Estes meus bons Amigos, jornalistas de profissão, formados na velha escola, escrevem nos dois mais antigos jornais (rivais, mas não inimigos) desportivos portugueses, respectivamente, para o Record, cujo primeiro número saiu em 26 de Novembro de 1949 e A Bola, em 29 de Janeiro de 1945!!! Uma montanha de anos…

Fernando Cruz dos Santos, nasceu em Lisboa em 10 de Dezembro de 1931, e da sua espantosa carreira jornalística, sobressai o facto de ter-se iniciado no diário em 1954 (são 54, claro) e, pasme-se, continua ainda a ter o seu espaço, exageradamente apreciado pelos leitores. Mais: no ano seguinte, com a bonita idade que resulta ter 24 primaveras, frequentou com aproveitamento o curso de candidatos a Árbitro de futebol, só não seguindo a actividade por ter considerado incompatível com a emprego que escolheu e, confirmando os seus altos méritos e qualidades, chegou até ser sondado, por 3 vezes, para Presidente dos Árbitros da Federação…
Carlos Matias Arsénio, natural da Golegã, onde nasceu a 25 de Maio de 1936. Do seu fantástico currículo profissional, destaque-se o ter começado a trabalhar no jornal em 1961 (já lá vão 47!) e que ainda se mantém em pleno, e era, até há bem pouco, membro do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Santarém.
Estas pessoas são simplesmente extraordinárias. Têm assinado os mais brilhantes trabalhos sobre a arbitragem e os seus agentes. As suas palavras e o sentido que lhes dão são de uma sensibilidade e objectividade sem paralelo. Quem as lê apreende com simplicidade e clareza, saboreia até o elevado sentido pedagógico que encerram. Vale a pena ensinar, vale a pena continuar, vale a pena apreciar os seus artigos.
Também o Governo da República Portuguesa, através da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, conforme despacho de 14 de Julho de 2004, distingui-os com a Medalha de Bons Serviços Desportivos entregues (novamente em simultaneidade), numa sessão organizada pelo CNID-Associação dos Jornalistas de Desporto, onde tive o privilégio de presenciar a merecida homenagem a estas duas gradas e queridas figuras públicas.O reconhecimento das suas impares qualidades, dos seus saberes, da sua postura e a humanidade que colocam nos seus actos, levou a que fossem seleccionados a darem os seus nomes, como patronos, a cursos de candidatos realizados em Lisboa. Também foram justamente escolhidos para integraram júris de exames a Árbitros dos quadros da Federação. Sem dúvida alguma: são exemplos que gostaríamos de ver multiplicados nas restantes regiões do país, mas até agora…
Sem comentários:
Enviar um comentário