

Sílvia tem um currículo simplesmente fantástico e, como Árbitra, foi pioneira em vários acontecimentos onde os homens dominavam em grande: Integrou o primeiro trio feminino que dirigiu um desafio no Brasileirão (Guarani-São Paulo, 0-1, com as colegas Aline Lambert e Ana Paula Oliveira), isto em 30 de Junho de 2003, no Estádio Brinco de Ouro, com a presença de 11.697 espectadores. Também participou na Copa América do Sul, no Santos-São Caetano (1-1), em 1 de Outubro de 2003. Esteve no Mundialito, no Algarve-Portugal, de 9 a 15 de Março de 2005. Nas Olimpíadas da Grécia, arbitrou o Suécia-Nigéria (2-1), em femininos, em 17 de Agosto de 2004, com 21.597 torcedores. Em 2001, no dia 21 de Agosto, esteve (e bem) a comandar o jogo China-Noruega no Mundial Universitário Feminino de Pequim. Resumindo: A sua presença ao serviço da arbitragem brasileira ficou registada em 12 competições internacionais.

Esteve sempre na crista da onda durante 27 anos e só uma jogadora é que lhe causou algum receio, mas com a sua personalidade, coragem, tenacidade, talento e dedicação conseguiu superar sempre os obstáculos que se lhe depararam nas milhentas partidas que dirigiu e terminar sua carreira sem qualquer caso de agressão. Diz que os jogadores sempre a respeitaram, ao ponto de considerar que as mulheres quando Árbitras são mais bem aceites dos que os homens. Contudo, afirma que os erros cometidos por elas têm mais visibilidade do que os praticados pelos colegas do sexo oposto.

Já agora deixem-me desdramatizar uma situação polémica de que a Sílvia foi alvo preferencial pela comunicação social que explorou até ao infinito um lance para o qual em nada, mas mesmo nada contribuiu como Árbitra no jogo entre as equipas do Santacruzense e do Atlético de Sorocaba, disputado em 10 de Setembro de 2006. Sintetizando: Um atacante do clube da casa (Samuel) remata à rede lateral da baliza adversária e o seu Assistente que se encontrava na linha lateral nesse meio campo (Marco António de Andrade Motta Júnior) dá indicação de que a bola ultrapassou a linha de baliza entre os postes. Sílvia é traída pela dita informação e indica o centro do relvado, validando o golo. Com o jogo interrompido é interpelada pelos jogadores que se sentiam lesados e, nessa altura, o gandula (o apanha-bolas), introduz a bola na mesma baliza, dando origem à confusão e à má-fé de quem, ao ver este acontecimento, tem de analisar o facto com seriedade e descrever claramente o que se passou, o que não foi o caso e que se lamenta. A imprensa, a rádio e a televisão mundiais nunca repuseram a verdade. Só quiseram empolar o quem lhes interessou.

Saúdo-a por desempenhar agora função importantíssima no seio da FIFA. Estou certo que os seus conhecimentos serão preciosos a todos aqueles que têm como objectivo atingir o topo da sua carreira.

Em 6 de Dezembro de 2007, a Federação Paulista de Futebol, outorgou-lhe o Grão Colar da Ordem Nacional do Mérito Desportivo, que lhe assenta muito bem, face à sua entrega e voluntariedade sempre em prol do futebol e da arbitragem.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

TEODORO CASTRO LINO – ESTÁ DE PARABÉNS




Este meu Bom Amigo brasileiro é aniversariante no dia de hoje.

Um pouquinho do seu currículo: Quando jovem jogou futebol no Alecrim Futebol Clube, do Rio Grande do Norte e no Botafogo, do Rio de Janeiro. Iniciou-se na arbitragem em 1985 tendo atingido a internacionalização. Face à sua natural categoria, ostentou a insígnia FIFA durante 5 épocas, de 1992 a 1997. Em todos os jogos em que participou, quer no Brasil, quer no Estrangeiro, deixou a sua marca indelével como conhecedor bastante das leis do jogo, o modo como fazia a leitura do jogo, a sua impecável apresentação, a forma peculiar de saber estar, saber ouvir, tudo aliado à excelsa e forte personalidade que possui, era, desde logo, uma sólida garantia de que a honestidade e a experiência estariam presentes no sítio certo. Uma mais-valia para o desporto-rei, direi eu...

