sábado, 3 de novembro de 2018

CRIADA ENTIDADE DE TRANSPORTES PÚBLICOS QUE VAI SERVIR, COMO DEVE SER, OS UTENTES DA ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA!

A Carris Metropolitana vai reunir as empresas de transporte público rodoviário dos 18 concelhos da AML e servir 2,7 milhões de pessoas. Haverá um sistema único de bilhética e um único mapa de rede, terá o passe único de 40 euros, isenção para as crianças até 12 anos e um valor máximo de 80 euros por cada família. A operadora vai permitir, por exemplo que uma pessoa faça uma viagem entre Lisboa e Sintra com um só passe e com um autocarro que terá uma decoração igual ao veículo que os residentes de Almada vão encontrar se quiserem deslocar-se para o Seixal. Os atuais utentes não terão de comprar cartões novos para acomodar este novo título de transportes.

A criação da Carris Metropolitana está associada ao passe único de transportes, que vai começar a funcionar a partir de 1 de abril nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e que será alargado ao resto do país. O Estado irá contribuir com 83 milhões de euros para esta medida. Os municípios terão de financiar estes passes. A proposta de Orçamento do Estado para 2019 inclui a medida do passe único de transportes.

Um “passo de gigante” para a AML ter avançado com a Carris Metropolitana, no entender do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, que adiantou: “O Governo aprovou a medida mais importante e revolucionária ao nível do sistema de mobilidade.”

Além de reduzir de forma significativa os 370.000 carros que entram todos os dias em Lisboa, a AML, com esta medida, pretende que 900.000 pessoas passem a estar cobertas com um passe intermodal

O que vai mudar em Lisboa? As mudanças nos transportes públicos dentro dos 18 concelhos da AML vão decorrer em duas fases: a primeira começa no dia 1 de abril, com a entrada em vigor do passe único de 40 euros por pessoa e que irá permitir a deslocação, nesta área metropolitana, entre os 18 concelhos com um só passe e sistema de bilhetes. A segunda transformação será mais visível em janeiro de 2020. Nessa altura, os autocarros das empresas de autocarros da AML vão estar decorados de amarelo, com as cores da Carris Metropolitana. Só que as empresas responsáveis por estes autocarros podem ser diferentes das que estão a funcionar atualmente nos 18 concelhos da AML. A partir do início de 2019, será aberto um concurso público internacional, por lotes, para que os operadores privados possam ficar com a operação em cada um destes lotes.

Ainda sem muitos detalhes, apenas se sabe que a Carris Metropolitana terá “autocarros mais modernos, mais amigos do ambiente” e que terão de ter soluções para as pessoas com mobilidade reduzida. Os pormenores técnicos dos concursos serão determinados em próximas reuniões dos presidentes de câmara da AML. Os 18 municípios da AML vão investir 30 milhões de euros para melhorar o sistema de transportes na região. O contributo de cada um dos concelhos da AML irá depender de critérios como a população, a área e as respetivas necessidades.

A nova empresa também vai garantir um novo mapa de rede, com ligação aos outros meios de transporte, e dois tipos de percursos: as carreiras que funcionam dentro do município e as rotas entre municípios, que farão ligações pendulares. O mapa de rede será definido nos próximos meses, com o contributo dos 18 municípios da região.

O que se mantém em Lisboa? Quem já tem um passe de transportes da Lisboa Viva não vai precisar de comprar um cartão novo antes do fim do prazo. A Carris Metropolitana vai herdar as máquinas de compra de bilhetes e os respetivos leitores, que atualmente pertencem à OTLIS, a gestora de transportes da AML. Os novos cartões serão disponibilizados quando acabar a validade dos atuais títulos.

A criação de uma marca única de transportes para a Área Metropolitana de Lisboa já tinha sido avançada por Fernando Medina em setembro, durante uma conferência sobre mobilidade.

Nota: Informação adaptada, com a devida vénia, de Dinheiro Vivo.

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