A Associação de Football de Lisboa, antes de se constituir, procurou apoios para consolidar a sua criação e futuro desenvolvimento das propostas e objetivos que perspetivava para a modalidade, iniciativa coroada de êxito, dado que conseguiu, junto da comunidade que muito gostava da modalidade, a inscrição de 64 sócios contribuintes e 5 coletivos, como a seguir se descreve, ordenados alfabeticamente. As informações expressas entre parêntesis, foram recolhidas dum manuscrito emitido e assinado no dia 31 de dezembro de 1945, por Armando Teixeira de Sá (Secretário-geral) e pelos Vogais Filipe Casquilho de Paiva Faria e Joaquim Varandas Pinheiro, que integravam a então Direção da AFL, que, em boa hora, homenageou tais personalidades e entidades. Mais tarde, algumas autarquias também avançaram com o reconhecimento perpétuo dos seus nomes, propondo-os como patronos de arruamentos na sua área de influência, cujos códigos postais se divulgam. A saber:
SÓCIOS FUNDADORES INDIVIDUAIS
ABEL FONTOURA DA COSTA (sócio 61, demitiu-se), Oficial da Marinha, Escritor e Governador da Colónia de Cabo Verde (África ocidental). Distinção autárquica: 1750-069 Lisboa, 2740-211 Porto Salvo, 2765-426 Fernão Ferro e 2865-007 Estoril; AFONSO VILLAR (sócio 58, demitiu-se); ALBERTO J. SANTOS - (sócio 54, demitiu-se); ALFREDO AUGUSTO DAS NEVES HOLTREMAN-VISCONDE DE ALVALADE (sócio 57, falecido). Distinção autárquica: 1600-618 LISBOA; ALFREDO FRANCO (sócio 26, eliminado); ALFREDO JOSÉ DOS SANTOS (sócio 51, eliminado); AMÍLCAR FERREIRA BREIA (sócio de mérito 36); ANTÓNIO D’ALMEIDA NUNES GUIMARÃES (sócio 15, demitiu-se), 1º Secretário da Direção do Sport Lisboa e Bemfica; ANTÓNIO BURGUETTE (sócio 53, demitiu-se); ANTÓNIO DO CARMO (sócio auxiliar 22), Diretor do Sporting Club de Portugal; ANTÓNIO JOAQUIM DE SÁ E OLIVEIRA, DR. (sócio 7, demitiu-se), Reitor do Liceu da Lapa. Distinção autárquica: 2605-168 Belas; AUGUSTO FREITAS (sócio 47, demitiu-se), Jogador do Sporting Club de Portugal; BERNARDO DA COSTA MESQUITELA, DOM (sócio 19, demitiu-se), Oficial da Marinha; CÂNDIDO DA SILVA JÚNIOR (sócio 34, eliminado); CARLOS AUGUSTO HANSEN (sócio 55, falecido); CARLOS MARRAFA (sócio 30, eliminado), Diretor do Sport Lisboa e Bemfica; CARLOS NAVARRO ABREU (Sócio 38, eliminado); CARLOS VILLAR (sócio honorário 1), Oficial da Marinha e membro da Comissão Organizadora da AFL; COSME DAMIÃO (sócio auxiliar 5), jogador do Sport Lisboa e Bemfica, dirigente desportivo e membro da Comissão Organizadora da AFL. Distinção autárquica: 1500-313 Lisboa; CUSTÓDIO GALAMBA (sócio 18, demitiu-se); DANIEL AUGUSTO QUEIRÓS DOS SANTOS (sócio honorário 16), Guarda-livros e jogador do Sporting Club de Portugal; EDUARDO COSTA (sócio 62, eliminado), jogador do Grupo Sport da Cruz Quebrada; EDUARDO FERREIRA PINTO BASTO (sócio 10, demitiu-se), figura de elevado valor no desenvolvimento de ações em prol do futebol. Distinção autárquica: 2605-023 Belas e 2605-024 Belas; EDUARDO LUIZ PINTO BASTO (sócio 11, demitiu-se), figura de elevado valor no desenvolvimento de ações em prol do futebol; EDUARDO MENDONÇA (sócio 44, eliminado); ERNESTO MAGNO (sócio 50, demitiu-se), ex-2º secretário da Direção da Liga Portugueza de Football; ERNESTO MARTINS CARDOSO (sócio 17, demitiu-se); FÉLIX REDONDO ADÃES BERMUDES (sócio auxiliar 3), jogador do Sport Lisboa e Bemfica, Árbitro, Escritor, Dramaturgo e membro da Comissão Organizadora da AFL. Distinção autárquica: 1950-292 Lisboa;
FRANCISCO DO COUTO VALENTE DA PONTE E HORTA GAVAZZO (sócio 24, demitiu-se), Diretor do Sporting Club de Portugal; FRANCISCO GOMES VIEIRA (sócio 35, falecido); FRANCISCO DOS SANTOS (Sócio 32, eliminado), Jogador do Sporting Club de Portugal, Árbitro e Escultor de nomeada. Distinção autárquica: 1500-292 Lisboa; 2710-563 Sintra; 4455-110 Lavra; 4455-134 Lavra; GUILHERME FERREIRA PINTO BASTO (sócio honorário 9), figura de elevado valor no desenvolvimento de ações em prol do futebol. Distinção autárquica: 2600-297 Vila Franca de Xira e 2865-467 Fernão Ferro; HUGO CANAS MENDES (sócio 46, demitiu-se), Jogador da Casa Pia de Lisboa; JACINTO DA COSTA PIRES (sócio 52, demitiu-se), Jogador do Sport Club de Campo de Ourique; JAIME ARMANDO CORREIA DE OLIVEIRA (sócio 42, demitiu-se); JOÃO BENTES (sócio 43, eliminado), jogador do Sporting Club de Portugal; JOÃO CARVALHO PERSÓNIO (sócio 33, falecido), Jogador do Sport Lisboa e Bemfica; JOÃO GOMES VIEIRA (sócio 25, falecido), Diretor do Sporting Club de Portugal; JOAQUIM DE ALMEIDA HENRIQUES (sócio 64, demitiu-se); JOAQUIM MANUEL MOGUES (sócio 27, demitiu-se); JORGE JAIME ALDIM (sócio 39, eliminado), Jogador e Árbitro do Sport Club de Campo de Ourique; JOSÉ ALFREDO HOLTREMAN ROQUETTE-JOSÉ ALVALADE (sócio 23, falecido), Diretor do Sporting Club de Portugal. Distinção autárquica: 2705-841 Terrugem SNT; JOSÉ DA CRUZ VIEGAS (sócio 45, demitiu-se); JOSÉ EDUARDO MOREIRA SALLES (sócio 20, demitiu-se), Oficial do Exército; JOSÉ FERREIRA (sócio 8, falecido), Empregado comercial; JOSÉ FILIPE DIONÍSIO (sócio honorário 12), Comerciante e Guarda-livros; JOSÉ MARCOS ESCRIVANIS (sócio auxiliar 59), Oficial do Exército; JOSÉ NETTO (sócio 6, demitiu-se), Jogador do Sport Lisboa e Bemfica, árbitro e membro da Comissão Organizadora da AFL; JOSÉ DA SILVA MONTEIRO (sócio 63, demitiu-se); JÚLIO JACINTO GOMES FERREIRA (sócio 31, demitiu-se), Comerciante; LEVY JENOCHIO (sócio 60, eliminado), Ginasta, Árbitro e jogador do Sport Club de Campo de Ourique; LUIZ RAUL NUNES (sócio honorário 2), Empregado comercial e membro da Comissão Organizadora da AFL; MANUEL CARNEIRO (sócio 48, demitiu-se), Jogador do Sporting Club de Portugal; MANUEL FERNANDES (sócio 13, eliminado), Despachante da Alfândega de Lisboa e Vice-Presidente do Sport Club Império; MANUEL GARCIA CARABE (sócio 29, eliminado); MANUEL MARTINS CABRAL (sócio 40, demitiu-se); NORBERTO MOREIRA DE ARAÚJO (sócio 49, demitiu-se); PEDRO DEL NEGRO (sócio honorário 4), Empregado bancário, Árbitro e membro da Comissão Organizadora da AFL. Distinção autárquica: 2720-449 Amadora e 2720-450 Amadora; PEDRO SANCHES NAVARRO (sócio 21, falecido), Professor no Lyceu Camões; RAUL DA FONSECA (sócio 28, eliminado), Diretor do Lisboa Football Club; RAUL GILMAN (sócio 56, demitiu-se), Empresário; RAUL JOSÉ DE SOUSA CORREIA DE LIMA (sócio 41, demitiu-se); RICARDO DEL NEGRO (sócio 37, falecido), Árbitro e jogador do Sport Club de Campo de Ourique; e TANCREDO SAMUEL FREITAS JENOCHIO (sócio 14, eliminado), Guarda-livros;
SÓCIOS FUNDADORES COLETIVOS (Segundo a Direção de 1945)
SPORT CLUB IMPÉRIO (sócio 1, inscrito em 25 de agosto de 1910, antecessor do Império Football Club. Depois: Club Desportivo de Palhavã).
SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (sócio 2, inscrito em 31 de agosto de 1910, extinguiu-se na época 1911/1912). Este grupo designava-se como “Football Grupo Campo d’Ourique”, ficando com a nova designação a partir de 28 de setembro de 1910.
SPORT LISBOA E BEMFICA (sócio 3, inscrito em 2 de setembro de 1910).
CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (sócio 4, inscrito em 29 de outubro de 1910, não disputa provas).
SPORTING CLUB DE PORTUGAL (sócio 5, inscrito em 3 de novembro de 1910).
Nota: registe-se que dois dos Fundadores proclamados pela Direção de 1945, inscreveram-se depois da data da fundação da AFL.
SÓCIOS EVENTUAIS (JOGADORES)
A seguir se indica quem foram os primeiros dez a inscreverem-se e a que clubes pertenceram:
1-João Eugénio, Associação de Football do Liceu da Lapa; 2-Daniel de Freitas, Sport Club Império; 3-Luiz Barreto, Sport Club Império; Sport Club de Campo d’Ourique; 4-Joaquim da Costa, Sport Club de Campo d’Ourique; 5-Vítor Jardim, Sport Lisboa e Bemfica; 6-Levy Jenochio, Sport Club de Campo d’Ourique; 7-Joaquim Jordão; 8-Charles Etur, Gilman Sporting Club; 9-Jacinto d’Oliveira; e 10-Manuel Martins Brito, Casa Pia de Lisboa.
Entretanto, os primeiros dirigentes da Associação de Futebol de Lisboa, a seguir mencionados, foram eleitos no dia 3 de Outubro de 1910 (dois dias antes da revolução que modificou a então vida política portuguesa, passando-se do regime monárquico - que vigorou desde o ano 1143 -, ao estado republicano). A saber:
ASSEMBLEIA-GERAL
Presidente, Alfredo Augusto das Neves Holtreman (Visconde de Alvalade), do Sporting Club de Portugal;
Vice-Presidente, Pedro Sanches Navarro, do Sporting Club de Portugal;
Secretários, Félix Redondo Adães Bermudes e João Carvalho Persónio, ambos do Sport Lisboa e Bemfica;
DIREÇÃO
Presidente, Guilherme Ferreira Pinto Basto, do Club Internacional de Football;
Vice-presidentes, Abel Fontoura da Costa (Oficial da Marinha) e Dr. António Joaquim de Sá e Oliveira (Advogado);
Tesoureiro, José Holtreman Roquette, do Sporting Club de Portugal;
Secretários, Carlos Villar, do Club Internacional de Football e Luiz Raul Nunes, do Sport Club Império;
Vogais, António do Carmo, José Eduardo Moreira Salles, do Sport Lisboa e Bemfica, e Tancredo Samuel Freitas Jenochio (Guarda-livros).
FISCAIS DE CONTAS
Presidente, Pedro Del Negro;
Secretários, Cosme Damião do Sport Lisboa e Bemfica e José Filipe Dionísio;
SUPLENTES
Alberto J. Santos, António d’Almeida Nunes Guimarães (Sport Lisboa e Bemfica), Cândido da Silva Júnior, Ernesto Martins Cardoso e Raul Gilman (Gilman Sporting Club).
A tomada de posse foi marcada para o dia 18 de outubro de 1910 (ver mais em “Destaques”).
Entretanto, quem assinou o primeiro Relatório e Contas, referente ao primeiro mandato da AFL e no dia 2 de julho de 1911, foram os seguintes membros da Direção: Dr. António Joaquim de Sá e Oliveira, Presidente; Alberto J. Santos, Vice-Presidente; António do Carmo, Tesoureiro; Luiz Raul Nunes, 1º Secretário; Tancredo Samuel Freitas Jenochio, 2º Secretário; António d’Almeida Nunes Guimarães, Cândido Silva e Ernesto Martins Cardoso, Vogais. Os Fiscais de Contas também assinaram os documentos que analisaram: José Filipe Dionísio e Pedro Del Negro. Adiante-se que a Direção aspira, para a AFL, ter sede específica e condizente com a sua estrutura, assim como um campo próprio, tão necessário, para a prática da modalidade. Apesar de ter encetado os trabalhos inerentes, não foi possível levar a efeito o Campeonato Militar, como outras provas extraordinárias.
A gestão financeira foi equilibrada, o que resultou ter sido movimentado no exercício, 451.395 reis. No encerramento das contas, constata-se que o saldo para 1911, foi de 178.590 reis.
Nesta altura, em 1910, a sede provisória e os serviços administrativos da Associação estiveram instalados no Palácio Palmela, no Largo do Calhariz, perto de Santa Catarina, por gentileza de entidades amigas: Associação Naval de Lisboa e Liga Naval Portuguesa, ambas distinguidas, mais tarde, pela A.F.L., com os primeiros títulos atribuídos de Sócios Honorários.
Graças à comissão organizadora da AFL, constituída por Carlos Villar, Cosme Damião, Félix Bermudes, José Netto, Luiz Raul Nunes e Pedro Del Negro, foi possível elaborar e aprovar, em 23 de setembro de 1910, os documentos oficiais que orientaram a sua gestão durante o mandato de 1910/1911 e não só.
Passemos à sua divulgação, na íntegra, com a publicação dos
ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE LISBOA (compostos de IX Capítulos e 58 artigos)
Capítulo I – Definição, fins e composição
Artigo 1º - Esta Associação denominar-se-á Associação de Football de Lisboa, e sua sede será nesta cidade, podendo ser filiada na Liga Portugueza de Football.
Artigo 2º - O fim principal da Associação é regulamentar e fazer propaganda do jogo de football Association entre amadores, promovendo a federação de todos os clubes formados ou a formar no distrito de Lisboa.
§ único - Só é considerado amador de football o jogador que se dedique a este exercício sem nunca aperceber remuneração alguma. Excetua-se o indispensável auxílio para hotel e despesas de viagem, quando o jogador tenha de se deslocar por motivo do jogo.
Artigo 3º - A Associação compor-se-á: 1º - De clubes com sede no distrito de Lisboa ou em localidade que a Liga Portugueza de Football considere dentro da jurisdição desta Associação. a) As instituições escolares do distrito serão consideradas como clubes, para os efeitos destes Estatutos e respetivos regulamentos; não podendo, porém, inscrever como jogadores, indivíduos que tenham jogado em desafios de clubes de primeira, segunda ou terceira-categorias, nas duas épocas anteriores à aprovação dos presentes Estatutos. b) Nenhum clube filiado noutra associação regional, poderá inscrever-se nesta Associação, sem o consentimento da Liga Portugueza de Football. 2º - De sócios individuais, maiores de 21 anos (com exceção dos eventuais), das seguintes classes: a) fundadores; b) contribuintes; c) eventuais; d) honorários; e) beneméritos; f) correspondentes. - São considerados sócios fundadores os indivíduos contribuintes que se inscrevam, em resposta à circular-convite, para constituição da Associação. § 2º - Sócios contribuintes são os que pagam de quota 1$000 reis anuais, e os clubes filiados. § 3º - Sócios eventuais são os jogadores dos clubes filiados, que pagam 100 reis de inscrição por cada época de jogo. § 4º - Sócios honorários são aqueles que tiverem prestado relevantes serviços à Associação ou a quem esta julgue conveniente conferir este honroso título, como manifestação de consideração ou reconhecimento. § 5º - Sócio beneméritos são aqueles que tenham contribuído com uma importância avultada. § 6º - Sócios correspondentes são os indivíduos, nacionais ou estrangeiros, encarregados pela Direção de representarem a Associação em qualquer ponto do país ou do estrangeiro, em que ela não tenha outra representação.
Capítulo II – Campeonatos e torneios
Artigo 4º - Esta Associação promoverá entre os clubes nela filiados um campeonato anual de primeiras, segundas e terceiras categorias. § único - Todos os clubes concorrentes terão de se inscrever e jogar na primeira categoria para poderem jogar na segunda; e nas duas primeiras categorias para poderem jogar na terceira.
Artigo 5º - Promoverá igualmente o campeonato escolar entre as instituições dessa natureza filiadas na Associação. a) São consideradas Instituições Escolares aquelas em que se cultive a instrução intelectual no distrito de Lisboa. b) As Escolas Superiores só podem concorrer aos campeonatos de clubes.
Artigo 6º - Igualmente promoverá a Associação , quanto possível, os campeonatos militares e quaisquer outros torneios ou campeonatos, cuja oportunidade seja de futuro reconhecida.
Capítulo III – Assembleia-geral
Artigo 7º - A Assembleia-geral da Associação é constituída pelos sócios fundadores, beneméritos e contribuintes em gozo efetivo dos seus direitos, e pelos delegados dos clubes filiados. § 1º - Os delegados são indicados pelos clubes (um por cada) para os representarem nas assembleias-gerais, devendo fazerem-se acompanhar por um ofício assinado pelo presidente ou pelo secretário da Direcção do Clube que representam. a) Não podem desempenhar o cargo de delegado de qualquer clube filiado, os indivíduos que façam parte dos corpos gerentes da Associação. § 2º - Nenhum delegado poderá representar mais de um clube.
Artigo 8º - As assembleias-gerais da Associação podem ser ordinárias ou extraordinárias. § 1º - As assembleias ordinárias são obrigatórias na segunda quinzena de maio de cada ano para: a) Apresentação e discussão das contas relativas ao ano anterior. b) Eleição dos corpos gerentes. c) Qualquer outro assunto, dos que são da competência da assembleia, que não tenha sido dado para ordem do dia. § 2º - As reuniões extraordinárias podem ser convocadas a requerimento da Direção da Associação, dos fiscais de contas ou quando um quinto dos sócios contribuintes assim o solicitem ao presidente da Assembleia em documento por todos assinado e indicando o assunto para que requerem a convocação.
Artigo 9º - Para dirigir os trabalhos da assembleia-geral é eleita cada ano, nas mesmas condições da Direção, uma mesa composta por um Presidente, um Vice-Presidente e dois Secretários. § único - O cargo de membro da assembleia-geral é incompatível com qualquer outro da Associação.
Artigo 10º - À mesa da assembleia-geral compete fazer as convocações para as suas reuniões.
Artigo 11º - A assembleia-geral só pode funcionar legalmente à primeira convocação, com um terço do número total de sócios contribuintes, que nela tenham o direito de votar. § 1º - No caso de não haver número, conforme o artigo anterior, para funcionar a assembleia, far-se-á uma segunda convocação, e então funcionará com qualquer número. § 2º - São legais as deliberações tomadas nestas reuniões. § 3º - Tanto a primeira como a segunda convocação das assembleias devem ser feitas com oito dias de antecedência, devendo os avisos convocatórios indicar hora, local e fins da assembleia.
Artigo 12º - Nas assembleias-gerais, quer ordinárias, quer extraordinárias, só se poderá deliberar dos assuntos constantes dos avisos, sendo absolutamente proibidas as discussões sobre assuntos políticos ou religiosos.
Artigo 13º - Haverá um livro para as actas da assembleia e que será rubricado nas suas folhas pelo secretário da primeira assembleia, cuja acta for inscrita nele.
Artigo 14º - À assembleia-geral compete e são assuntos da sua exclusiva competência: 1º - a discussão e votação da reforma dos Estatutos e Regulamentos definitivos; 2º - a eleição e a exoneração dos corpos gerentes; 3º - a apreciação das contas e relatório da Direção e os actos dos corpos gerentes; 4º - a admissão ou rejeição de sócios honorários e beneméritos; 5º - a expulsão dos sócios ou clubes filiados, incursos nesta penalidade em harmonia com o disposto no § único e alínea a) do Artigo 52º; § único - A expulsão deve ser precedida de audiência do sócio ou clube acusado (este representado pelo seu delegado ou pelo seu secretário); 6º - A decisão da dissolução da Associação.
Artigo 15º - Em qualquer assembleia-geral da Associação quando, até meia hora depois da fixada na convocação, se achem preenchidas as condições da constituição respetiva, o presidente declara aberta a sessão e dirige os trabalhos pela ordem seguinte: 1 - Expediente: a) leitura, discussão e aprovação da acta da sessão anterior; b) leitura da correspondência que diga respeito à sessão; 2 - Antes da ordem do dia: a) propostas e pequenas comunicações avulsas, para serem tomadas em consideração ou para serem submetidas à deliberação da assembleia na sessão seguinte. 3 – Ordem do dia: a) discussão e resolução dos assuntos indicados nos avisos convocatórios; b) admissão ou expulsão de sócios; c) explicações pedidas no decurso da sessão, e quaisquer assuntos da mesa. § 1º - Não pode exceder de meia hora o tempo destinado à parte denominada: antes da ordem do dia. § 2º - Se, decorrida meia hora depois da fixada nos avisos de convocação, se verificar a não existência de número suficiente de sócios para a sessão funcionar, é esta imediatamente encerrada.
Artigo 16º - Todos os sócios ou delegados de clubes filiados que façam parte de uma assembleia, podem usar da palavra, pedindo-a e obtendo-a, sobre os assuntos pendentes ou para fazer propostas ou comunicações. a) Sobre cada parte da ordem do dia, submetida à discussão, abre a mesa uma inscrição geral, para uso da palavra, pela ordem de pedidos. b) A ordem de inscrição só pode ser interrompida pela mesa, para quaisquer advertências ou informações, pelo relator do parecer em discussão, havendo-o , e para apresentação de requerimentos sobre essa discussão, que não serão fundamentados, devendo ser logo submetidos à votação de admissão, seguindo-se-lhe, quando aprovada esta última, a deliberação definitiva. c) Nenhum sócio pode fazer uso da palavra sem que o presidente lha tenha concedido, nem insistir um usar dela, não lhe tendo sido concedida, ou tendo-lhe sido retirada. d) Todos os oradores devem dirigir-se ao presidente, não sendo permitidos diálogos com outros sócios, nem da parte destes, interrupções ou interpelações aos oradores. e) É absolutamente proibido, e deve ser coibido imediatamente pelo presidente, usar de actos, frases, palavras ou alusões que importem injuria, ofendam o caracter e a dignidade da assembleia ou da Associação, ou perturbem a boa ordem, gravidade e legalidade das discussões.
