quarta-feira, 31 de outubro de 2007

NAQUELE TEMPO (II)











O número 3 de O Árbitro, de Setembro de 1957, deu-nos a conhecer o seguinte:

1. Filipe Gameiro Pereira escreve o artigo A Acção do Médico e do Massagista.
2. No dia 3 tomaram posse os novos dirigentes da Associação de Futebol de Lisboa, a cujos destinos preside Francisco Mega.
3. Raul Martins, FIFA, apresenta o tema: A propósito de uma decisão, será velho um indivíduo de 45 anos?
4. Foi feita a experiência em Portugal do modelo de arbitragem em vigor na Rússia (ver gráfico), onde o árbitro dirige a partida dentro do rectângulo de jogo, cerca de 10 metros ao comprimento do campo e entre as 2 linhas de baliza. Os seus colaboradores actuam fora do terreno de jogo, um em cada metade do campo, indo a sua zona de intervenção desde a linha do meio campo até ao primeiro poste da baliza do seu sector. O jogo experimental realizou-se no Campo da Tapadinha (Lisboa), entre as equipas do Atlético e do Torriense. O Árbitro: Virgílio Leitão. Só houve vantagens, já que, segundo o Árbitro, não se apercebeu de contra-indicações…
5. Vicente Caballero, correspondente de Espanha, divulga a organização da arbitragem espanhola.
6. O Mestre Joaquim Campos fez o relato do que foi o Curso de preparação para a época 1957/1958, destacando-se as deficiências encontradas na época finda, das quais reproduzo as seguintes: Casos de precária condição física. Divergência de critério sobre faltas cometidas dentro e fora da área de grande penalidade. Jogadores agressores que não foram expulsos. Intervenções indevidas de médicos e massagistas. Falta de coordenação entre o Árbitro e os seus auxiliares. Atraso na entrada em campo das equipas de arbitragem. Exuberância de gestos por parte do Árbitro. Rigorismo na execução do lançamento lateral. Pouco cuidado como alguns Árbitros se apresentam equipados.
7. Quanto à preparação física, o Prof. José Esteves, recomendava que os Árbitros deveriam correr, duas vezes por semana uma distância nunca inferior a 3 quilómetros. Dos títulos Alimentação, Repouso, Massagens e Excitantes, realço os seguintes: Banhos-Vantagens dos banhos quentes por conciliar o sono e retemperar os músculos. Vida Sexual-Abstenção total de todos e quaisquer actos que levem a um desgaste físico, pelo menos 48 horas antes dos jogos!!!...
8. O Comandante da Polícia de Segurança Pública de Lisboa, determinou, em 11 de Maio de 1957, que os seus agentes, nos campos de futebol, logo que prevejam qualquer desacato com o Árbitro, façam evacuar a zona da sua cabina para que possa haver a necessária segurança. A Comissão Central congratulou-se com esta medida e pretende que seja extensiva a todo o país.
9. A Comissão Distrital de Beja dá conta do programa de palestras a levar a efeito nos próximos 3 meses.
10. O Secretário-Geral da FIFA, Kurt Gassman, elogia a participação de Filipe Gameiro Pereira no curso da Suiça.
11. Seriedade e Honestidade é o título do original de José Rosa Dias Nunes, Árbitro de Faro.
12. A Tribuna do Árbitro responde a 5 questões colocadas por leitores.
13. Curiosidades: O Árbitro espanhol Gardeazabal FIFA, vindo de Curaçau (Antilhas Holandesas), visitou a sede da Comissão Central e apresentou cumprimentos de cortesia. Registaram-se algumas reclamações pelo facto do Boletim O Árbitro não ser vendido pelos ardinas de Lisboa. Os fiscais de linha da 1ª Divisão, tencionam reunir-se num almoço íntimo (sic), a fim de comemorarem a sua estadia nas respectivas equipas, por mais dois anos…
Foto: Capitães do Benfica e Sevilha, perante a equipa de arbitragem francesa, cumprimentam-se antes do jogo da segunda-mão para a Taça dos Clubes Campeões Europeus, realizado no Estádio da Luz, em 26 de Setembro de 1957 (5ª feira), terminando com o empate a zero golos. O clube português seria eliminado por ter perdido o primeiro jogo por 3-1.

Quanto ao número 4, de Outubro de 1957, realça-se:

