O meu bom amigo Christian Ducharme, responsável pelo sítio brasileiro CARTÃO VERMELHO – o mais emblemático a nível mundial – foi entrevistado pelo não menos credenciado ARBIFUTE (http://www.arbifute.com/), cujo diálogo passamos a reproduzir:ARBIFUTE (AR): Muito se fala das novas tecnologias. Na sua opinião seria benéfico para o futebol?
CD: Aqui no Rio de Janeiro já fizemos este teste. Pelo poder conferido ao árbitro, esses novos assistentes de balizas tiveram participação praticamente nula durante os jogos, mostrando-se muito passivos. E não tem como ser diferente. Muito melhor seria mesclar esta ideia com aquelade dois árbitros centrais com mesma autoridade. AR: Nos últimos anos, não se tem visto árbitros brasileiros em grandes competições internacionais. Tendo o Brasil jogadores de classe mundial, porque não "aparecem" os árbitros brasileiros?
CD: Nos últimos anos, o factor político tornou-se preponderante para ascensão profissional de um árbitro no Brasil. Aquele tempo romântico acabou. AR: O Brasil é um bom exemplo de árbitros e assistentes femininos. Qual é a relação que existe entre homens e mulheres na arbitragem brasileira?
CD: A convivência é muito boa, não há problema algum no campo de jogo. Os dirigentes incentivam as mulheres oferecendo ascensão meteórica àquelas que conseguem atingir os índices dos testes físicos masculinos, pois não há concorrência entre elas. Há mais vagas que candidatas.AR: Qual seria a "medida radical" a aplicar no sector da arbitragem (Mundial)?
CD: Profissionalizar os árbitros, para que pudessem dedicar-se ao desporto, assim como fazem os jogadores e técnicos. O árbitro não pode continuar a ser o único amador no campo de futebol. Isso não tem cabimento lógico. São Paulo - Com Ana Paula Oliveira
Nota: Christian Ducharme, 34 anos de idade, possui graduação em Engenharia Eléctrica (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e respira futebol 24 horas por dia. Ex-Árbitro da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, onde se iniciou em 2001.
CHRISTIAN DUCHARME (CD): Vídeos, chips electrónicos, etc. trariam uma grande evolução ao futebol. A FIFA deveria inserir instrumentos tecnológicos como elementos opcionais do jogo. Assim, grandes competições poderiam adoptar e beneficiar. Creio que o público iria aprovar tais medidas.
AR: Na Europa, a UEFA adoptou pelos 2 árbitros de baliza em vez das novas tecnologias. Será esta uma boa alternativa aos meios tecnológicos?CD: Aqui no Rio de Janeiro já fizemos este teste. Pelo poder conferido ao árbitro, esses novos assistentes de balizas tiveram participação praticamente nula durante os jogos, mostrando-se muito passivos. E não tem como ser diferente. Muito melhor seria mesclar esta ideia com aquelade dois árbitros centrais com mesma autoridade. AR: Nos últimos anos, não se tem visto árbitros brasileiros em grandes competições internacionais. Tendo o Brasil jogadores de classe mundial, porque não "aparecem" os árbitros brasileiros?
CD: Nos últimos anos, o factor político tornou-se preponderante para ascensão profissional de um árbitro no Brasil. Aquele tempo romântico acabou. AR: O Brasil é um bom exemplo de árbitros e assistentes femininos. Qual é a relação que existe entre homens e mulheres na arbitragem brasileira?
CD: A convivência é muito boa, não há problema algum no campo de jogo. Os dirigentes incentivam as mulheres oferecendo ascensão meteórica àquelas que conseguem atingir os índices dos testes físicos masculinos, pois não há concorrência entre elas. Há mais vagas que candidatas.AR: Qual seria a "medida radical" a aplicar no sector da arbitragem (Mundial)?
CD: Profissionalizar os árbitros, para que pudessem dedicar-se ao desporto, assim como fazem os jogadores e técnicos. O árbitro não pode continuar a ser o único amador no campo de futebol. Isso não tem cabimento lógico. São Paulo - Com Ana Paula Oliveira
AR: Como surgiu o sítio Cartão Vermelho (http://www.cartaovermelho.esp.br/)
CV: O site surgiu para suprir uma lacuna de informação na arbitragem brasileira. Fomos o primeiro site especializado no assunto e hoje temos contactos em vários países de língua portuguesa. Nosso objectivo foi criar uma comunidade virtual de árbitros de futebol, que fosse um local de referência e de troca de experiência para os usuários. Já tivemos mais de 4 milhões de acessos e já promovemos alguns eventos que contaram com os maiores nomes da arbitragem brasileira, o que é motivo de orgulho para nós.
São Paulo - Comigo e com Teodoro Castro Lino
AR: Uma mensagem para os árbitros portugueses:
CV: A arbitragem portuguesa é uma escola de primeira linha. Destacaria a organização, a forma estruturada desde os cursos até os grandes jogos europeus e o respeito do meio aos homens vestidos de preto. Se considerarmos que estes elementos são nulos no Brasil, os nossos árbitros são verdadeiros heróis.
Nota: Christian Ducharme, 34 anos de idade, possui graduação em Engenharia Eléctrica (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e respira futebol 24 horas por dia. Ex-Árbitro da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, onde se iniciou em 2001.
2 comentários:
Olá,
obrigado pela referência :)
1 grande abraço
Caro e Amigo
Sr. Alberto Helder,
Alder Dante faz-me recordar trinta e tal anos para tràs, pois ele apitou jogos aquando eu era Inciado, Juvenil e Junior, nas Distritais de Santarèm. Que saudades dos Clubes onde joguei, União Desportiva de Santarèm, União Desportiva de Almeirim e Grupo Desportivo "O Coruchense"
Um abraço
Zé Manuel Oliveira
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