Artigo 17º - Admitida qualquer proposta ou apresentado qualquer parecer à deliberação da assembleia, haverá sobre esse documento uma só discussão e votação, abrindo-se a primeira e recaindo a segunda sobre cada conclusão ou artigo desse parecer ou proposta. § único - As propostas de questão prévia, adiamento, emenda, aditamento ou substituições parciais, apresentadas durante a discussão de qualquer proposta ou parecer, entram, cumulativamente, em discussão com os documentos a que se referem; salvo contendo, importando ou constituindo assunto inteiramente novo, porque, nesse caso, a mesa não poderá admiti-las senão sob a forma de propostas independentes para seguirem os tramites regulares. a) As propostas de questão prévia, adiamento ou emenda, são votadas antes de todas as mais apresentadas no decurso da mesma discussão, incluindo aquela ou a parte daquela sobre que incidam. b) Os aditamentos só podem ser votados depois de aprovado o texto primitivo, e quando não fiquem prejudicados pela primeira votação. c) Segundo for aprovado ou não o texto primitivo, serão ou não consideradas como não prejudicadas as substituições.
Artigo 18º - A Direção far-se-á representar nas assembleias-gerais por um dos seus membros, único com direito a voto; todos os outros, porém, têm o direito de assistir e nelas tomar a palavra para defenderem os actos da sua gerência.
Artigo 19º - O modo de votar far-se-á pelo processo que a assembleia na ocasião indicar, sendo as eleições dos membros da Direção , da Assembleia-geral e dos Fiscais de Contas, feitas por meio de escrutínio secreto.
Artigo 20º - Em caso de necessidade, serão nomeados ad hoc pela assembleia-geral, presidente e secretários, para a constituição da mesa.
Artigo 21º - Compete ao Presidente convocar a assembleia-geral e dirigir os trabalhos, rubricar os livros principais da Associação, assinar os respetivos termos de abertura e encerramento, investir nos respetivos cargos da Associação, os sócios eleitos, assinando com eles os autos de posse, que mandará lavrar; e assinar, juntamente com o primeiro-Secretário, as actas da assembleia-geral. Compete ao primeiro-Secretário prover o expediente da mesa, lavrar os autos de posse e lavrar e assinar as actas. Compete ao segundo-secretário coadjuvar o primeiro-Secretário e substituí-lo nos seus impedimentos. § único - O Vice-Presidente substitui o Presidente.
CAPÍTULO IV – Direção
Artigo 22º - A Associação de Football de Lisboa é administrada por uma Direção eleita anualmente na segunda quinzena de maio em assembleia-geral e será composta de Presidente, dois Vice-Presidentes, Tesoureiro, dois Secretários e três Vogais, em pleno gozo de direitos. São igualmente nomeados cinco suplentes, para os casos de impossibilidade dos membros efetivos da Direção. § 1º - Os membros da Direção que se inscreverem como jogadores, serão imediata e definitivamente substituídos nos seus cargos, durante o resto do ano, pelos suplentes da Direção. § 2º - As vagas que se derem a mais de cinco, serão preenchidas por eleição da assembleia-geral extraordinária, convocada para esse fim, continuando, entretanto, os restantes membros da Direção a administrar a Associação. § 3º - Os diretores em exercício têm poderes iguais e são solidariamente responsáveis.
Artigo 23º - Compete à Direção: 1º - representar legalmente a Associação em todos os seus actos; 2º - administrar os fundos da Associação e zelar os seus interesses; 3º - organizar a escrituração da receita e despesa, patenteando um balancete mensal e os livros respetivos para serem examinados pelos sócios e representantes dos clubes filiados nos termos do nº 5, do Artigo 38º; 4º - apresentar na assembleia-geral ordinária o resumo de toda a escrituração da receita e despesa do ano respetivo e um relatório de todo o movimento da Associação; 5º - apresentar à assembleia-geral todas as propostas tendentes ao desenvolvimento da Associação ou proposta de reforma dos presentes Estatutos; 6º - a rigorosa aplicação, na parte que lhe compete, das penalidades impostas no Capitulo oitavo; 7º - fazer os regulamentos dos campeonatos, taças e quaisquer outras provas de sua iniciativa e mais regulamentos que julgue necessários para ordem e prosperidades da Associação, os quais só poderão ser postos em vigor depois do sancionamento pela assembleia-geral; 8º - cumprir e fazer cumprir os Estatutos, regulamentos e determinações da assembleia-geral; 9º - consultar os Fiscais de Contas e requerer a convocação da assembleia-geral, sempre que o julgue conveniente; 10º - fazer entrega dos haveres da Associação, no prazo de oito dias, depois das eleições, à Direção que lhe suceder, mediante documento, exarado na acta de posse, de tudo quanto conste o ativo da Associação; 11º - prestar todos os esclarecimentos e toda a coadjuvação aos outros corpos gerentes.
Artigo 24º - A todos os membros da Direção cumpre comparecer às sessões que deverão realizar-se semanalmente, e desempenhar cabalmente o serviço para que forem nomeados, devendo justificar as suas faltas por escrito. § único – Qualquer membro da Direção que faltar sem motivo justificado a três sessões seguidas é considerado demitido.
Artigo 25º - A Direção não pode ser constituída por jogadores inscritos, nem por mais de um sócio de qualquer clube filiado.
Artigo 26º - Todos os cargos da Direção podem ser elegíveis por reeleição.
Artigo 27º - O cargo de membro da Direção é incompatível com qualquer outro da Associação.
Artigo 28º - Compete ao Presidente da Direção: 1º - determinar semanalmente os dias em que devem ter lugar as sessões da Direção; 2º - abrir e fechar as sessões; 3º - dirigir e encaminhar os trabalhos; 4º - assinar com os demais membros as actas das sessões a que assista; 5º - assinar os balancetes mensais.
Artigo 29º - Compete ao Tesoureiro: 1º - arrecadar as receitas da Associação; 2º - efetuar todos os pagamentos devidamente autorizados pelo primeiro-Secretário; 3º - fazer toda a escrituração da Associação, abrindo todos os livros necessários, devendo o livro Caixa estar sempre em dia; 4º - apresentar mensalmente um balancete sobre a situação financeira da Associação, assinando-o com o Presidente e com o primeiro-Secretário; 5º - depositar em um estabelecimento bancário de reconhecido crédito as quantias apuradas e que não sejam necessárias à Associação, não podendo, contudo, ter em seu poder quantia superior a 20$000 reis; 6º - assinar com os demais membros as actas das sessões a que assista.
Artigo 30º - Compete ao primeiro-Secretário: 1º - lavrar e assinar com os demais membros da Direção, as actas das sessões a que assista; 2º - fazer o serviço de correspondência e mais expediente, organizando-o de forma prática e inteligível; 3º - organizar e assinar com o Presidente e o Tesoureiro os balancetes mensais; 4º - organizar e enviar anualmente a todos os sócios e clubes filiados um relatório das contas e actos da gerência, oito dias antes da realização da assembleia-geral ordinária.
Artigo 31º - Compete ao segundo-Secretário e aos Vogais: discutir, votar e assinar as actas das sessões a que compareçam conjuntamente com os demais membros da Direção, auxiliando-os e substituindo-os no seu impedimento.
Artigo 32º - Compete aos Vice-Presidentes auxiliarem o Presidente e substituírem-no no seu impedimento, por ordem de número de votos.
CAPÍTULO V – Fiscais de Contas
Artigo 33º - Adjunto à Direção haverá três fiscais de contas.
Artigo 34º - As suas atribuições, são: 1º - examinar as contas mensais da Direção e visá-las conjuntamente quando estejam devidamente organizadas; 2º - examinar as contas anuais e o relatório da Direção, e sobre elas apresentar o seu parecer à assembleia-geral; 3º - advertir à Direção qualquer contravenção dos Estatutos e regulamentos e aconselhá-la em todos os assuntos em que sejam consultados ou quando julguem que a sua opinião deve ser ouvida; 4º - requerer a convocação da assembleia-geral, quando o julgue conveniente; 5º - reunir pelo menos uma vez por mês para exercerem especialmente as atribuições constantes do número um deste artigo.
Artigo 35º - Os Fiscais de Contas são eleitos na assembleia-geral anual ordinária, da mesma forma que a Direção.
Artigo 36º - O cargo de Fiscal de Contas é incompatível com qualquer outro da Associação.
CAPÍTULO VI – Sócios da Associação: seus direitos e deveres
Artigo 37º - Os sócios fundadores e contribuintes pagam para o cofre da Associação uma quota semestral de 500 reis. Os sócios eventuais concorrem para o mesmo cofre com a quantia de 100 reis por cada época de jogo. a) Os semestres são contados de 1 de janeiro a 30 de junho e de 1 de julho a 31 de dezembro. b) Os indivíduos admitidos como sócios na segunda quinzena de junho ou dezembro só são obrigados ao pagamento da quota relativa ao semestre seguinte.
Artigo 38º - Os sócios contribuintes têm direito: 1º - a assistir a todas as assembleias da Associação, tomando parte nas discussões e com direito a votar e ser votado; 2º - a receber gratuitamente um exemplar de todos os relatórios, regulamentos e mais impressos que a Associação fizer; 3º - a propor, em assembleia geral, todos os alvitres tendentes ao desenvolvimento e prosperidade da Associação; 4º - a eleger os corpos gerentes da Associação e para eles ser eleito, conforme os artigos vinte e dois e vinte e cinco; 5º - examinar as contas da receita e despesa, na forma do preceituado no número três, do artigo vinte e três; 6º - a aprovar, impugnar e discutir em assembleia-geral, todos os actos dos corpos gerentes; 7º - a formular quaisquer propostas sobre a modificação dos Estatutos, dirigindo-as à Direção da Associação ou à comissão de reforma dos Estatutos, quando esta exista; 8º - a reclamar contra a admissão de qualquer sócio. § único - Esta reclamação, devidamente fundamentada, será feita por escrito e dirigida à Direção.
Artigo 39º - Os sócios eventuais só têm direito a serem inscritos como jogadores do Clube a que pertençam. Não podem, porém, ser inscritos por dois Clubes, na mesma época de jogo.
Artigo 40º - Os sócios honorários e beneméritos têm direito às mesmas regalias, concedidas aos sócios contribuintes, exceto as consignadas nos números quarto e sétimo e sem direito a voto.
Artigo 41º - Os sócios correspondentes são isentos de pagamento de quota e só têm o único direito de receber todos os impressos, mapas, relatórios, leis de jogo, regulamentos, etc., publicados pela Associação.
Artigo 42º - Os deveres dos sócios, são: 1º - Pagar adiantada e integralmente a sua quota. a) O sócio que deixar de satisfazer o pagamento da sua quota por não lhe ser apresentado o recibo em devido tempo, dará, querendo, conhecimento desse facto, por escrito, ao Secretário. b) A falta de pagamento de quota, dentro dos dois primeiros meses de cada semestre, implica a perda de todos os direitos de sócio. 2º - Acatar e cumprir os Estatutos, regulamentos e as resoluções da assembleia-geral e da Direção. 3º - Promover, por todos os meios ao seu alcance, o desenvolvimento e renome da Associação.
CAPÍTULO VII – Clubes filiados
Artigo 43º - Consideram-se como Clubes filiados as associações desportivas existentes em Lisboa, legalmente organizadas, contribuindo com a quotização anual de 3$000 reis. § único - À semelhança dos sócios fundadores da Associação, serão considerados como clubes fundadores os que, tendo sido convidados pela comissão organizadora da Associação, tenham, desde logo, aderido à sua fundação.
Artigo 44º - A filiação é feita por meio de proposta assinada pelos representantes idóneos de dois clubes já filiados, e pelo Secretário do clube que se propõe, e deve conter: título e sede do clube, nome completo do Secretário e respetiva morada, cores do fardamento e local do campo, se o tiver, e, quando não tenha, declarar isso mesmo.
Artigo 45º - Os clubes são obrigados ao pagamento da taxa de inscrição, como filiados, correspondente ao ano civil em que se inscreveram, quando essa inscrição se realize até 31 de outubro. a) O ano civil decorre de 1 de janeiro a 31 de dezembro.
Artigo 46º - O pagamento das anuidades seguintes à primeira, é obrigatório dentro do mês de maio.
Artigo 47º - No primeiro ano de filiação, os clubes são obrigados a acompanhar a sua proposta da importância da quota anual, estipulada no artigo quarenta e três. a) Quando seja rejeitada a inscrição de qualquer clube, ser-lhe-á restituída a importância da quota.
Artigo 48º - Os clubes são obrigados a participar a mudança de sede e de Secretário, indicando precisamente as novas moradas e nomes.
Artigo 49º - Cada clube legalmente filiado, tem coletivamente os direitos de um sócio contribuinte da Associação para o que se fará representar em todas as assembleias-gerais por um delegado, nas condições do número um, do artigo sétimo.
Artigo 50º - Além dos direitos conferidos aos sócios contribuintes, os clubes filiados têm mais o direito de reclamar contra a admissão de qualquer clube que suponham prejudicial à Associação. § único – Esta reclamação, devidamente fundamentada, será feita por escrito e dirigida à Direção da Associação.
Artigo 51º - Todos os clubes que possuam campos próprios para os jogos da Associação, devem-nos pôr à disposição da mesma Associação, para os desafios oficiais, de acordo com as disposições regulamentares estatuídas nos respectivos regulamentos, acatando o melhor possível as resoluções da Associação.
CAPÍTULO VIII – Penalidades
Artigo 52º - Todos os sócios ou clubes filiados, transgressores das leis expostas nos Estatutos e regulamentos da Associação, ou que a sua conduta seja irregular, serão punidos com as seguintes penalidades: 1º - repreensão; 2º - suspensão até trinta dias; 3º - suspensão por uma época; 4º - suspensão por dois anos; 5º - expulsão. § único - Quando a expulsão não seja aprovada por dois terços dos membros da Direção, será julgada em assembleia-geral. a) A expulsão de um clube filiado, só pode ser aplicada pela assembleia-geral da Associação, mediante proposta da Direção.
Artigo 53º - Os sócios ou os clubes filiados, não podem tomar parte em jogos de football com sócios ou clubes filiados castigados com suspensão temporária ou expulsos da Associação, sob pena de incorrerem em falta que a Direção da Associação punirá. § único – Todo o sócio ou clube filiado, expulso da Associação, só pode ser readmitido em assembleia-geral.
CAPÍTULO IX – Disposições gerais
Artigo 54º - Todas as taças instituídas para as diferentes provas organizadas pela Associação, terão a sua disputa estabelecida por regulamentos especiais.
Artigo 55º - A receita da Associação é ordinária e extraordinária. § 1º - A receita ordinária consiste: 1º - nas quotas dos sócios e clubes filiados; 2º - na venda dos regulamentos e outros impressos; 3º - nas taxas de inscrição dos clubes concorrentes às taças. § 2º - A receita extraordinária consiste: 1º - no produto de quaisquer festas promovidas nem benefício da Associação; 2º - na parte que lhe compita quando as entradas nos campos forem pagas.
Artigo 56º - Em caso de dissolução da Associação, será convocada uma assembleia geral, que só poderá reunir comparecendo três quartas partes de sócios contribuintes e clubes filiados, representados pelos seus delegados com poderes especiais. § 1º - Sendo necessária segunda reunião, por não ter comparecido à primeira o número exigido de sócios e representantes de clubes filiados, será convocada para oito dias depois daquela e as deliberações serão válidas comparecendo metade do número de sócios e representantes dos clubes filiados. § 2º - Sendo necessária terceira reunião as decisões serão válidas qualquer que seja o número presente de sócios ou delegados dos clubes filiados.
Artigo 57º - Para o caso previsto no artigo antecedente a assembleia resolverá qual a melhor forma de liquidação e o destino que deverá ter o dinheiro que existir no cofre da Associação ou em depósito.
Artigo 58º - Nos casos omissos a assembleia-geral estatuirá.
A Comissão Organizadora da Associação de Football de Lisboa: Carlos Villar, Cosme Damião, Félix Bermudes, José Netto, Luiz Raul Nunes e Pedro Del Negro.
REGULAMENTO INTERNO DA ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DE LISBOA (composto de 6 Capítulos e 23 Artigos)
CAPÍTULO I - Sócios
Artigo 1º - A admissão de sócios contribuintes será sempre precedida da apresentação de uma proposta contendo o nome, idade, profissão e morada do proposto, indicando a que clube ou clubes de football pertence e datada e assinada pelo proposto e pelo sócio proponente. § 1º - Sempre que um sócio mude de clube, deverá participar essa mudança, e indicar o título do clube em que se filiar. § 2º - Estando a proposta regular e depois de ter estado patente aos sócios durante oito dias, pelo menos, será lida na primeira sessão da Direção, e logo votada a admissão ou rejeitada a candidatura, por votação nominal.
Artigo 2º - A rejeição será notificada ao proponente e a aprovação ao proposto.
Artigo 3º - Os sócios eventuais são propostos pelos clubes filiados, sendo esta proposta assinada pelo secretário do clube proponente.
Artigo 4º - Os sócios entram em gozo dos seus direitos logo que paguem a quota relativa ao semestre em que sejam admitidos.
Artigo 5º - O sócio contribuinte pode passar à categoria de correspondente desde que, fixando residência fora de Lisboa, assim o comunique à Direção.
CAPÍTULO II - Assembleia-geral
Artigo 6º - O poder supremo da Associação de Football de Lisboa, reside na assembleia-geral.
Artigo 7º - Compete ao Presidente da assembleia-geral: 1º - convocar a assembleia-geral ordinária, no prazo marcado, conforme o § terceiro, do artigo décimo primeiro dos Estatutos, assim como as extraordinárias que lhe forem requeridas, conforme o § segundo, do artigo oitavo; 2º - abrir, suspender, reabrir e encerrar as sessões, fazendo manter sempre a ordem e regularidade dos trabalhos das mesmas; 3º - indicar quais as diversas partes da ordem do dia, logo que seja aberta a sessão respetiva, não devendo permitir que se discuta ou vote no decurso dessa sessão assuntos estranhos aos fins para que a assembleia foi convocada; 4º - receber e dar conhecimento à assembleia, por intermédio do primeiro-secretário, de toda a correspondência recebida; 5º - receber na mesa todas as propostas e mais documentos que lhe sejam enviados e dar conhecimento deles à assembleia, sempre que estejam redigidos corretamente; 6º - propor e resumir quaisquer questões em debate e esclarecer o ponto sobre que deve recair a votação ou a consulta, não dando a palavra sobre o modo de propor ou de votar antes da sua indicação; 7º - recusar a palavra a qualquer sócio que sobre o assunto em discussão já tenha usado ela por três vezes, excetuando apenas os relatores de comissões especiais e os membros da Direção e Fiscais de Contas, aos quais terá de dar a palavra sempre que eles a solicitem; a) os membros da Direção, quando falem em nome desta, os Fiscais de Contas, os relatores de comissões especiais na matéria que esteja em discussão, e os autores de propostas já admitidas, interrompem a ordem de inscrição dos oradores e têm a palavra de preferência aos sócios e delegados inscritos, sem que de modo algum estes deixem de falar, a não ser por desistência, depois das interrupções permitidas por este número; 8º - fazer inscrever pela devida ordem os sócios que pedirem a palavra, concedendo-lha na sua altura, ou recusando-lha nos termos do número anterior; 9º - se alguma sessão da assembleia-geral se tornar tumultuosa, poderá o presidente, depois de ter procurado serenar os ânimos e manter a ordem, dar os trabalhos por findos; 10º - não admitir proposta alguma referente a assunto já resolvido; 11º - exigir que as propostas ou requerimentos para a mesa sejam por escrito; 12º - entrar em qualquer discussão que se suscite em assembleia-geral, fazendo-se substituir pelo primeiro-secretário, sempre que tenha de o fazer; 13º - ter voto de qualidade no desempate de qualquer votação da assembleia a que presidir; 14º - assistir à posse dos corpos gerentes eleitos, que será dentro de oito dias, devendo, para isso, designar o dia e a hora; 15º - rubricar e fazer termos de abertura e encerramento do livro de actas da assembleia-geral; 16º - assinar os avisos para a assembleia-geral.
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Artigo 8º - Compete ao primeiro-secretário: 1º - fazer a leitura das actas e de todas as propostas e mais documentos mandados para a mesa; 2º - redigir e assinar com o presidente, no livro competente, as actas de todas as sessões; 3º - assinar todo o expediente da mesa.
Artigo 9º - Compete ao segundo-secretário: 1º - coadjuvar e substituir na sua falta ou impedimento o primeiro-secretário; 2º - tomar nota dos documentos apresentados à mesa e das votações realizadas, assim como de todo e qualquer incidente que se dê no decurso da sessão e que pela sua importância deva figurar na acta; 3º - inscrever pela sua ordem os sócios e delegados que pediram a palavra.
CAPÍTULO III - Direção
Artigo 10º - A direção não poderá deliberar sem que esteja presente a maioria relativa dos seus membros.
Artigo 11º - Das sessões da Direção lavar-se-ão actas em livro especial, numerado e rubricado pelo presidente. As actas poderão ser assinadas por todos quantos assistirem às reuniões.
Artigo 12º - Às reuniões da Direção é aplicável todo o disposto no artigo sétimo e seus derivados.
Artigo 13º - Quando a Direção o entenda ou qualquer membro da mesma julgue conveniente, poderão ser convidados para assistir às reuniões os Fiscais de Contas, os membros de qualquer comissão ou qualquer outro sócio, podendo usar da palavra, mas só tendo voto consultivo.
Artigo 14º - Compete ao presidente, além do exarado nos Estatutos, rubricar todos os livros de escrita da Assembleia e assinar os termos respetivos de abertura e encerramento.
Artigo 15º - Compete ao tesoureiro: 1º - ficar responsável por todos os haveres da Associação; 2º - mandar proceder à cobrança da receita da Associação, depois de assinada pelo primeiro-secretário.
