sábado, 19 de fevereiro de 2011

ZAMOR NAZARÉ DOS SANTOS – CARÁCTER, LUTADOR E EXEMPLO!

Este bom, enorme e espectacular amigo esteve comigo e não só em São Tomé e Príncipe a cumprir serviço militar obrigatório, como Furriel Miliciano e pertencia ao Serviço de Reconhecimento de Transmissões. Inteligente, simples, educado, solidário e, acima de tudo, amigo do seu amigo, granjeou a simpatia de tudo e todos, com o cumprimento integral e rigoroso das tarefas que desempenhou a nível militar, assim como no espaço pessoal, e até na área lúdica quando praticava o seu desporto favorito, o futebol, com alegria, destreza e total entrega, mas sempre com elevado desportivismo, graças aos seus princípios. Fomos companheiros como jogadores na equipa da Companhia de Comando e Serviços, ele (na foto, com ponto verde) como médio e eu (ponto vermelho) como avançado. Nos jogos que interviemos não havia distinções quanto às patentes militares, havia isso sim, empenho, luta, suor, dedicação, e o Zamor lá estava no sítio certo para orientar a turma no caminho da vitória, coisa rara naquele tempo… Também participou nas equipas de arbitragem que dirigiam os jogos do campeonato militar de Voleibol de 1965! Enfim, era uma maneira de se passar o tempo para evitar o sentir das saudades, muitas saudades dos nossos mais próximos, dos nossos sítios, dos nossos hábitos, da nossa vida normal, pois a juventude imperava e não fomos criados para aquele género de rigor castrense. De regresso a casa (Junho de 1966) viajámos no mesmo navio, o Niassa, numa viagem tormentosa, difícil e muito ingrata pelo que se passou quanto à alimentação, alojamento e demais situações nada coincidentes com o mínimo exigido para o ser humano poder sobreviver! Na actualidade temos participado em diversos convívios com o pessoal da “tropa” em vários pontos de Portugal e no passado dia 4 de Janeiro fizemos-lhe uma surpresa, assim como a sua esposa (Henriqueta), ambos na primeira foto, pois um grupo de amigos (de Lisboa e do Porto) e respectivos familiares deslocaram-se até à zona de Torres Vedras e aí, à mesa, com cavaqueira à mistura, demos a volta a uma lauta refeição que deixou toda a gente satisfeita e com vontade de repetir a façanha, o que deverá acontecer em breve… Aliás, todos nós estamos sempre prontos para recordar comummente os bons momentos que passámos nas mais bonitas ilhas africanas: São Tomé e Príncipe!...

Sem comentários: