É, sem dúvida, uma iniciativa, um serviço público, a merecer elogios…
-Rua da Conceição-Agora os carteiristas já não trabalham tão à-vontade no eléctrico mais famoso dos Estados Unidos, que serve a famigerada carreira 28 (Martim Moniz-Campo de Ourique/Prazeres), já que os responsáveis daquele país recomendam aos seus concidadãos/turistas que tenham cuidado redobrado com os haveres, dada a quantidade e qualidade de execução dos amigos do alheio. Passo, então, a descrever aquilo que vi num dia útil da semana passada quando apanhei aquele transporte público na baixa lisboeta, para ir a uma repartição do Ministério do Exército, no Campo de Santa Clara.-Igreja da Sé Catedral-
Quando entrei na rua da Conceição deparei com três meliantes estrategicamente colocados no interior do veículo, mas sem esboçarem qualquer movimento suspeito perante as potenciais vítimas, o que me causou estranheza, pois nesta época do ano andam sempre numa azáfama à procura, garantidamente, do subsídio de férias.
Acontece que na paragem que serve a Sé Catedral de Lisboa estava um jovem agente da Polícia de Segurança Pública, fardado, e, logo que os viu, destemido e consciente do seu dever, entrou no eléctrico passou por eles e colocou-se bem situado junto à parte traseira, sempre a seguir ostensivamente as atitudes dos gatunos, ao ponto de ter-me apercebido que estavam com um certo mal-estar, pelas palavras que entre si proferiam, mas em surdina e em código calão.
A atitude do cívico, sempre atento aos refinados biltres, transmitia confiança e segurança aos imensos passageiros nacionais e estrangeiros que viajavam tranquilamente e despreocupados com os seus pertences, o que é mau, pois cada um deve proteger o que é seu, não dando qualquer hipótese àqueles patifes, evitando, assim, os roubos e as suas nefastas consequências. E os alertas estão bem visíveis e explícitos no interior dos carros eléctricos, como se pode constatar nas imagens. -Igreja de São Vicente de Fora-
Para ir ao meu destino tive que sair no apeadeiro que serve a Igreja de São Vicente de Fora, na rua Voz do Operário, e, uma coincidência se verificou: é que também saíram os carteiristas e imediatamente a seguir o agente da autoridade. Os três optaram por caminhos diferentes, logo o polícia ficou, numa das esquinas, a acompanhá-los à distância… Conclusão: A estratégia agora é a marcação à zona, o que é uma estratégia digna de se louvar, pois assim os ladrões sentem-se sob vigilância, controlados, logo incomodados, e não actuam, o que vem a ser uma bênção para os distraídos ou desatentos.
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