sexta-feira, 5 de setembro de 2008

ORIENTAL-SILVES, O JOGO QUE VI NO DOMINGO, DIA 31 DE AGOSTO






Contava para a primeira eliminatória da Taça de Portugal, e disputou-se entre as equipas do Clube Oriental de Lisboa (fundado 08.08.1946), filiado na Associação de Futebol da Capital e está a disputar a 2ª divisão nacional, série D, e do Silves Futebol Clube (f. 04.04.1919), este pertencente à Associação de Futebol do Algarve e participa na III divisão, série F. -A equipa de arbitragem. Da esquerda: Pedro Gamito, Nuno Campos e Hugo Guerreiro-

O resultado final foi favorável ao grupo lisboeta somente por um golo sem resposta. Na rodada seguinte vai defrontar o Clube Desportivo Feirense, da II Liga Profissional, e filiado na Associação de Futebol de Aveiro. O jogo será novamente em casa e está marcado para o dia 14 deste mês de Setembro. -O desentorpecer muscular-

A equipa de arbitragem viajou de Santiago do Cacém, Distrito de Setúbal. O Árbitro foi o Nuno Manuel Gonçalves Costa Campos, do quadro da 2ª categoria nacional (na época anterior ficou classificado em 19º num grupo de 50). -A entrada no relvado das três equipas-

Os seus auxiliares: Hugo Miguel Cristina Guerreiro e Pedro Miguel Candeias Pereira Gamito. -Saudação-

Entretanto, apraz-me dar conta que este modelo de disputa da Taça de Portugal desta época deixa um tanto ou quanto a desejar, uma vez que, logo na primeira ronda, ficaram isentos 19 (!) clubes das divisões inferiores, o que é surpreendente, pois tantas equipas sem jogar, não é benéfico para o desenvolvimento da modalidade nestes escalões.
-A equipa de Silves saúda os intervenientes na partida-

Tive o privilégio de encontrar Manuel Pedro Gomes, o reputado Treinador do Oriental, pessoa que admiro e estimo, antigo jogador internacional português que envergou a camisa das quinas por 9 vezes e desde 1973/1974, quando deixou a actividade, enveredou pela carreira de Treinador, o que já o levou a dar a sua preciosa colaboração a imensos clubes de várias categorias nacionais.

-Agora a turma do Oriental-

Hoje é, também, conceituado e acreditado consultor, para a área do futebol, na imprensa, rádio e televisão.

-Pedro Gamito em acção-

Também cheguei à conversa com outro amigo e companheiro de longa data, o Fernando Rodolfo, antigo Árbitro dos quadros nacionais e actualmente dirigente da Associação de Futebol de Lisboa.

-A atenção de Hugo Guerreiro-

O Estádio onde se realizou o jogo de domingo passado, o Estádio Engº Carlos Salema, hoje com um relvado excelente, trouxe-me à memória de duas finais que ali dirigi, em terra batida, com vedação e a bancada tinha cobertura, o que hoje não acontece, pois numa noite caiu inesperadamente, não causando vítimas. Se fosse num dia de jogo, seria uma tragédia incalculável…

-Nuno Campos interrompendo a partida-

A primeira em 05.07.1975, entre duas equipas extremamente rivais, dum Bairro altamente crítico (o Casal Ventoso) em que a equipa favorita, o Lisboa Futebol Clube perdeu por 1-2, com a União Desportivo Clube. Um fantástico jogo com a lotação esgotada, com milhares de fervorosos adeptos a incentivarem os seus clubes!

-Advertindo-

Foi um jogo muito disputado dentro e fora do rectângulo, as claques bateram-se fortemente entre si, a Polícia, naquele tempo, nada podia fazer de concreto e graças à forte rede metálica protectora, não saltaram para a área de jogo, pois senão seria o fim!

-O jogo chegou ao fim-

No final, quando as três equipas estavam alinhadas para se proceder à entrega da taça ao vencedor, apareceu um fanático à minha frente a insultar-me (estávamos no tempo do PREC-Processo Revolucionário Em Curso) e o capitão da turma que perdeu (a do tal faccioso) deu-lhe um violento soco que o fez recuar e estatelar-se desamparado no chão, e disse-me, desabafando: Senhor Árbitro, isto não é nada consigo… Eu, aliviado e ao mesmo tempo espantado, meditei: Felizmente… Tive como colegas, o sempre lembrado Armindo Rodrigues Pires, que já não está entre nós, e o José Pires Alves.

-Manuel Pedro Gomes (n. 16.10.1941)-

No segundo jogo, efectuado em 29.07.1978, com o Lisboa Clube Rio de Janeiro que venceu o favorito, o Imparcial 1º de Junho por 2-1, tendo-se verificado uma expulsão. Foi o único jogo em que o meu saudoso pai me viu actuar.

-Recorte do Jornal Record de 08.07.1975-

Aqui verificou-se muito menos assistentes pois esta final teve que ser repetida e o Imparcial, que tinha perdido no primeiro encontro e protestou-o, voltou a perder com o grupo menos cotado, que para arranjar o mínimo de jogadores viu-se e desejou-se, pois a época já tinha terminado há muito… Colegas que me acompanharam neste encontro: José Pires Alves e João Francisco Cardoso Morais.

-Recorte do Jornal Record de 30.07.1978-

Ai que saudades, ai, ai…

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