sexta-feira, 1 de junho de 2012

EU QUERO O MELHOR PARA A ARBITRAGEM E PARA A APAF-ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ÁRBITROS DE FUTEBOL!

28 de Maio de 2012
Exmº Senhor
Presidente da Direcção da
APAF-Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol

Na sequência da curta e rápida conversa que, a meu pedido, tivemos hoje (finalmente), na APAF descrevo a seguir, para memória futura, os assuntos que apresentei e que mereceram da sua parte considerandos que achou por bem alegar, mas que os classifico de somenos, sem sentido objectivo e de baixo teor de credibilidade.

Esta reunião, por mim requerida no passado dia 16 de Maio quando me telefonou sobre a justificação que expressei por não ter ido ao jantar de aniversário da APAF, dizendo que se devia a “atitude, postura e comportamento do presidente”, mas que nada lhe diria senão pessoalmente, cara a cara, só hoje é que concretizou e por minha insistência, já que, decorridos tantos dias, senti não ser seu interesse ouvir-me.

Mas eu sou assim, enfrento as situações olhos nos olhos, seja com quem e onde for, razão porque persisti falar consigo, o que, com maior ou menor dificuldade, consegui, tendo sido utilizado para o efeito o gabinete do presidente.

Como sabe fui o segundo subscritor da sua candidatura à presidência da APAF e, desde logo ofereci os meus préstimos, independentemente do presidente não ter sido eleito para o Conselho de Arbitragem da FPF pela lista contrária à da APAF, a da Associação de classe, para lhe transmitir, face à minha experiência adquirida na Associação (mais de trinta anos) ideias, sugestões, maneiras de estar ou outras informações de que um novel presidente necessita para gerir tamanha organização. Desde quando tomou posse (24 de Fevereiro último), jamais me contactou para tal. Percebo hoje que tal ajuda seria uma perda de tempo para si…

Disse-lhe que seria conveniente reunir os Delegados eleitos à Assembleia-geral da FPF, processo conduzido pela APAF, e delinear estratégia adequada às propostas que viessem a ser apresentadas à votação, sendo certo que a decisão de voto seria da responsabilidade de cada qual.  

Na Assembleia-geral da APAF de 13 de Abril de 2012, manifestei a minha discordância quanto ao facto de ter proferido que, para estar mais esclarecido em diversos assuntos, o presidente iria receber conselhos no exterior, fora do círculo da APAF...

No dia 11 de Maio (véspera da Assembleia-geral da FPF) reuniu com 3 dos Delegados eleitos pelos Árbitros (Vítor Reis, Alfredo Basílio e eu), e disse-me, peremptoriamente, que iria votar favoravelmente o Regulamento de Arbitragem da Liga, tendo eu respondido – ainda não tinham chegado os outros dois delegados – que aguardasse a sua presença para discutirmos todos os assuntos da ordem de trabalhos em conjunto e não separadamente. Voltou, mais do uma vez, a insistir na votação positiva, atitude que considerei ser de pura influência, mas que não abdiquei de falar no tema em plena reunião. Com a presença dos dois elementos já mencionados e quando Vítor Reis disse que não iria votar favoravelmente o documento o presidente disse que o iria acompanhar na votação. Nessa altura começou a escrever o sentido de voto dos presentes e perguntou-me qual o meu. Respondi, afiançando que iria abster-me e tomou nota num papel. Chamei-o a sua atenção para esse inconveniente modo de actuação e, com show off, rasgou o papel!   

Na Assembleia-geral da FPF, de 12 de Maio, não me cumprimentou ou falou estando eu já no auditório, cerca de 10/15 minutos antes de começar a reunião magna. O mesmo se verificou durante ou após a sessão, tendo havido até intervalo para votações. Não se manifestou (favor ou contra) quanto à minha intervenção ao saudar os 33 anos da existência da APAF que comemorava no mesmo dia e que passo a descrever: Hoje a APAF-Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol comemora o seu trigésimo terceiro aniversário e é com enorme satisfação e orgulho que digo ter ajudado a fundar, criar, zelar e a manter esta organização no caminho da verdade desportiva, o que é, sem dúvida, um grande modelo de nobreza, seriedade e dignidade para todo o mundo que envolve o desporto-rei. Patenteia a sua elevada credibilidade afirmando que, até hoje, nunca foi alvo de mandatos de busca por qualquer Polícia ou pela Justiça. Tenho defendido os seus valores e continuo a fazê-lo com muita honra, sempre com ética, verdade e solidariedade. A APAF mantém a sua impecável conduta. Continua a ser uma grande escola de virtudes. Há que respeitá-la e seguir-lhe os exemplos. Estranhamente, o presidente, não falou de nada, nem tão pouco da presença (confirmada) de elementos da arbitragem portuguesa no EURO-2012! Mereciam ser citados na Assembleia-geral da FPF pela pessoa que dirige a Associação de classe. Até agora não promoveu reunião de avaliação dos Delegados eleitos pelos Árbitro na referida Assembleia-geral.

Nos fóruns organizados pelo CA da FPF, associados da APAF dizem-me, sem eu perguntar-lhes o que quer que seja, que entra mudo e sai calado. Será? Se tal for verdade, a APAF nada tem a dizer sobre o que se está a preparar para a arbitragem? Nem, no mínimo, terá dito da vantagem da presença dos Delegados eleitos pelos Árbitros naquelas reuniões para ficarem conhecedores das ideias e esclarecerem as dúvidas para que quando forem votadas as propostas estejam devidamente informados? Será que os convidados do CA da FPF têm capacidades e experiências, como se sabe terem sobejamente os Delegados eleitos pelos Árbitros?

Na final da Taça de Portugal feminina, em 13 de Maio no Estádio Nacional (Jamor), o presidente, estando na tribuna vip, no mesmo local onde eu estava, andou sempre muito próximo de pessoas importantes e muito distante dos Delegados eleitos pelos Árbitros, concretamente de mim, que me cumprimentou de fugida… Entendi ser extremamente importante reunir os 3 delegados que assistiam ao jogo e trocar, ali, algumas palavras sobre o que se verificou no dia anterior, na Assembleia-geral da FPF, mas tal não aconteceu, dada aquela sua preocupação.

Posto isto, sr. presidente, confirmo o que lhe transmiti por escrito e hoje pessoalmente.

Mais, entendo que se continuar na mesma linha de rumo, isto é, não mudar de atitude, postura e comportamento, sempre em favor da arbitragem, da APAF e dos seus associados, terei de lhe retirar a confiança associativa, que lhe dei aquando da sua candidatura e eleição.

Saudações
Alberto Helder
Sócio fundador 28

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois,surpresa?Não...
Pena que alguns elementos deste novo elenco e que são pessoas responsáveis,não tomarem uma atitude diferente,pois,em relação ao presidente da nossa Associação estamos conversados,todos sabiamos que assim seria.Mas,mais que nunca, estejemos atentos que coisas mais graves ainda aí vem.Esperemos não perder a identidade como associação de classe e a associação não seja a associação de alguns e não de ...