Artigo 16º - Compete ao primeiro-secretário: 1º - fazer publicar no jornal que for considerado órgão oficial, datas, horas e locais onde se realizam os desafios de football, inscrições de jogadores, resultados dos desafios e tudo quanto julgar conveniente e de interesse para os sócios e clubes filiados. a) Todas as comunicações oficiais feitas nos jornais serão publicadas com o título Associação de Football de Lisboa, e subtítulo Comunicações oficiais; 2º - participar, independentemente das comunicações nos jornais, por escrito e pelo menos três dias antes, a todos os clubes, a hora e o campo em que devem realizar-se os seus desafios; 3º - marcar um dia por semana (durante a época de football) para atender e esclarecer todos os delegados dos clubes filiados no que eles desejarem; 4º - dar conta, em reunião da Direção, da correspondência recebida e expedida e de todo o expediente havido no espaço que medeia entre duas reuniões; 5º - organizar uma escrita completa para registro de sócios e de clubes filiados, com os seus nomes, pronomes e apelidos, datas de entrada e de saída, inscrevendo todas as observações que entender necessárias ou importantes; 6º - escriturar um livro especial com todo o movimento de jogadores, desafios em que entrarem, comportamento, etc., e tudo quanto interesse a parte desportiva da Associação.
Artigo 17º - Compete ao segundo-secretário: 1º - preencher as quotas de todos os sócios e clubes filiados; 2º - coadjuvar em todos trabalhos e especialmente em todo o expediente, o primeiro-secretário, substituindo-o no seu impedimento.
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CAPÍTULO IV - Clubes filiados
Artigo 18º - Além dos direitos que lhes confere o Artigo quinquagésimo dos Estatutos, cada clube filiado, quando inscrito para jogar, tem mais os direitos seguintes: 1º - apresentar à Direção qualquer reclamação sobre o jogo. a) Esta reclamação tem de ser feita por escrito, dentro de vinte e quatro horas depois do desafio, sobre que verse a sua reclamação. 2º - a indicar ao secretário da Direção da Associação de Football de Lisboa o nome de todos os indivíduos que julgue habilitados a exercerem o lugar de juiz de campo, indicando, ao mesmo tempo, a morada respetiva, sem, contudo, a comissão de juízes de campo ser obrigada a aceitá-los.
CAPÍTULO V - Juízes de campo
Artigo 19º - Para auxiliar a Direção na parte técnica funcionará, agregado à mesma, uma comissão de juízes de campo.
Artigo 20º - Para esta comissão haverá um regulamento especial, incluído no regulamento geral do jogo de football.
Artigo 21º - Os primeiros juízes de campo da Associação que formarem esta comissão serão escolhidos pela Direção da Associação, que terá em mira selecionar indivíduos dentre os que melhores aptidões tenham demonstrado em arbitrar desafios de primeiras categorias.
Artigo 22º - A comissão assim organizada, por sua vez proporá à Direção da Associação novos juízes. a) Os clubes filiados poderão indicar à Direção da Associação alguns nomes de indivíduos que julguem competentes para exercer o lugar de juiz, sem, contudo, a comissão respetiva ser obrigada a aceitá-los.
CAPÍTULO VI - Disposições gerais
Artigo 23º - Para a disputa das taças e assuntos respeitantes ao jogo de football é elaborado um regulamento especial, intitulado Regulamento Geral do Jogo de Football.
REGULAMENTO GERAL DO JOGO DE FOOTBALL (composto de 32 artigos)
Desafios
Artigo 1º - Todos os desafios de football association, jogados em Lisboa, entre os clubes filiados, devem ser disputados sob os regulamentos da Associação, os quais compreendem: desafios de campeonato, de treino, nacionais ou internacionais.
Campeonatos e taças oficiais
Artigo 2º - A Associação reconhece e organiza os campeonatos de Lisboa de primeira, segunda e terceira categorias e o campeonato interescolar (4ª categoria).
Artigo 3º - A cada um dos campeonatos corresponde como prémio uma taça que terá a sua disputa regulada especialmente, havendo ainda para a primeira categoria um prémio de honra de caracter perpétuo intitulado Taça Lisboa, destinado ao campeonato respetivo.
Inscrição
Artigo 4º - Os clubes filiados que queiram tomar parte nos campeonatos, devem inscrever-se, para esse fim, de dez a trinta de setembro. As inscrições devem indicar as categorias a que o clube concorre, os nomes dos jogadores (pelo menos onze), respeitantes a cada categoria; nomes dos capitães e respetivas moradas, acompanhando as inscrições das importâncias das taxas, que vão mencionadas nos suplementos a este regulamento e correspondentes a cada categoria, e da importância relativa à quota de cada jogador (sócio eventual). Toda a inscrição que não seja feita no tempo devido, ou não seja acompanhada da respetiva taxa, não será aceite. Os jogadores inscritos numa categoria não podem, na mesma época, jogar em categoria inferior. Durante a época podem os clubes inscrever novos jogadores, que deverão ser propostos nos termos do artigo terceiro do regulamento interno, acompanhando essa proposta da quota respetiva. Os jogadores só podem entrar em desafios oficiais, quarenta e oito horas depois de entregue a proposta na secretaria da Associação.
Qualificação dos jogadores
Artigo 5º - As qualificações dos jogadores numa determinada categoria, estão sujeitas à aprovação da Direção, podendo os clubes filiados apresentar sobre essa qualificação qualquer protesto que a Direção julgará.
Calendário do jogo
Artigo 6º - A Direção da Associação elaborará, depois de encerrada a inscrição, e de acordo com os clubes proprietários dos campos, um calendário fixando os campos, dia e hora em que terão de se efetuar os desafios.
Penalidades
Artigo 7º - Todo o grupo que não compareça no campo, no dia e hora marcado para o jogo, será considerado em falta e declarado vencido. As penalidades seguintes poderão ser aplicadas contra o grupo que cometa esta infração. a) em caso de reincidência, o grupo em falta será suspenso de jogar ou ainda excluído por completo. Neste caso, todo os desafios que ele tenha ainda a jogar serão contados como vitórias pelos grupos adversários. b) quando falte à hora marcada, além de perder o desafio, será condenado a pagar uma indemnização pelas despesas feitas para a realização do desafio. A importância desta indemnização será fixada pela Direção.
Artigo 8º - Só em caso de força maior se pode fazer jogar novamente um desafio. Os casos de força maior são: terreno excessivamente enlameado, chuva demasiada ou duma forma geral, todas as circunstâncias que impossibilitem a organização material do jogo.
Artigo 9º - Caso sejam os dois grupos que não compareçam incorre cada um na perda do desafio, isto é, é-lhes marcada uma derrota, e em partes iguais pagarão uma indemnização pelas despesas feitas para a realização do desafio. Esta importância será arbitrada pela Direção da Associação.
Juízes de campo
Artigo 10º - Os juízes de campo constituem uma comissão especial composta pelos indivíduos nomeados nos termos do artigo vigésimo primeiro e vigésimo segundo do regulamento Interno.
Artigo 11º - A primeira reunião será marcada, na época 1910/1911, pelo secretário da Associação e nas épocas seguintes pelo secretário da comissão dos juízes, e terá por fim eleger dentre os seus comissionados a Direção da dita comissão que será composta por um presidente, um vice-presidente e dois secretários. Esta Direção será eleita anualmente, podendo, porém, ser reeleita.
Artigo 12º - Compete à Direção da comissão de juízes de campo: 1º - nomear os juízes para os desafios a realizar, conforme as notas enviadas pelo secretário da Associação, não devendo ser nomeado nenhum individuo que pertença a qualquer dos clubes, entre os quais se realize o desafio. 2º - reunir todas as semanas, pelo menos uma vez, à quarta-feira. 3º - organizar um processo de qualquer reclamação sobre questão de jogo que será discutido e resolvido por maioria dos juízes reunidos. 4º - entregar a cada juiz nomeado para arbitrar um desafio, um boletim no qual o juiz indicará claramente a data, horas e campo em que se realize o desafio, resultado do mesmo, nomes completos dos jogadores e outras informações do jogo.
Artigo 13º - As decisões do juiz de campo são soberanas e absolutamente indiscutíveis durante o desafio para os jogadores nele empenhados.
Artigo 14º - Um membro da Direção da Associação de Football de Lisboa, nunca poderá exercer o lugar de juiz de campo.
Artigo 15º - Os juízes são obrigados: 1º - a cumprir e aplicar as leis do jogo Association adotados pela Associação e todos os regulamentos da Associação de Football de Lisboa. 2º - a enviar ao secretário da Associação o boletim fornecido pela Direção da comissão no prazo de quarenta e oito horas, devidamente preenchido. 3º - a comparecer no campo munido do material necessário para o bom desempenho do seu cargo, um quarto de hora antes da hora marcada para começo do desafio. 4º - a comparecer às reuniões de juízes marcadas pela Direção da comissão. 5º - a comunicar por escrito qualquer incorreção dos jogadores.
Artigo 16º - Todo o juiz de campo que faltar a um desafio sem se fazer substituir por outro juiz oficial ou sem ter participado a sua falta pelo menos vinte e quatro horas antes da hora marcada para o desafio, incorre nas penalidades instituídas no Capítulo oitavo dos Estatutos. No caso de o juiz designado não comparecer, cada um dos capitães dos grupos em campo deverá escolher um juiz, e a sorte designará qual dos dois arbitrará o desafio. Se, porém, se encontrar no campo algum juiz oficial será ele escolhido de preferência a todos. Nenhum grupo pode recusar-se a jogar pretextando a ausência do juiz oficialmente nomeado.
Artigo 17º - Antes do desafio o juiz deve tomar nota dos nomes dos jogadores de ambos os grupos. Todo o grupo que apresente em campo um ou mais jogadores que não estejam devidamente inscritos perderá o jogo sendo dada a vitória ao seu adversário. No caso de reincidência o grupo que cometia essa infração será eliminado, nessa época de jogo, de todas as provas organizadas pela Associação. A Direção da Associação ou a comissão de juízes de campo pode fazer-se representar em cada desafio por um dos seus membros, cujas atribuições, porém, são limitadas à organização dos encontros e à aplicação dos regulamentos.
Duração dos desafios
Artigo 18º - A duração de cada partida é de uma hora e trinta minutos, dividida em duas partes de quarenta e cinco minutos. No caso de se encontrarem, em campo, dois grupos com igual número de pontos, e em desafio final, e que ao cabo do tempo acima marcado estejam empatados, o juiz deverá fazer prolongar o jogo por mais trinta minutos, ou seja quinze de cada lado. O grupo que se recuse jogar este tempo será considerado vencido. Entretanto, se depois deste prolongamento não houver melhor resultado, o desafio será adiado para outro dia, em que continuará com a mesma disposição. Este desafio será jogado em campo previamente tirado à sorte pela Direção da Associação na presença de um representante de cada um dos clubes empatados.
Artigo 19º - Cada grupo deve apresentar-se no campo com uma bola em bom estado; o juiz designará qual a que servirá em primeiro lugar.
Cores das equipes
Artigo 20º - Os juízes de campo deverão verificar se os jogadores se apresentam devidamente equipados e com as cores do clube a que pertençam. Todo o jogador, contraventor desta disposição, não poderá tomar parte do desafio. Ao goal-keeper é permitido usar camisola de abafo, mas somente branca. Nenhum clube poderá inscrever-se com equipes (equipamento) já adaptadas por outro clube filiado na Associação.
Boletins dos resultados
Artigo 21º - Os boletins dos resultados devem ser enviados à Direção da Associação no prazo de quarenta e oito horas depois do desafio. Devem ser assinados pelo juiz de campo devendo conter a data, a hora a que começou e terminou o desafio, campo onde ele se realizou, os nomes, pronomes e apelidos dos jogadores; resultado e observações sobre o decorrer do jogo e indicar se houve infrações aos regulamentos.
Classificação final
Artigo 22º - Os campeonatos de Lisboa serão disputados em poules, havendo uma lista de classificação, sendo declarado vencedor o grupo que tenha alcançado o maior número de pontos. Em poule o cálculo dos pontos faz-se da maneira seguinte: Uma partida ganha vale dois pontos para o vencedor e uma partida empatada representa um ponto para cada um dos adversários. No caso de igualdade de pontos, entre os grupos melhor classificados no final da época efetuar-se-ão novos desafios para apurar o vencedor.
Artigo 23º - Concorrendo a qualquer campeonato mais de oito grupos, deverá a Direção da Associação dividir os desafios em duas ou mais séries com o máximo de oito grupos cada série, de forma a apurar pelo sistema de poules o vencedor de cada série. Os vencedores das diferentes séries terão de bater-se pelo sistema de eliminatórias para se apurar o campeão da categoria. Caso se inscrevam nos campeonatos, clubes com sede fora da cidade de Lisboa, e que por esse motivo, não possam tomar parte nas séries por poules, a Direção da Associação resolverá como melhor entender.
O campo de jogo
Artigo 24º - O campo de jogo deve ter as medidas regulamentares (mínimos internacionais) e achar-se devidamente marcado, conforme as regras de Football Association, adotadas pela Associação.
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Artigo 25º - É facultativo aos clubes estabelecerem entradas pagas nos seus campos para assistir aos desafios marcados pela Associação, não podendo, porém, nenhum clube recusar-se a jogar quando as entradas sejam pagas. a) A Direção da Associação estabelecerá, de acordo com o clube proprietário do campo, os preços das entradas, e regulará dum modo prático e eficaz a fiscalização das receitas e despesas relativas aos jogos; b) A receita líquida será dividida em cinco partes, a saber: duas partes para o clube proprietário do campo em que se realiza o desafio, uma parte para cada adversário e uma parte para o cofre da Associação de Football de Lisboa. c) As despesas a desviar da receita bruta só podem ser: policiamento do campo, pessoal e imposto do selo. d) Os corpos gerentes da Associação e os sócios honorários têm entrada livre nos campos onde se realizem os desafios da Associação com entradas pagas. e) Os clubes filiados na Associação não podem tomar parte em desafios, com entradas pagas, organizados por entidades estranhas à Associação.
Disposições gerais
Artigo 26º - No interesse do desporto e em respeito pelo público que assiste aos desafios, os capitães dos grupos devem proibir aos seus jogadores o emprego de todas as expressões grosseiras e de palavras contrárias às conveniências. Os jogadores devem ter sempre uma conduta própria e decente. Os juízes deverão prestar a este assunto a máxima atenção e dar conhecimento à Associação, que penalizará os jogadores contraventores destas recomendações. Os juízes deverão igualmente indicar à Associação os jogadores que, no decurso de uma partida, usarem da violência, praticando actos de brutalidade. A Direção da Associação inquirirá cada vez que estas participações lhe forem feitas, e deve aplicar as penas mais severas, podendo ir até à expulsão, àqueles que forem apontados pelos juízes como incorretos e indelicados.
Artigo 27º - Os desafios devem começar à hora marcada, a qual se entende ser a hora para dar começo ao desafio. Um grupo considera-se constituído logo que tenha oito jogadores em campo, podendo durante o desafio entrar os restantes jogadores que componham o grupo.
Artigo 28º - Os desafios de football são sempre jogados conforme as regras adaptadas pela Associação.
Artigo 29º - No final de cada época a Direção da Associação organizará um desafio a favor da Assistência Pública.
Artigo 30º - Nos jogos pelo sistema de poule todos os grupos de cada categoria terão de bater-se duas vezes com cada um dos outros grupos dessa categoria, devendo ser tanto quanto possível em campos diferentes os dois desafios.
Artigo 31º- As cores representantes da Associação de Football de Lisboa são: camisa metade azul e metade branca com as iniciais “AFL” ao lado esquerdo e calção branco.
Instituições escolares
Artigo 32º - Todas as disposições atrás expostas são aplicadas à quarta categoria: Instituições Escolares.
SUPLEMENTO AO REGULAMENTO GERAL DE FOOTBALL (composto de 12 artigos)
REGULAMENTO DAS TAÇAS
Generalidades
Artigo 1º - O clube que ganha uma taça, conserva-a em seu poder durante um ano (não havendo disposição em contrário no Regulamento especial dessa taça) e o seu nome é nela gravado.
Artigo 2º - No fim de cada ano, quinze dias antes, do último desafio da taça, deve esta ser entregue na secretaria da Associação, caso não tenha sido ganha definitivamente.
Artigo 3º - Quando um clube deixe de pertencer à Associação deve imediatamente entregar à mesma, qualquer taça que esteja na sua posse provisória.
Artigo 4º - As taças da Associação são disputadas em conformidade com o Regulamento geral do jogo de football.
Taça Lisboa
Artigo 1º - Esta taça é perpétua e será disputada pelos clubes que concorrerem ao campeonato de Lisboa e só a título de honra fica na posse provisória do clube que vencer o campeonato de primeira categoria.
Taça da primeira categoria
Artigo 1º - Esta taça é disputada pelos primeiros grupos dos clubes filiados na Associação que se inscrevam no campeonato respetivo e ficará na posse do clube que ganhe três anos consecutivos.
Artigo 2º - A taxa de inscrição para esta taça é de 4$000 reis, para cada clube.
Taças de segunda e terceira categorias
Artigo 1º - Estas taças serão unicamente disputadas pelos segundos e terceiros grupos dos clubes que concorram ao campeonato de Lisboa (primeiros grupos) e ficam na posse dos clubes que as ganharem em três anos consecutivos.
Artigo 2º - A taxa de inscrição para a taça de segunda categoria é de 3$000 reis para cada clube: para a taça de terceira categoria 2$000 reis.
Artigo 3º - Os jogadores de segunda e terceiros grupos que tenham jogado mais de uma vez por um grupo de categoria superior àquele de que fazem parte, em desafios dos campeonatos da Associação disputados em poule, uma só vez, quando esses campeonatos se façam por eliminatórias, ficam desqualificados para jogar pelo grupo a que pertenciam e para todos os de categoria inferior nessa época de jogo. a) A transgressão deste artigo implica a vitória para o adversário, além de procedimento contra o jogador transgressor. § único - qualquer jogador de terceira categoria que jogue uma vez pela primeira fica logo classificado em segunda categoria.
Artigo 4º - O calendário destas taças é o mesmo do campeonato de Lisboa (primeiros grupos). a) Jogando-se todos os desafios, sempre que seja possível, no mesmo campo, podem ser marcados para horas sucessivas.
Taça da quarta categoria
Artigo 1º - Esta taça é instituída para ser disputada pelas instituições Escolares filiadas na Associação e ficará na posse da Instituição que a obtenha três anos consecutivos.
Artigo 2º - A taxa de inscrição para esta taça é de 2$000 reis, para cada Instituição Escolar.
Artigo 3º - Os desafios deste campeonato duram sessenta minutos, divididos em duas partes de trinta minutos cada.
Assinam: Carlos Villar, Presidente; Luiz Raul Nunes, Secretário; e Félix Bermudes, Relator.
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ORGANIZADOS PELA ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DE LISBOA
ESCALÃO: 1ª CATEGORIA
O campeonato iniciou-se em 13 de Novembro de 1910 e era previsível terminar a 23 de abril de 1911, após se terem realizado 42 jogos.
ESTE ESCALÃO FOI COMPOSTO POR 7 CLUBES, OS QUAIS INSCREVERAM OS JOGADORES A SEGUIR INDICADOS. TAMBÉM SE IDENTIFICAM OS CAMPOS QUE APRESENTARAM PARA A PRÁTICA DA MODALIDE:
CLUB
INTERNACIONAL DE FOOTBALL – SÓCIO DA AFL Nº 4
Recinto próprio, na Quinta das Laranjeiras – A. H. Frisbek, Álvaro Salvação Barreto, Augusto Sabbo, Carlos Duff Burnay, Carlos Sobral, Cecil Barley, Eduardo Luiz Pinto Basto, F. Macedo Santos, H. Hunter, J. Barley, J. Johnson, J. Palma, João Clímaco Vale Fragoso, José Azevedo Castelo Branco, José Bello, José de Sousa Prego (capitão), Kruss Gomes, Mac Carthy, Merick Barley, Sydney Mascarenhas, Vítor Ryder e William Sissener.
LISBOA
FOOTBALL CLUB – SÓCIO DA AFL Nº 7
Recinto próprio, na Quinta dos Castelos, no Campo Grande – Alexandrino Simas Nunes, Amílcar Pinto, António Carvalho, António Tavares, Augusto Rebelo, Diamantino Goes, Diogo Pina Manique, Fernando Galhardo, Horácio Castle, James Eagleson, João Brazuna, João Fernandes, Joaquim Abreu, Joaquim Pires, José A. Oliveira, José Policarpo, José Santos, Júlio Silva, Luiz Fernandes, Luiz Mendes, Manuel Rodrigues, Manuel Santos, Raul Fonseca (capitão) e Rogério Guerreiro Oliveira,
SPORT CLUB
CAMPO D’OURIQUE – SÓCIO DA AFL Nº 2
Sem recinto próprio. Sede, na rua 4 de Infantaria – Álvaro Ferreira, Antero Breia, António Caldas, António Oliveira, Arnaldo Queiroz, Augusto Simões, Carlos de Abreu, Carlos J. Costa, Carlos Nunes, Florindo Tavares, Henrique Neto, Joaquim da Costa, José Gonçalves Pereira, José Mauro Gomes Palma, Júlio Simões, Manuel Pires, Manuel Santos, Miguel Simões, Ourique Dias da Silva, Pedro Mariano, Ricardo Del Negro (capitão) e Simplício Barreto.
SPORT CLUB
IMPÉRIO – SÓCIO DA AFL Nº 1
Recinto próprio, em Palhavã, no Parque Fontalva – Albano dos Santos, Alberto Dean, Albino Abranches, Alvim Abranches, Amadeu Barros, António Bento, António Borja Santos, Armando Macedo, Barreto Eduardo Freitas, Basílio Dantas, Charles Etur, Carlos Moniz Pereira, Damião Cannas, Daniel de Freitas, Décio Lopes, Jacob Eagleson, Joaquim Alves, Joaquim Travassos Lopes (capitão), José Ferreira, José Guimarães, Luiz Barreto, Manuel Martins e Manuel Maurício Rodrigues.
SPORT LISBOA
E BEMFICA – SÓCIO DA AFL Nº 3
Recinto próprio, na Quinta da Feiteira (Benfica) – Alfredo Machado, Álvaro Gaspar, António Bernardino Costa, António Meyrelles, Arthur José Pereira, Carlos Costa, Carlos Figueiredo, Cosme Damião (capitão), Domingos Fernandes, Félix Bermudes, Francisco Bellas, Germano de Vasconcelos, Henrique da Costa, Jorge Rosa Rodrigues, José Domingos Fernandes, Josué Carlos Correia, Leopoldo José Mocho, Luiz Francisco Vieira, Mário Monteiro, Romualdo Bogalho e Virgílio Lopes Paula.
SPORT UNIÃO
BELENENSE – SÓCIO DA AFL Nº 6
Sem recinto próprio – Amadeu da Cruz, Elyseu Ferreira, Francisco Bellas (capitão), Francisco Viegas, Herculano Marques, João Bellas, João Reis, Joaquim de Carvalho, Joaquim Martins, José Benjamim, José Carvalho, José de Almeida, José Hortense, José Maria, José Martins, José Simões, Júlio Martins, Júlio Rodrigues, Manuel da Silva, Manuel Gomes, Manuel Viegas, Salvador Ângelo, Seraphim Ignácio.