1. Foram publicados os seguintes artigos: As Comissões Distritais, as suas funções e as suas necessidades…, de Filipe Gameiro Pereira (Lisboa). A Arbitragem Portuguesa no Estrangeiro, de Eduardo Gouveia (Lisboa). O Árbitros e o seu comportamento social, de Patrício Álvares (Lisboa). Os Árbitros! Eu conheci-os bem, do Arqº Anselmo Fernandez (Treinador). A Disciplina, de Isidro Fragoso (Porto). O Conceito da Obstrução, de Carl Koppehel (Alemão). Análise ao Regulamento Disciplinar da Federação Portuguesa de Futebol e a sua utilização, do Dr. Décio de Freitas (na foto a fazer o sorteio entre duas capitãs num encontro internacional). O Árbitro e a sua actuação, de Barros de Campos (Vila Real).
2. Anuncia-se a Festa de Homenagem a Paulo Oliveira, que se retirou da actividade por limite de idade.
3. Curiosidades: O Boletim já está nas bancas de Lisboa. A revisão dos prémios continua por resolver, assim como o seguro do Árbitro. A gripe asiática atacou alguns colegas a quem se desejou rápidas melhoras para regressarem às lides do apito. Os Árbitros FIFA António Calheiros, Raul Martins, Manuel Andrade Pinto e Dr. Décio de Freitas ministraram lições sobre as Leis do Jogo aos jogadores do Belenenses, que foram muito proveitosas.
Foto: Equipa de arbitragem no Portugal-Inglaterra (Militares), disputado em Lisboa no dia 10 de Outubro de 1957 (5ª feira), constituída pelo espanhol Vicente Caballero (Árbitro), ao centro, auxiliado por Capitão Dennis (Inglês), à esquerda, e o Mestre Joaquim Campos.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

DESPORTIVO MONÇÃO - VALENCIANO (RETROSPECTIVA-IX)


No Domingo, dia 29/10/2006, desloquei-me à linda Cidade de Monção, onde me sinto sempre bem.
Visitei-a demoradamente e estive a relaxar no seu maravilhoso parque junto ao célebre rio Minho, onde se pesca a lampreia, um peixe muito apreciado.
O jogo, que contava para o Campeonato Distrital da 1ª Divisão da Associação de Futebol de Viana do Castelo, foi entre o clube da casa, o Desportivo, e o Sport Clube Valenciano que acabou empatado a 0-0. Do Estádio Manuel Lima, esplendorosamente situado, têm-se uma vista soberba sobre as montanhas espanholas que nos encantam e surpreendem pela grandeza, formosura e bem-estar que a Natureza nos proporciona. Foi uma jornada de sonho!

Equipa de arbitragem: Emanuel Geraldo Fernandes Dantas Rocha (Árbitro), auxiliado por Emanuel Dias da Silva e Leandro Nascimento Gonçalves Barbosa.

Quilómetros percorridos (sozinho) nesta dupla jornada: 965.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

SPORT PROGRESSO - GULPILHARES (RETROSPECTIVA-VIII)


No dia 28 de Outubro de 2006 (Sábado), no campo da Senhora da Hora (Porto), pelas 15 horas, presenciei o jogo que contava para o Campeonato da 1ª Divisão, entre o Sport Progresso e o Gulpilhares Futebol Clube, ganho pela segunda equipa por 2-1.

A equipa de arbitragem: Jorge Manuel Gomes Silva (Árbitro) e Célio Luís Marques Eusébio e Nuno Filipe Correia Costa.

Registe-se que no referido campo os jogos são contínuos e desde bem cedo, pois fiz a viagem com tempo e vagar e ainda vi encontros dos escalões de jovens. Dado que no dia seguinte iria para o Distrito de Viana do Castelo tive que ficar alojado no Porto.

Entretanto, dou conta que só a A.F.Porto é que pode disponibilizar os emblemas destes dois clubes. Como solicitei em 18 de Setembro de 2007 e, até agora não mereci a sua resposta, substitui as insígnias pela foto tirada em Coimbra, no novo Estádio Municipal, da equipa de arbitragem que dirigiu o jogo Académica-Benfica (0-1), em Veteranos, em 20 de Abril de 2004. Eis a sua constituição: Amílcar Moreira, Eu, Ramiro Santiago e Apolino Pereira. Os meus grandes Amigos são de Coimbra. Uma equipa de peso!

domingo, 28 de outubro de 2007

GRALHAS (II)




1. A primeira notícia veio publicada no Jornal Ilustrado, em 9 de Janeiro de 1988.
2. A avaliação dos saberes foi divulgada no Jornal Diário de Lisboa, em 26 de Julho de 1971. Ambos já extintos.

sábado, 27 de outubro de 2007

GUINÉ-BISSAU – A VISITA QUE SE SEGUE
















Pois é verdade caros Amigos, no próximo mês de Novembro volto a África. Depois de ter estado em Angola (Março) e Cabo Verde (Maio e Junho) desta vez será em Bissau que irei prestar tributo aos meus amigos guineenses pelo que contribuíram para a minha formação cívica e desportiva.

Aproveitando esta excelente oportunidade vou assistir ao jogo da segunda-mão das eliminatórias para o Campeonato do Mundo 2010-África do Sul, que irá realizar-se no dia 17 entre as selecções da Guiné-Bissau e da Serra Leoa. O resultado da primeira-mão foi 0-1, mas estou plenamente convencido que a equipa da Guiné pode e deve superar a desvantagem. Para isso lá estarei a apoiar e a incentivar os jogadores até à desejada vitória.
Também proferirei uma conferência para os Árbitros e outros agentes desportivos, se for caso disso, cujo o tema é do meu inteiro agrado, que é a ética e as ciências comportamentais do Árbitros de futebol, como o fiz naqueles outros dois países-irmãos.

