Comemora-se hoje o aniversário da Federação Portuguesa de Futebol, constituída em 1904, e está a dois anos de ser uma das poucas inscritas na FIFA que atinge os cem anos de existência. Felicitações, por tudo isto!Até aqui tudo pacifico, tudo nos conformes, o que já não se pode dizer do seu actual presidente que, tudo indica, vai ser mais do mesmo…ou, quem sabe, se pior ainda!
Senão, vejamos:
Em 22 de Dezembro de 2011 enviou-me uma carta por si assinada, muito bonita, cheia de palavras de circunstância a desejar-me boas festas e bom mandato como Delegado à Assembleia-Geral da FPF que, segundo entendi, podia contar com ele para lhe apresentar sugestões, ideias e projectos que valorizassem o futebol português, pois pretendia a colaboração de todos os agentes ligados ao desporto-rei.
Na resposta, agradeci os votos e disse-lhe que podia contar comigo. Alvitrei, até, uma reunião para, em breves mas produtivos momentos, expor alguns temas que considero importantes para o objectivo comum (pensava eu…), tais como a edição periódica e anual dos livros de leis do jogo (futebol, futsal, futebol de praia); o levantamento da biblioteca federativa, para a qual poderia oferecer obras antiquíssimas de que disponho; o relacionamento com os PALOPS, face à longa e profícua experiência que tenho; a história da arbitragem portuguesa, trabalhos que elaborei e que conclui e estão à disposição de todos os interessados, enfim…
Voltei a insistir perante a espera incompreensível duma qualquer resposta da sua parte e nicles… Invoquei a minha qualidade de Delegado à Assembleia-geral (eleito para representar os Árbitros, assim como o meu parceiro Joaquim Jesus, de Aveiro) e nada… Face ao ostracismo a que fui vetado, ajuízo claramente não serem assuntos que domina ou mesmo da sua simpatia. Humildade e sensatez são valores que muito prezo e propago. Eu, quando recebo uma carta, procedo em conformidade, isto é, respondo, assim aprendi desde que me conheço, desde menino e moço, pois comecei a trabalhar aos 10 anos de idade...
Bem, como nada até agora me disse e já lá vão 100 (cem) dias, entendo ser uma falta de respeito por quem quer o melhor para o futebol, que está ligado ao sector há mais de 40 anos, que continua a dar ao sector colaboração graciosa e quando tem que dizer a quem de direito, não manda “recados”, diz-lhes olhos nos olhos. Sempre fui responsável, independente e solidário e, assim, quero continuar até ao fim da minha existência. Meus pais transmitiram-se estes valores que aceitei, respeito e amplio. Transmiti-os ao longo dos 17 anos que fui formador na Associação de Futebol de Lisboa a centenas, senão milhares, de jovens que frequentaram os cursos de candidatos a Árbitro.
Mas vai ficar aqui registado um acontecimento que muito me surpreendeu e incomodou: O actual Presidente da FPF, em 9 de Dezembro de 2011, na véspera das eleições federativas e no dia em que já me encontrava em Portugal de regresso do Brasil (onde já tinha tentado contactar-me), telefonou-me, como candidato, naturalmente, a avisar-me para não me esquecer do acto eleitoral, o que muito me espantou, pois a proceder assim, o desejo pela presidência da Federação estava bem presente pelo método directo que usou para com um Delegado…
Achei ter sido um tremendo abuso, pois antes nunca eu lhe dei o número do meu telemóvel, nem sequer me tinha colocado à sua disposição, ou, ainda, lhe dei a ele ou a terceiros autorização para me contactar…
Claro que bateu à porta errada, não só por não o ter apoiado na campanha eleitoral, como, lendo o seu fraco programa de candidatura, como felizmente não votei na sua lista, pois não lhe reconheci qualidades, ou seja, o perfil adequado para exercer o cargo que ambicionava…
Bem, para se ficar com a noção exacta do processo que decorreu até agora, transcrevo as mensagens que enviei, todas elas recebidas nos serviços federativos, as quais, como disse, ficaram e ficam sem resposta, porque, com este Presidente a proceder como o faz, se não se retratar, será pessoa que jamais quererei dialogar... Afinal, o futebol é que ficará a perder, o que muito lamento.
22.12.2011
Exmº Senhor
Dr. Fernando Soares Gomes da Silva
Ilustre Presidente da
Federação Portuguesa de Futebol
Agradeço e retribuo os votos de Boas Festas com Amizade, Apreço, Consideração e Respeito.
Quanto aos desejos formulados por V. Exª de que o mandato agora iniciado para os membros da Assembleia-geral venha a ser coroado de êxitos, mensagem que muito me sensibilizou, dou conta que muito gostaria de reunir com V. Exª para expor assuntos de relevante interesse para a Federação Portuguesa de Futebol, tais como o relacionamento com os PALOP, edição dos Livros de Regras F.11, Futsal e Futebol de Praia, História da Arbitragem portuguesa e Biblioteca do Futebol.