SPORTING CLUB
DE PORTUGAL – SÓCIO DA AFL Nº 5
Recinto próprio, no Sítio das Mouras, na Alameda do Lumiar – Amadeu Barros, António Bentes, António Couto de Abreu, António Rosa Rodrigues, António Stromp, António Vital, António Vítor, Augusto Bernaud Alves, Augusto Freitas, Cândido Rosa Rodrigues, Carlos Shirley, Custódio Duarte, Francisco dos Santos, Francisco Stromp, Frederico Cardoso Rosado Garcia, Humberto Borges Castro, Jayme Cadete, João Bentes (capitão), Joaquim Vital, Octávio Teixeira Bastos, Ruy Bastos e Vítor Ryder.
DATAS, JOGOS, CAMPOS, RESULTADOS, GOLOS E INCIDÊNCIAS
1ª VOLTA
JOGO Nº 2 – Em 13 de novembro de 1910 (domingo), 10H00 – LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (0-6), no campo da Feiteira. Árbitro: Cosme Damião (SLB). O desafio marcado para este dia foi adiado devido à chuva torrencial. Marcado para o dia 1 de dezembro (quarta-feira e feriado), para o mesmo campo e à mesma hora, com o Árbitro Francisco dos Santos (SCP), também não se realizou pelo mau tempo que se fazia sentir. Só se realizou em 19 de março de 1911, às 15H00, no campo da Quinta dos Castelos e com o Árbitro Daniel Queiroz dos Santos (SCP).
JOGO Nº 3 – Em 20 de novembro de 1910 (domingo), 10H00 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/LISBOA FOOTBALL CLUB (12-3), no campo do Lumiar. Árbitro António Rosa Rodrigues (SCP). O CIF alinhou, durante todo o desafio, com menos dois jogadores.
JOGO Nº 4 – Em 20 de novembro de 1910 (domingo), 14H00 – SPORT UNIÃO BELENENSE/SPORT LISBOA E BEMFICA (3-2), no campo da Feiteira. Árbitro: António Couto de Abreu (SCP). Ao intervalo 0-1. No decorrer do jogo, saiu do retângulo, um jogador do SLB e o seu golo foi marcado por Artur José Pereira.
JOGO Nº 5 – Em 27 de novembro de 1910 (domingo), 10H00 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (2-2), no campo do Lumiar. Árbitro: Cosme Damião (SLB).
JOGO Nº 6 – Em 27 de novembro de 1910 (domingo), 14H00 – SPORT CLUB IMPÉRIO/SPORT UNIÃO BELENENSE (0-0), no campo da Feiteira. Árbitro: Daniel Queiroz dos Santos (SCP). O SCI atuou na 1ª parte com 10 jogadores. No final do encontro verificou-se cenas de pancadaria entre jogadores e espetadores.
JOGO Nº 7 – Em 4 de dezembro de 1910 (domingo), 10H00 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/LISBOA FOOTBALL CLUB (V-FC), no campo do Lumiar. Árbitro: Eduardo Ferreira Luiz Pinto Basto (CIF). Ao LFC foi-lhe imputada derrota por ter apresentado somente 3 jogadores.
JOGO Nº 8 – Em 4 de dezembro de 1910 (domingo), 10H00 – SPORT LISBOA E BEMFICA/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (0-0), no campo da Feiteira. Árbitro: Daniel Queiroz dos Santos (SCP). Jogo com entradas pagas. Os sócios do SLB têm livre acesso ao jogo e podem levar consigo duas senhoras. À saída houve cenas de agressões entre espetadores.
JOGO Nº 9 – Em 11 de dezembro de 1910 (domingo), 12H00 – SPORT CLUB IMPÉRIO/SPORT LISBOA E BEMFICA (0-2), no campo do Lumiar. Árbitro: Eduardo Ferreira Luiz Pinto Basto (CIF). O resultado mencionado já se verificava ao intervalo. O público teve comportamento meritório.
JOGO Nº 10 – Em 11 de dezembro de 1910 (domingo), 14H00 – SPORT UNIÃO BELENENSE-SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (0-0), no campo de Algés. Árbitro: Cândido Rosa Rodrigues (SCP). Este desafio não se realizou nesta data dado recinto de jogo não estar em condições. Marcada nova, para 18 de dezembro de 1910, para o mesmo campo, às 12H00, e com o Árbitro: Plácido Abreu Duro (CIF).
JOGO Nº 11 – Em 25 de dezembro de 1910 (domingo), 12H00 – LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORT UNIÃO BELENENSE (0-6), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: John Scarlett (CIF).
JOGO Nº 12 – Em 25 de dezembro de 1910 (domingo), 14H00 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORTING CLUB DE PORTUGAL (1-0), no campo do Lumiar. Árbitro: Cosme Damião (SLB).
JOGO Nº 13 – Em 8 de janeiro de 1911 (domingo), 10H00 – SPORT LISBOA E BEMFICA/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (3-0), no campo da Feiteira. Árbitro: John Scarlett (CIF).
JOGO Nº 14 – Em 8 de janeiro de 1911 (domingo), 14H00 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORT CLUB IMPÉRIO (2-0), no campo do Lumiar. Árbitro: António Couto de Abreu (SCP). Ao intervalo: 1-0. Golos de Elston Dias e Carlos Sobral.
JOGO Nº 15 – Em 15 de janeiro de 1911 (domingo), 14H00 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/SPORT UNIÂO BELENENSE (1-0), no campo do Lumiar. Árbitro: Joaquim Travassos Lopes (SCI). Ao intervalo: 1-0. Golo de Francisco Stromp.
JOGO Nº 16 – Em 15 de janeiro de 1911 (domingo), 10H00 – LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORT LISBOA E BEMFICA (0-5), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Pedro Del Negro (AFL). A equipa do SLB chegou ao campo com alguns minutos de atraso, situação que não foi sancionada pelo juiz.
JOGO Nº 17 – Em 22 de janeiro de 1911 (domingo), 14H30 – SPORT UNIÃO BELENENSE/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (1-3), no campo do Lumiar. Árbitro: Daniel Queiroz dos Santos (SCP). Golos do CIF: Carlos Sobral (2) e Vítor Ryder.
JOGO Nº 18 – Em 22 de janeiro de 1911 (domingo), 12H30 – SPORT CLUB IMPÉRIO/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (0-0), no campo da Feiteira. Árbitro: Cândido Rosa Rodrigues (SCP).
JOGO Nº 19 – Em 29 de janeiro de 1911 (domingo), 14H30 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/SPORT LISBOA E BEMFICA (1-5), no campo do Lumiar. Árbitro: Plácido Abreu Duro (CIF).
JOGO Nº 20 – Em 29 de janeiro de 1911 (domingo), 12H30 – LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORT CLUB IMPÉRIO (V-FC), no campo da Quinta dos Castelos, Árbitro: Josué Carlos Correia (SLB).
JOGO Nº 21 – Em 5 de fevereiro de 1911 (domingo), 12H30 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (0-2), no campo da Feiteira. Árbitro Cosme Damião (SLB). Golos: Kruss Gomes e Carlos Sobral.
2ª VOLTA
JOGO Nº 22 – Em 5 de fevereiro de 1911 (domingo), 14H30 – SPORT CLUB IMPÉRIO/SPORTING CLUB DE PORTUGAL (4-4), no campo do Lumiar. Árbitro: Gastão Pinto Basto (CIF). Ao intervalo: 2-1.
JOGO Nº 23 – Em 12 de fevereiro de 1911 (domingo), 14H30 – SPORT LISBOA E BEMFICA/SPORT UNIÃO BELENENSE (2-0), no campo do Lumiar. Árbitro: Eduardo Ferreira Luiz Pinto Basto (CIF). Os jogadores do SUB usaram de violência, lesionando três adversários. Um dos infratores foi expulso do terreno de jogo, por prática de brutalidade.
JOGO Nº 24 – Em 12 de fevereiro de 1911 (domingo), 12H30 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/LISBOA FOOTBALL CLUB (2-1), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Augusto Sabbo (CIF).
JOGO Nº 25 – Em 19 de fevereiro de 1911 (domingo), 13H00 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/SPORTING CLUB DE PORTUGAL (0-4), no campo do Lumiar. Árbitro: Josué Carlos Correia (SLB). Ao intervalo: 3-0.
JOGO Nº 26 – Em 19 de fevereiro de 1911 (domingo), 15H00 – LISBOA FOOTBALL CLUB/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (0-6), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Levy Jenochio (SCCO).
JOGO Nº 27 – Em 5 de março de 1911 (domingo), 13H00 – SPORT UNIÃO BELENENSE/SPORT CLUB IMPÉRIO (0-0), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: António Couto de Abreu (SCP)
JOGO Nº 28 – Em 5 de março de 1911 (domingo), 15H00 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORT LISBOA E BEMFICA (1-1), no campo do Lumiar. Árbitros: Francisco dos Santos (SCP). Golos: do CIF, Carlos Sobral. Do SLB, Artur José Pereira.
JOGO Nº 29 – Em 12 de março de 1911 (domingo), 13H00 – LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORTING CLUB DE PORTUGAL (0-14), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Augusto Sabbo (CIF).
JOGO Nº 30 – Em 12 de março de 1911 (domingo), 15H00 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/SPORT UNIÃO BELENENSE (1-0), no campo do Lumiar. Árbitro: Cosme Damião (SLB). A AFL averbou Falta de Comparência ao SUB por ter abandonado o terreno de jogo, por discordar da legalidade do golo sofrido. O SUB, pouco depois, abandonou a competição.
JOGO Nº 32 – Em 19 de março de 1911 (domingo), 15H00 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (0-2), no campo do Lumiar. Árbitro: Josué Carlos Correia (SLB). O desafio não se realizou nesta data, devido à imensa chuva e ao mau estado do terreno de jogo. Marcado para 26 de março de 1911 (domingo), no mesmo campo e à mesma hora, com o Árbitro Daniel Queiroz dos Santos (SCP), o encontro foi interrompido, pelo mesmo motivo, estando o SCP a vencer por 2-1. Só em 14 de maio de 1911 (domingo), no mesmo campo e à mesma hora, é que se concretizou a partida, com o Árbitro Levy Jenochio (SCCO), mas sempre debaixo de chuva intensa. Golos: Carlos Sobral e Álvaro Barreto.
JOGO Nº 33 – Em 26 de março de 1911 (domingo), 13H00 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/SPORT LISBOA E BEMFICA/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (FC-V), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: António Borja dos Santos (SCI). O encontro não se realizou nesta data, mas sim em 14 de maio de 1911 (domingo), às 13H00, no campo da Feiteira, com o mesmo Árbitro.
JOGO Nº 34 – Em 2 de abril de 1911 (domingo), 15H00 – SPORT CLUB IMPÉRIO/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (0-3), no campo do Lumiar. Árbitro: António Couto de Abreu (SCP).
JOGO Nº 35 – Em 9 de abril de 1911 (domingo), 15H30 – SPORT LISBOA E BEMFICA/LISBOA FOOTBALL CLUB (15-0), no campo da Feiteira. Árbitro: Levy Jenochio (SCCO).
JOGO Nº 36 – Em 16 de abril de 1911 (domingo), 15H30 – SPORT LISBOA E BEMFICA-SPORTING CLUB DE PORTUGAL (1-1), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Eduardo Ferreira Luiz Pinto Basto (CIF). O desafio foi interrompido pouco antes do final do primeiro tempo, por cenas de grande violência, especialmente ao guarda-redes do SCP (Augusto Freitas), pelos jogadores Virgílio Lopes Paula e Luiz Francisco Vieira, do SLB, que foram expulsos. A AFL, em 4 de maio de 1911 (quinta-feira), anulou o resultado deste desafio e marcou nova data para a sua repetição. O SCP não compareceu, sendo-lhe averbada Falta de Comparência. A AFL iria propor que os jogadores expulsos do SLB fossem irradiados em Assembleia-geral da AFL.
JOGO Nº 37 – Em 16 de abril de 1911 (domingo), 13H30 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/SPORT CLUB IMPÉRIO (FC-V), no campo do Lumiar. Árbitro: Plácido Abreu Duro (CIF).
JOGO Nº 38 – Em 23 de abril de 1911 (domingo), 13H30 – SPORT CLUB IMPÉRIO/LISBOA FOOTBALL CLUB (7-1), no campo da Feiteira. Árbitros: João Carvalho Persónio (SLB).
JOGO Nº 39 – Em 23 de abril de 1911 (domingo), 13H30 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (11-0), no campo do Lumiar. Árbitro: António Couto de Abreu (SCP).
JOGO Nº 40 – O desafio CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORT UNIÃO BELENENSE, não se realizou por o SUB, em março de 1911, ter abandonado a competição.
JOGO Nº 41 – O desafio SPORT UNIÃO BELENENSE/LISBOA FOOTBALL CLUB, não se realizou por o SUB, em março de 1911, ter abandonado a competição.
1º CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL – Jogos: 12/Vitórias: 10/Empates: 2/Derrotas: 0/Golos marcados: 43/Golos sofridos: 5/Pontos conquistados: 22.
2º SPORT LISBOA E BEMFICA – Jogos: 12/vitórias: 9/Empates: 2/Derrotas: 1/Golos marcados: 41/Golos sofridos: 6/Pontos conquistados: 20.
3º SPORTING CLUB DE PORTUGAL – Jogos: 12/Vitórias: 6/Empates: 2/Derrotas: 4/Golos marcados: 30/Golos sofridos: 15/Pontos conquistados: 14.
4º SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE – Jogos: 12/Vitórias: 4/Empates: 2/Derrotas: 6/Golos marcados: 10/Golos sofridos: 23/Pontos conquistados: 10.
5º SPORT CLUB IMPÉRIO – Jogos: 12/Vitórias: 2/Empates: 4/Derrotas: 6/Golos marcados: 13/Golos sofridos: 22/Pontos conquistados: 8.
6º SPORT UNIÃO BELENENSE – Jogos: 12/Vitórias: 2/Empates: 2/Derrotas: 8/golos marcados: 10/Golos sofridos: 8/Pontos conquistados: 6. Desistiu, a seguir ao 8º jogo.
7º LISBOA FOOTBALL CLUB – Jogos: 12/Vitórias: 2/Empates: 0/Derrotas: 10/Golos marcados: 5/Golos sofridos: 73/Pontos conquistados: 4.
Total de golos marcados: 152.
CAMPEONATOS 1910/1911
ORGANIZADOS PELA ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DE LISBOA
ESCALÃO: 2ª CATEGORIA
ESTE ESCALÃO FOI COMPOSTO POR 7 CLUBES, OS QUAIS INSCREVERAM OS SEGUINTES JOGADORES:
CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL – SÓCIO DA AFL Nº 4
Alfredo Viegas, Álvaro Salvação Barreto, Boaventura Bello, Elston Dias, Fernando Pinto Basto, Gastão Pinto Basto, Heraldo Ribeiro, João Lopes Figueiredo, Mac Carthy, Mário Pereira, Plácido Abreu Duro (capitão), Raul Ribeiro e Vítor Ryder.
LISBOA FOOTBALL CLUB – SÓCIO DA AFL Nº 7
Ângelo Martins, António Mendonça, Carlos Guerra, Carlos Ruas, Francisco Nogueira, Hermano Marques, Jayme Fernandes, João Rebello, Luiz Rebout, Manuel Rodrigues e Raul José Ferreira (capitão).
SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE – SÓCIO DA AFL Nº 2
Adriano Elias, Alfredo Perdigão, Aníbal Laborde, Augusto Simões, Ernesto Simões, Eurico Dias da Silva, Jacinto da Costa Pires (capitão), João Martins dos Reis, João Monteiro, João Simões, José Maria Lima, José Raposo, Júlio Pires e Virgílio Valente.
SPORT CLUB IMPÉRIO – SÓCIO DA AFL Nº 1
Alberto Teixeira, Álvaro Cruz Gomes, António Bento (capitão), Décio Pestana Lopes, Fernando Xavier, Francisco Duarte, Germano Martins, Joaquim José Ferreira, José Barreto, José Karich, Narciso Costa, Viriato Fonseca e Vítor Ryder.
SPORT LISBOA E BEMFICA – SÓCIO DA AFL Nº 3
Alberto Rio, Álvaro Gaspar, Álvaro Vivaldo, António Costa, António Silva Marques, Carlos Homem Figueiredo, Carlos Júlio Costa, Carlos Martins, Correia Almeida, David José Fonseca, Domingos Simões, Fernando Freitas, Florindo Dias Serras, Henrique Pacheco, Henrique Teixeira, João Reis, Jorge Rosa Rodrigues (capitão), Manuel Cal, Marcial Freitas Costa, Raul Nascimento, Romualdo Bogalho e Virgílio Valente.
SPORT UNIÃO BELENENSE – SÓCIO DA AFL Nº 6
Albino Silvestre, Alfredo Jordão, Alfredo Pedroso (capitão), Arthur Carvalho, Arthur Rogério, Arthur dos Santos, Arthur Vasconcelos, Bento Oliveira, Constantino Maria, Cristiano Oliveira, João Duarte, Joaquim Carvalho, José de Almeida, José Hortense, Raul Nascimento e Roberto Ferreira.
SPORTING CLUB DE PORTUGAL – SÓCIO DA AFL Nº 5
Abel de Macedo, Alberto Oliveira, Alípio Motta da Veiga, António Bentes, António Neves Vital, Augusto Freitas, Henrique Gomes Pereira, Joaquim Alves, Joaquim Pires, Joaquim Vital (capitão), José Rosa Rodrigues, Luiz Caetano Pedreira, Octávio Bastos, Pedro Costa, Pedro Morais, Raul Barros, Ruy Bastos e Sérgio Pereira Oliveira.
DATAS, JOGOS, CAMPOS, RESULTADOS, GOLOS E INCIDÊNCIAS
1ª VOLTA
JOGO Nº 43 – Em 13 de novembro de 1910 (domingo), 12H00 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/SPORT CLUB IMPÉRIO (4-3), no campo do Lumiar. Árbitro: Francisco dos Santos (SCP) que substituiu John Scarlett (CIF), que não apareceu. Terreno muito enlameado. Jogadores e espetadores do SCI insurgiram-se com a marcação de um dos golos do SCP.
JOGO Nº 44 – Em 13 de novembro de 1910 (domingo), 12H00 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/LISBOA FOOTBALL CLUB (8-0), no campo da Feiteira. Árbitro: Daniel Queiroz dos Santos (SCP).
JOGO Nº 45 – Em 20 de novembro de 1910 (domingo), 12H00 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/LISBOA FOOTBALL CLUB (5-0), no campo do Lumiar. Árbitro: Pedro Del Negro (AFL).
JOGO Nº 46 – Em 20 de novembro de 1910 (domingo), 12H00 – SPORT LISBOA E BEMFICA/SPORT UNIÃO BELENENSE (3-1), no campo da Feiteira. Árbitro: Francisco dos Santos (SCP). Este desafio foi presenciado por numerosa assistência.
JOGO Nº 47 – Em 27 de novembro de 1910 (domingo), 12H00 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (2-0), no campo do Lumiar. Árbitro: Alfredo Viegas (CIF). Golos: Alípio Motta da Veiga e Joaquim Alves.
JOGO Nº 48 – Em 27 de novembro de 1910 (domingo), 12H00 – SPORT CLUB IMPÉRIO/SPORT UNIÃO BELENENSE (0-0), no campo da Feiteira. Árbitro: José da Cruz Viegas (SCP).
JOGO Nº 49 – Em 4 de dezembro de 1910 (domingo), 12H00 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/LISBOA FOOTBALL CLUB (10-2), no campo do Lumiar. Árbitro: Ricardo Del Negro (SCCO).
JOGO Nº 50 – Em 4 de dezembro de 1910 (domingo), 12H00 – SPORT LISBOA E BEMFICA/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (V-FC), no campo da Feiteira. Árbitro: Joaquim Pinto Sepúlveda (SCI). Este desafio não se realizou nesta data, devido ao piso de jogo estar impraticável. Nova marcação, para 14 de maio de 1911, no mesmo campo, às 10H30 e com o Árbitro Ricardo Del Negro (AFL), mas o CIF não compareceu.
JOGO Nº 51 – Em 11 de dezembro de 1910 (domingo), 10H00 – SPORT CLUB IMPÉRIO/SPORT LISBOA E BEMFICA (FC-V), no campo do Lumiar. Árbitro: Francisco dos Santos (SCP). O SCI não compareceu à hora marcada.
JOGO Nº 52 – Em 11 de dezembro de 1910 (domingo), 12H00 – SPORT UNIÃO BELENENSE/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (0-1), no campo de Algés. Árbitro: Plácido Abreu Duro (CIF). Este desafio não se realizou nesta data, devido ao péssimo estado do piso, mas sim em 18 de dezembro de 1910 (domingo), no mesmo campo, às 10H00, e com o Árbitro: Cândido Rosa Rodrigues (SCP).
JOGO Nº 53 – Em 25 de dezembro de 1910 (domingo), 10H00 – LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORT UNIÃO BELENENSE (0-4), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Josué Carlos Correia (SLB).
JOGO Nº 54 – Em 25 de dezembro de 1910 (domingo), 12H00 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORTING CLUB DE PORTUGAL (D-V), no campo do Lumiar. Árbitro: Ricardo Del Negro (SCCO).
JOGO Nº 55 – Em 8 de janeiro de 1911 (domingo), 10H00 – SPORT LISBOA E BEMFICA/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (3-0), no campo da Feiteira. Árbitro: Cândido Rosa Rodrigues (SCP).
JOGO Nº 56 – Em 8 de janeiro de 1911 (domingo), 12H00 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORT CLUB IMPÉRIO (6-2), no campo do Lumiar. Árbitro: Levy Jenochio (SCCO) .
JOGO Nº 57 – Em 15 de janeiro de 1911 (domingo), 12H00 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/SPORT UNIÃO BELENENSE (2-1), no campo do Lumiar, Árbitro António Borja dos Santos (SCI). Golos: do SCP Joaquim Alves (2).
JOGO Nº 58 – Em 15 de janeiro de 1911 (domingo), 12H00 – LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORT LISBOA E BEMFICA (0-4), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Ricardo Del Negro (SCCO). Desafio monótono, sem beleza ou interesse.
JOGO Nº 59 – Em 22 de janeiro de 1911 (domingo), 12H30 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORT UNIÃO BELENENSE (2-0), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Francisco dos Santos (SCP).
JOGO Nº 60 – Em 22 de janeiro de 1911 (domingo), 14H30 – SPORT CLUB IMPÉRIO/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (0-4), no campo da Feiteira. Árbitro: Josué Carlos Correia (SLB).
