quarta-feira, 20 de maio de 2009

2009 - RENOVAR, CONCENTRAR, DECIDIR...*

O presente artigo está pautado no poder de renovar, concentrar, decidir, afinal estamos diante de crise mundial que gera no individual a necessidade de se atualizar constantemente, procurando atender às exigências internas e externas do Ser Humano.
A maioria dos esportistas na área da arbitragem acumula inúmeras tarefas, vivem a exigência da modalidade, os avanços da tecnologia e da mídia, não reservando tempo para relaxar e realizar seus treinos de forma efetiva. Como conseqüência recarrega se de energia extra, e a partir desse estilo de vida, acaba se deparando com o processo de estresse, dificultando consideravelmente seu poder de renovação, concentração e tomada de decisão.

Sendo, o objetivo final de cada árbitro e de cada equipe de arbitragem a atuação com excelência em cada partida que seja escalada. A permanência em um ambiente de concentração requer uma atitude mental específica, e quando pensamos em Concentração, nos voltamos ao uso da mente focada em um determinado ponto; ou seja, ser capaz de focar um alvo e mantê-lo pelo tempo que desejar.

A concentração é um processo que carece de treino, devido a dificuldade em manter um pensamento focado por muito tempo. Fazer movimentos com concentração - significa dizer não as atividades de forma mecânica, isto é, fazer movimentos sem prestar atenção, e pensando em outras coisas que não tem relação alguma com o que se esta fazendo, é um passo para a distração.

Pensando nisso, é interessante destacar alguns movimentos observados ao longo do Trabalho Psicológico realizado junto à equipe de arbitragem, e que ajudaram a melhorar a capacidade de concentração, tais como:

1- Perceber quais são as fontes geradoras de distração;
2- Conscientizar o modo em que vive no aqui e agora;
3- Acentuar a melhor forma de treinamento;
4- Ressaltar as habilidades da atenção;
5- Fixar tais habilidades e apropriar se delas.

Além dos movimentos citados é muito importante destacar um cuidado especial ao sono, à alimentação, aos exercícios físicos, a rotina doméstica, entre outros fatores que podem interferir no processo de treinamento para a concentração.
Ao longo do processo psicoterapêutico, observa se clientes que quando estão em treinamento, e em busca de seus objetivos, usam a técnica de focar a atenção em seus pensamentos, procura falar sozinho, manter uma conversa interna enquanto treinam. Também relatam que este mecanismo é um elemento restaurador para monitorar o progresso que estás prestes a conseguir e concretizar.

Outra situação revelada pelo atleta é fazer aquilo que deseja - que quer - e perceber o que ilustra e motiva seus pensamentos, sentimentos. Este mecanismo revela o que é singular do humano, e parte para uma compreensão mais global e íntima no sentido que ele traz, para estar e continuar envolvido com a arbitragem.
Após estes apontamentos é interessante verificar a prioridade dos estabelecimentos de objetivos, e um exercício aprofundado de auto-avaliação, a fim de observar qual é o ritmo de atenção e concentração que esta instalada na rotina, e quais são os fatores responsáveis para renovar, inovar tais necessidades hierárquicas.

Dessa forma, evidencia que a prática consciente seja ela de relaxamento, ativação, tomada de decisão, disciplina, atenção e presença ativa são ingredientes básicos para desenvolver a capacidade de renovar, concentrar e decidir. Cada vivência neste sentido é provida de espontaneidade, que se manifesta como mudança.

Essas alterações visam qualificar as atitudes do árbitro dando a ele condições de enfrentar os problemas e desafios de forma que:
1- seja objetivo e sinta se seguro nas decisões;
2- esteja bem preparado fisicamente e mentalmente para atuar;
3- que tenha boa memória e seja capaz de captar detalhes essenciais com rapidez em situações complexas;
4- que possua capacidade de autocontrole e demonstre assertividade em caso de protestos, erros para seguir adiante com sua partida;
5- que a confiança adquirida revisite sua eficácia e aperfeiçoe todos os recursos que tem disponível para a presente ocasião.

Pode-se concluir que é chegado o momento de dar o melhor para o novo campeonato, e poder renovar, concentrar e decidir com a boa atuação estando a frente em todos os momentos com concentração e atitude mental positiva.
Cada experiência ajuda a reafirmar a crença nas capacidades e habilidades como árbitro de elite, além de confiar na integridade e em decisões objetivas.

Abraços com carinho a todos os integrantes da Equipe da Arbitragem.


* Novo trabalho elaborado por:
Marta Aparecida Magalhães de SousaCRP 06/24.728-1
Psicóloga Especialista Clínica-Escolar-Esportiva
Membro do Departamento de Gestalt-Terapia do Instituto Sedes Sapientiae.
Membro da Abrapesp - Associação Brasileira de Psicologia do Esporte.
Psicóloga Convidada da CBF-Confederação Brasileira de Futebol (Comissão Nacional da Arbitragem).
Pedagoga da Rede Estadual no Município de Guarulhos-Orientação de Estudos e Pesquisas - Escola Tempo Integral.
Grupo de Estudos: Gestalt-terapia; Psicologia do Esporte.

Atendimento no Consultório: Rua Cerqueira César, nº. 154, Centro, Guarulhos, SPaulo.Telefone: (011) 9642.9344 - 6440.0709 E-mail:martaapmagalhaes@yahoo.com.br

Ver estudo anterior: http://albertohelder.blogspot.com/2009/05/sindrome-de-burnout-em-arbitros-de.html

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