sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

HIPOCRISIA, QUANDO É QUE DESAPARECES DO FUTEBOL?!



Na sequência das manifestações que tenho aqui exposto, volto ao tema dando conta como os agentes da arbitragem são tratados por quem deveria zelar e respeitar os seus feitos, pois o futebol puro e verdadeiro e a sua arbitragem dispensam que os tratem de forma descuidada, desprestigiante e indigna…
Acontece que Pedro Proença, Árbitro internacional reconhecido mundialmente pelas excelsas provas dadas nas competições aquém e além fronteiras, teve, no ano de 2012, a sua máxima consagração conquistando o título “Melhor do Ano”, isto a nível universal, assim como, com os seus competentes e ilustres colegas de equipa (Bertino Miranda, Ricardo Santos, Duarte Gomes e Jorge Sousa), foi o Árbitro principal que dirigiu, nessa época, os jogos finais da Liga dos Campeões Europeus e do Europeu entre nações. Registe-se que a aquele título foi atribuído pela IFFHS (Federação Internacional da História e Estatísticas de Futebol) a um Árbitro de Portugal pela primeira e única vez, prémio criado em 1987.
Como refiro, Pedro Proença e seus pares foram protagonistas de um acontecimento inédito e relevante para a arbitragem portuguesa, dado que jamais uma mesma equipa de arbitragem dirigiu na mesma temporada duas partidas das mais importantes organizadas pela UEFA, isto desde que o desporto-rei foi organizado, a partir do ano de 1863!
Estes feitos deveriam ser comemorados pela tutela de forma elevada e para todo o sempre – como faz com a exposição no auditório Manuel Quaresma exibindo imagens de jogadoras e jogadores célebres – mas, com ou sem querer, nem no Relatório e Contas do exercício de 2012 escreveu-se uma simples linha… Sintomático!
Na altura em que o documento foi presente para ser discutido e votado na Assembleia-geral, da qual faço parte como membro eleito, aconteceu ter-me insurgido com tal “esquecimento” votando, naturalmente, contra o que não fizeram todos os restantes presentes, incluindo os 4 elementos escolhidos pelos Árbitros e até a própria Associação de classe, por razões que só eles sabem. Característico!
Nas reuniões magnas seguintes sempre falei no assunto com a frontalidade requerida, pois omitir tamanhas epopeias que a arbitragem portuguesa conquistou só por distracção ou desdenho. O assunto terminou em Outubro de 2014 quando, finalmente, me foi dado a conhecer as poucas linhas que o assunto mereceu por parte da tutoria, isto é, levou dois anos para reconhecer que Pedro Proença e seus colegas devem constar no dito documento oficial, o que só acontece por iniciativa de uma só pessoa, que, com muito orgulho, insistiu no registo daqueles êxitos que a tutela queria esquecer… Singular! Agora, sim agora, é o que se vê, doçuras com atitudes tocantes, despropositadas e irreais a quem tanto deu à arbitragem, mas não deixou de ser esquecido, logo maltratado, por gentalha que não sabe reconhecer quem bem faz em prol do futebol português. A memória, só existe nas pessoas de bem!  Mais: Onde existe muito dinheiro nada se faz por amor se não ao próprio…
Vamos a outra: O Mestre Joaquim Campos, o decano da arbitragem portuguesa, foi, em tempos, obsequiado para integrar a Comissão de Honra dos 100 anos da FPF, que acedeu, informando a organização sentir-se altamente lisonjeado, por se terem lembrado do seu inigualável currículo e dos seus noventa anos de idade! Contudo, houve o jantar de centenário e não foi convidado... Coisas!
Recentemente houve a gala no Casino Estoril e deram-lhe o mesmo tratamento, isto é, esqueceram-se dele… Piramidal! Com amigos destes o Mestre não necessita de inimigos. Claro!
Perante estes desonrosas atitudes comportamentais, considero que a governança do futebol em Portugal está ao nível do governo português. Ganham o que ganham (e que não é pouco) muito mas com manifesta e aflitiva incompetência! E não mudam…
Dos dicionários: A hipocrisia é a atitude constante ou esporádica para fingir crenças, opiniões, virtudes, sentimentos, qualidades ou padrões que não têm ou não são seguidos.
O hipócrita finge qualidades ou sentimentos contrários aos que realmente tem ou experiência. Própria hipocrisia é uma espécie de mentira ou falta de reputação.
Hipocrisia pode vir do desejo de esconder dos outros motivos reais ou sentimentos. Hipocrisia não é simplesmente a incoerência entre o que defendemos e que é feito.
Ou seja, uma pessoa hipócrita é aquele que procura para ver a grandeza ea bondade construído com aparições em si, espalhando como um exemplo e fingindo ou ligue para a ação da mesma forma, para além da sua acção seja glorificada, seus objetivos e realizações estão longe da realidade.
Em muitas línguas, incluíndo francês, um hipócrita é alguém que esconde suas verdadeiras intenções e personalidade.

4 comentários:

JOSÉ MADEIRA disse...

Porquê só no Futebol?

ANA CRISTINA ARSÉNIO disse...

Mais uma vergonha da F.P.F., inaceitável não convidarem o mestre Joaquim Campos, assim como foi uma vergonha não haver uma palavra sobre qualquer jornal desportivo, hipocrisia sem dúvida, é que alguns senhores deste futebol devem muito aos jornalistas do "papel" um beijinho Sr.Alberto Helder Henrique Santos.(Ana Cristina Arsénio, filha com muito orgulho de um jornalista do "papel").

VEIGA TRIGO disse...

Estou contigo Cristina!
Isto é só para alguns!
Para o meu amigo Alberto Hélder, cada vez mais desiludido, existe gente que se serve da arbitragem, e não serve a arbitragem, forte abraço.

JOSÉ ALBERTO NEVES disse...

Concordo com a totalidade dos teus considerandos e constatações.
A incompetência e incúria continuam a ser a pedra de toque nos mais variados cargos das nossas instituições.
Uma vergonha!