

Estiveram envolvidas 75 selecções e a nossa equipa, mais uma vez, não foi feliz, pois nas eliminatórias, não foi além de 1 vitória, 2 empates e 3 derrotas! Os resultados foram os seguintes: Roménia (em casa, 3-0, com golos de Jacinto (2) e Jacinto João, 27.10.1968) e fora, 0-1, em 12.10.1969), Suiça (em casa, 0-2, 16.04.1969) e fora 1-1, golo de Eusébio, 02.11.1969) e Grécia (em casa 2-2, com golos de Eusébio e Peres, 04.05.1969) e fora 2-4, golos de José Augusto e Eusébio, 11.12.1968).

A Fase final, disputou-se de 31 de Maio a 21 de Junho de 1970, em: Cidade do México (Estádio Azteca, capacidade 115.500), Guadalajara (Jalisco, 62.384), León (Guanajuato, 33.943), Puebla (Cuauhtemoc, 46.912) e Toluca (Luís Dosal, 27.000).

As 16 selecções finalistas: Alemanha, Bélgica, Brasil, Bulgária, Checoslováquia, El Salvador, Inglaterra, Israel, Itália, Marrocos, México, Peru, Roménia, Russia, Suécia e Uruguai.

Jogos efectuados: 32

Golos marcados: 95

Melhor marcador: o alemão, Gerhard Muller (n. 03.11.1945), com 10 pontos.

Assistência: 1.603.975 espectadores.

Advertências: 33 (Uruguai, 6. Russia, 5. Alemanha, Brasil, Itália, 4 cada. Checoslováquia e Roménia, 3 cada. Inglaterra, 2. México e Suécia, 1 cada).

Expulsões: Nenhuma.

NOTAS:
Os cartões disciplinares (amarelo e vermelho) começaram a ser exibidos neste mundial, pelo desmedido jogo carregado de infracções violentas no mundial anterior. Na primeira partida, entre o México e a Russia, o amarelo foi mostrado 5 vezes!

A televisão já difundia os jogos para todo o mundo.

Este mundial disputou-se a mais de 2000 metros de altitude!

Com 29 anos de idade Pelé, o "Rei" encerrou com chave de ouro a sua participação em Mundiais. Fez 4 golos e marcou o primeiro no último jogo com a Itália, que deu a vitória ao Brasil e a Taça Jules Rimet definitivamente, por ter alcançado três títulos. Recorde-se que a Jules Rimet foi executada pelo escultor francês Albert Lafleur em 1930.

No jogo final, entre o Brasil e Itália, estiveram presentes 107.412 espectadores.

Aos 45 minutos do primeiro tempo da partida entre México e El Salvador, do Grupo 1 da primeira fase, nenhuma das selecções tinha marcado. Os salvadorenhos tinham uma falta a seu favor no seu meio campo. Inexplicavelmente, o mexicano Padilha tocou a bola e o jogo seguiu como se nada tivesse acontecido. Na sequência do lance inusitado, Valdivia recebeu bola cruzada na área adversária e, sem marcação, empurrou para a rede. O árbitro egípcio Aly Hussein Kandil nada fez e validou o golo, que abriu caminho para a goleada mexicana (4-0), isto perante uma das maiores assistências na competição (103.058 espectadores). Jamais voltou a ser escalado para qualquer outro encontro.

O atacante Uwe Seeler, da Seleção da Alemanha de 58 ate 70, divide com Pelé a honra de serem os únicos jogadores até hoje a marcarem golos em quatro mundiais.

Banks, o intransponível goleiro da selecção inglesa de 66 e 70, só sofreu um tento no México, marcado pelo brasileiro Jairzinho, mas defendeu uma cabeçada de Pelé até hoje considerada a maior defesa da história.

Verificaram-se reviravoltas em alguns desafios, mas o do jogo Peru-Bulgária (3-2), em que a jovem selecção andina não só superou a desvantagem inicial, como também o peso das notícias que vinham do seu país, destroçado por um terramoto (31.05.1970), de grau 7.5, que matou mais de 75.000 pessoas!

O sector ofensivo brasileiro era formado por jogadores que actuavam com o número 10 na camisa dos seus clubes: Pelé, Gérson, Rivellino, Tostão e Jairzinho.

Nas Eliminatórias, a Selecção brasileira foi treinada por João Saldanha, que chamou aquele grupo de jogadores de “feras”.

A partida decisiva foi contra o Paraguai no Maracanã e teve o maior público pagante da história do futebol: 183.341.

Depois de marcar ao Brasil, o checoslovaco Petras comemorou ajoelhando-se e fazendo o sinal da cruz. O gesto, transmitido pela TV, chocou, uma vez que a Checoslováquia era um país comunista e, por isso, oficialmente ateu.

O entusiasmo dos adeptos mexicanos era tão grande que até os seus árbitros eram aplaudidos quando entravam em campo.

Com medo de contaminação, a delegação inglesa levou ao México todos os alimentos que consumiriam durante o Mundial. A notícia se espalhou, o que irritou os mexicanos. Durante todo o torneio os ingleses tiveram de conviver com a hostilidade da torcida local.

A Itália quebrou um incrível tabu: desde 1938 a Azzurra não passava da primeira fase.

