sábado, 10 de novembro de 2007

UM CASO INÉDITO, NUM JOGO DE FUTEBOL




No domingo, dia 2 de Novembro de 1975 (ai que saudades, ai, ai…), dirigi o encontro 450º. da minha carreira, entre as equipas do Atlético Clube do Tojal e do Juventude União Clube, no campo do primeiro, jogo esse que contava para o Distrital da III Divisão, 1ª fase, com a particularidade de nenhum dos intervenientes (jogadores, dirigentes e outros agentes) ainda não possuírem a necessária licença emitida pela Associação de Futebol de Lisboa…

Foi uma trabalheira enorme já que, antes de se iniciar o desafio, para se confirmar a sua identificação tiveram de assinar o Relatório, em duplicado, e eu tive que anotar a proveniência e a data dos documentos que apresentavam para o efeito, tais como bilhetes de identidade, cartas de condução, cartões de estudante, etc. Ao todo foram recolhidas 54 assinaturas, conforme se pode constatar num dos relatórios já amarelado pelo tempo que já não volta...

Mais, a cabina da equipa de arbitragem não tinha condições pelo seu reduzido espaço, o que ocasionou uma grande fila à porta com os jogadores das duas equipas, já equipados, e os seus responsáveis e todos por ordem, havendo, naturalmente, as consequentes conversas de circunstância entre os espectadores sobre o que eles ali iriam fazer…

Mesmo com este aparato, o jogo iniciou-se com cinco minutos de atraso, o que foi contra os meus princípios, pois tudo terá que ser à hora certa.

Um dos auxiliares que tive neste jogo, o saudoso Manuel Silvino de Sousa já não está entre nós.

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