Quem tem estado a preparar a logística localmente é o senhor Bacar Camará, já há muito radicado em Portugal e que faz parte dos quadros de Árbitros do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Lisboa. Já tenho o plano de viagem, assim como necessário visto. Também vou preparar-me para repelir o paludismo, claro.

Este jogo será, estou certo, uma jornada gloriosa para o futebol da Guiné-Bissau e que será comemorada por todo o seu povo.

Fotos: Com a devida vénia de Carlos Galveias, Luís Graça e Mundo do Fred.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

NAQUELE TEMPO (I)
















Inicio hoje a divulgação dos acontecimentos mais marcantes do panorama da arbitragem desde há 50 anos, graças ao facto de possuir a colecção completa do Boletim O Árbitro.

Assim, quanto ao número 1, de Julho de 1957, destaco o seguinte:

1. Para além da mensagem de abertura, assinada pelo seu primeiro Director, Dr. Décio de Freitas, que expressa votos de esperança, prosperidade e colaboração de todos os que se interessam pela causa, registam-se também as palavras amáveis de Sir Stanley Rous, que esteve presente numa palestra na então Comissão Central de Árbitros e que chegaria a Presidente da FIFA em 1961, do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Ângelo Ferrari, do Presidente da Comissão Central, Filipe Gameiro Pereira (foto superior esquerda), o consagrado Ribeiro dos Reis, nosso representante na Comissão de Arbitragem da FIFA e do seu Departamento das Regras do Jogo, Manuel Mota, jornalista e antigo árbitro, Ricardo Ornelas, redactor do jornal Diário Popular, e Reis dos Santos, antigo Árbitro FIFA (e meu Grande Amigo que já desapareceu).
2. São transcritos trabalhos pelos Árbitros João Banheiro que fala sobre a autoridade do Árbitro, com o qual ganhou o 1º prémio do Ciclo de Palestras de 1957, e Mestre Francisco Gonçalves Guerra (foto inferior esquerda), que, nas conferências da Comissão de Arbitragem do Porto, proferiu tema sobre a lei XII (Faltas e Incorrecções).
3. Por motivos de ordem profissional não foi possível ao então Presidente da Comissão Central, Filipe Gameiro Pereira, aceitar o convite para colaborar num curso de aperfeiçoamento dos Árbitros escoceses, mas iria estar presente em Agosto no Curso de Instrutores realizado pela FIFA, em Macolin (Suiça).
4. Curiosidade: Nesta altura estava em estudo e organização o Seguro do Árbitro.
5. Os primeiros elementos que colaboraram no Boletim: Director: Dr. Décio de Freitas. Editor: Joaquim Campos, FIFA. Redactores: Abel Macedo Pires, Eduardo Gouveia (FIFA), Raul Martins (FIFA), Virgílio Leitão e Joaquim Carvalho. A Redacção e a Administração estavam situadas na rua da Emenda, 30-1º andar (Lisboa), com o telefone (fixo) 20721. O custo do exemplar era de 3$50 (três escudos e cinquenta centavos).

Sobre o número 2, referente a Agosto de 1957, tenho a distinguir:

