-HOJE-
Graças ao benfeitor Paulo Paiva dos Santos, que doou
significativa quantia, esta popular estância de veraneio vai voltar a
proporcionar, em 2013, férias às crianças mais carenciadas, já que não foi
possível continuar, no presente ano, uma meritória acção iniciada em 1927,
quando João Pereira da Rosa, director do jornal “O Século” materializou a ideia
de que as crianças mais necessitadas também deveriam merecer bem-estar fora de
portas, o que veio acontecer na Trafaria, e logo em turnos de 15 dias.
-PAULO PAIVA DOS SANTOS-
O Conde de Monte Real, em 1943, ofereceu valor suficiente
para serem adquiridos 8.000 m2. de terreno em São Pedro do Estoril local onde
veio a ser construída a Colónia Balnear, que se ainda se mantém.
-FEIRA POPULAR-
Também naquele ano foi erigida a Feira Internacional de
Amostras, mais conhecida pela Feira Popular, nos terrenos da Fundação
Gulbenkian, em Palhavã, espaço maravilhoso, de pleno agrado da criançada e não
só que tudo tinha para diversão e passar uma excelentes horas num ambiente
fantástico! Os proveitos desta iniciativa suportavam as despesas da
Colónia.
-CARRINHOS DE CHOQUE-
Saudosamente recordo que a senhora minha mãe, a Dona Ester,
levava as suas crias (Fernando, Ivone e eu), até àquele lugar, algumas vezes a
pé, desde o Príncipe Real, e a entrada custar 1 escudo. Passear pelo recinto
com tanta luz, movimento, cor, música, carrinhos de choque e sei lá que mais,
era um gozo tremendo para nós, miúdos… Terminávamos sempre a comer
algodão-doce, uma guloseima algo em conta, pois o dinheiro que o meu pai
ganhava (senhor Viriato) na Carris, como guarda-freio, não dava para mais. O
regresso a casa era da mesma forma mas por outro itinerário, para ficarmos a
conhecer melhor Lisboa.
-COLÓNIA (FOTO ANTIGA)-
Em 1979 o jornal foi extinto, mas a obra continuou. Em 1998
foi constituída a Fundação que passou a gerir a Colónia. A Feira Popular, que
entretanto se tinha mudado para Entrecampos, encerrou definitivamente as portas
em 30.09.2003, com o compromisso de que seria substituída por novo espaço lá
para os lados da Expo-98. Promessas…
-A MINHA IRMÃ E EU, NA COLÓNIA-
Bem, recordando a Colónia, quero dizer que eu e os meus
irmãos fomos seus frequentadores e naturalmente que relembro gostosamente momentos
inolvidáveis que perdurarão por todo o sempre…
-INSTALAÇÕES DO JORNAL-
Lembro-me das inspecções médicas que eram feitas nas
próprias instalações do jornal, no coração de Lisboa, no Bairro Alto, a saída em comboio especial da Estação do Cais
do Sodré directo a São Pedro, alguns nomes dos patronos das camaratas, como
Conde de Monte Real, Vilalva, os renhidos desafios de futebol em piso
alcatroado em que os dedos dos pés ficavam muito maltratados, os namoricos, os
banhos forçados (os banheiros não eram nada meigos), na praia o jogo do prego,
o recreio, as saborosas e suculentas refeições (pequeno almoço, almoço, lanche
e jantar), as visitas dos familiares, o receber correio, a marcha final de
despedida em que os jovens cantavam o “Adeus Colónia”, com a promessa de
voltarem um dia…
-O JORNAL “O SÉCULO”-
Bem-haja, pois, a Paulo Paiva dos Santos e outros
benfeitores!
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2 comentários:
Boa tarde, a respeito da sua experiência na Colónia Balnear Infantil "O Seculo" gostaria muito de conversar consigo.
A Fundação "O Seculo" faz no dia 3 de Abril 15 anos de existência. O aniversário será comemorado com um jantar de gala no casino Estoril, onde gostaríamos de apresentar o testemunho de algumas pessoas que já passaram por cá ou ainda são apoiados de alguma forma pelo Seculo.
Seria possível enviar-me o seu contacto?
O nosso mail é: colonia.ferias@oseculo.pt
Tel: 214 647 770
Contacto Mónica Meireles ou Bruno Silva
Olá amigos da Colónia infantil de O Século.Já não me lembro muito bem,mas penso que eram os anos 1968-1970 que passei aí umas férias lindíssimas, com muita alegria e amor das Funcionárias, nunca mais me esqueci desse tempo que passei aí.
Tenho muito que agradecer a essa Instituição.
Um grande abraço
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