Teodoro Manoel Fernandes de Castro Lino, natural do Recife (nasceu em 1952), mas radicado em Goiás continua, mesmo fora dos relvados, a patentear e a irradiar humildemente a sua cultura, os seus conhecimentos, a sua simpatia, simples e humana, de elevada estatura que nos cativa e entusiasma. As suas narrações sobre o que de bom tem o futebol brasileiro e mundial são encantadoras, alegres, marcantes e arrebatam toda uma plateia que espera sempre mais deste prodigioso companheiro da mesma causa que abraçamos e nos une: o Futebol e a arbitragem.

Este Amigo do Coração, que me trata delicadamente como seu irmão, o que muito me honra, é merecedor de todas as minhas atenções, razão porque reafirmo ter sido um privilegiado em o conhecer e consigo conviver, quer no Brasil quer em Portugal. Sem dúvida, uma dádiva incomensurável. Registo, com um agradecimento profundo, o facto de já me ter convidado, mais do que uma vez, para ficar em sua casa, em Goiás, pelo menos 40 dias, para conhecer a parte norte do Brasil.

Pessoa de fácil trato que nos acompanha nas mais efusivas manifestações ou tristezas que nos invadem, é um letrado muito distinto, pois basta dizer que lançou um dos seus famosos livros O Outro Lado do Futebol, em Portugal, facto que me sensibilizou sobremaneira, independentemente de ter feito o favor de me incluir no lote daqueles a quem o dedicou. O seu primeiro trabalho intitulou-se O Futebol através dos Tempos.
Lembrarei que, entre muitas outras destacadas actividades onde emprega o seu talento, o seu querer e a sua assinatura, é comentador da rádio e televisão brasileiras, é cronista do sítio Cartão Vermelho – especialista em arbitragem de futebol – é membro da Academia Goianense de Letras e, sem surpresa, pelo muito que tem contribuído para a credibilização da arbitragem brasileira, pertenceu à Comissão de Inquérito que analisou os desmandos provocados por 2 trapaceiros, que se passavam por juízes e tentaram arruinar o futebol brasileiro. Foi, ainda, um dos organizadores do Congresso Internacional Brasileiro de Arbitragem, onde estive presente, realizado em Caldas Novas, em 6 de Novembro de 2004. Neste grande acontecimento, onde também marcou presença o nosso amigo comum Manuel Pimentel, que representava Angola, Teodoro Castro Lino e seus pares formaram uma super equipa e o esperado sucesso foi alcançado com muito trabalho, responsabilidade e empenhamento!

Faço votos para que continue, por todo o sempre, com a jovialidade que o caracteriza, indefinidamente bem disposto, solidário e eternamente afável virtudes que muito prezamos. Aquele abraço de Parabéns!

FOTOS: Na do meio, comigo, em 8 de Junho de 2004 e em Lisboa, na apresentação da sua obra que acima refiro. Na de baixo, no Congresso de Goiás, com o amigo comum Francisco Guerreiro, de Brasília.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

FILIPA PARREIRA – ANIVERSARIANTE


Esta jovem iniciou-se bem novinha na arbitragem lisboeta e tem dado provas suficientes de que está no bom caminho para alcançar os patamares mais elevados da carreira.

Ágil, sabedora, humilde, interessada, dedicada, inteligente, com boa presença, sabe estar e sabe ouvir é uma jovem promissora que, repito, irá dar cartas na arbitragem distrital, nacional e internacional.