1. A divulgação da atribuição da medalha de bons serviços ao Árbitro FIFA Paulo de Oliveira, de Santarém, (ver foto-reparem que se usava casaco para dirigir o jogo), pela Federação Portuguesa de Futebol.
2. As resoluções tomadas pela Comissão Central dos Árbitros, realçando-se o agradecimento ao Ministro da Defesa Nacional pela autorização concedida a furriéis e sargentos para frequentarem Curso de Árbitros Militares realizado em Coimbra. O título e o correspondente prémio do melhor Árbitro da época 1956/1957 foi atribuído ao Mestre Francisco Guerra e aos seus auxiliares. Outorgada a Medalha de Bons Serviços aos Árbitros que atingiram o limite de idade: José Coreia da Costa (Porto), Libertino Domingues (Setúbal), Luís Magalhães (Lisboa), Paulo Oliveira (Santarém). Foram propostas para Árbitros FIFA, Abel da Costa (Porto), Eduardo Gouveia (Lisboa), Fernando Valério (Setúbal), Francisco Guerra (Porto), Hermínio Soares (Lisboa), Inocêncio Calabote (Évora) e Joaquim Campos (Lisboa). Que, a partir da época 1957/1958 os Árbitros Assistentes não possam permanecer em cada equipa mais do que duas épocas. Que se interceda junto da FPF a revisão dos prémios das II e III Divisões, tanto para os Árbitros como dos seus colaboradores. As reuniões anuais com os Conselhos de Arbitragem foram assim elaboradas: 31 de Agosto de 1957 (sábado), no Porto, com Aveiro, Braga, Bragança, Coimbra, Porto, Vila Real e Viseu. No dia 7 de Setembro (sábado), em Lisboa: Beja, Castelo Branco, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal. Todos deverão apresentar relatório sobre os temas a tratar.
3. O Mestre Joaquim Campos é louvado pelo Cônsul de Portugal na Corunha pela sua participação no jogo Atlético de Bilbao-Vasco da Gama, para a taça Tereza Herrera.
4. De Hermínio Henrique Soares, FIFA, é reproduzido o trabalho por si apresentado na Comissão Central, cujo tema foi Leis V e VI do Código do Jogo.
5. É relatado, ao pormenor, como decorreu o 3º curso de Instrutores realizado pela FIFA e na Suiça, onde esteve Filipe Gameiro Pereira.
6. O curso anual dos árbitros portugueses realizou-se nas instalações da sede (!?) da Comissão Central, tendo como prelectores, Ribeiro dos Reis (Leis do Jogo), Prof. José Esteves (Preparação física), Reinaldo Torres (Relatórios do jogo) e Filipe Gameiro Pereira (Curso de Instrutores FIFA-Suiça).
7. Divulga-se lista com os 17 Delegados (correspondentes) do Boletim, faltando os da Horta, Bragança e Ponta Delgada. Também se dá conta da lista de nomes dos 16 colegas estrangeiros que pretendem colaborar no Boletim
8. Do Mestre Joaquim Campos é descrito um seu artigo, com o título: A dualidade de critérios é o corolário de paixões e do desconhecimento das leis.
9. É accionada a Tribuna do Árbitro, primeiras consultas e respostas a questões técnicas relacionadas com o sector.
10. Curiosidades: É afirmado que não é muito viável o aumento de prémios para os jogos da primeira divisão. No que diz respeito aos encontros da segunda e terceira divisões, pode ser que se dê um jeitinho (sic). A Grécia, Israel, Roménia e Turquia estão dispostos a aceitar para os seus jogos a nomeação de Árbitros portugueses.
11. A foto da equipa de arbitragem, constituída por Abel da Costa (actualmente com 94 anos de idade), Joaquim Campos (com 83), que foi o Árbitro, e António Calheiros (já falecido), reporta-se ao jogo Saint Ettienne-Milão, na final da Taça Latina, disputada em Madrid, no dia 23 de Junho de 1957 (domingo).

E, por agora é tudo, até à próxima. Ai que saudades, ai, ai…

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

PALMENSE-TALAÍDE – O JOGO QUE ASSISTI NO PASSADO DOMINGO.

Na tarde do dia 21 de Outubro, presenciei este desafio que contava para o Campeonato Distrital da 1ª Divisão, série 2, entre as turmas do Sport Futebol Palmense e do Grupo Solidariedade Musical e Desportivo de Talaíde, cujo resultado final foi favorável aos forasteiros por 2-1.

A equipa de arbitragem: Graciano Manuel Marques Gomes (Árbitro) e Jorge Filipe Alexandre Marques e Miguel Alexandre Rios Libório Medeiros Silva, auxiliares.

O facto de ter ido ao velhinho campo José Ramos, sito no bairro de Palma de Baixo, em Lisboa, que está todo rodeado de urbanização, foi motivo de recordação dos meus primeiros tempo de jogador de futebol, há 50 anos, quando a equipa da casa onde estive empregado (Rodrigues & Rodrigues), fazia lá os treinos (de madrugada, pois logo a seguir íamos trabalhar às 9 horas) e jogos particulares… Ai que saudades, ai, ai…

Estive acompanhado por uma candidata a Árbitra de futebol, cujo curso está a decorrer no Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Lisboa, e a Ana Filipa Ferreira, que ficou a conhecer mais alguns tópicos de interesse para a sua formação.

Logo após ter terminado este jogo, e ainda dentro das instalações do recinto, verificou-se uma pequena altercação entre adeptos e alguns jogadores dos dois clubes mas a Polícia, como sempre, resolveu o assunto a contento.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

JOAQUIM CAMPOS – UM MESTRE QUE CONTINUA ACTUAL E PARTICIPATIVO


O decano da arbitragem portuguesa com os seus 83 anos de idade dá ainda conselhos sensatos e importantes para todos aqueles que pretendem dar o seu máximo à causa da arbitragem, actividade de que tanto gostamos. Vale a pena ler estes pareceres actualíssimos de alguém que usou a insígnia da FIFA durante 21 épocas consecutivas e participou em dois campeonatos do mundo (1958 e 1966) e um europeu (1968)…


ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DOS TÓPICOS DA ARBITRAGEM E DO BOM ÁRBITRO

1º. – Seja justo mas não impulsivo;
2º. – Seja rápido, mas não solícito, isto é, obsequioso;
3º. – Seja enérgico, mas não irascível;
4º. – Seja firme, mas não antipático;
5º. – Seja amável, mas não brando;
6º. – Conheça o Regulamento, mas não dê a impressão de que o sabe demasiadamente;

Não se deve esquecer que há jogadores que são bons psicológicos e que captam rapidamente o critério do Árbitro, agindo depois consoante o seu estudo.