JOGO Nº 61 – Em 29 de janeiro de 1911 (domingo), 12H30 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/SPORT LISBOA E BEMFICA (0-0), no campo do Lumiar. Árbitro: João Lopes Figueiredo (CIF).
JOGO Nº 62 – Em 29 de janeiro de 1911 (domingo), 14H30 – LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORT CLUB IMPÉRIO (FC-FC), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Levy Jenochio (SCCO). As equipas faltaram ao desafio, logo foram ambas derrotadas.
JOGO Nº 63 – Em 5 de fevereiro de 1911 (domingo), 14H30 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (0-1), no campo da Feiteira. Árbitro: Virgílio Lopes Paula (SLB).
2ª VOLTA
JOGO Nº 65 – Em 12 de fevereiro de 1911 (domingo), 12H30 – SPORT UNIÃO BELENENSE/SPORT LISBOA E BEMFICA (0-9), no campo do Lumiar. Árbitro: Plácido Abreu Duro (CIF).
JOGO Nº 66 – Em 12 de fevereiro de 1911 (domingo), 10H30 – LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (1-2), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Francisco dos Santos (SCP).
JOGO Nº 67 – Em 19 de fevereiro de 1911 (domingo), 15H00 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/SPORTING CLUB DE PORTUGAL (0-2), no campo do Lumiar. Árbitro: António Borja dos Santos (SCI). Golos de Alípio Motta da Veiga e Joaquim Alves.
JOGO Nº 68 – Em 19 de fevereiro de 1911 (domingo), 11H00 – LISBOA FOOTBALL CLUB/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (1-2), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Joaquim Pinto Sepúlveda (SCI).
JOGO Nº 69 – Em 5 de março de 1911 (domingo), 11H00 – SPORT UNIÃO BELENENSE/SPORT CLUB IMPÉRIO (0-2), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: António Rosa Rodrigues (SCP).
JOGO Nº 70 – Em 5 de março de 1911 (domingo), 13H00 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORT LISBOA E BEMFICA (2-2), no campo do Lumiar. Árbitro: Ricardo Del Negro (SCCO).
JOGO Nº 72 – Em 12 de março de 1911 (domingo), 13H00 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/SPORT UNIÃO BELENENSE (V-FC), no campo do Lumiar. Árbitro: Josué Carlos Correia (SLB).
JOGO Nº 73 – Em 19 de março de 1911 (domingo), 10H30 – SPORT LISBOA E BEMFICA/SPORT CLUB IMPÉRIO (8-0), no campo da Feiteira. Árbitro: Gastão Pinto Basto (CIF). Muita chuva e o SCI alinhou com 8 jogadores.
JOGO Nº 74 – Em 19 de março de 1911 (domingo), 13H00 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (2-0), no campo do Lumiar. Árbitro: João Carvalho Persónio (SLB).
JOGO Nº 75 – Em 26 de março de 1911 (domingo), 15H00 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/SPORT LISBOA E BEMFICA (FC-V), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Joaquim Pinto Sepúlveda (SCI).
JOGO Nº 76 – Em 2 de abril de 1911 (domingo), 13H00 – SPORT CLUB IMPÉRIO/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (V-FC), no campo do Lumiar. Árbitro: António Rosa Rodrigues (SCP).
JOGO Nº 77 – Em 9 de abril de 1911 (domingo), 13H30 – SPORT LISBOA E BEMFICA-LISBOA FOOTBALL CLUB (15-0), no campo da Feiteira. Árbitro: Ricardo Del Negro (SCCO).
JOGO Nº 78 – Em 16 de abril de 1911 (domingo), 11H30 – SPORT LISBOA E BEMFICA/SPORTING CLUB DE PORTUGAL (1-0), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: João Lopes Figueiredo (CIF). O retângulo estava num estado lamentável, com muita lama e poças de água.
JOGO Nº 79 – Em 16 de abril de 1911 (domingo), 11H30 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/SPORT CLUB IMPÉRIO (FC-V), no campo do Lumiar. Árbitro: Josué Carlos Correia (SLB).
JOGO Nº 80 – Em 23 de abril de 1911 (domingo), 11H30 – SPORT CLUB IMPÉRIO LISBOA/LISBOA FOOTBALL CLUB (2-0), no campo da Feiteira. Árbitro: Virgílio Lopes Paula (SLB).
JOGO Nº 81 – Em 23 de abril de 1911 (domingo), 11H45 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (3-2), no campo do Lumiar. Árbitro: Francisco dos Santos (SCP).
JOGO Nº 83 – O desafio SPORT UNIÃO BELENENSE/LISBOA FOOTBALL CLUB, não se realizou por o SUB, em março de 1911, ter abandonado a competição.
JOGO Nº 84 – O desafio SPORT UNIÃO BELENENSE/SPORTING CLUB DE PORTUGAL, não se realizou por o SUB, em março de 1911, ter abandonado a competição.
1º SPORT LISBOA E BEMFICA – Jogos: 12/Vitórias: 10/Empates: 2/Derrotas: 0/Golos marcados: 46/Golos sofridos: 3/Pontos conquistados: 22.
2º SPORTING CLUB DE PORTUGAL – Jogos: 12/Vitórias: 10/Empates: 1/Derrotas: 1/Golos marcados: 30/Golos sofridos: 8/Pontos conquistados: 21.
3º SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE – Jogos: 12/Vitórias: 8/Empates: 0/Derrotas: 4/Golos marcados: 19/Golos sofridos: 11/Pontos conquistados: 16
4º CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL – Jogos: 12/Vitórias: 5/Empates: 1/Derrotas: 6/Golos marcados: 19/Golos sofridos: 11/Pontos conquistados: 11. Suspenso. Teve 11 jogos.
5º SPORT CLUB IMPÉRIO – Jogos: 12/Vitórias: 2/Empates: 1/Derrotas: 9/Golos marcados: 8/Golos sofridos: 22/Pontos conquistados: 5. Suspenso. Teve 10 jogos.
6º LISBOA FOOTBALL CLUB – Jogos: 12/Vitórias: 2/Empates: 0/Derrotas: 10/Golos marcados: 4/Golos sofridos: 58/Pontos conquistados: 4.
7º SPORT UNIÃO BELENENSE – Jogos: 12/Vitórias: 1/Empate: 1/Derrotas: 10/Golos marcados: 6/Golos sofridos: 19/Pontos conquistados: 3. Desistiu ao 8º jogo.
CAMPEONATOS 1910/1911
ORGANIZADOS PELA ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DE LISBOA
ESCALÃO: 3ª CATEGORIA
ESTE ESCALÃO FOI COMPOSTO POR 7 CLUBES, OS QUAIS INSCREVERAM OS SEGUINTES JOGADORES:
CLUB
INTERNACIONAL DE FOOTBALL – SÓCIO DA AFL Nº 4
Adolfo Mendes Leonel, Alberto Costa, Alberto Franco Araújo, Alberto Mendes Leal, António Centeno, Augusto Barreto, Carlos Burnay, Carlos Garcia (capitão), Carlos Ryder, Ernesto Martins Sousa, F. Macedo Santos, Francisco Rodrigues, Frederico Villar, Guilherme Andrade, Henrique Marques, Ildefonso Tocha, Joaquim Barreto, Leopoldo Bahia, Luiz Faria Basto e Luiz Ferreira Pinto Basto.
LISBOA
FOOTBALL CLUB – SÓCIO DA AFL Nº 7
Ângelo Martins, Arthur Espírito Santo, Barros Mattos, Carlos Nunes, Eurico Rebello, Fernando Lima, Frederico Rodrigues Alves, Henrique Ruas, Hernâni Mengo, João Silva (capitão), João Sousa, José Abreu, José Barros, Luiz Fernandes Sousa, Luiz Silva, Manuel Mattos, Raul Lima, Rodrigues Alves e Sebastião Campos.
SPORT CLUB
CAMPO D’OURIQUE – SÓCIO DA AFL Nº 2
Alberto Moreira, António Cunha, Arlindo Boavida, Arnaldo Osório Ferreira, Artur Silva, Carlos Caeiro, Carlos Carvalho, Carlos Maia, Carlos Nunes, Eduardo Luiz Rebello, Filipe Moreira (capitão), Germano Lopes, Inácio Carreira, Jesuíno dos Santos, João Cunha, João da Conceição, João Monteiro, José Carreira Chaves, José Pedro da Silva, José Sepúlveda Diniz, Luiz Rebello, Mário Navarro, Pedro Leão Monteiro, Pereira Lapido Loureiro e Tadeu Monteiro.
SPORT CLUB
IMPÉRIO – SÓCIO DA AFL Nº 1
Adolfo Silva Gonçalves, Amílcar Pinto, Antero Pereira, António Fernandes, Arthur Narciso Costa, Carlos Duarte, César Machado, Costa Paiva, Francisco Xavier Miranda, Jaime Cadete, Joaquim Belford, Joaquim Carmo Ferreira, Joaquim Pinto Sepúlveda (capitão) e Raul Paiva.
SPORT LISBOA
E BEMFICA – SÓCIO DA AFL Nº 3
Alexandre Mascarenhas, Álvaro Corga, António Ribeiro Júnior, António Sobral Grave, António Vasconcelos, Arnaldo Conceição Sobral, Artur Ferreira, Borges de Castro, Carlos Augusto, Cirilo Miramon, Carlos França, Carlos Martins, Félix Redondo Adães Bermudes, Francisco Nunes, Francisco Pereira, Francisco Rocha, Gualdino Simões Rosa, Horácio Ferreira, Horácio Ferreira, Jaime Gomes, Jaime Mafra, João Mascarenhas, Joaquim Cal, José Francisco, José Gonçalves, José Pinto, Luiz Gato, Manuel Monteiro, Manuel Rodrigues, Mário César Monteiro, Miguel Costa, Pedro dos Santos, Robert Mattos (capitão), Rogério Peres, Telmo Ribeiro, Tomás David e Virgílio Pereira.
SPORT UNIÃO
BELENENSE – SÓCIO DA AFL Nº 6
António Marques, António Matta, António Pires, Artur Santos, Henrique Calvez, Humberto Gonçalves, João Costa (capitão), João Duarte, José Monteiro, Manuel Esteves, Manuel Santos, Norberto Ferreira e Raul Ramalho.
SPORTING CLUB
DE PORTUGAL – SÓCIO DA AFL Nº 5
Amadeu Barros Araújo, Amadeu Bicudo, António Félix Costa Júnior, Augusto Barros, Augusto Beirão, Caetano Teixeira, Custódio Gomes, Domingos Cartaxo, Duarte Gomes, Fernando C. Pereira, Guilherme Caetano Pereira Beirão, João Vieira, Joaquim Pires, José Alvalade (capitão), José Caldas, José Stromp, Júlio Araújo, Manuel Pereira Pombo, Mário Jorge Lemos Pistacchini, Raymundo Morais e Sebastião Sotto Mayor.
DATAS, JOGOS, CAMPOS, RESULTADOS, GOLOS E INCIDÊNCIAS
1ª VOLTA
JOGO Nº 85 – Em 13 de novembro de 1910 (domingo), 10H00 – SPORT CLUB IMPÉRIO/SPORTING CLUB DE PORTUGAL (4-4), no campo do Lumiar. Árbitro: Merick Barley (CIF). Este jogo não se realizou nesta data, por ter sido adiado, devido ao péssimo estado do retângulo, muito enlameado, mas sim, em 1 de dezembro de 1910 (quinta-feira e feriado), no mesmo campo e à mesma hora, com o Árbitro John Scarlett (CIF). Ao intervalo: 2-2.
JOGO Nº 86 – Em 13 de novembro de 1910 (domingo), 14H00 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE-LISBOA FOOTBALL CLUB (2-2), no campo da Feiteira. Árbitro: José de Sousa Prego (CIF).
JOGO Nº 87 – Em 20 de novembro de 1910 (domingo), 14H00 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/LISBOA FOOTBALL CLUB (4-2), no campo do Lumiar. Árbitro: Joaquim Pinto Sepúlveda (SCI).
JOGO Nº 88 – Em 20 de novembro de 1910 (domingo), 10H00 – SPORT LISBOA E BEMFICA/SPORT UNIÃO BELENENSE (3-1), no campo da Feiteira. Árbitro: José da Cruz Viegas (SCP). Num dia muito agradável a assistência ao desafio foi muito numerosa.
JOGO Nº 89 – Em 27 de novembro de 1910 (domingo), 14H00 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (FC-V), no campo do Lumiar. Árbitro: Joaquim Pinto Sepúlveda (SCI). A equipa do SCP, abandonou o campo, a meio do desafio, em manifestação de protesto coletivo. A AFL, para além de outras penalizações individuais (ver DESTAQUES, 6 de dezembro de 1910), puniu a equipa do SCP com Falta de Comparência.
JOGO Nº 90 – Em 27 de novembro de 1910 (domingo), 10H00 – SPORT CLUB IMPÉRIO/SPORT UNIÃO BELENENSE (0-1), no campo da Feiteira. Árbitro: Pedro Del Negro (AFL).
JOGO Nº 91 – Em 4 de dezembro de 1910 (domingo), 14H00 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/LISBOA FOOTBALL CLUB (2-4), no campo do Lumiar. Árbitro: Ricardo Del Negro (SCCO).
JOGO Nº 92 – Em 4 de dezembro de 1910 (domingo), 10H00 – SPORT LISBOA E BEMFICA/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (1-0), no campo da Feiteira. Árbitro: José da Cruz Viegas (SCP).
JOGO Nº 93 – Em 11 de dezembro de 1910 (domingo), 14H00 – SPORT CLUB IMPÉRIO/SPORT LISBOA E BEMFICA (0-7), no campo de Alcântara. Árbitro: Levy Jenochio (SCCO).
JOGO Nº 94 – Em 11 de dezembro de 1910 (domingo), 10H00 – SPORT UNIÃO BELENENSE/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (9-1), no campo de Algés. Árbitro: José da Cruz Viegas (SCP).
JOGO Nº 95 – Em 25 de dezembro de 1910 (domingo), 14H00 – LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORT UNIÃO BELENENSE (1-2), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Jorge Rosa Rodrigues (SLB).
JOGO Nº 96 – Em 25 de dezembro de 1910 (domingo), 10H00 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (V-D), no campo do Lumiar. Árbitro: Levy Jenochio (SCCO).
JOGO Nº 97 – Em 8 de janeiro de 1911 (domingo), 14H00 – SPORT LISBOA E BENFICA/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (5-1), no campo da Feiteira. Árbitro: John Scarlett (CIF).
JOGO Nº 98 – Em 8 de janeiro de 1911 (domingo), 10H00 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORT CLUB IMPÉRIO (V-FC), no campo do Lumiar. Árbitro: Francisco dos Santos (SCP).
JOGO Nº 99 – Em 15 de janeiro de 1911 (domingo), 10H00 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/SPORT UNIÃO BELENENSE (5-3), no campo do Lumiar. Árbitro: Ricardo Del Negro (SCCO), que substituiu o nomeado oficialmente.
JOGO Nº 100 – Em 15 de janeiro de 1911 (domingo), 14H00 – LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORT LISBOA E BEMFICA (1-0), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Ricardo Del Negro (SCCO).
JOGO Nº 101 – Em 22 de janeiro de 1911 (domingo), CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORT UNIÃO BELENENSE, no campo da Quinta dos Castelos, com o Árbitro Francisco dos Santos (SCP). Este desafio não se realizou nesta data dado a AFL ter marcado horas diferentes (10H30 e 12H30) a cada clube. O encontro realizou-se mais tarde, tendo o CIF ganho o encontro.
JOGO Nº 102 – Em 22 de janeiro de 1911 (domingo), 10H30 – SPORT CLUB IMPÉRIO/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (FC-V), no campo da Feiteira. Árbitro Cândido Rosa Rodrigues (SCP).
JOGO Nº 103 – Em 29 de janeiro de 1911 (domingo), 10H30 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL/SPORT LISBOA E BENFICA (1-5), no campo do Lumiar. Árbitro: Joaquim Alves, jogador do SCP, que substituiu o nomeado oficialmente, Ricardo Del Negro (SCCO).
JOGO Nº 104 – Em 29 de janeiro de 1911 (domingo), não se realizou o encontro LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORT CLUB IMPÉRIO, devido ao SCI ter sido suspenso por ter dado duas faltas de comparência. Vitória averbada ao LFC.
JOGO Nº 105 – Em 5 de fevereiro de 1911 (domingo), 10H30 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (2-3), no campo da Feiteira. Árbitro: João Carvalho Persónio (SLB).
2ª VOLTA
JOGO Nº 106 – Em 5 de fevereiro de 1911 (domingo), não se realizou o encontro SPORTING CLUB DE PORTUGAL/SPORT CLUB IMPÉRIO, devido ao SCI ter sido suspenso por ter dado duas faltas de comparência. Vitória averbada ao SCP.
JOGO Nº 107 – Em 12 de fevereiro de 1911 (domingo), 10H30 – SPORT UNIÃO BELENENSE/SPORT LISBOA E BEMFICA (FC-V), no campo do Lumiar. Árbitro: António Rosa Rodrigues (SCP).
JOGO Nº 108 – Em 12 de fevereiro de 1911 (domingo), 14H30 – LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE (0-1), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Josué Carlos Rodrigues (SLB).
JOGO Nº 109 – Em 19 de fevereiro de 1911 (domingo), 11H00 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/SPORTING CLUB DE PORTUGAL (0-4), no campo do Lumiar. Árbitro: Robert de Mattos (SLB), na falta do nomeado oficialmente: Jorge Rosa Rodrigues (SLB).
JOGO Nº 110 – Em 19 de fevereiro de 1911 (domingo), 13H00 – LISBOA FOOTBALL CLUB/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (2-5), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Joaquim Travassos Lopes (SCI).
JOGO Nº 111 – Em 5 de março de 1911 (domingo), não se realizou o encontro SPORT UNIÃO BELENENSE-SPORT CLUB IMPÉRIO, devido ao SCI ter sido suspenso por ter dado duas faltas de comparência. Vitória averbada ao SUB.
JOGO Nº 112 – Em 5 de março de 1911 (domingo), 11H00 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORT LISBOA E BEMFICA (1-6), no campo do Lumiar. Árbitro: Cândido Rosa Rodrigues (SCP).
JOGO Nº 113 – Em 12 de março de 1911 (domingo), 15H00 – LISBOA FOOTBALL CLUB/SPORTING CLUB DE PORTUGAL (0-6), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Jorge Rosa Rodrigues (SLB).
JOGO Nº 114 – Em 12 de março de 1911 (domingo), 11H00 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/SPORT UNIÃO BELENENSE (6-0), no campo do Lumiar. Árbitro: Virgílio Lopes Paula (SLB).
JOGO Nº 115 – Em 19 de março de 1911 (domingo), não se realizou o encontro SPORT LISBOA E BEMFICA/SPORT CLUB IMPÉRIO, devido ao SCI ter sido suspenso por ter dado duas faltas de comparência. Vitória averbada ao SLB.
JOGO Nº 116 – Em 19 de março de 1911 (domingo), 11H00 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL/SPORTING CLUB DE PORTUGAL (FC-V), no campo do Lumiar. Árbitro: João Carvalho Persónio (SLB).
JOGO Nº 117 – Em 26 de março de 1911 (domingo), 11H00 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/SPORT LISBOA E BEMFICA (FC-V), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Joaquim Travassos Lopes (SCI).
JOGO Nº 118 – Em 2 de abril de 1911 (domingo), não se realizou o encontro SPORT CLUB IMPÉRIO/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL, devido ao SCI ter sido suspenso por ter dado duas faltas de comparência. Vitória averbada ao CIF.
JOGO Nº 119 – Em 2 de abril de 1911 (domingo), 11H30 – SPORT LISBOA E BEMFICA/LISBOA FOOTBALL CLUB (0-6), no campo da Feiteira. Árbitro: Joaquim Travassos Lopes (SCI).
JOGO Nº 120 – Em 16 de abril de 1911 (domingo), 13H30 – SPORT LISBOA E BEMFICA/SPORTING CLUB DE PORTUGAL (V-FC), no campo da Quinta dos Castelos. Árbitro: Ricardo Del Negro (SCCO).
JOGO Nº 121 – Em 16 de abril de 1911 (domingo), não se realizou o encontro SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/SPORT CLUB IMPÉRIO, devido ao SCI ter sido suspenso por ter dado duas faltas de comparência. Vitória averbada ao SCCO.
JOGO Nº 122 – Em 23 de abril de 1911 (domingo), 10H00 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL (V-FC), no campo do Lumiar. Árbitro: António Couto de Abreu (SCP).
JOGO Nº 123 – Em 23 de abril de 1911 (domingo), não se realizou o encontro SPORT CLUB IMPÉRIO/ LISBOA FOOTBALL CLUB, devido ao SCI ter sido suspenso por ter dado duas faltas de comparência. Vitória averbada ao LFC.
JOGO Nº 124 – O desafio SPORT UNIÃO BELENENSE/CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL, não se realizou por o SUB, em março de 1911, ter abandonado a competição.
JOGO Nº 125 – O desafio SPORT UNIÃO BELENENSE/LISBOA FOOTBALL CLUB, não se realizou por o SUB, em março de 1911, ter abandonado a competição.
JOGO Nº 126 – O desafio SPORT UNIÃO BELENENSE/SPORTING CLUB DE PORTUGAL, não se realizou por o SUB, em março de 1911, ter abandonado a competição.
CLASSIFICAÇÃO:
2º SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE – Jogos: 12/Vitórias: 7/Empates: 1/Derrotas: 4/Golos marcados: 16/Golos sofridos: 23/Pontos conquistados: 15.
3º SPORTING CLUB DE PORTUGAL – Jogos: 12/Vitórias: 7/Empates: 1/Derrotas: 4/Golos marcados: 23/Golos sofridos: 26/Pontos conquistados: 15.
4º CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL – Jogos: 12: Vitórias: 6/Empates: 0/Derrotas: 6/Golos marcados: 14/Golos sofridos: 14/Pontos conquistados: 12. Suspenso. Teve 10 jogos.
5º LISBOA FOOTBALL CLUB – Jogos: 12/Vitórias: 5/Empates: 1/Derrotas: 6/Golos marcados: 15/Golos sofridos: 23/Pontos conquistados: 11.
6º SPORT UNIÃO BELENENSE – Jogos: 12/Vitórias: 4/Empates: 0/Derrotas: 8/Golos marcados: 18/Golos sofridos:19/Pontos conquistados: 8. Desistiu ao 8º jogo.
7º SPORT CLUB IMPÉRIO – Jogos: 12/Vitórias: 0/Empates: 1/Derrotas: 11/Golos marcados: 2/Golos sofridos: 10/Pontos conquistados: 1. Suspenso. Teve 6 jogos.