Por comemorar hoje o seu aniversário aqui expresso os meus votos de parabéns e que continue na senda de outras Árbitras que dignificaram a causa que, em tão boa hora, quis abraçar com devoção, vocação e aspiração. Assim saiba merecer a confiança que lhe é conferida.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

É NATAL, POIS ENTÃO…


Numa época em que nas grandes metrópoles a nervosidade comanda os nossos sentidos, as nossas ideias e projectos, por tudo o que nesta altura nos rodeia, com uma frenética agitação que não se sente noutras paragens de cada ano, considero ter, desde há muito, uma ligação muito ténue ao 25 de Dezembro. Porquê?

Tudo tem explicação: direi que a partir do primeiro Natal passado longe dos meus, em São Tomé e Príncipe, quando tinha 24 anos de idade e cumpria serviço militar por imposição (obrigatório), o meu ver, o meu sentir, mudou-se por completo.

Pois estar a milhares de quilómetros, em ambiente amistoso, mas adverso em termos de suportar um calor excessivo, com elevada humidade, as dificuldades naturais de quem não está no seu verdadeiro ambiente, as gritantes carências de alojamento, sem colchões (os que haviam eram de palha de coco, duríssimos e mal cheirosos), sem lençóis na cama, com as serapilheiras a substituí-los, com parasitas e insectos a afectarem-nos a todo o instante, também o paludismo e outras chagas a molestarem-nos, uma alimentação (?) imprópria, que nos era servida em pratos e copos de alumínio, amolgados e cheios de sarro preto e bedum, enfim, um cenário dantesco e tenebroso, só superado com a solidariedade dos amigos que estavam no terreno e os que estavam distantes que, a par dos nossos familiares, também amenizavam os desgostos, as saudades, os imensos problemas porque passávamos.

Às vezes até sentíamos raiva… A primeira vez que entrei no refeitório do quartel-general sai a vomitar, tal era o cheiro pestilento, ver aqueles miseráveis utensílios e os montões de baratas que por lá se encontravam. A papa de não sei quê era a nossa comida, ora arroz com massa, massa com batatas, batatas com arroz, enfim, tudo igual à que alimentava os porcos na pocilga, já que os naturais tinham “direito” a banana ou maçaroca de milho assadas, uma na refeição considerada almoço e a outra ao “jantar”… Palavras para quê?

Depois aparecia o Movimento Nacional Feminino a dar-nos alento com promessas vãs e um kit composto por aerogramas e tabaco (eu que até nunca fumei…). De uma festa de Natal que organizaram e que muitos de nós colaborámos afincada e graciosamente, disseram-nos que haveríamos de ser convidados para um jantar-familiar. Porém, até hoje (blá, blá…).

Mas, mesmo assim, aqui expresso o meu reconhecimento àqueles (patrícios e santomenses) que me proporcionaram passar o melhor possível nos dois anos que lá estive (1964 a 1966) e que fizeram o favor de me prestar a sua solidariedade e, principalmente, a Amizade que nos une desde então, sempre reavivada e fortalecida quando nos encontramos. Nos almoços anuais que se têm feito em Portugal, para além do salutar convívio com antigos camaradas que connosco partilharam a desdita, recordam-se as boas e más peripécias que vivemos colectivamente. É o que resta até ao fim dos nossos dias… Àqueles que já não estão connosco, o meu preito de saudade, admiração e apreço.

A todos um Bom Natal e um Feliz Ano Novo!

FOTO: Tirada no dia 25/12/64. Sou o terceiro da direita. Neste almoço, já com novo equipamento foi-nos servida carne de porco, que, quando havia, a chicha era para os oficiais, para os sargentos a intermédia e para nós, soldados, o toucinho, a gordura, etc. … Claro!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

CULTURAL PONTINHA-VIALONGA E CASA PIA-SACAVENENSE - OS JOGOS DO PASSADO FIM-DE-SEMANA









Contrariamente ao que estava programado não se realizou o jogo em atraso do Campeonato Distrital de Juniores da 1ª Divisão de Honra, da Associação de Futebol de Lisboa, entre as equipas do CAC-Clube Atlético e Cultural, da Pontinha (Fundado em 06.05.1974) e do Grupo Desportivo de Vialonga (F. 30.06.1952), devido ao clube da casa não ter comparecido. Equipa de arbitragem: Frederico João Gonçalves Santos Branco Martins (Árbitro), Tiago Manuel Almeida Rocha e Fábio Miguel Oliveira Pereira. Registe-se que este encontro não se efectuou na data prevista (1 de Dezembro), por falta de policiamento. Coisas…

