quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

I CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARBITRAGEM

Nos dias 21 e 22 do passado mês de Novembro, no magnífico, imponente e funcional Centro de Cultura e Congressos das Caldas da Rainha realizou-se o maior acontecimento da arbitragem de 2009, levado a efeito pela APAF, com um programa rico e ambicioso, recheado de personalidades que foram as mais-valias desta iniciativa.
Pena foi que as ausências, sempre notadas e comentadas depreciativamente, fossem em número considerável e de sectores, como o nosso, que deveriam dar o exemplo com a sua presença, fazendo, por isso, a diferença, mas…
Do Futsal, dos Assistentes nacionais e internacionais e outros, os tais que ufanamente apregoam e apoiam a campanha Verdade Desportiva, não marcaram o ponto, o que é de lamentar!
Também a hierarquia do sector, pautou a sua presença pelo mesmo diapasão, isto é, fez-se notar somente na abertura – onde estiveram as mais altas individualidades desportiva e autárquica – o que me levou a pensar que sair pela porta baixa, género de que estou aqui a mais, o melhor é pirar-me para não ser sujeito às perguntas da praxe que tanto incomodam, como as verdades e propostas que tenho colocado frente-a-frente e por escrito e que continuam à espera de acção dum órgão federativo que deveria analisar, pensar e decidir o melhor para a arbitragem, mas, pelo que se vê, infelizmente nada disto acontece! É assim que, triste e dolorosamente, se está perante a análise e discussão dos assuntos que nos interessam e que por eles nos vamos batendo galhardamente, com teimosia e persistência… O tempo vai passando e o desenvolvimento pretendido não passa de uma miragem… Pudera, com gente que age assim… Registe-se, ainda, a falta dos representantes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe a quem, de harmonia com os protocolos celebrados e em vigor, foram enviados os convites. As respostas nunca chegaram. Espanha e França também falharam e nada disseram. Já o Brasil, pelo punho do Presidente da ANAF-Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, Jorge Paulo Gomes Oliveira, assinou a mensagem que tive o prazer de ler aos congressistas.
Outrossim: um tanto ou quanto surpreendido fiquei pelo facto de não ter sido entregue Diploma do Congresso aos presentes. Resta dizer que ofereci os meus préstimos à Comissão Organizadora que aceitou e colocou-me como assessor do Dr. Vítor Tomás, responsável pela recolha das conclusões. Para mim foi gratificante participar neste acontecimento e ter dialogado e cumprimentado muitos amigos, gente de bem!
Quanto aos temas focados, painéis, palestrantes e moderadores, poderão ser vistos em: PROGRAMA: http://www.apaf.pt/apaf/imagens/anexos/1217_Plano.pdf CONCLUSÕES: http://www.apaf.pt/apaf/imagens/anexos/1230_Conclusões%20Finais.pdf
MENSAGEM DA ANAF:
Caros amigos, Em nome dos árbitros brasileiros e respondendo pela Associação Nacional dos Árbitros - ANAF, venho por intermédio deste grande amigo que vos fala, agradecer muitíssimo pelo convite para participar deste grandioso evento.
Nesta nossa gestão, acreditávamos numa mudança de procedimentos para que o quadro de árbitros do Brasil pudesse evoluir sobremaneira e melhorasse a qualidade de trabalho. Entretanto, por alguns acidentes de percurso, sofremos inúmeras dificuldades de toda ordem, que, em suma, prejudicou o bom andamento das conquistas vislumbradas. Foram momentos de desgaste e de má interpretação das acções propostas.
Diante deste quadro, fomos atingidos em todos os sectores, principalmente, no que diz respeito aos recursos necessários para fazermos frente aos projectos propostos, bem como em outras proposituras, das quais podemos destacar, maior participação em grandes eventos, incluindo viagens, deslocamentos, etc.
Tentámos até o ultimo momento buscar pelo menos um patrocínio, mas como todos sabemos, poucos ou quase ninguém investe na arbitragem.Recorremos a muitos parceiros em potencial, mas o resultado não foi o esperado.Seria uma honra e de muito proveito se pudéssemos estar presentes para absorvermos mais e maiores conhecimentos. Precisamos, num esforço conjunto, aqui no Brasil, em particular, estabelecer propostas que visem uma evolução em todos os parâmetros que regem a arbitragem.Não cabe neste momento elencar críticas a quem quer que seja. Sabemos que o processo necessita do esforço incondicional de cada um. Todos são responsáveis pelo quadro que se apresenta em qualquer região do planeta. Desejamos a todos os participantes que edifiquem ideias e que essas ideias ultrapassem fronteiras e que nos dê o norte que precisamos.
A arbitragem é de uma linguagem universal, mesmo que os problemas sejam pontuais.Renovamos nossos votos de amizade e agradecimentos sinceros, esperando que possamos sair desta situação e tenhamos mais chances de crescer sempre que a oportunidade nos surgir. Mais uma vez, nosso muitíssimo obrigado pela demonstração inequívoca de amizade, desejando-lhes todo o sucesso possível.
Jorge Paulo Gomes
Presidente da ANAF

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais uma belissima reportagem. Devo só acrescentar a relvância da presença do Dr José Eduardo Bettencourt, que não sendo da classe esteve presente e sempre disponivel, um exemplo.

Pedro Mendes