AFIRMAÇÃO, RECONFIRMADA!...

Para quem tinha algumas reticências quando ao que asseverei aqui no passado sábado (dia 7) de que a Federação Portuguesa de Futebol pouco ou nada se interessa pela divulgação dos agentes de arbitragem nos bonitos e faustosos documentos que emite, a-propósito das partidas finais dos torneios que promove, poderá, agora, observar tal testemunho no último exemplo que difundiu.

Para a final da Taça de Portugal em Futsal, acontecimento verificado no dia imediato à minha observação (8 de Maio de 2011, domingo), há apenas 3 dias, portanto, foi editado um esplêndido, atractivo e colorido desdobrável (que tomo a liberdade de reproduzir, com a devida vénia), com 6 páginas, mas com duas delas dedicadas exclusivamente a publicidade, sem uma única referência à equipa de arbitragem que esteve em tão importante partida, e que foi constituída por Eduardo José Fernandes Coelho, de Aveiro (1º Árbitro), Nuno Miguel Costa Bogalho, de Coimbra (2º Árbitro), ambos FIFA, Paulo Alexandre Rosa Teixeira, de Lisboa (3º Árbitro) e Leandro Miguel Ramalho Pinho Costa, de Aveiro (Cronometrista), estes da 1ª categoria nacional.

Será isto um estímulo a quem tanto pugna e dignifica a entidade que representa?
Claro que não, bem pelo contrário… Será ostracismo, esquecimento ou indiferença?
Não venham com a velha história da nomeação que é feita em cima da hora, logo não há tempo para incluir os nomes dos eleitos no folheto. Isso é demagogia folclórica, barata. Chega que os órgãos federativos tenham interesse na solução desta questão e que dialoguem séria e positivamente. Nada mais!

Entretanto, se não bastasse a triste realidade, o documento recorda os jogos 13 jogos já disputados desde a temporada de 1997/98, e, mais uma vez, nada sobre os nomes dos Árbitros e Cronometristas que estiveram ao serviço da Federação, dando credibilidade e certificação oficial aos encontros que consagraram os vencedores de tão importante troféu!

À Imprensa foi distribuído um documento mais robusto, com 8 páginas, isto é, com mais espaço, mas mesmo assim, quanto aos Árbitros: o costume, nada, nicles! Devo afirmar que esta ingratidão tem acontecido ao longo dos tempos e não só na variante do Futsal!

Penso que já era tempo da APAF se preocupar com esta questão e propor na Assembleia-geral federativa que os Árbitros passassem a ter, neste caso, o mesmo tratamento como os restantes intervenientes. Repare-se que, conforme se pode constatar nas imagens, todos os jogadores finalistas até têm, no impresso, a data de nascimento, o seu peso, a sua altura, a sua nacionalidade e o lugar onde actuam, assim como as equipas técnicas, que, naturalmente, não são olvidadas, com os cargos que exercem… Mais, o pavilhão de Oliveira de Azeméis, onde se disputou o derradeiro jogo desta prova, também não foi esquecido, e lá vem a sua história desde a construção… Certo, certo é que os Árbitros não querem protagonismo, exigem, isso sim, respeito, compreensão e responsabilidade da hierarquia na honra e consideração que lhes são devidas. Simples!