Total de golos marcados: 120
CAMPEONATOS 1910/1911
ORGANIZADOS PELA ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DE LISBOA
ESCALÃO: ESCOLAR
O arranque deste campeonato estava previsto para o dia 1 de dezembro de 1910 (quinta e feriado), para o campo de Alcântara, onde se defrontavam às 10H00, as equipas da Casa Pia de Lisboa e o Collegio Nacional, com o Árbitro Pedro Del Negro. Contudo, devido à Festa da Bandeira, o jogo foi adiado.
Verificaram-se 4 Faltas de comparência (FC) e não se conseguiu saber os resultados nos jogos V-D e D-V, dos quais só se soube quem venceu (V) e foi derrotado (D).
ESTE ESCALÃO FOI COMPOSTO POR 6 GRUPOS, OS QUAIS INSCREVERAM OS SEGUINTES JOGADORES:
ACADÉMICO SPORT CLUB (ESCOLA ACADÉMICA) – SÓCIO DA AFL Nº 11
António Casanova y Augustine Júnior, António Dias dos Reis, António Martins d’Oliveira, Arquimedes Carapuna Manes, Artur Monteiro de Castro, Ascenso Francisco Xavier de Siqueira, Carlos Soares Cardoso Barbosa, Duarte Harter Ressano Garcia (capitão), Durval de Morais, Gonçalo Mello Breyner, Heitor Rodrigues da Costa Lemos, Heliodoro Monteiro de Castro, Leocádio Martins Ribeiro, Manso Gomes Palma, Manuel Ferreira da Silva Mendes Júnior, Manuel Sequeira, Nascimento Machado da Cunha Lisboa, Renato Júlio da Costa e Roldão Adriano de Sousa.
ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DO LYCEU DA LAPA – SÓCIO DA AFL Nº 8
Afonso Henriques Marques Manaças, Alberto Burnay Mendes Leal, António Raymundo Gomes da Silva, António Ribeiro dos Reis, Arnaldo Sobral, Atílio Pereira Bairrão Ruivo, Bernardo Magalhães Villar, Carlos da Costa, Emílio António Pimentel Maldonado Pellen, Eurico de Gouveia Pinto, Gilberto Diocleciano Cardoso Monteiro, Henrique Rocha (capitão), João Eugénio (a ficha nº 1 dos jogadores inscritos na AFL, em 1910, pertenceu a este jogador), José Joaquim Villar da Costa Lima, José Júlio Felgueiras Gomes da Silva, Júlio Ribeiro da Costa e Teotónio Dias Perdigão Pereira.
ASSOCIAÇÃO ESCOLAR DA CASA PIA DE LISBOA – SÓCIO DA AFL Nº 12
Albino Joaquim Soares, Avelino Paixão, Casimiro Leotte (capitão), David Machado, Eduardo Augusto Florêncio, Eduardo Vasconcelos de Azevedo, Francisco de Sousa, Francisco Fernandes, Francisco Xavier, João da Silva Quilhó, João da Silva, José Higgs, Júlio da Silva e Pedro Antunes d’Aguiar.
ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DA ESCOLA NACIONAL – SÓCIO DA AFL Nº 9
Alfredo Pereira, Álvaro Mello Gouveia, Américo Barata, António Costa Rubens Carvalho, António Simões do Couto, Carlos Angie, Daniel de Barros Queiroz (capitão), Daniel Tavares, Eduardo Zagallo, Gabriel de Sousa, Jaime Casquilho, João de Almeida Henriques, José Teixeira, Luiz de Mello, Mário do Quental e Mário Monteiro Barbosa.
LYCEU CAMÕES – SÓCIO DA AFL Nº 13
Abel Moreau, Alberto Garcia da Silva, Álvaro Retanrosa Dias, Armando Bastos, Artur Paiva Garcia de Carvalho, Artur Virgílio Alves dos Reis, Augusto Ferreira Alves Mendes, Francisco Timóteo Rebello, Guilherme Schultz da Silva (capitão), Ivo Torres Sousa e Jerónimo Eusébio dos Santos.
LYCEU PASSOS MANOEL – SÓCIO DA AFL Nº 10
António Pinto Coelho, Armando Guerra, Cândido Barroso, Carlos Galvão, Celestino Henriques, Eurico Jaime Aldim, Filipe Manso, Francisco Serradas, João Pinto Coelho, João Pinto de Almeida, José Costa Brandão, José Oliveira Carmo, José Vitorino Branco, Pedro Reis, Raul dos Santos, Vasco Galvão e Virgílio Gomes da Silva (capitão).
DATAS, JOGOS, CAMPOS, RESULTADOS E INCIDÊNCIAS
1ª VOLTA
Jogo nº 127 – Em 4 de dezembro de 1910 (domingo), 12H00 – ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DO LYCEU DA LAPA/ACADÉMICO SPORT CLUB (3-0), no campo de Alcântara. Árbitro: Pedro Del Negro.
Jogo nº 128 – Em 4 de dezembro de 1910 (domingo), 10H00 – LYCEU PASSOS MANOEL/LYCEU CAMÕES (4-0), no campo de Alcântara. Árbitro Pedro Del Negro.
Jogo nº 129 – Em 11 de dezembro de 1910 (domingo), 10H00 – LYCEU PASSOS MANOEL/ACADÉMICO SPORT CLUB (0-1), no campo de Alcântara. Árbitro Pedro Del Negro.
Jogo nº 130 – Em 11 de dezembro de 1910 (domingo), 11H30 – COLLEGIO NACIONAL/LYCEU CAMÕES (0-2), no campo de Alcântara. Árbitro: Pedro Del Negro.
Jogo nº 131 – Em 18 de dezembro de 1910 (domingo), 10H30 – CASA PIA DE LISBOA/ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DO LYCEU DA LAPA (2-0), no campo de Alcântara. Árbitro: Eduardo Ferreira Luiz Pinto Basto.
Jogo nº 132 – Em 18 de dezembro de 1910 (domingo), 12H00 – COLLEGIO NACIONAL/ACADÉMICO SPORT CLUB (0-0), no campo de Alcântara. Árbitro Augusto Sabbo. Neste jogo, a Associação de Football de Lisboa aplicou uma derrota ao Collegio Nacional por ter feito alinhar um jogador não inscrito.
Jogo nº 134 – Em 8 de janeiro de 1911 (domingo), 12H00 – CASA PIA DE LISBOA/LYCEU CAMÕES (3-0), no campo de Alcântara. Árbitro: Pedro Del Negro.
Jogo nº 135 – Em 8 de janeiro de 1911 (domingo), 10H30 – LYCEU PASSOS MANOEL/ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DO LYCEU DA LAPA (FC-V), no campo de Alcântara. Árbitro: Pedro Del Negro.
Jogo nº 136 – Em 15 de janeiro de 1911 (domingo), 11H00 – COLLEGIO NACIONAL/LYCEU PASSOS MANOEL (0-5), no campo de Alcântara. Árbitro: Alfredo Viegas.
Jogo nº 137 – Em 15 de janeiro de 1911 (domingo), 09H30 – ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DO LYCEU DA LAPA/LYCEU CAMÕES (V-FC), no campo de Alcântara. Árbitro: João Lopes Figueiredo.
Jogo nº 138 – Em 22 de janeiro de 1911 (domingo), 11H00 – CASA PIA DE LISBOA/ACADÉMICO SPORT CLUB (V-D), no campo de Alcântara. Árbitro: Pedro Del Negro.
Jogo nº 139 – Em 22 de janeiro de 1911 (domingo), 12H30 – COLLEGIO NACIONAL/ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DO LYCEU DA LAPA (0-8), no campo de Alcântara. Árbitro: Pedro Del Negro.
Jogo nº 140 – Em 29 de janeiro de 1911 (domingo), 12H00 – LYCEU PASSOS MANOEL/CASA PIA DE LISBOA (0-6), no campo de Alcântara. Árbitro: Pedro Del Negro.
Jogo nº 141 – Em 5 de fevereiro de 1911 (domingo), 09H00 – LYCEU CAMÕES/ACADÉMICO SPORT CLUB (FC-V), no campo de Alcântara. Árbitro: Pedro Del Negro.
2ª VOLTA
Jogo nº 142 – Em 5 de fevereiro de 1911 (domingo), 12H00 – CASA PIA DE LISBOA/COLLEGIO NACIONAL (6-0), no campo de Alcântara. Árbitro: Josué Carlos Correia.
Jogo nº 143 – Em 12 de fevereiro de 1911 (domingo), 10H00 – ACADÉMICO SPORT CLUB/ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DO LYCEU DA LAPA (D-V), no campo de Alcântara. Árbitro: Cândido Rosa Rodrigues.
Jogo nº 144 – Em 12 de fevereiro de 1911 (domingo), 11H30 – LYCEU CAMÕES/LYCEU PASSOS MANOEL (D-V), no campo de Alcântara. Árbitro: João Carvalho Persónio.
Jogo nº 145 – Em 19 de fevereiro de 1911 (domingo), 10H30 – ACADÉMICO SPORT CLUB/LYCEU PASSOS MANOEL (3-0), no campo do Velódromo. Árbitro: João Carvalho Persónio.
Jogo nº 146 – Em 5 de março de 1911 (domingo), 10H00 – LYCEU CAMÔES/COLLEGIO NACIONAL (V-D), no campo de Alcântara. Árbitro: Josué Carlos Correia.
Jogo nº 147 – Em 5 de março de 1911 (domingo), 12H00 – ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DO LYCEU LAPA/CASA PIA DE LISBOA (0-0), no campo do Velódromo. Árbitro Pedro Del Negro. Este jogo não se realizou na data inicial, mas sim no dia 14 de maio de 1911, às 15H00, no campo do Lumiar, com o mesmo Árbitro.
Jogo nº 148 – Em 12 de março de 1911 (domingo), 10H30 – ACADÉMICO SPORT CLUB/COLLEGIO NACIONAL (4-0), no campo do Velódromo. Árbitro: João Carvalho Persónio.
Jogo nº 149 – Em 12 de março de 1911 (domingo), 12H00 – ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DO LYCEU DA LAPA/LYCEU PASSOS MANOEL (2-0), no campo de Alcântara. Árbitro: Pedro Del Negro.
Jogo nº 150 – Em 19 de março de 1911 (domingo), 09H00 – LYCEU CAMÔES/CASA PIA DE LISBOA (D-V), no campo do Velódromo. Árbitro: Pedro Del Negro.
Jogo nº 151 – Em 2 de abril de 1911 (domingo), 11H00 – LYCEU PASSOS MANOEL/COLLEGIO NACIONAL (V-D), no campo da Feiteira. Árbitro: Jorge Rosa Rodrigues.
Jogo nº 152 – Em 2 de abril de 1911 (domingo), 11H30 – ACADÉMICO SPORT CLUB/CASA PIA DE LISBOA (D-V), no campo de Alcântara. Árbitro: Pedro Del Negro.
Jogo nº 153 – Em 9 de abril de 1911 (domingo), 12H00 – ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DO LYCEU DA LAPA/COLLEGIO NACIONAL (V-D), no campo do Lumiar. Árbitro Plácido Abreu Duro (CIF).
Jogo nº 154 – Em 9 de abril de 1911 (domingo), 10H00 – CASA PIA DE LISBOA/LYCEU PASSOS MANOEL (V-D), no campo de Alcântara. Árbitro: Pedro Del Negro.
Jogo nº 155 – Em 9 de abril de 1911 (domingo), 11H00 – ACADÉMICO SPORT CLUB/LYCEU CAMÔES (V-D), no campo do Velódromo. Árbitro: João Carvalho Persónio.
Jogo nº 156 – Em 23 de abril de 1911 (domingo), 10H00 – LYCEU CAMÔES/ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DO LYCEU DA LAPA (D-V), no campo do Velódromo. Árbitro: Pedro Del Negro.
CLASSIFICAÇÃO:
1º CASA PIA DE LISBOA – Jogos: 10/Vitórias: 9/Empates: 1/Derrotas: 0/Golos marcados: 20/Golos sofridos: 1/Pontos conquistados: 19.
2º ASSOCIAÇÃO DE FOOTBALL DO LYCEU DA LAPA – Jogos: 10/Vitórias: 8/Empates: 1/Derrotas: 1/Golos marcados: 16/Golos sofridos: 2/Pontos conquistados: 17.
3º ACADÉMICO SPORT CLUB – Jogos: 10/Vitórias: 6/Empates: 0/Derrotas: 4/Golos marcados: 8/golos sofridos: 7/pontos conquistados: 12
4º LYCEU PASSOS MANOEL – Jogos: 10/Vitórias: 2/Empates: 1/Derrotas: 7/Golos marcados: 10/Golos sofridos: 14/Pontos conquistados: 5
5º LYCEU CAMÕES – Jogos: 10/Vitórias: 2/Empates: 1/Derrotas: 7/Golos marcados: 12/Golos sofridos: 12/Pontos conquistados: 5
6º COLLEGIO NACIONAL – Jogos: 10/Vitórias: 0/Empates: 0/Derrotas: 10/Golos marcados: 1/Golos sofridos: 26/Pontos conquistados: 0.
Total de golos marcados: 62
DESTAQUES MAIS RELEVANTES
*Em 2 de junho de 1910 (quinta), o Club Internacional de Football recebe convite da Sociedade de Gymnastica Hespanhola, para ir atuar em Madrid, em julho, mas tem dúvidas em aceitar por não ser a altura indicada conveniente para a realização do desafio.
*Em 17 de junho de 1910 (sexta), os críticos de então dão conta que a prática correta do jogo de futebol carece de gente que, entre outras valências, saiba ensinar esta modalidade, dado que já não existe nas Escolas e Liceus o “Mestre de jogos”, que muita falta faz para instruir os jovens desportistas. Chama também à atenção de que os jogadores não sejam violentos, quer a jogarem, quer para os adversários, assim como não devem falar/gritar no decorrer dos jogos, e que deixem de fumar nos intervalos dos desafios…
*Em 19 de junho de 1910 (domingo), realizou-se um desafio particular, inserido no programa “Mês desportivo”, no campo da Feiteira (em Benfica), entre o Sport Lisboa e Bemfica e o Sport União Belenense, cujo resultado foi favorável ao visitante, por 2-1. Perante o imenso calor à hora do início do jogo (14H30), só foi possível realizar a partida às 17H30, depois de três horas de espera!
*Em 4 de agosto de 1910 (quinta), a comissão encarregada de elaborar os projetos de Estatutos e do Regulamento de Provas da futura Associação de Futebol de Lisboa, constituída por Carlos Villar, Cosme Damião, Félix Redondo Adães Bermudes, Luiz Raul Nunes e Pedro Del Negro, prevê, em termos operacionais, que a Associação administre a modalidade em Lisboa e a Liga Portuguesa de Football, a quem ficará subordinada, supervisionará o futebol a nível nacional, assim como terá relações com o estrangeiro. Mais adiantou que será neste mês de agosto a discussão dos propostos documentos. Preveem que haverá sócios e clubes filiados que pagarão respetivas quotas semestrais e anuais. Disse, ainda, que fez expedir circulares a convidar pessoas de categoria no meio desportivo a inscreverem-se na futura Associação de Futebol de Lisboa.
*Em 7 de agosto de 1910 (domingo), a comissão organizadora da Associação de Futebol de Lisboa marcou para o dia 29 de agosto de 1910 (segunda), às 21H00, para se iniciar a discussão das propostas dos Estatutos e do Regulamento que irão vigorar na próxima época, nas instalações do Ateneu Comercial, sitas na rua de Santo Antão, em Lisboa.
*Em 10 de agosto de 1910 (quarta), a referida comissão organizadora solicita os nomes dos secretários e a morada das sedes das agremiações que mais ou menos cultivem o gosto pelo futebol para proceder a contatos com vista à sua filiação na novel Associação.
*Em 11 de agosto de 1910 (quinta), a reunião marcada para 29 de agosto (segunda) foi transferida para o dia 31 (quarta). Os documentos irão ser enviados na próxima semana para os clubes e indivíduos conhecedores do meio futebolístico e de categoria social. Continua-se a aguardar adesões.
*Em 17 de agosto de 1910 (quarta), é anunciada, para breve, a publicação de um livro que trata exclusivamente do futebol, onde explica a melhor maneira de como devem jogar os avançados, médios, defesas e guarda-redes, abordando os ensinamentos aos novos e aos já credenciados praticantes. A obra, editada pela Casa Guimarães, tem o título “Football”, é da autoria de J. Manchon, e traduzida por Portugal da Silva, do jornal “Diário Illustrado”, sendo o seu valor de venda ao público, a 120 reis.
*Em 18 de agosto de 1910 (quinta), foi dado a conhecer de que começou ontem a distribuição do projeto de Estatutos e Regulamento que vão orientar a nova estrutura do futebol, a Associação de Futebol de Lisboa.
*Em 21 de agosto de 1910 (domingo), o artigo 22º do projeto de Regulamento Interno da nova AFL, estabelece uma comissão de Árbitros. Na Inglaterra existem já há muito “Referees Societies”, onde se reúnem os juízes periodicamente para trocarem impressões, porem-se a par de novos factos, propor melhoramentos, organizar conferências e informar utilmente o público e especialmente os jogadores. Na Bélgica acaba de se formar uma associação análoga e em França uma comissão inter-federal aprovou uma associação de Árbitros, cujos fins principais, são: a) melhorar a qualidade dos juízes; b) melhorar a arbitragem; c) estabelecer estreitas relações desportivas entre os vários juízes; d) contribuir com as diversas Ligas, Uniões, Federações para o desenvolvimento do futebol; e) manter relações com as Associações de Árbitros de outros países. A próxima comissão de Árbitros da Associação de Futebol de Lisboa, bem compreendida, deverá terminar com muitas irregularidades, como as que decorreram na última época e que não pouco concorreram para o desprestígio do futebol entre nós.
*Em 23 de agosto de 1910 (terça), anuncia-se que, depois de amanhã, parte para Huelva, a convite do clube local, um grupo de jogadores portugueses que vão atuar naquela cidade espanhola, depois do CIF e do SCP terem declinado participar no desafio. O jogo é integrado no programa das Festas da Cidade. A equipa foi constituída da seguinte forma: Sport Lisboa e Bemfica: António Bernardino Costa, Cosme Damião, Henrique Costa e Luiz Francisco Vieira; Sporting Club de Portugal: António Couto de Abreu, António Rosa Rodrigues, António Stromp, Augusto Freitas, Francisco Stromp e João Bentes (capitão); Sport União Belenense: Francisco Bellas.
*Em 25 de agosto de 1910 (quinta), regista-se a primeira inscrição na AFL, a do Dr. Sá e Oliveira (proficiente Reitor do Liceu da Lapa e devotado propagandista do futebol e do Sport Club Império, que muito tem pugnado pelo desenvolvimento da modalidade).
*Em 27 de agosto de 1910 (sábado), a equipa mista da AFL ganhou, em Huelva, ao Club Recreativo local, por 4-0. Árbitro: Dom Gilbert. Golos: Luiz Francisco Vieira, aos 4 minutos, António Rosa Rodrigues (Neco), aos 21, Francisco Stromp, aos 40 e aos 27 da segunda parte. Ao intervalo: 3-0. A viagem para Espanha, foi atribulada, pelo tempo e cansaço que levou a comitiva a suportar. Saída de Lisboa às 18H30 de 25 de agosto (quinta), de comboio, com chegada a Vila Real de Santo António às 07H00 da manhã do dia seguinte. Vinte minutos depois estava-se em Ayamonte. A saída para Huelva foi às 11H00 em dois coches que gastaram mais de 9 horas em estradas más e poeirentas. Eram 20H30 quando chegaram ao destino. Depois do jogo, disputado sob calor abrasador, ao qual assistiram cerca de 8.000 espetadores, sendo somente os lugares reservados a serem pagos (50 cêntimos), os espanhóis brindaram a comitiva portuguesa com um excelente banquete no Hotel Madrid. A equipa do Club Recreativo de Huelva, alinhou com: A. Padilla, A. Tellechea, E. Bravo, Francisco Guzman, G. Navarro, J. Borrero, J. Guzman, J. Ramos, J. Valenzuela, Luiz Guzman e Manuel Guzman (capitão). Na AFL foram registadas as seguintes inscrições de sócios: Guilherme Ferreira Pinto Basto, Eduardo Ferreira Pinto Basto e Eduardo Luiz Ferreira Pinto Basto, figuras de valor que têm desenvolvido ações benéficas em prol do futebol; José Filipe Dionísio, comerciante; António d’Almeida Nunes Guimarães, 1º secretário do Sport Lisboa e Bemfica; e Manuel Fernandes, vice-presidente do Sport Club Império.
*Em 30 de agosto de 1910 (terça), para a Assembleia-geral marcada para amanhã, a entrada é livre, mas só têm direito a discutir os projetos: a) Os indivíduos que tenham já aderido à Associação de Football de Lisboa; b) Os delegados dos clubes que ainda façam parte da Liga Portugueza de Football; c) Os delegados dos clubes que já tenham aderido à Associação de Football de Lisboa; d) Os membros das anteriores direções da Liga Portugueza de Football. Os delegados dos clubes devem fazer-se acompanhar de documento comprovativo da sua qualidade de representante desse clube.
*Em 31 de agosto de 1910 (quarta), realizou-se a Assembleia-geral sobre a presidência de Pedro Del Negro e com a presença da comissão que elaborou os documentos. Começou a discutir-se, a alterar e a aprovar alguns artigos. Entretanto, inscreveram-se, como sócios individuais: Dom Bernardo da Costa Mesquitela, oficial da Marinha; Custódio Galamba, Ernesto Martins Cardoso e Tancredo Samuel Freitas Jenochio. Sócio coletivo: Football Grupo de Campo d’Ourique (segundo grupo inscrito).
*Em 2 de setembro de 1910 (sexta), foi aprovado o primeiro Capítulo dos Estatutos, que mereceu ligeiras emendas. Mais adesões, como sócios individuais: António do Carmo, Francisco do Couto Valente da Ponte e Horta Gavazzo, João Gomes Vieira e José Alfredo Holtreman Roquette (José Alvalade), todos diretores do Sporting Club de Portugal; José Eduardo Moreira Salles, oficial do Exército; Pedro Sanches Navarro, professor no Liceu Camões; Alfredo Franco e Manuel Garcia Carabe. Como sócio coletivo: Sport Lisboa e Bemfica (terceiro clube inscrito). Próxima reunião: dia 5 de setembro de 1910 (segunda), às 21H00, no Ateneu Comercial.
*Em 4 de setembro de 1910 (domingo), tomou-se conhecimento do registo das seguintes inscrições, como sócios individuais: Carlos Marrafa, diretor do Sport Lisboa e Bemfica; Joaquim Manuel Mogues; Júlio Jacinto Gomes Ferreira; e Raul Fonseca, diretor do Lisboa Football Club.