Resolvi ir ver outro encontro. Desloquei-me ao Estádio Pina Manique onde presenciei o despique entre duas agremiações das mais antigas de Lisboa, o Casa Pia Atlético Clube (F. 03.07.1920) e o Sport Grupo Sacavenense (F. 19.03.1910), que contava para a 3ª eliminatória da Taça da Associação de Futebol de Lisboa. O resultado foi favorável aos forasteiros por 1-0. Equipa de arbitragem: Jorge Miguel Rodrigues Lopes (Árbitro), Cláudio Alexandre Maroto Correia e Luís Filipe Estrela Maria. Aqui encontrei os meus Amigos Vitorino (Treinador dos escalões jovens do Clube Futebol Benfica) e Helder Tavares, editor de Cultura e Desporto do mensário O Casapiano, jornal fundado em 1955, que me ofertou alguns exemplares. Num deles destaco a rubrica onde é referido o antigo Árbitro FIFA Silvestre Rosmaninho, a quem, brevemente, prestarei homenagem neste blog.

domingo, 23 de dezembro de 2007

ALBERTO DA COSTA PEREIRA – UM ÍDOLO, UMA SAUDADE…






Hoje dedico a minha crónica a este que foi um grande senhor do futebol, que nasceu neste dia e mês, no ano de 1929, em Nacala, na então denominada província ultramarina portuguesa de Moçambique.
Predestinado para o desporto foi um excelente praticante de basquetebol, vela, atletismo (lançamento de peso) e um notável caçador. Como futebolista passou pelos clubes Sporting e Ferroviário de Lourenço Marques (hoje Maputo).
Começou a jogar no Sport Lisboa e Benfica em 5 de Setembro de 1954 (Festa de homenagem de Rogério e Feliciano, num encontro com o Porto) onde, após ter participado em 358 jogos, terminou a sua carreira em 13 de Março de 1967, com um palmarés digno de um campeão: Venceu 7 campeonatos nacionais, 5 Taças de Portugal e 2 Taças dos Campeões Europeus (hoje Liga Milionária…). Durante estes 13 anos actuou em 39 jogos das competições europeias e 24 com a camisola da selecção portuguesa (estreia em 10 de Abril de 1955, tendo como adversário o Luxemburgo).
O seu porte atlético, a sua maneira de estar e de ser, a sua cultura, o seu fair-play contribuíram para que se tornasse um jogador de referência, sempre estimado por todos, sobretudo pelos adversários. Foi também um exemplo para mim. Viria a falecer, por doença, em 25 de Outubro de 1990.
FOTOS da Colecção Ídolos do Desporto – Edição 7, de 14 de Abril de 1956 e 61 (2ª série) de 10 de Dezembro de 1960. O Presidente do Real Madrid, D. Santiago Barnabéu saúda Costa Pereira na presença de Águas, Coluna e Palmeiro. A equipa do Sport Lisboa e Benfica, vencedora do Campeonato nacional de 1959/1960: Em Cima: Ângelo, Neto, Cruz, Bela Gutmann, Mário João, Artur e Costa Pereira. Em baixo: José Augusto, Santana, Águas, Coluna, Cavem e Mão de Pilão (Massagista)

sábado, 22 de dezembro de 2007

CORONEL JOSÉ ANTÓNIO BRITO OSÓRIO VALDOLEIROS – AQUELE AMIGO!













Este meu Bom Amigo, Presidente do Conselho Deontológico e Disciplinar da APAF, tem sido uma agradável surpresa no seio da nossa Associação por tudo o que tem feito para a sua dignificação, prestígio e engrandecimento.