Uma faceta imprescindível ao Árbitro moderno é a flexibilidade que lhe permite:

- Adaptar-se e reajustar-se ao ritmo da partida;
- Alcançar o necessário “sentido” do jogo;
- Ganhar o respeito dos jogadores;
- Subministrar a necessária “válvula” de freio para uma arbitragem inteligente.

Os requisitos para o seu profícuo trabalho podem ser divididos em duas importantes e sempre necessárias qualidades: coragem e bom julgamento para a interpretação e compreensão do jogo. O jovem Árbitro não deve imitar a mímica do Árbitro antigo. Deve, pelo contrário, observar o seu lado técnico e adequá-lo à sua personalidade. Se quiser lograr êxito na missão que escolheu deve corrigir debilidades ou defeitos.

Na arbitragem não pode haver arrogância, teimosia, antagonismo, indecisão, nervosismo, negligência ou dramatismo.

ONZE PREDICADOS DE UM ÁRBITRO

1º. – Aparência
2º. – Equilíbrio
3º. – Honestidade
4º. – Valentia
5º. – Flexibilidade
6º. – Habilidade
7º. – Carácter
8º. – Lealdade
9º. – Honradez
10º. – Inteligência
11º. – Psicologia

CONSELHOS AOS ÁRBITROS

- Não tires os olhos do jogo (lembra-te que és Árbitro e não espectador).
- Não te baseies em suposições.
- Não dês explicações sobre as tuas decisões.
- Não discutas com os jogadores (quando julgas que ganhas, perdes).
- Nas respondas aos espectadores (é impossível arbitrar e discutir).
- Não procures confusões, nem as alimentes.
- Não tomes decisões contra um colega nem justifiques uma atitude culpando-o.
- Não te apresentes mal equipado.
- Não sejas orgulhoso.
- Procura sempre a melhor posição no terreno de jogo.
- A apitadela deve ser breve, nítida, forte e significativa. Não fales com o apito na boca.
- A sinalética deve ser correcta, clara e concisa.
- Não grites nem empurres.
- Não deves falar mas se tiveres necessidade de o fazer, o tom de voz tem de ser forte, mas agradável, firme mas controlado.
- Coopera com os teus companheiros. Lembra-te que não és o patrão, mas que fazes parte de uma equipa composta por três homens como tu.
- Tem sempre presente que é mais fácil apitar do que não fazê-lo, mas faz o possível por não estragares o jogo.
- Não sigas só a bola. De vez em quando dá uma olhadela pelos quatro cantos do rectângulo de jogo, mas tem em atenção, principalmente nos teus primeiros tempos de arbitragem que no ar, depois da altura dos jogadores, não se podem cometer faltas.
- Não arbitres parado nem ponhas as mãos nas ancas, pois dá uma imagem desagradável. Quando actues como Árbitro Assistente não ponhas a bandeirola atrás, nas costas.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

APONTAMENTOS SOBRE A MINHA ACTIVIDADE DESPORTIVA (2)

Hoje trago-vos a foto obtida no campo do Sport Tortosendo e Benfica, em plena Serra da Estrela, antes de um jogo disputado no dia 5 de Maio de 1957.

A empresa onde trabalhava (Rodrigues & Rodrigues), uma das principais firmas de fardas, tecidos e calçado) tinha um bom relacionamento comercial com fábricas de lanifícios, razão porque o patrão, o Comendador Augusto Rodrigues acordou um jogo amigável com a equipa da Sociedade de Fabricantes, de Tortosendo, que infelizmente terminou definitivamente a sua laboração no início de 2005.

Lembro-me que na equipa de Tortosendo actuou um artista da bola, de seu nome Simoni (foi jogador do Sporting da Covilhã), entre outras figuras de relevo. Na nossa equipa o mais célebre era o João Rebelo, antigo ciclista de renome (dele conhecem-se histórias maravilhosas) e que tinha muito jeito para guarda-redes…

Naquele tempo foi uma viagem de autocarro muito desgastadora e massacrante, pese embora tivéssemos pernoitado em Coimbra, mas mesmo assim ocasionou termos chegado muito mal tratados à hora do jogo. Perdemos e bem por 4-1. Logo o Comendador disse que futuramente teríamos de corresponder com mais futebol e menos pernas. A partir daí, outros compromissos assumimos, mas já com treinos adequados, que se iniciaram com um excelente técnico de seu nome Inácio Rebelo, a quem muito devo o que, nesta área, aprendi. Almoçámos num Hotel, em plena Serra da Estrela que, para um miúdo como eu, foi um espanto e inesquecível!

Como nota de reportagem devo dizer que naquela altura usava-se ligas nas pernas para segurar as meias junto ao joelho, e procurei, procurei, mas não encontrei as minhas. Afinal estavam dentro das meias e assim fiz o jogo todo com aquela impressão nos pés que só fiquei aliviado quando o jogo terminou… Tal era a febre de querer jogar…

Nota: Encontro-me na primeira fila, com a bola (sou o 5º. da direita).

