Dando
continuidade ao projecto inicial, que prevejo desenvolver perto de 20 séries à
volta do tema, segue-se, agora, o registo das 9 Companhias de Comandos que
foram mobilizadas para a então província
da Guiné-Bissau e que estiveram operacionais entre 1966 e 1975.
Antes, porém,
entre 1964 e 1966, atuaram no território 7 equipas de Comandos, designados por
Grupos Iniciais, criados localmente, cuja atividade foi simplesmente
fantástica, arrebatadora e brilhante, dado que nunca deixaram de defender e
praticar os ideais que tinham como objetivo!
Foram eles:
Fantasmas, Camaleões, Panteras, Vampiros, Apaches, Centuriões e Diabólicos,
cujas referências foram neste blog publicadas entre 16.01.2020 e
24.01.2020. As companhias formadas na Guiné-Bissau serão apresentadas oportunamente.
Entretanto, devo
dizer que esta série foi mais um trabalho agradável e gratificante de se fazer,
já que a procura dos respetivos elementos foi constante, complexa e demorada, tudo
isto perante a pandemia que se encontra entre nós, que dificultou, e muito, o
encontrar os dados necessários, nos vários e distantes locais onde se
procuraram e consultaram.
Mas,
felizmente, a situação vai sendo superada, logo, vamos, então, ao que
interessa, ou seja, o que se segue.
Eis o número
de militares que integraram as 9 Compan
hias, cujo total atingiu 1732 elementos,
assim distribuídos:
Oficiais: 72, sendo 11
Capitães, 4 Tenentes e 57 Alferes
Sargentos: 226, com 8 Primeiros-Sargentos,
19 Segundos-Sargentos e 199 Furriéis.
Praças: 1434, logo
375 Primeiros-Cabos e 1059 Soldados.
Na contagem
dos óbitos que se verificaram durante o conflito, situação sempre triste,
emotiva e saudosamente evocada com respeito, apreço e carinho por aqueles que
nos deixaram em plena juventude e vontade de viver, damos conta que o total
atingiu os 41 falecimentos, sendo 29 em combate, 11 por acidente e 1 devido a
doença.
Sobre os
feridos, os dados não são tão precisos, contudo registaram-se 359, sendo de
prever que o número total não esteja certo.
Ainda, quanto
aos Louvores e Citações Elogiosas (individuais e coletivas) existe o registo de
351 referências e nas punições aplicadas aos militares o número é de 190. Nos
dois casos é credível que os números pudessem ser muitos mais, dado que não
houve a totalidade das Companhias, prestarem estas e outras necessárias e
importantes informações.
Quanto a condecorações, dá-se conta que, no
total, as distinções das 9 Companhias, a nível individual, atingiram as 33,
sendo duas Medalhas de Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito; uma de
Valor Militar; duas de Serviços Distintos; nove Cruzes de Guerra de 1ª classe; duas
de 2ª classe; cinco de 3ª classe; 12 de 4ª classe.
Já a 3ª
Companhia de Comandos, a nível coletivo, para além de ter sido condecorada com
a Cruz de Guerra de 1ª classe, atribuição publicada no Diário do Governo 129, I
série, 30 de maio de 1968, páginas 841 e 842, também foi distinguida com o
Guião de Mérito do Exército (Ordem do Exército 7, de 31 de julho de 1982,
páginas 422 e 423), e, ainda, três flâmulas de Honra, grau Ouro, do Comando
Territorial Independente da Guiné-Bissau, e referentes aos meses de maio, junho
e dezembro de 1967, dado o integral cumprimento do dever face a ter resolvido várias
e complicadas tarefas operacionais.
Registe-se, também,
que a 38ª Companhia foi honrada com a Cruz de Guerra da 1ª classe, conforme
publicação no Diário da República 120, II série, de 24 de junho de 2016, página
19673.

Volto a dar
conta da minha estranheza pelo facto de os Serviços Competentes do Exército
Português não terem dedicado a devida atenção aos registos específicos da
Medalha de Mérito Militar e da Medalha de Serviços Distintos, como o fizeram
com as restantes honrarias, o que ocasiona só ser possível encontrá-las nas
imensas Ordens do Exército, nos seus milhares e milhares de páginas.
Abordados que
foram interessantes episódios, já publicados, dou conta dos próximos tópicos
relacionados com o projeto, os quais estão em preparação acelerada: Cursos
realizados na Guiné e em Moçambique; Companhias de Comandos formadas na Guiné-Bissau
e em Moçambique; Comandos guineenses que estiveram ao serviço de Portugal e
foram fuzilados na Guiné-Bissau; Desaparecidos; Óbitos; Condecorações;
Distintivos usados pelas unidades; e, por último, as Publicações relacionadas
com o tema.
ntes de
divulgar o programa da publicação dos episódios neste blog, volto a agradecer
profundamente a todos aqueles que contribuíram com a sua vontade, paciência,
dedicação e entusiasmo para que este empreendimento fosse possível executar com
paixão, responsabilidade, rigor e alguma celeridade, pedindo, ainda, que se
verificarem lapsos, omissões e imprecisões neste complexo
empreendimento, agradeço que me façam chegar as vossas estimadas observações
para proceder de imediato e em conformidade.
Por
último, informar, uma vez mais, da oferta que já fiz, graciosamente, a totalidade deste trabalho à
Associação de Comandos.
Eis o
calendário a cumprir:
3ª COMPANHIA
DE COMANDOS
1 de setembro
de 2020 (terça)
5ª COMPANHIA
DE COMANDOS
2 de setembro
de 2020 (quarta)
15ª COMPANHIA
DE COMANDOS
3 de setembro de
2020 (quinta)
16ª COMPANHIA
DE COMANDOS
4 de setembro
de 2020 (sexta)
26ª COMPANHIA
DE COMANDOS
7 de setembro
de 2020 (segunda)
27ª COMPANHIA
DE COMANDOS
8 de setembro
de 2020 (terça)
35ª COMPANHIA
DE COMANDOS
9 de setembro
de 2020 (quarta)
38ª COMPANHIA
DE COMANDOS
10 de setembro
de 2020 (quinta)
4041ª
COMPANHIA DE COMANDOS
11 de setembro
de 2020 (sexta)