A Carris Metropolitana vai reunir as empresas de
transporte público rodoviário dos 18 concelhos da AML e servir 2,7 milhões de
pessoas. Haverá um sistema único de bilhética e um único mapa de rede, terá o
passe único de 40 euros, isenção para as crianças até 12 anos e um valor máximo
de 80 euros por cada família. A operadora vai permitir, por exemplo que uma
pessoa faça uma viagem entre Lisboa e Sintra com um só passe e com um autocarro
que terá uma decoração igual ao veículo que os residentes de Almada vão
encontrar se quiserem deslocar-se para o Seixal. Os atuais utentes não terão de
comprar cartões novos para acomodar este novo título de transportes.
A criação da Carris Metropolitana está associada ao
passe único de transportes, que vai começar a funcionar a partir de 1 de abril
nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e que será alargado ao resto do
país. O Estado irá contribuir com 83 milhões de euros para esta medida. Os
municípios terão de financiar estes passes. A proposta de Orçamento do Estado
para 2019 inclui a medida do passe único de transportes.
Um “passo de gigante” para a AML ter avançado com a
Carris Metropolitana, no entender do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando
Medina, que adiantou: “O Governo aprovou a medida mais importante e
revolucionária ao nível do sistema de mobilidade.”
Além de reduzir de forma significativa os 370.000
carros que entram todos os dias em Lisboa, a AML, com esta medida, pretende que
900.000 pessoas passem a estar cobertas com um passe intermodal
O que vai mudar em Lisboa? As mudanças nos transportes
públicos dentro dos 18 concelhos da AML vão decorrer em duas fases: a primeira
começa no dia 1 de abril, com a entrada em vigor do passe único de 40 euros por
pessoa e que irá permitir a deslocação, nesta área metropolitana, entre os 18
concelhos com um só passe e sistema de bilhetes. A segunda transformação será
mais visível em janeiro de 2020. Nessa altura, os autocarros das empresas de
autocarros da AML vão estar decorados de amarelo, com as cores da Carris
Metropolitana. Só que as empresas responsáveis por estes autocarros podem ser
diferentes das que estão a funcionar atualmente nos 18 concelhos da AML. A
partir do início de 2019, será aberto um concurso público internacional, por
lotes, para que os operadores privados possam ficar com a operação em cada um
destes lotes.
Ainda sem muitos detalhes, apenas se sabe que a Carris
Metropolitana terá “autocarros mais modernos, mais amigos do ambiente” e que
terão de ter soluções para as pessoas com mobilidade reduzida. Os pormenores
técnicos dos concursos serão determinados em próximas reuniões dos presidentes
de câmara da AML. Os 18 municípios da AML vão investir 30 milhões de euros para
melhorar o sistema de transportes na região. O contributo de cada um dos concelhos
da AML irá depender de critérios como a população, a área e as respetivas
necessidades.
A nova empresa também vai garantir um novo mapa de
rede, com ligação aos outros meios de transporte, e dois tipos de percursos: as
carreiras que funcionam dentro do município e as rotas entre municípios, que
farão ligações pendulares. O mapa de rede será definido nos próximos meses, com
o contributo dos 18 municípios da região.
O que se mantém em Lisboa? Quem já tem um passe de
transportes da Lisboa Viva não vai precisar de comprar um cartão novo antes do
fim do prazo. A Carris Metropolitana vai herdar as máquinas de compra de
bilhetes e os respetivos leitores, que atualmente pertencem à OTLIS, a gestora
de transportes da AML. Os novos cartões serão disponibilizados quando acabar a
validade dos atuais títulos.
A criação de uma marca única de transportes para a
Área Metropolitana de Lisboa já tinha sido avançada por Fernando Medina em
setembro, durante uma conferência sobre mobilidade.
Nota: Informação
adaptada, com a devida vénia, de Dinheiro Vivo.
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