José Valdoleiros foi um dos elementos preponderantes na Comissão de Redacção do Projecto de Ética para, em primeira instância, ser destinado aos associados da APAF e quiçá extensivo a todos os Árbitros de Futebol portugueses, documento que está pronto há muito tempo mas que tarda ser aprovado em Assembleia-geral e posto em prática. Urge a sua entrada em vigor, para se evitarem leviandades e o aparecimento de apitos de qualquer cor…

Este meu Amigo, a exemplo de Inácio de Almeida (ver dia 28 de Novembro), tomou a iniciativa de ter vindo do Porto, quando soube que o meu vínculo profissional terminaria em Março do presente ano, para comigo conversar num almoço-convívio que decorreu num restaurante em Lisboa. Fiquei muito sensibilizado e agradecido com mais esta sua atitude, o que demonstra ser um grande senhor que o é.

A sua formação académica e profissional, a sua sensibilidade, a sua vivência, os seus superiores conhecimentos são uma mais-valia para qualquer Associação que pretende ser modelar, credível e responsável. Assim o escutem, assim sigam os seus ponderados e objectivos conselhos e observações, como foi o caso da última Assembleia-geral da APAF.

Amigo: Por há muito o admirar – desde os tempos em que era dirigente do Núcleo Francisco Guerra (Porto) – incuti nos responsáveis da APAF que seria um excelente membro dos seus Órgãos Sociais, o que se veio a confirmar na plenitude desde 2003, quando se iniciou no CDD, do qual é hoje o seu responsável máximo. Por fim expresso o meu reconhecimento pelo que consigo aprendi e sinto-me um privilegiado por tê-lo como meu Amigo. Bem-haja!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

PROF. JOÃO GOMIDE – RESPONSÁVEL ADMINISTRATIVO DA ESCOLA BRASILEIRA DE FUTEBOL


Este nosso novo Amigo esteve em Lisboa, com seus pais (Dª Marina e Sr. Denis) e sua irmã (Marcela), e aproveitou para contactar a hierarquia futebolística na Capital. Foi-lhe proporcionado visitar a sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a Associação de Futebol de Lisboa e o seu espectacular Museu, a sede do Sindicato dos Jogadores, o Conselho de Arbitragem lisboeta e a sede da APAF. Nesta voltita deve ter percorrido, comigo, aproximadamente 10 quilómetros, mas a pé. Foi um excelente exercício para um professor de Educação Física que demonstrou estar preparado para esta proeza...
De todos recebeu promessas de que se poderá vir a estabelecer protocolos de cooperação com a Escola, na expectativa de se promover a troca de experiências, documentos, ideias e orientações. Destaque-se a profícua reunião com o Prof. Arnaldo Cunha, Coordenador Técnico Nacional da FPF, onde também esteve Israel Costa, um outro amigo brasileiro, estudante universitário, que estará em Portugal mais um tempinho para obter o doutoramento na área do futebol.
Na noite de terça-feira Vítor Pereira – que esteve recentemente a ministrar na referida Escola, que dista cerca de 80 quilómetros do Rio de Janeiro, o Curso de Formadores de Árbitros promovido pela FIFA – ofereceu um jantar-convívio, onde, para além do Professor João e seus familiares, esteve também o Presidente da APAF-Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, Dr. António Sérgio, e eu, claro…
O Prof. João Gomide antes de regressar ao Brasil irá, ainda, ao Porto e percorrer alguns países da Europa, onde, junto das entidades desportivas, procederá à recolher de material necessário para os seus estudos e projectos que enriquecerão o futebol brasileiro nas suas mais variadas áreas.
Espero encontrá-lo em Junho próximo, em Belo Horizonte, quando me deslocar ao Brasil para, na sequência do que já fiz em Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau, assistir ao jogo mais empolgante e apetecido da América do Sul: Brasil-Argentina! E logo a contar para o 2010-África do Sul… Vai ser um espanto!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

ACREDITAR – FESTA DE NATAL

No passado sábado, dia 15, a ACREDITAR-Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro levou a efeito a sua tradicional festa de Natal no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, com a presença de muitos jovens e seus familiares, alguns vindos de muito longe (Porto e Coimbra).