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

GINÁSIO FIGUEIRENSE - FORNOS ALGODRES (RETROSPECTIVA-VII)



Mas que temporal assolou Portugal no domingo, dia 22 de Outubro de 2006… A viagem até ao Distrito da Guarda e o regresso foi quase sempre debaixo de chuva torrencial. O jogo que eu tinha escolhido para este fim-de-semana foi entre as equipas do Ginásio Clube Figueirense, de Figueira de Castelo Rodrigo e da Associação Desportiva de Fornos de Algodres, para a 1ª Divisão. O resultado final: 0-0. A equipa de arbitragem foi constituída por: Hugo Miguel Monteiro Geraldes (Árbitro), auxiliado por Norberto Augusto Alves e Vítor Manuel Adónis Melo Robalo.

Nesta deslocação (831 quilómetros) viajou comigo o meu Amigo José Ferreira, natural de Fornos, mas radicado há muito em Lisboa, que fez uma excelente companhia e as indispensáveis funções de co-piloto, face às difíceis condições de condução que o temporal obrigou. Fomos por Vila Nova de Foz Côa onde almoçámos com o meu Amigo Daniel Soares e o seu colega Januário Ferreira, num restaurante que serviu unicamente as nossas 4 refeições, pois mais clientes nem vê-los. Só o mau tempo! Daí partimos para a Figueira de Castelo Rodrigo, onde assistimos ao encontro de futebol. Não foi fácil a viagem, pois numa estrada estreita, coberta de água e com muitas pedras e terra, tivemos de prosseguir, como se impunha, com toda a prudência e natural atenção redobrada.

Felizmente que o Estádio Municipal está bem equipado e conservado e o relvado absorveu a montanha de água que caiu, razão porque o encontro chegou até ao fim. Note-se que dos 8 jogos da 1ª Divisão da Associação de Futebol da Guarda, marcados para a tarde deste domingo, só metade deles é que se realizaram! Foi cá uma tempestade… Mais, dos 22 jogos que presenciei neste meu tributo em todo o Portugal, foi a única vez em que a equipa de arbitragem não fez o aquecimento muscular no terreno de jogo… Pudera! Pretendi pagar o ingresso para o meu companheiro, mas a monumental chuvada impediu que a bilheteira funcionasse, logo viu o jogo à borla…

No Estádio cumprimentei e falei com alguns Amigos (é uma felicidade tê-los em todo o lado…), tais como o Presidente da Associação de Futebol, Amadeu Poço, Fernando Delgado, de Manteigas, José António Geraldes, Tiago Cadete, e outros tantos que não me ocorre o seu nome.

A viagem de regresso foi espectacular e tudo decorreu como pretendíamos: bem!

domingo, 21 de outubro de 2007

GRALHAS (I)



Como se sabe a gralha (ver imagem) é uma ave de grandes dimensões – pode atingir meio metro – totalmente preta, inclusive o bico e as patas. Tem hábitos agressivos.

Mas, jornalisticamente falando a gralha (a outra) é de facto um inimigo dos tipógrafos desde tempos imemoriais até aos jornalistas actuais, mesmo com computador e tudo. Ela é, também, ofensiva e desagradável, mas às vezes hilariante e brejeira, para quem gosta de ler bom português. Não se deve confundir com erro. A gralha é involuntária, obra do acaso ou de distracção, enquanto o erro é por ignorância.

Ora, como tenho uma vasta colecção destes últimos bicharocos tenho o gosto de divulgá-la na sua totalidade. Assim, a partir de hoje, peço também a vossa colaboração, no sentido de detectarem a flagrante incorrecção e darem-me conta da vossa descoberta. Fico-lhes grato e à espera.

AVISO IMPORTANTE: Algumas gralhas tipográficas têm a classificação máxima, isto é, são mais propriamente para adultos. Mas como vieram publicadas em jornais ditos de referência, logo vulgares e sem qualquer anotação sobre o assunto, e que estão sempre ao alcance de quem sabe ler, aqui fica o alerta, que poderá ser, igualmente, o despertar da curiosidade…

Então, aí está a primeira, publicada no extinto jornal Diário Popular (1943 a 1991), no dia 22 de Outubro de 1973.

sábado, 20 de outubro de 2007

BOLETIM O ÁRBITRO




O primeiro órgão de comunicação social totalmente dedicado à arbitragem do futebol foi o Boletim O Árbitro, todo ele concebido, produzido e editado só por gente ligada à causa, cujo exemplar inicial saiu em Julho de 1957. Lamentavelmente a sua publicação terminou em Maio de 1978, no número 244, perda essa que muito abalou o sector.

Foi um periódico de muito interesse para os Árbitros, pelo seu conteúdo, pelos seus temas técnicos, pelo cuidado na sua apresentação (naquele tempo não havia tecnologia de ponta), mas, acima de tudo, foi elaborado com muita paixão, com muita responsabilidade e empenhamento. Basta dizer que, entre a saída do primeiro número até ao ano de 1974, isto é, durante 18 anos, conseguiu-se atingir o objectivo proposto de fazer sair mensalmente a revista, graças à dedicação e sacrifício de muito poucos carolas que tudo davam em troco do gosto de praticarem o voluntariado. Em todas as parcelas do então território metropolitano e ultramarino os correspondentes enriqueciam o Boletim com o envio de muitas notícias e fotografias.