*Em 5 de setembro de 1910 (segunda), na Assembleia-geral discutiram-se os Capítulos 2º e 3º e parte do 4º. Assentou-se em que só os clubes que tiverem 1ª categoria é que podem concorrer às taças das 2ª e 3ª categorias e que as Escolas superiores só podem participar constituindo-se em sociedades legalmente organizadas. A nova Associação propõe-se organizar os campeonatos escolar e militar. Próxima reunião: dia 7 (quarta), às 21H00, no Ateneu Comercial.
*Em 7 de setembro de 1910 (quarta), discutiram-se os Capítulos 4º, 5º, 6º e 7º. Próxima reunião: no dia seguinte, à mesma hora e local. Novas adesões: Amílcar Ferreira Breia; Cândido da Silva Júnior; e Francisco Gomes Vieira.
*Em 8 de setembro de 1910 (quinta), passou-se a apreciação do Regulamento interno, o que se verificou em reuniões seguintes.
*Em 15 de setembro de 1910 (quinta), perante o aparecimento do projeto de Estatutos da Associação de Football de Lisboa, houve quem deduzisse existir compatibilidade com a existência da Liga Portugueza de Football, ficando cada qual a gerir o seu espaço de ação, uma no âmbito nacional (a Liga) e a outra, a nível distrital (a AFL). O tempo dirá o que de melhor será para o futebol.
*Em 17 de setembro de 1910 (sábado), agora na sede do Real Gymnasio Club Portuguez, sita na rua Serpa Pinto, 4, continuou-se com a discussão e aprovação de artigos do Regulamento.
*Em 20 de setembro de 1910 (terça), na Assembleia-geral, continuou-se a tratar do Regulamento. Carlos Villar propôs a criação de uma “Taça de Honra”, para ser disputada pelos grupos de Lisboa. Marcou-se para o dia 23 de setembro de 1910 (sexta), a Assembleia-geral nas instalações do Real Gymnasio Club Portuguez para ultimar a aprovação dos Estatutos da Associação de Futebol de Lisboa e o seu Regulamento de Provas, a qual funcionará com qualquer número de aderentes.
*Em 23 de setembro (sexta), foi feita na Assembleia-geral a leitura dos documentos definitivos, os quais foram aprovados, proporcionando, assim, que esta data fosse considerada como a da fundação da Associação de Futebol de Lisboa. A primeira Assembleia-geral formal foi marcada para o dia 3 de outubro de 1910 (segunda), na sede do Real Gymnasio Club Portuguez, para se proceder à eleição dos corpos gerentes da Associação de Futebol de Lisboa.
*Em 25 de setembro de 1910 (domingo), disputou-se no campo do Lumiar um desafio particular entre as primeiras categorias do Sporting Club de Portugal e do Sport Lisboa e Bemfica, com Daniel Augusto Queiroz dos Santos a arbitrar a partida, a qual foi ganha pelo clube visitado por 5-4.
*Em 28 de Setembro de 1910 (quarta), a Liga Portugueza de Football, emitiu o seguinte documento: “Nós, abaixo assinados, aprovando a orientação tomada pela Excelentíssima Comissão nomeada por uma das Direções transatas desta Liga para elaborar um Regulamento de Football; temos a honra de propor aos Excelentíssimos Delegados dos Clubes que da mesma fazem parte e aos Excelentíssimos Delegados que já dela fizeram parte, e que, por proposta aprovada e exarada na acta da última sessão desta Liga, têm o direito de discussão e de voto sobre assuntos referentes a esta Liga, o seguinte:
1º - Que se dê a esta Liga Portugueza de Football a feição que a Comissão acima citada entendeu dar-lhe e pela qual ela fica apta a dirigir o football em todo o país e a fazer um campeonato nacional, ficando existindo no distrito de Lisboa, uma nova Associação, denominada Associação de Football de Lisboa.
2º - Que se dissolva temporariamente esta Liga, visto o Regulamento por que ela se tem regido até aqui não satisfazer quanto à nova fase. A nova Associação de Football de Lisboa ficará, porém, responsável (e disso passará documento) pela elaboração de um novo Regulamento para ela e pela nomeação de uma Direção, e, só então, ficará reconstituída definitivamente segundo nova fase.
3º - Que todos os haveres desta Liga, quer em dinheiro quer em objetos, passem para a nova Associação, atendendo a que os clubes que já fazem e naturalmente virão a fazer parte dela são os que têm feito parte desta Liga.
4º - Que esta entrega seja feita à nova Associação mediante a troca de um documento não só como recibo, mas, no qual, também tome a responsabilidade do custeio das despesas da Liga futura logo que esteja reconstituída, e isto, enquanto ela não tiver um fundo seu, fundo que será em grande parte adquirido pelo pagamento da inscrição das associações que a ela aderirem. Esse documento e o documento acima citado devem ficar na nossa mão.
5º - Que esta nossa proposta, caso seja aceite, fique também em nosso poder depois de assinado por aqueles que a aprovarem e também por aqueles que a reprovarem, caso não tenha sido aprovada por unanimidade, como documento.
Lisboa, 28 de setembro de 1910.
A Comissão Administrativa desta Liga Portugueza de Football: O Presidente, Pedro Del Negro. O Secretário, Cosme Damião.”
A entrega à Associação de Football de Lisboa, correspondeu ao seguinte: 80$000 reis, em numerário; quatro taças de prata (três em poder do Sport Lisboa e Bemfica, uma no Liceu da Lapa, por terem ganho, respetivamente, os campeonatos de 1ª, 2ª e 3ª categorias, o clube, e o Escolar, o Liceu); um relógio de parede; dez camisolas de flanela azuis e brancas (as cores do equipamento da Liga); trinta e cinco toalhas; oito exemplares de Referees Chart; um regulamento da FIFA. O valor recebido ajudou a regularizar as despesas com a criação da Associação de Football de Lisboa, que orçou em 46$860 reis; e com a contratação de um escriturário e de um contínuo, cujos vencimentos foram, respetivamente, 6$000 e 3$000 reis.
*Em 3 de outubro de 1910 (segunda), na Assembleia-geral da AFL, realizada no Gymnasio Club Portuguez, foi abordada a dissolução da Liga Portugueza de Football, onde foram, então, eleitos para os órgãos sociais da Associação de Futebol de Lisboa, os seus primeiros dirigentes, já referidos anteriormente. Nesta reunião aconteceu o seguinte episódio: Estavam os trabalhos a ser abertos quando Ernesto Martins Cardoso entrou na sala e, esbaforido, lançou a notícia: “Estalou a revolução republicana!” Por entre a precipitação do momento, derramou-se um frasco de tinta vermelha sobre a papelada da mesa e um delegado desafeto da monarquia, não identificado, disse, premonitório: “Essa mancha vermelha é sinal de que a marcha será imparável!” E os trabalhos foram suspensos...
*Em 4 de outubro de 1910 (terça), a Direção do Grupo Sportivo Luzo-Campolide vai organizar, em dezembro, um torneio de football para 4ª e 5ª categorias e Infantil, com equipas não inscritas na Associação de Football de Lisboa, e pede aos clubes interessados que se inscrevam na sua sede, na rua Dom Carlos Mascarenhas, 8, rés-do-chão, em Lisboa, todos os dias, das 19H00 às 22H00. As inscrições têm o custo, respetivamente, de 2.000, 1.500 e 1.000 reis, O regulamento já está disponível.
*Em 18 de outubro de 1910 (terça), data marcada para a tomada de posse do primeiro elenco dirigente, coincidente com a primeira reunião oficial da Direção, cujos trabalhos foram dirigidos pelo Dr. António Joaquim de Sá e Oliveira, onde tomaram também posse elementos eleitos, em substituição dos que abdicaram dos seus cargos, e que foram: Mesa da Assembleia-geral, presidente, Visconde de Alvalade; Direção, presidente, Guilherme Ferreira Pinto Basto; tesoureiro, José de Alvalade. Decidiu-se, ainda, os seguintes assuntos: a Secretaria funciona todas as noites, até ao fim da época, no Palácio Palmella, no largo da Calhariz, das 20H30 às 22H30, exceto sábados e domingos. Oficiou-se aos 3 clubes inscritos como sócios coletivos (Império, Campo de Ourique e Bemfica) a dar conta que o período das inscrições para os campeonatos das 1ª, 2ª e 3ª categorias, iniciará a 20 de outubro (quinta) e terminará a 2 de novembro (quarta), às 22H00. Para o campeonato escolar as inscrições abrem a 1 (terça) e fecham a 10 de novembro (quinta). Nesta altura existiam 3 clubes fundadores (Império, Campo d’Ourique e Bemfica) e 64 sócios individuais.
*Em 19 de outubro de 1910 (quarta), às 20H00, reunião dos participantes no Torneio de 4ª categoria, organizado pelo Sport Club Império, na sua sede, na rua Augusta, 141-2º Esqº, em Lisboa.
*Em 20 de outubro de 1910 (quinta), a Associação de Futebol de Lisboa pensa organizar um jogo entre clubes português e inglês, com entradas pagas revertendo o produto para as vítimas da Revolução de 5 de outubro. Em próxima reunião da AFL, será apreciada a proposta do diretor Tenente José Salles. Os alunos da Casa Pia de Lisboa reuniram-se e fundaram o Sport Grupo Casapiano, para poderem praticar a modalidade preferida: o futebol. A sede é na Travessa das Terras de Santana, 20, em Lisboa.
*Em 21 de outubro de 1910 (sexta), na reunião da Direção, foram confirmadas as seguintes alterações no elenco da Direção: Abel Fontoura da Costa ocupou o cargo de presidente, substituindo, assim, Guilherme Ferreira Pinto Basto, que pediu escusa. Para Vice-presidente passou o Vogal José Eduardo Moreira Salles, cujo cargo foi ocupado pelo suplente António d’Almeida Nunes Guimarães. O Sport Club Império resolveu dar como concluído o Torneio que realizou. Vai abrir inscrições para uma nova competição.
*Em 22 de outubro de 1910 (sábado), a AFL diz ter à venda na Secretaria os Estatutos e o Regulamento de provas ao preço de 100 reis. Apela a novas filiações, o que já fizeram o Sport Club Império, Sport Club Campo d’Ourique e Sport Lisboa e Bemfica, cujos delegados junto da AFL, são, respetivamente, os seguintes dirigentes: Luiz Raul Nunes, Ricardo Del Negro e António d’Almeida Nunes Guimarães. O custo das inscrições na AFL, são: Filiação de clube, 3.000 reis anuais; Inscrição na 1ª categoria, 4.000 reis; 2ª categoria, 3.000 reis; e 3ª categoria, 2.000 reis, isto por época. Por cada jogador o valor da inscrição é de 100 reis.
*Em 26 de outubro de 1910 (quarta), o campo de Algés, designado como “Villa Matias” é pertença do Gymnasio Club Portuguez. A nova Direção do Club Internacional de Football tomou posse e decidiu inscrever-se na AFL, como sócio coletivo.
*Em 27 de outubro de 1910 (quinta), a Direção da Associação de Futebol de Lisboa informa que foi recebida proposta de filiação do Club Internacional de Football, que será apresentada na reunião de 29 de outubro de 1910 (sábado), às 21H00. Mais informa que expediu convites a diversas personalidades para exercerem as funções de juízes de campo, como: António Couto de Abreu, António Rosa Rodrigues, Charles Etur, Cosme Damião, Daniel Augusto Queiroz dos Santos, Eduardo Luiz Pinto Basto, Francisco dos Santos, José da Cruz Viegas, Pedro Del Negro e Plácido Abreu Duro e para comparecerem no dia 1 de novembro para elegerem, entre si, a comissão que vai gerir o seu setor, que será composta de presidente, um vice-presidente e dois secretários. A comissão eleita vai ter a incumbência de propor à AFL novos juízes de campo.
*Em 29 de outubro de 1910 (sábado), quanto a mudanças, e depois das alterações verificadas, a Direção ficou constituída da seguinte forma: Presidente, Abel Fontoura da Costa; Vice-Presidentes, Dr. António Joaquim de Sá e Oliveira e José Eduardo Moreira Salles; Tesoureiro, António do Carmo; Secretários, Carlos Villar e Luiz Raul Nunes; Vogais, Alberto J. Santos, Cândido Silva e Tancredo Samuel Freitas Jenochio. Suplentes, António d’Almeida Nunes Guimarães e Ernesto Martins Cardoso. Foi aprovada a inscrição do Club Internacional de Football (quarto clube inscrito). Foi decidido organizar um desafio de futebol, com entradas pagas, cujo receita seja entregue à comissão constituída para a amortização da dívida externa!
*Em 2 de novembro de 1910 (quarta), tomou-se conhecimento de que a comissão de juízes (árbitros), eleita, é composta por: Presidente, José da Cruz Viegas; Vice-presidente, António do Couto de Abreu, ambos do Sporting Club de Portugal; e Secretários, Augusto Sabbo e Plácido Abreu Duro, ambos do Club Internacional de Football.
*Em 3 de novembro de 1910 (quinta), inscreveram-se na Associação de futebol de Lisboa, os seguintes clubes: Lisboa Football Club, Sport União Belenense e Sporting Club de Portugal. Para o campeonato da 1ª categoria inscreveram-se 245 jogadores.
*Em 4 de novembro de 1910 (sexta), reúnem-se os delegados das 7 equipas concorrentes aos campeonatos das 1ª, 2ª e 3ª categorias, organizados pela Associação de Futebol de Lisboa, e que são Club Internacional de Football, Lisboa Football Club, Sport Club Campo d’Ourique, Sport Club Império, Sport Lisboa e Bemfica, Sport União Belenense e Sporting Club de Portugal, para elaborarem o calendário das três provas.
*Em 9 de novembro de 1910 (quarta), a Comissão de Árbitros reuniu-se com os seus filiados para nomearem os primeiros juízes e, ao mesmo tempo, chamou a atenção para serem o mais implacáveis possível com os jogadores que, no campo, abandonem o retângulo de jogo e que tenham a necessária correção não só na maneira de jogarem, como também na conduta, isto no decorrer dos desafios.
*Em 12 de novembro de 1910 (sábado), a sede do Grupo Football Bemfica situa-se no largo do Espírito Santo, em Benfica, na cidade de Lisboa.
*Em 13 de novembro de 1910 (domingo), inicia-se a época 1910/1911, com a realização dos três campeonatos promovidos pela AFL. Especialmente haverá jogos nos campos da Feiteira e do Lumiar, onde os clubes, nas três categorias, têm jogos às 10, 12 e 14H00, com entradas pagas (120 reis), que dão acesso aos três jogos do dia. As horas marcadas para o início dos desafios deverão ser cumpridas integralmente, não havendo tolerância alguma, situação tão perniciosa que se verificou na época passada.
*Em 19 de novembro de 1910 (sábado), a AFL suspendeu até ao final da época o jogador José Pedro da Silva, do Sport Club Campo d’Ourique (3ª categoria), por ter agredido um adversário, no encontro com o Lisboa Football Club. As inscrições para o Campeonato Escolar encerram a 20 de novembro, às 21H30. Já anunciaram a sua participação: Lyceu da Lapa, Collegio Nacional e Lyceu Passos Manoel. Partiu hoje para Madrid, a equipa do Sport Grupo Luzitano que vai participar num Torneio Internacional, que se desenrolará de 20 a 26 de novembro (de domingo a sábado), com equipas de Espanha, França e Inglaterra, sendo disputada uma artística taça de prata. Muitos adeptos do SGL acompanham o clube. Constituição da equipa portuguesa: A. Pereira, A. Sampaio, António Moreira, António Sepúlveda, Carlos Welles, Eduardo Faria Ribeiro, Fernando Cunha, João da Cruz e Silva, José Costa, Mário O’Neill (capitão) e Raul de Sousa.
*Em 22 de novembro de 1910 (terça), estão inscritos no Torneio do Grupo Sportivo Luzo-Campolide, os seguintes clubes: Beato Sport Club, Football Grupo Campo Pequeno, Football Grupo Nacional, Grupo Sport Bemfica, Portugal Sport Grupo, Sport Club Cruz da Pedra, Sport Football Palmense, Sport Grupo Peninsular e Sporting Club Estefânia. A primeira reunião de Delegados é a 24 de novembro (quinta), e o início da competição é a 1 de dezembro (quarta e feriado), no campo do clube organizador, nas Laranjeiras, com festa de abertura.
*Em 26 de novembro de 1910 (sábado), o Sport Grupo Luzitano, no Torneio que participou em Madrid, classificou-se em segundo lugar, pois perdeu com os ingleses.
*Em 27 de novembro de 1910 (domingo), a AFL avisa que os proprietários dos campos onde se realizam os jogos oficiais, são responsáveis pela segurança dos Árbitros, se houver conduta violenta por parte do público, dentro do terreno de jogo e durante a sua retirada, enquanto corra risco. Mais informa que os calendários das provas não serão alterados. Determinou, ainda, que os Árbitros têm livre acesso aos campos onde se realizem jogos oficiais da AFL. Foram colocados à venda o livro das Leis do Jogo, para a época 1910/1911, ao preço de 100 reis. Para os sócios da AFL, 50 reis. Também estão à disposição os calendários dos campeonatos da 1ª, 2ª e 3ª categorias, ao preço de 50 reis e o Regulamento de Provas, a 100 reis.
*Em 30 de novembro de 1910 (quarta), a AFL determinou que o intervalo entre os jogos no mesmo campo (final e início) é de 20 minutos. Foram admitidos, os seguintes novos sócios contribuintes: Albino Abranches, António do Couto de Abreu, Augusto Sabbo, Inácio Pereira, Jaime Mauperrin dos Santos (Dr.), João Lopes Figueiredo, José Casimiro Diniz, Plácido Abreu Duro e Raul Nogueira da Silva. Decidiu, ainda, suspender até ao final da época, o jogador José Caldas, do Sporting Club de Portugal.
*Em 1 de dezembro (quinta e feriado), o Club Internacional de Football inaugurou, com pompa e circunstância, o seu parque de jogos, em Sete Rios.
*Em 3 de dezembro de 1910 (sábado), todas as quartas-feiras realizam-se reuniões entre os Árbitros da AFL, mas pouco se sabe de que temas são tratados. A Imprensa avança que há juízes a quem faltam qualidades para o desejável desempenho na condução dos desafios. Por isso deseja-se um forte saneamento, para bem da modalidade.
*Em 6 de dezembro de 1910 (terça), A AFL deliberou punir severamente os Árbitros que no recinto do jogo critiquem em voz alta os colegas que estejam a atuar. O Árbitro António Couto foi punido com 30 dias de suspensão, por não ser severo na repressão de violências cometidas no encontro da 1ª categoria, que dirigiu em 20 de novembro de 1910, entre o Sport União Belenense e o Sport Lisboa e Bemfica. Também aplicou a suspensão por uma época ao jogador José Holtreman Roquette, do Sporting Club de Portugal, por ter abandonado o campo no desafio Sporting Clube de Portugal e o Sport Club Campo d’Ourique (3ª categoria), realizado no dia 27 de Novembro, e ter incitado os seus colegas de equipa a fazerem o mesmo. Também foi castigado com um mês de suspensão o jogador Joaquim Carvalho, do Sport União Belenense, 2ª categoria, por ter abandonado o campo depois de ter cometido outras infrações.
*Em 8 de dezembro de 1910 (quinta), a Comissão de Árbitros da AFL, face à gravidade dos acontecimentos que têm ocorrido nas redondezas e campo da Feiteira, propriedade do Sport Lisboa e Bemfica, é de opinião quer se deixem de realizar jogos naquele recinto.
*Em 15 de dezembro de 1910 (quinta), amanhã é posto à venda o calendário do Campeonato Escolar.
*Em 17 de dezembro de 1910 (sábado), existiu uma certa corrente que é de opinião que o Sport Lisboa e Bemfica e o Sport União Belenense sejam eliminados dos campeonatos da AFL, pela forma como praticam o football. A AFL aprova os seguintes sócios: António Rosa Rodrigues, Armando Machado, Cândido Rosa Rodrigues e Duarte José Duarte.
*Em 23 de dezembro de 1910 (sexta), a AFL, na sua reunião de ontem, tendo em atenção a Lei que consagra o dia de Natal à família, decidiu transferir os jogos marcados para aquela data, para o dia 1 de janeiro de 1911 (domingo). O Sport Club Império pretende chamar a si a realização da “Taça de Portugal”.
*Em 28 de dezembro de 1910 (quarta), uma situação embaraçosa: O calendário elaborado pela AFL apontava a realização de jogos no dia de Natal (domingo e feriado), marcando os seguintes desafios: Sporting Club de Portugal/Club Internacional de Football e Sport União Belenense/Sport Lisboa e Bemfica. O CIF não tinha jogadores suficientes pediu que o jogo se efetuasse no dia 1 de janeiro. A AFL deferiu o seu pedido. O SCP que tinha os seus jogadores prevenidos para o encontro no dia de Natal e não tendo recebido comunicação em contrário, apresentou as suas equipas no campo no respetivo dia e a tempo e horas. Cosme Damião, o Árbitro designado também apareceu e, perante a falta do CIF, averbou a vitória ao SCP. O CIF não aceitou a derrota, pois tem a documentação da AFL que o autorizou a não comparecer no dia de Natal, Entretanto, ficou acordado na reunião de delegados que o dia consagrado à família seria o dia 1 de janeiro (domingo e feriado) e não o 25 de dezembro (também domingo e feriado). Espera-se que a solução não venha a trazer prejuízo para a propaganda do futebol.
*Em 31 de dezembro de 1910 (sábado), Carlos Villar deixa o cargo de 1º Secretário da Direção da AFL, e é substituído pelo 2º Secretário Raul Luiz Nunes, o qual, por sua vez, deixa esse cargo em favor do vogal Tancredo Samuel Freitas Jenochio.
*Em 1 de janeiro de 1911 (domingo e feriado), na sede do Grupo Football Bemfica (rua Cláudio Nunes, 130, rés-do-chão, em Lisboa), realizou-se uma festa de confraternização, para a qual foram convidados os clubes que entraram nos seus torneios de 4ª e 5ª categorias e que chegaram às finais. Foram entregues os prémios aos dois grupos primeiros classificados. Este torneio teve 18 clubes inscritos e a previsão de se efetuarem 292 jogos, dos quias 58 não se realizaram por diversos motivos. O campo de Feteira (Bemfica), com 143 jogos efetuados foi o mais utilizado, seguindo-se o da Venda Nova, com 64, Lumiar, com 23 e Cruz Quebrada, com 11. Os melhores classificados, foram: 4ª categoria: 1º-Grupo Football Benfica, 24 pontos e 35-1, em golos marcados e sofridos; 2º-Club Football Operário, 20 pontos; e 3º- Sport Club Cruz da Pedra, 12 pontos. 5ª categoria: 1º-União Football de Lisboa, 39 pontos; 2º-Grupo Football Bemfica, 37 pontos; e 3º-Grupo Sport Bemfica, 30 pontos. No mesmo dia haverá um desafio entre grupos vencedores de cada escalão.