Foi um excelente espectáculo, bem conduzido pelo alegre e jovem apresentador Pedro Granger. Eis os nomes dos artistas que actuaram ao seu mais alto nível e, registe-se, graciosamente: Mafalda Veiga, João Pedro Pais, Fingertips, Francisco Capelle, Fast Food Friends, Kilombo (grupo de Jambé) e a Popota. Também o grupo de voluntários da Acreditar brindou os presentes com uma brilhante mensagem musical. Todos os participantes, no final das suas intervenções, receberam fortes e sonantes aplausos.

Foi servido um apetitoso e abundante lanche e distribuídas lembranças a todos os jovens e crianças.

A Direcção da Acreditar está de parabéns por mais esta iniciativa.

Nota: Agradeço o honroso convite para assistir a este fantástico divertimento que muito me sensibilizou.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

OLIVAIS SUL-DOMINGOS SÁVIO - UM ESPECTACULAR JOGO QUE VI NO DOMINGO

Pois é verdade! No campo do Relógio assisti ao encontro do Campeonato Distrital da Associação de Futebol de Lisboa da 2ª Divisão, série 3, entre o Centro de Cultura e Desporto Olivais Sul e o Desportivo Domingos Sávio que terminou com a vitória dos donos da casa por 5-3…
Equipa de arbitragem: Marco Alexandre Pires (Árbitro), Adelino Miguel Louro António e Paulo Jorge Marques Rosa.
Encontrei e saudei o meu amigo de longa data, Fernando Carneiro, antigo árbitro e actual dirigente do Olivais Sul.
Já agora uma pequena graça: Dizia-se, há muitos e muitos anos, que o campo do Relógio, que fica bem perto do Aeroporto de Lisboa, era o local ideal para actuarem os árbitros que tinham pretensões a altos voos!… Juntava-se o útil ao agradável…

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

METROPOLITANO DE LISBOA – SEMPRE A CRESCER






Dentro de dois dias (próxima 4ª feira, dia 19) , o transporte mais rápido, eficaz e seguro de Lisboa passa a contar com mais duas estações na Linha Azul. São elas Terreiro do Paço e Santa Apolónia. Este troço deixa, assim, de ter o terminal na estação Baixa-Chiado.

É um importante melhoramento para os milhares de utentes dos caminhos-de-ferro e dos transportes fluviais, que reclamavam há muito uma melhor acessibilidade à rede do Metropolitano.

Pelo simbolismo que o Metro representa para os lisboetas divulgo hoje uma série de fotos obtidas nas gares de algumas estações que se modernizaram e cativaram os passageiros mais exigentes.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

JUVENTUDE LAJENSE - BOAVISTA RIBEIRINHA (RETROSPECTIVA-XX)

Em 17 de Dezembro de 2006 (Domingo) viajei até à Ilha Terceira para assistir ao jogo Juventude Desportiva Lajense e o Boavista Clube da Ribeirinha, da 1ª divisão da Associação de Futebol de Angra do Heroísmo, realizado no relvado do Campo da Vila, na Praia Vitória, tendo terminado com a vitória dos locais por 2-0.

Equipa de Arbitragem: Francisco Hilário Homem Lima (Árbitro), Luciano António Ferreira Rocha e Paulo Jorge Pereira Santo.

Aqui tive à minha espera o meu grande amigo Dioclésio Ávila, que me acompanhou até ao meu regresso no próprio dia, atenção que agradeci imenso. Tivemos ainda a oportunidade de assistir a jogos de futsal e futebol de 11, das várias competições oficiais. O Núcleo local distinguiu-me com uma bonita salva de prata, que me sensibilizou sobremaneira. O meu profundo agradecimento.

