sexta-feira, 7 de março de 2008

APITO BEJENSE - ENTREVISTA

O responsável pelo blog APITOBEJENSE.COM, Dinis Gorjão, que está a desenvolver um trabalho importante e de muito valor em prol da arbitragem do seu Distrito, fez o favor de recolher o meu testemunho quanto ao que presenciei em Odemira, onde o Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Beja levou a cabo uma acção de formação para os seus filiados, como aqui já relatei. Eis o diálogo:

APITOBEJENSE.COM – Ao fim de tantos anos a fio a dar o corpo e a alma à arbitragem, onde vai buscar força e motivação para continuar empenhado neste sector?

Alberto Helder - Sempre senti orgulho de pertencer à causa de arbitragem. Já lá vão 36 anos! Tudo faço com dedicação, vontade e voluntariamente. Agora com mais tempo, estou a desenvolver um projecto que levará a saber qual é o ranking nacional das Árbitras (já está no meu blog), Árbitros e Assistentes de F.11, assim como os Árbitros de Futsal e os Observadores das duas variantes. Depois desta iniciativa, outras se seguirão. Aproveito para dar conta que fiz o tributo a todos aqueles que contribuíram para a minha formação cívica e desportiva assistindo em cada Distrito a um jogo organizado pelas 22 Associações de Futebol. Percorri mais de 20.600 quilómetros, mas deu-me um gozo tremendo. Já estou na fase seguinte, isto é, estou também a expressar o meu preito àqueles que falam a nossa língua e, assim, já estive em Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau. Está no meu pensamento ir este ano a Moçambique e ao Brasil. Ficará a faltar a minha ida a São Tomé e Príncipe e Timor. É bom saber que temos Amigos...

ABC – Esteve presente no passado dia 23 de Fevereiro em Odemira em mais uma acção do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Beja. Surpreendeu-o ver tanta juventude? Do que mais gostou?

AH – Na verdade senti-me imensamente feliz por ver tantos jovens. Sem esquecer os mais idosos, direi que será uma mais-valia para a arbitragem nacional se o acompanhamento do seu processo evolutivo for profícuo. Fui Formador em Lisboa e nos 17 anos que desempenhei essa função, a eles dediquei especial atenção, com resultados excepcionais, pois alguns deles chegaram ao topo, isto é, a internacionais. Vale a pena apostar em quem tenha disposição e capacidade para desenvolver as suas potencialidades e aspirações. Será este grupo de Árbitros que guindará novamente a arbitragem bejense aos patamares já alcançados anteriormente, onde 2 dos seus Árbitros FIFA davam cartas aquém e além fronteiras!

ABC – Já é chamado um grande amigo dos bejenses, sendo que já foi alvo de homenagem há um ano atrás. Como define o trabalho de José Soeiro e seus pares no baixo Alentejo?

AH – José Soeiro e seus colegas, Carlos Vidonho e João Crujo, assim como a Comissão de Apoio Técnico (Albano Fialho, Jorge Fontes, Manuel Custódio, José Teodósio), estão no caminho certo. O trabalho que estão a produzir, com talento, saber e empenhamento, dará os seus frutos lá mais para diante. Será reconfortante para todos quando os objectivos forem alcançados e reconhecidos. Estaremos cá para ver.

ABC - Qual a sua opinião acerca do Blog Apito Bejense e como pode este melhorar?

AH – Está o máximo! É aquele que mais forma e informa. É um exemplo e um estímulo para os adeptos da web que queiram lançar-se a divulgar as notícias da sua zona, desportivas ou não. Parabéns!

ABC – Deixe uma mensagem aos árbitros dos quadros da Associação de Futebol de Beja para o que resta da presente época.

AH – Como dizia aos meus formandos: há que saber estar, ouvir e respeitar tudo e todos. É imperativo trazer para a arbitragem o que temos de melhor. Só assim é que seremos dignos do emblema que ostentamos. Há que lembrar que, em cada desafio que vamos participar, é, para nós, o mais importante da jornada, logo teremos que estar altamente concentrados em tudo e dar o máximo dos máximos. Depois, também nos sentiremos bem se, ao fazermos a análise das nossas actuações, verificarmos que nos jogos seguintes já não cometemos os lapsos que se verificaram. Nunca esquecer a parte física, assim como a técnica, pois sem elas nada feito. Que sejam felizes e que continuem a gostar de pertencer à grande família da arbitragem portuguesa, que muito espera de todos vós!

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