Marrocos foi a primeira selecção africana a marcar golos em mundiais.Nesta competição procedeu-se à primeira substituição da história em mundiais, no jogo do país anfitrião com a Russia, tendo Puzach ocupado o lugar de Serebrianikov.
-Fair play no Alemanha, 3 - Inglaterra, 2-

Carlos Alberto Parreira, preparador físico em 1970, quando o Brasil foi tri-campeão, no México, é formado em educação física, mas, curiosamente jamais jogou futebol. 

-Suécia, 0 - Itália, 1-
ARBITRAGEM
Foram seleccionados 30 Árbitros dos seguintes 28 países: Alemanha (2), Argentina, Áustria, Bélgica, Bermudas, Brasil, Chile, Colômbia, Egipto, Escócia, Espanha, Estados Unidos, Etiópia, França, Holanda, Hungria, Inglaterra, Israel, Itália, Japão, Jugoslávia, México (2), Peru, Portugal, Roménia, Russia, Suiça e Uruguai.
-Os cartões disciplinares-
ABEL AGUILAR ELIZALDE (n. 05.08.1929), MÉXICO, AR=1 e FL=2.
ABRAHAM KLEIN (n. 29.03.1934), ISRAEL, AR=1 e FL=1.
ALY HUSSEIN KANDIL (n. 20.12.1920), EGIPTO, AR=1 e FL=1.
AIRTON VIEIRA DE MORAES (n. 14.02.1929), BRASIL, AR=1 e FL=1
ANDREI RADULESCU (n. 09.02.1925), ROMÉNIA, AR=1 e FL=2.
ANTÓNIO SALDANHA RIBEIRO (n. 07.12.1927 e f. 12.12.1999), PORTUGAL, AR=1 e FL=1.
ANTÓNIO SBARDELLA (n. 17.10.1925 e f. 14.01.2002), ITÁLIA, AR=2 e FL=2.
ARTURO YAMASAKI (n. 11.05.1929), PERU, AR=1 e FL=2.
DIEGO PEDRO LUÍS DE LEO (n. 05.12.1921), MÉXICO, AR=1 e FL=1.
DRAGO HORVAT (n. ), JUGOSLÁVIA, AR=0 e FL=2.
FERDINAND MARSCHALL (n. 19.02.1924 e f. 14.11.2006), ÁUSTRIA, AR=1 e FL=4.
GUILLERMO VELASQUEZ (n. ), COLÔMBIA, AR=0 e FL=4.
GYULA EMSBERGER (n. ), HUNGRIA, AR=0 e FL=3.
HENRY RICHARD LANDAUER (n. 08.01.1929), ESTADOS UNIDOS, AR=1 e FL=3.
JOHN KEITH TAYLOR (n. 21.05.1930), INGLATERRA, AR=1 e FL=3.
JOSÉ MARIA ORTIZ MENDIBIL (n. 11.08.1926), ESPANHA, AR=2 e FL=3.
KENNETH CHARLES DUSTAN (n. ), BERMUDAS, AR=0 e FL=3.
KURT TSCHENSCHER (n. 05.10.1928), ALEMANHA, AR=1 e FL=3.
LAURENS VAN RAVENS (n. 18.09.1922), HOLANDA, AR=2 e FL=1.
NORBERTO ANGEL COEREZZA (n. 24.10.1933), ARGENTINA, AR=2 e FL=2.
RAFAEL HORMAZABAL DIAZ (n. 13.10.1929), CHILE, AR=1 e FL=2.
RAMON BARRETO (n. 14.09.1939), URUGUAI, AR=1 e FL=1.
ROBERT HOLLEY DAVIDSON (n. 19.07.1928), ESCÓCIA, AR=1 e FL=2.
ROGER MACHIN (n. 28.05.1926), FRANÇA, AR=1 e FL=2.
RUDI GLOECKNER (n. 20.03.1929), ALEMANHA, AR=2 e FL=2.
RUEDI SCHEURER (n. 25.05.1925), SUIÇA, AR=2 e FL=3.
SEYOUM TAREKEGN (n. 01.09.1937), ETIÓPIA, AR=1 e FL=2.
TOFIK BAKHRAMOV (n. 29.11.1925 e f. 12.10.1993), RUSSIA, AR=1 e FL=2.
VITAL LORAUX (n. 22.09.1925), BÉLGICA, AR=2 e FL=2.
YOSHIYUKI MARUYAMA (n. ), JAPÃO, AR=0 e FL=2.

-Moeda cunhada alusiva ao mundial-
Árbitros repetentes:
1962 e 1966 - Yamasaki
1966 – Bakhramov, Kandil, Tschenscher

-Curioso documento filatélico-
O nosso representante, António Saldanha Ribeiro, de Leiria, o terceiro Árbitro português nos mundiais, actuou no Estádio Guanajuato, em León, nos seguintes encontros do grupo 4 (1ª fase):
07.06, Alemanha-Bulgária (5-2), como auxiliar (espectadores: 12.710)
11.06, Bulgária-Marrocos (1-1), como Árbitro e 12.299 assistentes. N
Não exibiu qualquer cartão disciplinar.
Vídeo da final:
http://www.youtube.com/watch?v=3_3nRplehGk&feature=related
Sem comentários:
Enviar um comentário