Distância percorrida: 3252 quilómetros. Tempo dispendido: 17 horas.

domingo, 16 de dezembro de 2007

PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA – ANIVERSARIANTE



Este meu Bom Amigo brasileiro faz hoje anos 34 anos e aqui estou a enviar-lhe um abração de parabéns!

Paulo César, por ter sido um mau guarda-redes enveredou pela carreira de árbitro na Federação Paulista de Futebol e em tão boa hora, diga-se, pois ostenta a insígnia da FIFA desde 1999 e, graças à sua classe, humildade e saber, tem sido chamado a dirigir imensos e importantíssimos encontros, não só no seu país – onde a fasquia dos jogos é elevada face à intensa competitividade e paixão inultrapassável que se verifica em cada partida – como a nível internacional, especialmente na Taça dos Libertadores e na Copa Sul-americana. Registe-se a sua participação no Mundial Sub-17, realizado em Trinidade e Tobago, em 2001.

Muito crítico para consigo próprio quando comete algum lapso nos rectângulos, o que é coisa raríssima, trabalha cada vez mais para prestigiar a arbitragem brasileira nos torneios mais relevantes do desporto-rei no mundo inteiro. É que os grandes eventos, tais como o 2010-África do Sul e 2014-Brasil, estão aí à porta…

Solidário e integro, sério e dedicado, simpático e respeitador, dotado de forte personalidade, valores de referência sempre exigidos a qualquer Árbitro, aliados à agradável postura que tem, à sua maneira de estar e ser e aos superiores conhecimentos que desenvolve, são uma mais-valia para o futebol, que se dignifica com a sua presença, com o seu contributo.

Patrícia Carla (sua sobrinha) e Luís Flávio (seu irmão), já formam o clã Oliveira no seio da causa de arbitragem. Um dia ainda vamos ver uma foto do trio a arbitrarem num qualquer Estádio!

Para mim, Paulo César Oliveira, que já o vi actuar ao vivo e na televisão, considero-o o mais europeu dos Árbitros sul-americanos, pela forma discreta, simples e objectiva, sem dar nas vistas… Sou seu admirador confesso.

NOTA: No Brasil um curso de candidatos a Árbitro de Futebol demora 18 meses: um ano para as aulas teóricas e o tempo restante para as sessões práticas…

sábado, 15 de dezembro de 2007

APANHADOS (II)











Desta vez foi a bandeira portuguesa que foi içada de forma que a sua posição ficou invertida.
Fotos obtidas num domingo no edifício das antigas instalações do Tribunal de Trabalho, na Avenida Almirante Reis, em Lisboa. Coisas…

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

FOZ CÔA-FORNOS ALGODRES - O JOGO DO PASSADO FIM-DE-SEMANA









No último domingo desloquei-me a Vila Nova de Foz Côa para assistir ao encontro entre o Grupo Desportivo o local e a Associação Desportiva de Fornos de Algodres, primeiros classificados do Campeonato da 1ª Divisão da Associação de Futebol da Guarda. O resultado final foi favorável aos da casa, por 2-0. Equipa de arbitragem: Marco Sérgio Marques Vieira (Árbitro), Sérgio José Santos Guelho e Diogo Carlos Almeida Santos.
-Da esquerda: Januário Ferreira, José Ferreira, eu e Daniel Soares-

Esta iniciativa insere-se numa combinação existente com o meu amigo José Ferreira, natural de Fornos, mas há muito radicado em Lisboa, em que consiste irmos ver o seu clube com um adversário de igual estatuto, quer em casa quer fora. Desta feita, combinámos ir até à capital das gravuras rupestres, onde reside o nosso amigo comum Daniel Soares, que, conjuntamente com outro amigo Januário Ferreira, partilharam esta nossa iniciativa. Todos assistimos às peripécias do jogo, num dia frio mas solarengo. Registamos e agradecemos as atenções que fizeram o favor de nos distinguir. Distância percorrida: 797 quilómetros
No dia 13 de Abril de 2008, lá estaremos em Fornos para o jogo da segunda volta.