Os seus primeiros gestores foram: O Dr. Décio de Freitas, Árbitro FIFA, o qual exerceu o cargo de Director até Junho de 1966. Editor: Joaquim Campos, FIFA (o Mestre já andava nestas andanças…). Redactores: Abel Macedo Pires, Eduardo Gouveia (FIFA), Raul Martins (FIFA), Virgílio Leitão e Joaquim Carvalho.

Os mandatos dos seus directores foram os seguintes: Engº Sousa Loureiro, de Julho/66 a Março/74; Francisco Rosado da Silva Caio, de Abril/74 a Outubro/77; Francisco Lacerda Barradas, de Novembro/Dezembro 1977 a Março de 1978; e Rogério dos Santos Crespo, nos dois últimos meses da revista: Abril e Maio de 1978.

Curiosamente fui assinante do Boletim, mas ainda não era Árbitro…

No 222, de Julho de 1976, conforme se pode ver num dos recortes, veio uma notícia referente a meu filho e ao seu 4º aniversário… Ai que saudades, ai, ai …

Resta dizer que possuo a colecção completa deste valioso tesouro da arbitragem portuguesa e é pena não ter tempo, por enquanto, para poder divulgar os seus preciosos artigos, informações, histórias, episódios, experiências, comunicados, luto, efemérides, sugestões, fotos, etc., etc.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

CARLOS VALENTE – O ÚNICO ÁRBITRO PORTUGUÊS NUM MUNDIAL DE FUTSAL


Lisboa, 14 de Outubro de 2007

Exmº Senhor
Presidente da
Federação Portuguesa de Futebol

Na sequência do meu reparo anterior (11 de Outubro) e na expectativa de ver no sítio da FPF, no local destinado às presenças em Mundiais dos Árbitros portugueses, hoje é-me possível dar conta do espantoso currículo do consagrado Árbitro CARLOS Alberto da Silva VALENTE, filiado no Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Setúbal, o único (até agora) representante de Portugal nos 5 Campeonatos do Mundo de Futsal, organizados pela FIFA, até agora levados a efeito.

Merece, pois, estar junto dos seus aclamados colegas, pois tal honraria, como afirmei anteriormente, só dignifica e prestigia a arbitragem portuguesa.

Entretanto, dou conta da cronologia dos Torneios já realizados. A saber: 1º Holanda (1989-Janeiro), 2º-Hong Kong (1992-Novembro), 3º-Espanha (1996-Novembro/Dezembro), 4º-Guatemala (2000-Novembro/Dezembro) e 5º-Taipé (2004-Novembro/Dezembro). A organização do 6º, em 2008 (Agosto), é da responsabilidade do Brasil.

Carlos Valente esteve na fase final do 2º Campeonato Mundial e participou em 7 jogos. Os primeiros seis (fase de apuramento) foram efectuados no Pavilhão do Parque Kowloon e o último, a meia-final, no Coliseum de Hong Kong. Eis as suas participações:

DIA 16 – Paraguai-Itália, às 18H30. Assistência: 500 espectadores. Actuou como 1º Árbitro. Resultado: 5-7.

DIA 19 – Austrália-Bélgica, às 18H30. Assistência: (?). Actuou como 2º Árbitro. Resultado: 1-2

DIA 20 – Polónia-Argentina, às 20H30. Assistência: (?). Actuou como 2º Árbitro. Resultado: 2-3.

DIA 21 – Espanha-Rússia, às 20H30. Assistência: (?). Actuou como 2º Árbitro. Resultado: 7-7

DIA 23 – Espanha-Bélgica, às 20H30. Assistência: (?). Actuou como 2º Árbitro. Resultado: 5-3.

DIA 24 – Argentina-Brasil, às 20H30. Assistência: (?). Actuou como 1º Árbitro. Resultado: 1-5.

DIA 27 – Irão-Estados Unidos da América, às 18H30. Assistência: 5.500 espectadores. Actuou como 1º Árbitro. Resultado 2-4.

Voltarei a dar conta de mais informações com esta dimensão.

Saudações

Alberto Helder

Foto: Com a devida vénia do sítio da FPF.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

IVONE, MINHA QUERIDA IRMÃ, PARABÉNS PELO TEU ANIVERSÁRIO, HOJE COMEMORADO.






















Nesta idade ter uma irmã à maneira é um dom da Natureza, por diversas razões.

1. A sua experiência de vida, de convivência, de solidariedade, são vantagens importantes e necessárias para quem precisa de conforto, paz e sossego, o que é o meu caso.

2. O facto de ser mais nova do que eu (dois anos) é deveras agradável, pois conviver com alguém que sabe estar na vida moderna, face à preocupação que tem em actualizar-se em tudo o que diga respeito a tudo.