Ficarei, pois, a aguardar as suas estimadas notícias.
Saudações
Alberto Helder
29.12.2011
Dª Marina Santos
No passado dia 22, faz hoje uma semana, o Dr. Fernando Gomes, actual presidente da Federação Portuguesa de Futebol, enviou-me, na qualidade de Delegado à Assembleia-geral da FPF, votos de Boas Festas e profícuo mandato, tendo agradecido a sua gentileza e, ao mesmo tempo, solicitei uma reunião de trabalho para lhe expor assuntos de relevante interesse para o futebol, como mais abaixo se pode ler.
Dado que até agora não tive qualquer resposta peço e agradeço os sempre preciosos e importantes préstimos da Dª Marina, no sentido de ser informado quanto ao ponto de situação sobre o meu pedido.
Com os melhores cumprimentos, aproveito para desejar um bom, feliz e positivo ano de 2012!
Alberto Helder
Telemóvel 913671154
PS – Ver hoje, amanhã e sempre: www.albertohelder.blogspot.com
Órgão de informação sem fins lucrativos.
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02.02.2012
Exmº Senhor
Dr. Fernando Soares Gomes da Silva
Ilustre Presidente da
Federação Portuguesa de Futebol
Com os melhores cumprimentos venho manifestar alguma surpresa pelo facto de não ter ainda merecido qualquer resposta à minha solicitação de 22 de Dezembro (ver anexo), dado que também estou interessado em contribuir graciosamente para a dignificação, valorização e prestígio da arbitragem portuguesa, aquém e além fronteiras, dado o acumular de experiência ao longo dos anos a que me dediquei a esta nobre causa, nos seus variados patamares, sem esquecer o cargo para que fui eleito recentemente (Delegado à Assembleia-geral da FPF, pelos Árbitros Distritais ou considerados equiparados).
Já agora, aproveito para recordar que o universo que represento naquele órgão federativo, assim como o meu parceiro de funções, Joaquim Alberto da Silva de Jesus, abrange 89,6% (5.077) do total dos elementos do sector inscritos na Federação (5.663), conforme dados de 12 de Setembro de 2011.
Como se pode ler e sentir estou totalmente empenhado em continuar a dar o meu melhor em prol do futebol em geral e da causa da arbitragem, em particular.
Espero, pois, que tenha a prezada resposta de V. Exª tão depressa quanto possível.
Alberto Helder
29.02.2012
Exmº Senhor
Dr. Fernando Soares Gomes da Silva
Ilustre Presidente da
Federação Portuguesa de Futebol
Volto à presença de V. Exª a dar-lhe conta que continuo a não entender o porquê de não receber qualquer resposta às mensagens que lhe enviei (ver abaixo), facto que cada vez me deixa mais preocupado, pois o que V. Exª tem afirmado, até de viva voz, ser uma pessoa dialogante e de uma abertura total para com quem tem ideias e possa ajudar a levar por bom caminho o futebol português.
Volto a reiterar que gostaria de dialogar com V. Exª, pessoalmente e por breves momentos, para lhe dar conta de assuntos que não gostaria de ver repetidos num passado recente, ao mesmo tempo dando pistas para iniciativas que reporto importantes para o nosso futebol, aquém e além fronteiras.
Volto a afirmar que quero o melhor para o desporto que tanto adoro, estimo e respeito. Nesta área tenho mais de 40 anos de experiência, vivida, actuante e voluntária.
Volto a dizer que, como já deixei transparecer, não procuro protagonismo junto de V.Exª nem mesmo vir a receber algo de quem dispõe do poder. O meu currículo é elucidativo. E se julgar ser importante ficar a saber quem eu sou, mais em pormenor e originalmente, basta clicar em: http://albertohelder.blogspot.com/2007/08/apresentao-e-tributo.html
Volto a solicitar uma sua qualquer resposta ao assunto que me trouxe até si - que partiu de sua iniciativa, louvável diga-se - pois considero que 66 dias para me dizer se me recebe ou não é, inegavelmente, demasiado e incompreensível.
Saudações
Alberto Helder

TÍTULOS – José Manuel Silva, de Lisboa, escreve sobre “Desportivismo”. João Gomes, do Porto, assina “Os Novos Fiscais de Linha”. Raul Ramos, de Lisboa, pergunta: “Para quando?”. Do Funchal, António Ferreira, redige “Uma sugestão que merece ser acarinhada”. David Costa, responsável pela rubrica “Tribuna do Árbitro”, explana “A propósito de… um a propósito”. Vítor Real, da capital moçambicana, subscreve “Aqui, Lourenço Marques”. “Álbum de foras de jogo”, da autoria de António Augusto Santos. Ramos Cavaleiro analisa o trabalho da “Escola de Futebol Infantil de Viseu”. Joaquim Campos, de Lisboa, realça “A orgânica da arbitragem na Áustria”. “Olhando o futuro”, de Carmo Lourenço. Manuel Marques dos Santos, presta “Esclarecimento sobre um fora de jogo”.