*Em 5 de janeiro de 1911 (quinta), a AFL reuniu para analisar e decidir o conflito que ocorreu entre o SCP e o CIF, tendo sido apresentada uma proposta de Tancredo Jenochio que pretendia que a AFL não considere o que se passou e que marque novos jogos entre aqueles clubes. Nesta reunião foram presentes os pedidos de demissão dos juízes Daniel Queiroz dos Santos (SCP) e John Scarlett (CIF).
*Em 14 de janeiro de 1911 (sábado), foi eleito presidente da Comissão de Juízes de Campo, Daniel Queiroz dos Santos.
*Em 15 de janeiro de 1911 (domingo), a Associação de Football de Lisboa, nesta data, tinha 13 clubes filiados. Ao fazer-se o balanço do meio da época, apoiam-se as iniciativas levadas até agora, vendo-se os bons resultados obtidos, principalmente na irradicação do jogo violento, do mau comportamento dos jogadores e espetadores, motivo para aumentar o número de adeptos, por tão salutar e dignificante atividade desportiva. Destaque-se o campeonato Escolar, onde as equipas se batem com valentia, mais calor e vontade, para tentarem arrancar o título ao Lyceu da Lapa.
*Em 20 de janeiro de 1911 (sexta), foi garantida a vinda a Lisboa de uma equipa francesa de football, de Bordéus, em maio próximo. Uma comissão técnica vai supervisionar a organização dos jogos.
*Em 12 de fevereiro de 1911 (domingo), levantada a suspensão ao Árbitro Joaquim Sepúlveda (SCI) e confirmado castigo ao jogador José Caldas, do SCP.
*Em 17 de fevereiro de 1911 (sexta), por proposta do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, foi enviada à Comissão da Fazenda um ofício da AFL pedindo à CML para oferecer um troféu, o qual se denominará “Prémio da Cidade”, a ser disputado no desafio final de cada época, pelos dois grupos melhores classificados.
*Em 2 de março de 1911 (quinta), reuniram a Direção da AFL e a Comissão dos Juízes de Campo para se formarem as equipas que representarão a Associação em jogos com equipas da província ou estrangeiros, como se descrevem:
GRUPO PRINCIPAL
Do Club Internacional de Football: Augusto Sabbo, Carlos Sobral, Eduardo Luiz Pinto Basto, Merick Barley e William Sissener.
Do Sport Lisboa e Bemfica: Artur José Pereira e Henrique Costa. Do Sporting Club de Portugal: António Rosa Rodrigues, António Stromp, Francisco Stromp e João Bentes.
SEGUNDO GRUPO
Do Club Internacional de Football: José Bello, José Palma e Kruss Gomes. Do Sport Club Império: Álvaro Cruz, António Borja dos Santos e José Guimarães. Do Sport Lisboa e Bemfica: Cosme Damião e Luiz Francisco Vieira. Do Sport União Belenense: Francisco Bellas e Salvador Ângelo. Do Sporting Club de Portugal: Cândido Rosa Rodrigues.
ESCOLARES
1º GRUPO
Do Académico Sport Club – António Martins Oliveira, Arquimedes Carapuna Manés, Artur Castro, Durval de Morais e Heliodoro Costa. Da Associação de Futebol do Lyceu da Lapa – Emílio António Pimentel Maldonado Pellen e Henrique Rocha. Da Casa Pia de Lisboa – Casimiro Leotte, Daniel Machado, João Quilhó e João Silva.
2º GRUPO
Do Académico Sport Club – António Dias dos Reis, Heitor Rodrigues da Costa Lemos e Renato Júlio da Costa. Da Associação de Football do Lyceu da Lapa – Afonso Henriques Marques Manaças, António Raymundo Gomes da Silva, António Ribeiro dos Reis, Arnaldo Sobral, João Eugénio e Rodolfo Fragoso. Da Casa Pia de Lisboa – Pedro Antunes d’Aguiar. Do Lyceu Passos Manoel – António Pinto Coelho.
*Em 26 de março de 1911 (domingo), pelas 11H00, realizou-se no campo do Lumiar, o desafio entre a equipa do 1º grupo Escolar da Associação de Football de Lisboa e a congénere da Universidade de Coimbra. Por causa do mau tempo e do mau estado do terreno de jogo, o encontro foi interrompido aos 15 minutos da primeira parte, com o resultado de 0-0. Árbitro: Daniel Queiroz dos Santos (SCP). Juízes de linha: António Rosa Rodrigues (SCP) e Plácido Abreu Duro (CIF). As entradas custavam 150 reis, cada. Eis a constituição das turmas: Universidade de Coimbra, António Picão, Carlos Sampaio, Filipe Mendes (capitão), Filipe Perdigão, João Diogo, José Cardoso, José Coelho, Júlio da Costa, Moniz Pereira, Nobre Guedes e Sérgio Pereira. AFL, António Marques de Oliveira, Arquimedes Carapuna Manés, Artur Castro, Casimiro Leotte, Daniel Machado, Durval Morais, Emílio Pellen, Heliodoro Castro, Henrique Rocha (capitão), João Silva e João Silva Quilhó. Suplentes: Afonso Manaças, Albino Soares, António Dias dos Reis, António Pinto Coelho, António Raymundo Silva, António Ribeiro dos Reis, Arnaldo Sobral, Francisco Serradas, Heitor Lemos, João Eugénio, Pedro Aguiar, Renato Costa e Rodolfo Fragoso.
*Em 1 de abril de 1911 (sábado), a Comissão Delegada das pequenas agremiações desportivas, que trata da organização de uma Federação para defender os seus interesses e direitos, diz que todas as informações poderão ser pedidas ao seu secretário, para a rua Cláudio Nunes, 130, participa que já começou a distribuir o projeto de Estatutos, e anuncia a adesão dos 9 clubes a seguir mencionados (nota: entre parêntesis, as datas da sua inscrição na Associação de Football de Lisboa): Club Football Operário, Grupo Football Bemfica (2 de novembro de 1916, quinta), Grupo Sport Bemfica, Luz Football Club, Portugal Sport Grupo, Sport Club da Cruz da Pedra (11 de setembro de 1911, segunda), Sport Football Palmense (13 de abril de 1916, quinta), Sport Grupo Progresso (25 de novembro de 1911, sábado) e União Football de Lisboa (12 de fevereiro de 1918, terça).
*Em 14 de abril de 1911 (sexta), prevê-se a realização de um jogo entre o Grupo Principal da AFL e a Tuna Académica de Lisboa, no dia 29 de abril de 1911 (sábado).
*Em 15 de abril de 1911 (sábado), a Câmara Municipal de Lisboa ofereceu um objeto de arte, no valor de 25$000 reis), à Associação de Futebol de Lisboa, o qual será atribuído ao vencedor do campeonato que se vem disputando. Nota: Este troféu tem estado, desde sempre, em exposição no Museu da AFL.
*Em 17 de abril de 1911 (segunda), de acordo com a Direção da Sociedade Euterpe de Bemfica, acaba de se lhe ligar o Football Bemfica. A equipa continuará a antiga, sendo apenas modificado o título, que será de futuro: Football de Bemfica, e o subtítulo: Grupo Sportivo da Sociedade Euterpe. Toda a correspondência deverá ser dirigida para a sede, sita na rua Cláudio Nunes, 130-1º andar, Bemfica, Lisboa.
*Em 27 de abril de 1911 (quinta), devido à AFL ter homologado o resultado do jogo Sport Lisboa e Bemfica/Sporting Club de Portugal, pediram a demissão do quadro de Árbitros, Daniel Queiroz dos Santos e Plácido Abreu Duro.
Neste dia, ralizou-se um desafio de football, entre uma seleção da AFL, que alinhou com o seu habitual equipamento (azul e branco) e a equipa da Tuna Académica de Lisboa (camisola metade vermelha, metade branca e calção branco, como a imagem demosntra), no campo do Lumiar, dirigido pelo Árbitro António Couto. O jogo teve entradas pagas, com ingressos a 120 e 320 reis, e terminou com um empate, a zero golos.
*Em 3 de maio de 1911 (quarta), o Grupo Desportivo Luso-Campolide organizou uma equipa infantil feminina de football (a primeira entre nós), cujas idades são entre os 9 e 12 anos, as quais receberão noções de ginástica (sueca) e treinos adequados para a prática da modalidade. O campo de jogos onde se preparam é o do clube, fronteiriço ao extinto Colégio de Campolide. No final de cada sessão prática é entregue às meninas um lanche, composto de pão, marmelada e laranjas.
*Em 7 de maio de 1911 (domingo), hoje não haverá jogos dos campeonatos da AFL, por se realizar, pela primeira vez, uma prova de “cross country nacional”, cujos participantes são inúmeros jogadores de football, que representaram os clubes a seguir indicados com a classificação final e a pontuação obtida na corrida: 1º Sport Club Império (96); 2º Sporting Club de Portugal; 3º Sport Lisboa e Bemfica (120); 4º Sport Grupo Progresso (129); 5º Club Internacional de Football (199); 6º Atheneu Comercial de Lisboa (208); 7º Gymnasio Club Portuguez (215); 8º Escola Académica (245). O vencedor individual foi o saudoso Francisco Lázaro, do Sport Lisboa e Bemfica, que percorreu os 4.800 metros em 20 minutos e 25 segundos. O 2º classificado (Augusto Fernandes, do SLB) ficou a 11 segundos e o 3º (Matias de Carvalho, do SCP) a 27. A prova foi organizada pela Liga Sportiva dos Trabalhos Athleticos e cada equipa era constituída por 6 corredores.
*Em 20 de maio de 1911 (sábado), pelas 16H30, a equipa francesa Stade Bordelais Université Club, constituída pelos seguintes jogadores: A. Mimaudi (20 anos), André Lassalle (18), Ch. Bollack (18), Georges Cazeaux (16), Henry Batier (21), J. Binot (21), J. Hardérs (30 e capitão), M. Hauret (19), Raoul Gros (23), René Lucas (26), S. Bedey (24), e Ribot e Soubies, suplentes, e pelo delegado Marcel Soubies, realiza, o primeiro de três desafios, para os quais foi convidada, tendo como adversário o Club Internacional de Football, no campo da Feiteira, gentilmente cedido pelo Sport Lisboa e Bemfica, tendo-se esmerado nas condições de cedência e apresentação do recinto, com uma excelente vedação, a separar os espetadores do terreno de jogo, que esteve impecavelmente bem marcado e os postes das balizas pintados de fresco (branco e vermelho). O CIF alinhou com os seguintes jogadores: Álvaro Salvação Barreto, Boaventura Bello, Carlos Sobral, Eduardo Pinto Basto, Elston Dias, H. Hunter, Johnson, José de Sousa Prego (capitão), Kruss Gomes, Merick Barley e William Sissener. A vitória sorriu ao CIF, por 2-1. Árbitro: Francisco dos Santos.
*Em 21 de maio de 1911 (domingo), pelas 13 horas, no mesmo campo, a seleção da AFL (grupo A), defronta os franceses, a quem vence por 5-1, tendo apresentado os seguintes jogadores: António Rosa Rodrigues (SCP), António Stromp (SCP), Artur José Pereira (SLB), Carlos Sobral (CIF), Cosme Damião (SLB), Eduardo Luiz Pinto Basto (CIF), Francisco Stromp (SCP), Henrique da Costa (SLB), João Bentes (SCP), Merick Barley (CIF) e William Sissener (CIF). O selecionado vence por 5-1. Árbitro: António Couto.
*Em 22 de maio de 1911 (segunda), pelas 17 horas, no mesmo campo, os franceses, no seu último jogo, vencem o Sport Lisboa e Bemfica, por 4-2, tendo este alinhado com: Alberto Rio, Alfredo Machado, António da Costa, Artur José Pereira, Carlos Homem Figueiredo, Cosme Damião (capitão), Francisco Bellas, Francisco Viegas, Germano de Vasconcelos, Henrique da Costa e José Domingos Fernandes. Árbitro: Merick Barley (CIF). No decorrer do convívio, na sede do SLB, uma criança subiu a uma cadeira e cantou primorosamente “A Marselhesa”, sendo os versos ouvidos com o maior silêncio e respeito por todos os inúmeros presentes que, no final da intervenção do pequenino, aplaudiram a lembrança e alguns até o beijaram.
*Em 27 de maio de 1911 (sábado), o União Football de Lisboa, Football Grupo Alcantarense e Grupo de Football Imperial tomaram a responsabilidade do arranjo e conservação de um campo para desafios de football, desde que o Grupo Football Bemfica, a exemplo do ano anterior, organizasse torneios de baixas categorias, e vai este grupo distribuir por todos os clubes que cultivem o football o programa e regulamentos que serão moldados em bases inteiramente novas. Os torneios abrangerão três categorias, as 3ª, 4ª e 5ª. Os prémios constarão de 33 medalhas de vermeil, de prata e de cobre, três objetos de arte aos três primeiros classificados e diplomas de honra a todos os clubes que cheguem â final. Informações para a sede do Football Bemfica, rua Cláudio Nunes, 130-1º andar, em Lisboa.
*Em 28 de maio de 1911 (domingo), às 16H00, no campo do Lumiar, com arbitragem de Ricardo Del Negro (SCCO) defrontaram-se as primeiras categorias do Sporting Club de Portugal e do Club Internacional de Football, para a disputa da “Taça dos primeiros teams”, cuja vitória sorriu ao CIF, por 1-0.
*Em 4 de junho de 1911 (domingo), às 16H00, realizou-se no campo do Velódromo, em Palhavã, o jogo entre o Club Internacional de Football e o Sport Lisboa e Bemfica, desafio arbitrado por Joaquim Travassos Lopes (SCI), na falta de Charles Etur (SCI). Foi disputada uma taça oferecida pela Sociedade Promotora de Educação Física, ao vencedor, assim como foram atribuídos diplomas alusivos. O SLB, copiosamente derrotado, por 5-0, e por ter alinhado só com 4 jogadores da primeira categoria, desafiou o CIF para jogo de desforra, onde se afirmaria mais forte e confiante, mas o adversário não foi além de ter repudiado a provocação. Os golos foram obtidos por: C. Barley (3) e H. Hunter (2).
*Em 18 de junho de 1911 (domingo), não se realizou, como estava previsto, o desafio Sporting Club de Portugal/Sport Lisboa e Benfica, em primeiras categorias, no campo do Lumiar, às 10H00, dirigido por Joaquim Travassos Lopes (SCI), cuja receita revertia para o Albergue das Crianças Abandonadas e Asylo de São João.
*Em 23 de junho de 1911 (sexta), pelas 21H00, na sede do Gymnasio Club Portuguez, a Associação de Football de Lisboa promoveu uma merecida homenagem a Januário Barreto, falecido em 23 de junho de 1910 (quinta), um dedicadíssimo propagandista da educação física e seu apóstolo fervente do football, cuja cerimónia foi presidida pelo Dr. Jaime Mauperrin dos Santos, da Sociedade Promotora de Educação Física e com a presença de Dr. Magalhães Lima, Dr. Aurélio da Costa Ferreira e Alfredo Soares, diretor e subdiretor da Casa Pia de Lisboa, Eleutério Gomes de Abreu, presidente do Gymnasio, Dr. José Pontes, Ferreira Pinharanda, Alfredo Soares, António Simões Raposo, João de Deus Guimarães, Joaquim Costa, Pedro Navarro, Félix Bermudes e Daniel Queiroz dos Santos, estes últimos da AFL, entre muitos e muitos admiradores do saudoso homem do football. A Tuna Académica e a Associação de Jornalistas Desportivos fizeram-se representar. À tarde houve uma romagem ao seu jazigo, no cemitério dos Prazeres.
*Em 2 de julho de 1911 (domingo), o jornal “Diário de Notícias” acedeu desinteressadamente ao pedido da AFL para desempenhar as funções de órgão oficial da Associação.
*Em 9 de julho de 1911 (domingo), às 14H00, a Direção da Associação de Football de Lisboa promove, no Centro Nacional de Esgrima, a entrega das taças aos clubes que ganharam os campeonatos da época 1910/1911, por si organizados, cujos vencedores foram:
Primeira Categoria, Club Internacional de Football.
Segunda Categoria, Sport Lisboa e Bemfica.
Terceira Categoria, Sport Lisboa e Bemfica.
Quarta Categoria (Escolares), Casa Pia de Lisboa.
Estes troféus e o “Prémio Cidade de Lisboa” estiveram em exposição no estabelecimento Maison Blanche, no Rossio.
Nesta época inscreveram-se na AFL 527 jogadores e 20 clubes, contudo, existiam em Lisboa, 77 clubes de football!
Também aconteceu que a AFL teve de contestar veementemente perante o Governo da República a questão dos seus clubes filiados, com campo de futebol próprio, terem sido indevidamente tributados, na sua opinião, com a Contribuição Industrial, imposto a vigorar desde 1902!
ÉPOCA 1910/1911
NOVOS GRUPOS
Altinho Football Club, Asylo Maria Pia Football Club, Avenida Football Club, com sede na rua dos Anjos, 145, em Lisboa, Beato Sport Club, com sede na Villa Zenha, 10, Lisboa, Club Operário de Football, Club Peninsular de Football, Football 5 de Outubro, Football Alameda, Football Club da Graça, Football Grupo “A República”, Football Grupo da Luz, Football Grupo Estrela Almadense, Football Grupo Paço de Arcos, Football Grupo Pátria Nova, com sede na rua do Quelhas, 7-1º andar, em Lisboa, Football Invencível Grupo, Grupo de Football 3 Estrelas, com sede no Barreiro, Grupo de Football Campo Pequeno, Grupo de Football Sports Illustrados, Grupo Sport de Carnide, Grupo Sport Santa Isabel, Grupo Sportivo do Grémio Estrella, Grupo Sportivo Guilherme Cossoul, Grupo Vencedor União Operário, Grupo Vitória Sport, Infantil Football Club, Luz Football club, Nacional Sporting Club, Sete Rios Football Club, Sport Club Prazerense, Sport Football Alameda, Sport Football Setubalense, Sport Grupo Bentense, Sport Grupo Estrela Brilhante, Sport Grupo Liberdade, Sport Grupo Luzitano, Sport Grupo Progresso, com sede na rua da Vinha, 24-A, em Lisboa, Sport Grupo Socorro, Sport Grupo Valmense, Sport Luzo Barreirense, The Bristish Luzo Sporting e União Sport Grupo.
REGISTO DE INSCRIÇÕES NA ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE LISBOA
(de 25 de agosto de 1910 a 24 de novembro de 1910)
SÓCIOS COLETIVOS
Em 25 de agosto de 1910
Nº 1 – SPORT CLUB IMPÉRIO, com sede na rua Assunção, 88-1º andar.
Equipamento: camisa com riscas largas verticais amarela e preta. Calção: branco. Meias: pretas.
Em 31 de agosto de 1910
Nº 2 – SPORT CLUB CAMPO D’OURIQUE, com sede na rua da Piedade, 59 rés-do-chão.
Equipamento: camisa branca com barra vermelha oblíqua. Calção: branco. Meias: brancas.
Em 2 de setembro de 1910
Nº 3 – SPORT LISBOA E BEMFICA, com sede na rua da Rosa, letra A.
Equipamento: camisa vermelha com vivos brancos na gola e punhos. Calção: brando. Meias: pretas.
Em 29 de outubro de 1910
Nº 4 – CLUB INTERNACIONAL DE FOOTBALL, com sede na rua Garrett, 47.
Equipamento: camisa branca e preta com riscas largas verticais. Calção: preto. Meias: pretas.
Em 3 de novembro de 1910
Nº 5 – SPORTING CLUB DE PORTUGAL, com sede na alameda do Lumiar, 73.
Equipamento: camisa branca e verde, metade vertical. Calção: preto. Meias: pretas.
Nº 6 – SPORT UNIÃO BELENESE, com sede na travessa de Santo António, 7
Equipamento: camisa azul com vivos brancos na gola e mangas. Calção: branco. Meias: azuis.
Nº 7 – LISBOA FOOTBALL CLUB, com sede na calçada do Sacramento, 14-2º andar.
Equipamento: camisa branca e preta, metade vertical. Calção: branco. Meias: pretas.
Em 10 de novembro de 1910
Nº 8 – ASSOCIAÇÃO ESCOLAR DO LICEU PEDRO NUNES, com sede na rua do Sacramento, à Lapa, 25.
Equipamento: Camisa branca. Calção preto. Meias: pretas.
Em 17 de novembro de 1910
Nº 9 – ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DA ESCOLA NACIONAL, com sede na rua das Pedras Negras, 36.
Equipamento: camisa com riscas largas azuis e brancas verticais. Calção: branco. Meias: pretas.
Em 24 de novembro de 1910
Nº 10 – CAIXA ESCOLAR DO LICEU PASSOS MANUEL, com sede Travessa do Convento de Jesus.
Equipamento: camisa verde com gola e punhos brancos. Calção: branco. Meias: pretas.
Nº 11 – ACADÉMICO SPORT CLUB, com sede na calçada do Duque, 20.
Equipamento: camisa branca e preta, metade vertical. Calção:branco. Meias: pretas.
Nº 12 – ASSOCIAÇÃO ESCOLAR DA CASA PIA DE LISBOA, com sede na rua de São Jerónimo (Belém).
Equipamento: camisa: preta. Calção: preto. Meias: pretas.
Nº 13 – LICEU CAMÕES, com sede no largo do Matadouro Municipal de Lisboa.
Equipamento: camisa branca. Calção: branco. Meias: pretas.
1 comentário:
Caro Alberto Helder. No seguimento do trabalho que estamos a executar afim de se publicarem as Unidades mobilizadas para o antigo Ultramar Português, no "site" da Biblioteca do Exercito (cerca de 4000, de todas as antigas Provincias), deparou-se-nos um distintivo do CTI de C Verde, dum Pel de Pol Militar, que não tem Nº. O fundo azul poderia remeter para os PPMs, 2259 ou 8271/72, mas o desenho e motivo central não são nada iguais aos que temos em arquivo. Tampouco nas minhas listas do SPM das unidades, consta ter havido uma unidade de PM, constituida com naturais de CV. Dado não puder enviar-lhe a imagem, por este meio, agradeço que entre em contacto comigo para o meu email: ccbitton@gmail.com , afim de lhe enviar a imagem.
Sou atenciosamente ao dispor
Carlos Coutinho
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