3. O seu sentido maternal (tem duas esplendorosas filhas a Ana Cristina e Ana Carla) e as melhores qualidades do Mundo que uma Avó babada poderá ter para com os seus encantadores netos (Bernardo, de 10 anos de idade e Martim, de 4, os dois da Carla) e o João de 3 e a mais recente rainha, a Maria Inês, de apenas 1 mês, ambos da Cristina), demonstram o bem acentuado e vivido dia-a-dia que a obriga a continuar a dar o máximo por aqueles que lhe são queridos e bem próximos.

4. O ter superado as muitas dificuldades que, ao longo da sua existência, têm surgido, demonstra a sua elevada capacidade de sofrimento que herdou da nossa mãe, Dª Ester, uma persistente combatente que lutou contra a nefasta rotina, sempre em prol da liberdade e dos princípios humanitários. Tal mãe, tal filha!

5. O seu querer do dever cumprido nesta sociedade de consumo que absorve pessoas e assuntos, mal que atinge famílias com as consequências nocivas que daí resultem.

6. O encontrar soluções dignas e honradas, por vezes quase mágicas, para continuar na busca diária do seu sustento.

7. A sua maravilhosa e saborosa característica para, na cozinha, confeccionar doces, desde logo coroada com o título de Boleira Real.

8. Companheira a todos os níveis, tem-me ajudado imenso, especialmente no que se refere à condução automóvel (tive a carta apreendida num total de 90 dias…), ou até acompanhar-me a diversos lugares deste nosso Portugal.

9. Uma mensagem de respeito pela tua sofrida vida, pelo que passaste, na esperança que os anos vindouros te tragam muitas alegrias, vendo crescer os pequerruchos que te hão-de encher de orgulho (e a mim também…)

10. Mana, um beijo grandioso por te ter sempre junto a mim e pelo teu aniversário!!!

NOTA: Que tal a foto do teu casamento, quando fui o teu padrinho?!!!
Já agora as outras: Os 3 manos, tirada em 9 de Junho de 1946; Na Colónia Balnear Infantil do Século (São Pedro do Estoril), em 1950; com o Bernardo, em 2001; adepta da selecção de Portugal (2005); na actualidade.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

APANHADOS (I)

















SEM COMENTÁRIOS...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

DAR SANGUE É DAR VIDA...

O seu simples gesto pode valer muito. Todos agradecemos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

OPERÁRIO-CASCAIS, ATLÉTICO-SPORTING E OEIRAS-LOURES - MAIS UM FIM-DE-SEMANA COM MUITO SOL E MUITO FUTEBOL…














Assim aconteceu… E para um adepto, é o melhor que lhe podem proporcionar…

No sábado, dia 13, à tarde, fui até à Damaia (Amadora), ao recinto do Sport Futebol Damaiense (campo de terra batida, ainda…) onde assisti ao encontro do Campeonato Distrital Juniores da 1ª Divisão, entre as equipas do Operário Futebol Clube de Lisboa e do Grupo Dramático e Sportivo de Cascais, tendo vencidos os primeiros por 2-1. Tive o privilégio de voltar a conversar com o meu Amigo Joaquim Conceição, dirigente de excepção que conheço há mais de 20 anos e hoje é o Presidente do Damaiense.

Equipa de arbitragem: Maria João Calado Freire (Árbitra), Rui Manuel Mesquita Silvestre e Bruno Alexandre Dias Ferreira, seus auxiliares.

Rapidamente fui para casa e através da televisão, vi a vitória da selecção portuguesa no Azerbaijão, por 2 golos sem resposta, o que nos aproxima dos lugares de apuramento para o Euro 2008. Parabéns!

No Domingo, dia 14, de manhã estive no complexo desportivo da Tapadinha, sito em Alcântara (Lisboa), no campo 2 (relva sintética), tendo presenciado o desafio o Atlético Clube de Portugal, que perdeu com o Sporting Clube de Portugal, por um dois e que contava para o Campeonato Distrital de Iniciados, Divisão de Honra.

Equipa de arbitragem: Paulo Jorge Marques Rosa (Árbitro) e Renato Balsinha Ruivo e Marco Alexandre Pires, assistentes.

À tarde desloquei-me até ao Estádio Municipal de Oeiras (piso sintético) para acompanhar o jogo entre a Associação Desportiva de Oeiras e o Grupo Sportivo de Loures, cujo resultado foi favorável aos visitantes por 3 golos sem resposta. Este recinto está a passar uma fase de obras de beneficiação – não a sofrer como muitos jornalistas assim o dizem – pois a construção das bancadas só deve terminar no princípio do próximo ano. Até lá os espectadores não têm o mínimo de condições para verem comodamente o seu desporto favorito.

Aqui, foi um prazer enorme conversar com os antigos colegas Árbitros Manuel Amiguinho e Mário Mano. Só saudades…

Equipa de arbitragem: Nuno Tiago Martins Barata (Árbitro), Paulo Jorge Ramos Martins e Pedro Tiago Silva Ferreira.