Realizaram-se as provas orais dos candidatos que frequentaram o terceiro curso em Viseu, houve pedidos de licenciamento deferidos, internamento hospitalar, transferências, viagens, nascimento, demissões, novos dirigentes da arbitragem de Ponta Delgada.
Pêsames pelo falecimento de Anísio Morgado, antigo Árbitro internacional que veio a falecer no Brasil vítima de atropelamento. Barros Araújo, antigo árbitro vila-realense, ganhou em Angola um concurso militar relacionado com cifra. O livro editado pelo espanhol Pedro Escartin, “Reglamento de Futbol”, está esgotado em Portugal e em Espanha, não sendo, assim, possível satisfazer os pedidos que estavam a aguardar resposta. A viagem dos juízes de campo de Lisboa à “Pérola do Atlântico” está prevista e espera-se que venha a ser um êxito. Eduardo Gouveia viajou para a Grécia onde dirigiu jogos do campeonato nacional local. Repudia-se as agressões de que foram alvo dois colegas, Diamantino Vidal (Vilafranquense-Torres Novas) e Raul Domingos Sequeira (Despertar-Aljustrelense), alvitrando-se pesados castigos para os energúmenos, para que fiquem a constituir um exemplo.
No Equador um Árbitro ao ordenar a marcação de uma grande penalidade foi agredido e o guarda-redes da equipa que ia sofrer o castigo raptado. Gerou-se uma confusão diabólica, razão mais do que suficiente para que o jogo fosse dado como terminado. Como a penalidade teria de ser marcada, a organização decidiu que a sua execução fosse no dia seguinte, à porta fechada, mas somente com a presença do Árbitro, um juiz de linha, o guarda-redes e o executante… O Árbitros francês Maurice Guigue, aborrece-se com muita facilidade e pede logo a demissão. Foi quando dirigiu a final do mundial de 1958 (Brasil-Suécia) não aceitou as críticas que lhe foram apontadas. Agora, no Real Madrid-Juventus, o Presidente Santiago Barnabéu também fez reparo ao seu trabalho. Já a Federação Belga eliminou na lista da FIFA o Árbitro que dirigiu no Real Madrid-Odense devido à sua má prestação. Em Espanha continua a vigorar o sorteio dos Árbitros para os jogos da primeira liga. O Árbitros de Saigão (Vietname) entraram em greve devido a um seu colega ter sido assaltado por um jogador. Querem maior dignidade e segurança. Enquanto isso não acontecer, não contem com eles.
ATLETAS DE ONTEM, ÁRBITROS DE HOJE – Carlos Dinis, de Lisboa, o entrevistado neste número, chegou a Árbitro internacional no futebol e no andebol, além de, como jogador, ter sido campeão nas duas disciplinas!
Grande parte do público que assiste aos domingos de manhã aos jogos da categoria de principiantes, encara-os como se fosse um desafio de adultos, ofendendo e insultando os jogadores e os Árbitros. Todavia aquele escalão etário merecia mais compostura e respeito. Mas, infelizmente, há quem não compreenda isso! Lamenta-se que a acompanhar a nossa selecção de Juniores à Roménia, não vá um Árbitro português. Se se verificar nos jogos de futebol as suspensões temporárias (a exemplo do que acontece noutras modalidades) o espectáculo e o público só lucrarão com isso, assim parece. Pretende-se que os agressores dos Árbitros sejam levados a Tribunal para serem punidos de harmonia com as infracções. Espera-se o quê?
ALBERTO COSTA – Na foto. Natural da Beira (Moçambique). A sua vida desportista, descrita por Barros de Araújo, é merecedora de atenção especial nas duas páginas que lhe são destinadas. Desde jogador muito jovem até se retirar da arbitragem, por limite de idade, tudo é escalpelizado e pormenorizado, ficando-se a conhecer o historial de um verdadeiro atleta e delegado do Boletim, em terras banhadas pelo Índico. Exerceu a actividade na área da arbitragem durante 23 anos.
Este colaborador, de Viseu, entre salpicos de outros ditos, brinda-nos com estes versos:









A leitura dos dados enunciados obedece a: lugar ocupado na tabela e a sua média. Nome do Árbitro. Data nascimento, Conselho de Arbitragem onde está filiado e quantos jogos dirigiu. Segue-se o número da jornada, o total de pontos obtidos nessa observação, tendo-se em consideração os seguintes parâmetros: jornal A Bola (0-10), jornal Correio da Manhã (0-10), jornal O Jogo (0-5), jornal Record (0-5) e Rádio Renascença (0-5). Por último, a data do desafio, as equipas intervenientes e o resultado final. 









NUNO Miguel Serrano ALMEIDA




OLEGÁRIO Manuel Bártolo Faustino BENQUERENÇA (FIFA)






